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sexta-feira, 18 de março de 2016

O SILÊNCIO DAS CASAS TRISTES

Por Rangel Alves da Costa*

Há um doloroso silêncio e uma tristeza profundeza nas casas que sempre parecem abandonadas. As portas e janelas fechadas, ou mesmo semiabertas em sombras, traduzem angústias e incertezas.

São muitas avistadas assim, neste semblante de esquecimento e abandono no meio do mundo, nas beiras das estradas, em meio aos descampados mais adiante. Casas pequenas, casebres, de barro e cipó, de tijolo e terra.

É como se as casinholas tivessem sido abandonadas nos dias passados. Ainda são avistadas as plantas no limiar do terreiro, pétalas floridas em galhos retorcidos, troncos deitados ao chão, cadeiras que solitariamente se balançam na ventania do entardecer.

Logo à frente um umbuzeiro baixo, de copa larga, mas sem fruto caindo. Ou mesmo uma jaqueira vistosa e quase se lançando ao chão de tanto cansaço da idade. Talvez um tamarineiro ou uma mangueira, ou mesmo uma velha catingueira emoldurando um sertão.

Tais paisagens se tornam menos dolorosas se os arvoredos existentes forem craibeiras em floração. Suas flores amareladas, de um dourado vivaz, até mesmo destoam das outras cores do cenário ao redor. Eis que em meio ao cinzento e seco, de repente desponta a altivez da florada.

Mas geralmente falta a presença humana, permitindo que se perceba que por ali há morador. Também falta a voz humana ou mesmo qualquer barulho vindo das moradias, o que representaria a vida existente além daquelas portas e janelas ao desalento.

Paisagens existem que logo se avista a ausência completa de morador. Mas não pela situação das moradias, pois uma casa caindo aos pedaços, deteriorada de cima a baixo, não significa que esteja abandonada. É que a pobreza vai forçando o surgimento de cenários assim.

Reconhece-se que a família não mora mais no lugar ou que por ali não há mais ninguém, quando os arredores passam a testemunhar a retirada. Mesmo na pobreza extrema, o vivente de beira de estrada sempre mantem limpa sua malhada e cultiva alguma planta logo adiante da porta, e quando nada disso se percebe então é porque a cancela foi fechada de vez.


Não há paisagem mais triste que uma casinha abandonada porque a seca, a pobreza ou a desesperança, forçou a família em retirada. Se o cenário da miséria já era angustiante, com os dias e as noites de aflição, depois da partida há um lenço molhado por todo lugar. Cadê aquele cachorro magro, cadê a fumaça do fogão de lenha ao entardecer, cadê o menino magricela correndo atrás de um passarinho?

Cadê o cheiro de café torrado e a cantiga de saudade grande? Cadê o velho senhor sentado num tamborete e ajeitando na boca o cigarro de palha? Cadê a galinha ciscando e o jegue adormecido debaixo do umbuzeiro? Cadê a porta se abrindo e a mulher saindo com pote à cabeça para ir buscar água barrenta no fundo do tanque?

Mas cadê tudo se nada mais existe? Mesmo entristecidos, os olhos ainda chegam ao brilhar quando avistam singelas situações. O menino sentado num canto ao redor de seu curral de ponta de vaca, outro menino descalço correndo atrás de calango. E de repente outro é avistado carregando peteca baleadeira.

Sertões, sertões, distâncias, mundo matuto, ao desalento. Nem sempre os olhos encontram aquilo que tanto desejam divisar. Nem sempre as portas se abrem ao entardecer, quando as cinzas do sol se derramam, pois raramente pessoas são avistadas aguando uma planta, varrendo o telheiro, desfazendo um feixe de lenha.

Ou os varais ficam escondidos nos quintais ou não houve roupa para ser estendida naquele dia. Ou lá dentro uma pequenina televisão toma a atenção de toda a família ou o velho senhor já não lança mão de seu radinho de pilha para ouvir violados caboclos. Apenas raramente se avista o cansado da luta com uma xícara à mão e a outra segurando o radinho de pilha.

Não há mais a escuridão de antigamente. Apenas umas poucas casas ainda não possuem luz elétrica, mas na maioria o luzir logo divisa o casebre em meio ao negrume fechado. Mas houve um tempo de candeeiros, de lamparinas, de amarelados iluminando as noites nas distâncias sem fim.

Mas tudo ainda parece sob a luz de candeeiro. As portas e as janelas fechadas, a ausência de vidas em afazeres de canto a outro, bem como aquele silêncio profundo que nem o vento pode desencantar, acabam tornando aquelas moradias em retratos esquecidos em envelhecidas paredes do tempo. É como se nada restasse além de uma aparência de vida.

Sigo pelas estradas e quando retorno sempre percebo a mesma coisa. E cada vez mais me vem a certeza que muito ainda desconheço desse mundo que está por trás daquela porta, daquela janela. Um mundo que também é o meu, mas ainda não conhecido nas suas entranhas. Somente aqueles que vivem lá dentro reconhecem a imensidão do quase nada.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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DOIS LIVROS DO ESCRITOR LUIZ RUBEN BONFIM

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Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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PAPO AMARELO – O PRIMEIRO TIRO –--FILME / DOCUMENTÁRIO

Por Xaxado Cabras DE Lampião

A Fundação Cultural Cabras de Lampião, que este ano celebrou 20 anos, tendo nascido como Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, vem ampliado suas ações e eventos culturais e se tornou O BANDO DA CULTURA DO NORDESTE, o que levou a embarcar esse ano numa nova empreitada, o áudio visual, com o filme de curta metragem PAPO AMARELO – O PRIMEIRO TIRO, com roteiro e direção de Anildomá Willans, pesquisador e historiador do cangaço, usando toda a mão de obra local, dos técnicos aos artistas que compõem o elenco dessa obra que é baseada em fatos reais. 













Projeto Incentivado pelo FUNCULTURA áudio visual da Secretaria de Cultura Estadual/FUNDARPE.

Fonte: Xaxado Cabras DE Lampião
2ª fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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CONSELHEIRO DO CARIRI CANGAÇO JOSÉ CÍCERO DA SILVA

Por Cangaceiros Cariri

Meu grande amigo e Conselheiro José Cícero Silva, o reconhecimento não é apenas meu que tenho por você um imensurável respeito e admiração, mas de todo o Brasil de Alma Nordestina que tem o prazer de conhecer seu trabalho e seu caráter, e para nós do Cariri Cangaço é uma enorme honra tê-lo ao nosso lado. Que venha Floresta !!!!


LISONJEADO, MUI AGRADEÇO MEU NOBRE AMIGO E CONSELHEIRO: DR. MANOEL SEVERO GURGEL BARBOSA  pela sua extrema bondade e ilimitada consideração...

"Nossa Força começa em Casa... Conselheiros Cariri Cangaço da região do meu Cariri do Ceará !

Aurora a rainha do Vale do Salgado, terra cheia de história, força e tradição, possui também seu Guardião: José Cícero Silva !


Quem conhece José Cícero Silva, sabe do que falo. Poeta, pesquisador, escritor, determinado rastejador dos fragmentos da história de nosso chão, dedicado e entusiasmado diante de suas paixões, um homem realmente realizador. Desde o ano de 2010 que se soma ao sonho chamado Cariri Cangaço, trazendo sua amada Aurora para o centro das discussões históricas do sertão.

Como um guardião das coisas de sua terra, nos apresentou cada recanto de Aurora... Tipi, Ingazeiras, Ipueiras... Ali tudo se configura em história: A Saga do primeiro Xavier, da figura mítica de Marica Macedo, o fogo do Taveira, as Minas do Coxá, a passagem de Frei Caneca e dentre muitos outros episódios a marcante ligação de Virgulino Ferreira com o Coronel Isaías Arruda, fazem de Aurora um dos cenários mais espetaculares de nosso Cariri e de Zé Cícero um de seus mais valorosos representantes.


José Cícero Silva com seu talento próprio e sua espetacular força de trabalho se configura como mais uma força do meu Ceará dentro do Conselho Cariri Cangaço !!!! Receba nosso abraço de gratidão querido amigo Zé, conte conosco sempre, vamos em frente! Os desafios estão por vir !!!"

Manoel Severo Barbosa -
Curador do Cariri Cangaço do Brasil.
Fortaleza - CE.


Link: https://www.facebook.com/cangaceiros.cariri?pnref=lhc.friends

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ESTOU VOLTANDO PARA LEMBRAR AOS AMIGOS!

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Hoje à noite, sexta-feira, dia 18-3-2016, às 19:30 horas, na OAB-Mossoró, estarei lhe esperando para participar da Sessão Solene da ACJUS, quando irei fazer o elogio ao Patrono da minha cadeira nesta Academia.

Agradeço a sua presença! 

Benedito Vasconcelos Mendes

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GRUPO DE XAXADO TEM 21 ANOS DE EXISTÊNCIA...E, JÁ VIAJOU ATÉ PARA O EXTERIOR.

Por Xaxado Cabras DE Lampião - Serra Talhada/PE

Tendo sido idealizado por Domá e Cleonice militantes da cultura popular do sertão ao litoral e que já acalentavam essa ideia a algum tempo, atuando tanto no teatro, como na dança e na música, assim, nasce em 1995, O Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, exatamente na cidade onde nasceu Virgolino Ferreira da Silva; o grupo reproduz no palco, como os cangaceiros se divertiam nos intervalos dos combates; sua estreia aconteceu no coreto da Praça Sergio Magalhães em 20 de março do mesmo ano uma segunda-feira dia de maior movimento no município, por se tratar da Feira Livre semanal.


A trupe formada por 10 dançarinos que representavam cangaceiros e cangaceiras famosos à época do cangaço e 03 músicos 'assustou' e encantou o público naquele primeiro momento. Hoje, aos 21 anos quem fez parte do grupo se orgulha em dizer que contribuiu com essa história, que se renova de tempo em tempo, porém, mantem sua essência e qualidade, pois o Grupo desenvolveu um padrão estético e de vivencia que virou marca registrada e se transformou numa Fundação Cultural que ora realiza uma série de eventos culturais na cidade e viaja pelo mundo levando seu espetáculo, ministrando oficinas e palestras.

Serra Talhada ganha visibilidade e se desenvolve graças (em parte) ao trabalho que a Fundação Cultural Cabras de Lampião realiza, atraindo o turismo e gerando emprego e renda para muitas pessoas; hoje a entidade agrega muitos integrantes e conta com a Escola de Danças Populares do Ponto de Cultura Cabras de Lampião, que mantem aulas periódicas, além de manter os grupos de base Herdeiros do Xaxado, Grupo de Danças Gilvan Santos e Grupo de Xaxado Zabelê, dentre outros. Realiza o Encontro Nordestino de Xaxado, Festival de Músicas do Cangaço, O Massacre de Angico - A Morte de Lampião, Seminário Sertão Beatos e Cangaceiros, Aula Espetáculo e Projetos de Circulação por diversas cidades e Estados, dentre outras atividades. Mantem ainda o Museu do Cangaço e seus projetos como Cine Clube Lampião, No Quintal do Museu e Minha no Museu, Sexta da Viola, entre outros. Em tempo, a Fundação administra também o Sítio Passagem das Pedras, local de nascimento de lampião.

Enquanto grupo de Xaxado em seus 21 anos de história já se apresentou em todas as regiões do Brasil e participa de vários Festivais nacionais e internacionais, levando a dança dos cabras de Lampião para o mundo; mostrando a força e a graça de um período revolucionário da história do nordeste do País pelo viés de seu legado cultural e artístico.


Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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LAMPIÃO CONQUISTA A BAHIA

Por Antônio Amaury

Fala Antônio Amaury: 

Nosso confrade Luiz Ruben F. A. Bonfim, mais uma vez coloca ao alcance dos pesquisadores e pessoas interessadas em tomar conhecimento dos episódios ocorridos nos sertões da Bahia e nos estados limítrofes, nos tempos em que essa região era percorrida por Lampião e outros grupos cangaceiro, um rico e raro material que sua perseverança, paciência e grande força de vontade conseguiu colher e preservar. Provavelmente essas fontes de informação não chegariam às mãos da maioria dos interessados, por serem de acesso restrito e também de difícil manuseio por se encontrarem muito castigadas pelo tempo e pelo fato de serem de material bastante frágil, visto serem destinadas a descarte diário: JORNAIS.

Pelos textos obtidos nós podemos analisar, friamente a posição da imprensa daqueles tempos quando as notícias giravam em torno de Lampião, cangaceiros, coiteiros, volantes, contratados e policiais. Era totalmente parcial. Não era investigativa. Não procurava ouvir as partes envolvidas nos fatos e nem confrontar os informes obtidos dos elementos participantes dos acontecimentos. O que é notado claramente, nos editoriais dos jornais publicados nesses tempos, é a luta entre o governo e a oposição, sendo que cada cangaceiro preso ou morto era transformado em bandeira da competência governista. Por outro lado todo assalto, toda “invasão” de vilarejo, todo crime praticado pelo bando sinistro era mostrado como sendo fruto de ineficiência do poder público estadual. A existência dos grupos fora da lei, por mais de uma década, nos sertões do nordeste da Bahia e com atuação na região lindeira com os estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, foram o combustível que alimentou essa fogueira de descontentamento da imprensa oposicionista para com o chefe de polícia, com o próprio corpo policial e com o governo que não conseguia vencer Lampião e seus comparsas.

Os colegas que pesquisam o tema Lampião terão à mão um material de grande interesse e que deve, em minha opinião, ser examinado com carinho, cuidado e analisado com imparcialidade por não ser visto como verdade definitiva.

Bom proveito a todos,
Cidade de São Paulo - 2011

Antonio Amaury Corrêa de Araujo
A Obra por seu Autor:

Sou pesquisador do tema Cangaço desde 2002 e tenho me dedicado principalmente a pesquisa de documentos. Em 2006, resolvi verificar o que a imprensa baiana registrou na época em que Lampião agia na Bahia e me vi com um calhamaço de material. Folheei aproximadamente 150 mil páginas dos jornais: A Tarde, Diário da Bahia, Diário de Notícias, Era Nova, O Imparcial, do período de 1928 a 1940, complementando a pesquisa de campo que já fazia pelas caatingas afora. Este livro tem no seu início, o Jornal O Povo, de Fortaleza no Ceará, apresentando uma reportagem datada de 4 de junho de 1928, setenta e oito dias antes da decisão de Lampião entrar na Bahia. Esta matéria dá uma visão da situação de Lampião e de seu exíguo grupo ao fugir para o nordeste baiano, por isso achei importante iniciar com a transcrição da entrevista com o rei dos cangaceiros.

Transcrevo os textos dos jornais, mas com a ortografia atualizada. As palavras escritas em inglês foram aportuguesadas ou traduzidas, para melhor compreensão. No final das matérias do ano 1928 e no final do livro mostro foto das páginas dos jornais e de algumas matérias. As notícias que a imprensa publicava sobre Lampião tinham seu nome sempre grafado Lampeão, como mostram as fotos que apresento, também os jornais grafavam Virgulino, embora o registro de batismo e nascimento estejam grafados com (o) Virgolino. Preferi colocar a ortografia dos documentos.

As localidades que tiveram seu nome mudado ao longo dos anos nominei com seu nome atual. Sugiro ao leitor que tome como referências as cidades de Juazeiro e Jeremoabo e a Estrada de Ferro Este Brasileiro, para melhor localizar as andanças de Lampião e os seus subgrupos em território baiano.

Chamo a atenção do leitor que o termo nordeste, usado nos artigos dos jornais refere-se a região nordeste da Bahia (por exemplo as cidades de Jeremoabo, Paripiranga e Santo Antônio da Glória) e não a região nordestina formada pelos nove estados, que também era denominada de norte. Lembro ainda que o título de coronel era comumente usado para identificar um fazendeiro ou um chefe político, diferentemente da função que tinha a patente de coronel do comandante da força pública. As matérias publicadas sobre Lampião pelos diferentes jornais, com o mesmo assunto é uma prova do interesse que o público baiano começou a despertar quando da chegada de Lampião na Bahia.

Em 21 de agosto de 1928, proveniente de Pernambuco, Lampião atravessa o rio São Francisco na altura do que é hoje a cidade de Rodelas em direção à Bahia, pela fazenda Zurubabé (assim pronunciada pelos habitantes), acompanhado por mais cinco cangaceiros, seu irmão Ezequiel, seu cunhado Virgínio, Luiz Pedro, Mariano e Mergulhão. As notícias sobre a chegada de Lampião na Bahia abrangem o período de 23 de agosto de 1928 até 28 de dezembro de 1929. A primeira notícia de Lampião na Bahia foi divulgada pelo Jornal A Tarde em 23 de agosto de 1928 com a seguinte manchete “Quem é Vivo... O grupo de Lampião ruma para a Bahia”.

Em fins de setembro de 1928 a imprensa baiana já divulgava o número de sete cangaceiros, provavelmente foi com a entrada de Corisco, mas, Arvoredo já estava no grupo. Em 21 de dezembro de 1928 um jornal publica a chegada de Lampião em Pombal, hoje Ribeira do Pombal e é fotografado junto com seu bando composto pelos seguintes cangaceiros: Lampião, Ezequiel, Virgínio, Luiz Pedro, Mariano, Corisco, Mergulhão e Arvoredo, (ordem da foto publicada na capa deste livro).

Lampião, com apenas uma baixa, a morte de Mergulhão, conquistou o nordeste da Bahia no final do ano de 1929 com os seguintes cangaceiros: Ezequiel (Ponto Fino), Virgínio (Moderno), Luiz Pedro (Salamanta), Mariano, Corisco, Arvoredo, Zé Baiano, Revoltoso, Antonio de Ingrácia, Gato, Gavião, Antônio de Naro, Zabelê, Azulão, Fortaleza, Ângelo Roque (Labareda) e Mourão. Vemos que o secretário de segurança pública, senhor Madureira de Pinho, acusa o jornal Diário de Notícias de ser seu inimigo, dando assim uma cobertura das tropelias de Lampião, desfavorável ao seu governo, mas os fatos noticiados mostravam a ação de Lampião.

Não existia na época um jornalismo investigativo sobre a presença de Lampião na Bahia, as matérias publicadas nem sempre eram assinadas pelos jornalistas, os periódicos da capital não focavam apenas notícias, mas também opiniões, comentários e editoriais. As informações sobre a presença de Lampião e seu bando na Bahia, eram obtidas através das agências de notícias, da abordagem de viajantes na estação ferroviária da Calçada em Salvador, no trecho ferroviário Salvador a Juazeiro, na Secretaria de Segurança Pública no bairro da Piedade, moradores do sertão se dirigiam às redações em Salvador, também eram enviadas do interior, telegramas e cartas assinadas, a respeito das façanhas de Lampião e seus famigerados comparsas, correspondências estas que representavam, sem dúvida, um grande serviço prestado à imprensa pelos seus remetentes, por que não fossem elas a capital baiana ficaria a ignorar os horrores, sofrimentos e as misérias da ação nefasta dos cangaceiros ou submetida a informações puramente oficiais.

Assim, na pressa de divulgar e não havendo verificação para se distinguir o que era fato do que era rumor ou temor, algumas notícias publicadas podem ter sido apresentadas pelos jornais com distorções ou enganos, como é o caso da primeira matéria apresentada onde Lampião entrevistado, convenientemente não diz a verdade sobre a morte de seu irmão Antonio Ferreira e do cangaceiro Sabino, ao afirmar que estavam vivos.

Considero, entretanto, de suma importância para os pesquisadores que estudam hoje o cangaço, ter o conhecimento de como foram apresentados os fatos, na época em que aconteceu, o que dá subsídios para que, cruzando, combinando ou confrontando com outras fontes de pesquisa, possam confirmar, descobrir ou mesmo desmentir alguns acontecimentos.

Tive a honra mais uma vez de ter como apresentador deste trabalho o ilustre pesquisador Antonio Amaury, mestre e orientador de grande parte dos pesquisadores, escritores, cineastas e estudantes deste país.

Luiz Ruben F. de A. Bonfim


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Luiz Ruben F. de A. Bonfim
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JEREMOABO:CANGACEIRO E ZÉ RUFINO


Em 28 de Julho de 1938, morreu Lampião, este lendário personagem histórico, fonte de estudos dos mais diversos, cantado em verso e prosa e ainda hoje dividindo opiniões mais extremas que ora o coloca como herói e outras como bandido. Jeremoabo está intrinsecamente ligado a este movimento, sendo fonte fornecedora de muitos cangaceiros e de muitos soldados da volante, mas, principalmente, porque aqui nasceu Maria Bonita. Exatamente em nosso município, na localidade Malhada de Caiçara, no município de Santa Brígida, em 1911, nesta época pertencente ao município de Jeremoabo.

A saga do cangaço perdurou entre os anos 1920 e 1930 quando nosso município era o centro mais importante de toda esta região Nordeste da Bahia e, por isso, aqui se concentravam as volantes, contingente de cidadãos recrutados para o combate ao cangaço, dando um dinamismo socioeconômico importante a Jeremoabo, embora, por outro lado, atraísse a violência e o medo para nossa população, marcados com a atuação cruel dos perseguidores e perseguidos.

Segundo o pesquisador Antonio Amaury Correa de Araújo, as cidades mais importantes para o Cangaço foram Vila Bela, atual Serra Talhada (PE), Jeremoabo (BA), Uauá (BA), Floresta (PE), Piranhas (AL), Delmiro Gouveia (AL), Poço Redondo (SE), Porto da Folha (SE) e Glória (BA). “Foram locais onde funcionaram as sedes das volantes ou de passagens de Lampião”, afirmou Corrêa.

Zé Rufino

Neste contexto, temos que destacar a figura de Zé Rufino, o implacável caçador de cangaceiros, que aqui residiu, fez família e se tornou, por opção, cidadão jeremoabense. 

Corisco

O matador de Corisco, página mais lida de sua história, começa a ter sua biografia destacada. Nascido José Osório de Farias, sanfoneiro afamado em seu estado natal, Pernambuco, Zé Rufino foi convidado por Lampião para integrar o bando, que sonhava com sua sanfona alegrando o bando, recusando, e entrando na volante para fugir da vingança do rei do cangaço, que não aceitava uma negativa. Meses depois José Osório engajou-se à polícia chegando a receber graduação de tenente, e a partir daí surgiu o Tenente Zé Rufino. Chegou rapidamente a oficial, alcançando a posição de coronel da Policia Militar da Bahia. Participando de inúmeros combates, Zé Rufino matou muitos cangaceiros, tendo se tornado um dos mais respeitados chefes militares na perseguição ao cangaço, tendo dado fim aos cangaceiros Pai Véi, Mariano, Barra Nova, Zepellin, Canjica, Zabelê, etc., mas Corisco, sem dúvida, foi o que mais lhe deu fama.


Mas o fato que terminou pegando Lampião de surpresa, numa emboscada que ocasionou sua morte, tem também algo a ver com Zé Rufino. Cansado de ver o estrago que o comandante fazia no cangaço, Lampião manda uma mensagem a Corisco que dizia: “Vamos dar uma lição em Zé Rufino, que está querendo passar de pato a ganso.” E acertaram um encontro exatamente na Grota do Angico para acertar uma emboscada contra o então tenente José Osório de Farias, conhecido como Zé Rufino. Para Lampião, o tenente andava ‘atrapalhando’ e era hora de tomar providências. Surpreendido pela volante, não houve tempo para colocar em prática a emboscada contra Zé Rufino.

Passados os anos turbulentos das perseguições aos cangaceiros, Zé Rufino comprou fazendas na região de Jeremoabo, e aqui viveu até seu derradeiro suspiro. Lembro-me, pequeno, de vê-lo, tranquila e calmamente, andando pelas ruas de nossa cidade, ou sentado nas barbearias contando um pouco de suas aventuras. Sua vida e história foi tema da Conferência de Abertura do Cariri Cangaço 2010, realizado dia 17 de agosto de 2010 na cidade de Barbalha-CE, com o pesquisador Antônio Amaury Correia de Araujo.

Pedro Son

Fonte: www.jeremoaboagora.com.br; www.favascontadas.com.br


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PASSAGEM DE ANTÔNIO SILVINO NO SÍTIO QUINTOS-EQUADOR RN

https://www.youtube.com/watch?v=_uv1ynffLxA&feature=youtu.be

PASSAGEM DE ANTÔNIO SILVINO NO SÍTIO QUINTOS-EQUADOR RN

Publicado em 27 de fev de 2015
Nesse Vídeo A professora Parelhense Célia Nóbrega Fala Da Passagem Do Cangaceiro Antônio Silvino Pela A Comunidade Quintos No Município De Equador RN
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Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: OFÍCIO DAS ESPINGARDAS
Link: https://www.facebook.com/groups/545584095605711/605078646322922/?notif_t=group_activity

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COITEIROS DE LAMPIÃO - PARTE FINAL

Por Rei Dos Cangaceiros

Enquanto Seu Pedro era coiteiro do rei do cangaço, seu Elias era adversário de Lampião, isto é inimigo dos dois, volante policial, tanto de Lampião como de seu Pedro. - Clique no link abaixo e conheça a histórias destes dois guerreiros. http://www.terra.com.br/istoe-temp/edicoes/1972/imprime58350.htm


Ana Maria dos Santos, dona Nô (ao lado do grande pesquisador e escritor João de Souza), que reside em Triunfo, Pernambuco. Ela foi batizada por Lampião, seu pai era coiteiro do cangaceiro. O nome do pai dela era João Zeferino dos Santos e sua mãe chamava-se Maria Joana da Conceição.

Dona Nô nasceu no dia 14 de abril de 1919 e encontra-se viva, completará 94 anos de idade daqui a dois meses, reside em um dos bairros da cidade pernambucana, vive cercada por filhos, netos e amigos. Encontra-se lúcida e gosta de contar as histórias da época do cangaço. Dona Nô foi casada com Manoel Pedro, irmão do cangaceiro Luiz Pedro, homem de confiança de Lampião. Ela diz que junto com Luiz Pedro seguiu o irmão Ulisses Pedro para o cangaço, ficando poucos dias na companhia de Lampião. Luiz Pedro ficou até a morte no dia 28 de julho de 1938, na Grota do Angico.

Na sua certidão de nascimento que se encontra no museu de Triunfo tem a comprovação do batismo e do apadrinhamento, onde lê-se padrinho: Virgolino Ferreira da Silva. Documento que marca a história dessa mulher que viveu momentos festivos na presença daquele que foi o mais famoso cangaceiro do Nordeste Brasileiro.


Arlindo conheceu Lampião ainda adolescente e seu Avô João da Varge e seus pais Quinca e Aristeia foram grandes coiteiros de Lampião.

A sua residência servia de coito e era sempre um dos lugares preferidos pelos cangaceiros para realizarem os famosos bailes.

A casa ainda encontra-se em pé, porém com algumas paredes semi-destruídas.


Vicente (sobrinho de Pedro de Cândido) o homem que levou a máquina de costura a pedido de Lampião para o coito de Angico. (Ainda é vivo e reside em Poço Redondo).

Paulo Gastão e o coiteiro Pedro (Qual o Pedro?)

Paulo Gastão e dona Especiosa, costureira de Lampião.


Durante 16 anos o padre Kherle foi vigário na terra natal de Lampião. O cangaceiro devotava-lhe grande admiração e respeito, sempre o obedecendo. Foto de 1919 quando foi pároco em Arco Verde, PE.


4. O coronel João Carvalho Sá foi um dos maiores coiteiros de Lampião, dono de muitas terras, foi deputado, constituinte na época do Cangaço. Na sua moradia, em Jeremoabo, no Estado da Bahia, tem uma fazenda por nome Espaduada, onde o Rei passava com frequência.


Coronel José Abílio, (de branco), chefe político de Bom Conselho, coiteiro de Lampião. - Clique no link para saber mais sobre o coronel José Abílio - http://agrestemix.blogspot.com.br/2013/08/historia-do-coronel-jose-abilio-em-bom.html


Major Pedro Sampaio Xavier, fazendeiro da Fazenda Ipueiras, no município de Serrita-PE. - Clique no link para você saber mais sobre o Major Pedro Xavier, da Fazenda Ipueiras - http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2010/02/o-combate-da-fazenda-ipueiras-serrita.html

Coronel Zé Inácio, de Barros-CE. - Clique neste link abaixo para você conhecer mais um pouco sobre o Major José Inácio de Barros. - http://cariricangaco.blogspot.com.br/2011/05/major-ze-inacio-foi-aqui-que-tudo.html

FIM!

Obervação: Aqui terminamos os coiteiros de La Lampião, mas não significa que ele só teve  estes homens em sua rede de coiteiros, ao contrário teve muito mais homens da sua confiança e também muitos traidores durante a sua trajetória de maldades no nordeste brasileiro.

Fonte: facebook
Página:  Rei Dos Cangaceiros
Link: https://www.facebook.com/virgulinoferreira.ferreira.5?fref=photo

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Postado por Mendes e Mendes