Seguidores

terça-feira, 22 de julho de 2014

Paripiranga na História- Parte 5 -


24 de dezembro de 1938, no “Estado da Bahia”:

MAIS DOIS ASSECLAS DO GRUPO DE LAMPEÃO ENTREGAM–SE Á POLICIA.

Corisco, só depois de morto

Chegaram hontem, no trem de Sergipe, precisamente ás 17 horas e 50 minutos, mais dois bandidos pertencentes ao grupo de José Sereno. Escoltados por um cabo e dois soldados, os ex–cangaceiros saltaram na gare da Calçada, onde foram rodeados de curiosos, até que chegou o carro da policia e os conduziu para a Delegacia Auxiliar.

CAJAZEIRA E DIFFERENTE

Os bandidos chamam–se José Francisco dos Santos, mais conhecido pela alcunha de “Cajazeira” e Manoel Nascimento, mais conhecido pela alcunha de “Differente”, tendo se entregado á Policia Bahiana na Serra Negra, perto do Estado de Sergipe. O primeiro tem apenas 21 annos de idade, e, segundo suas declarações, entrou para o bando em vista de ter sido perseguido pela policia de Sergipe, por causa da accusação de ser coiteiro.

A ILLUSÃO DO CANGAÇO

“Differente” entrou para o grupo de “Zé Bahiano”, contra 23 primaveras, tendo dois annos de cangaço e lutas. Quando Zé Bahiano foi victimado, elle passou para o bando de “José Sereno”, onde até o momento de se entregar continuou a sua vida de assassinios e assaltos.

Contou–nos tambem que começou a exercer esta vida após “Canario” tê–lo convidado para entrar no bando com promessas cheias de vantagens. Porém, agora – acrescentou – resolveu entregar–se, pois o cangaço nada mais é do que uma vida de illusões e perseguições.

“CORISCO” SÓ DEPOIS DE MORTO

“Corisco”, o perigoso “Diabo Louro”, que promettera entregar–se, mudou de intenções. Tambem “Angelo Roque” outro temivel cangaceiro e chefe de 4 homens, pretendeu entregar–se, mas o “Diabo Louro” o convenceu do contrario – declarou “Cajazeira”, que fala como uma victrola no seu falar arrastado de sertanejo.

9 BANDIDOS APENAS

Dois grupos ainda perambulam pelos sertões bahiano e sergipano, um commandado pelo “Diabo Louro”, sendo composto de 4 homens e outro commandado por Angelo Roque, com 3 homens.

MUNIÇÃO DE SERGIPE

Continuando a falar, os bandoleiros declararam que recebiam toda a munição de Sergipe e que lá eram muito pouco perseguidos. Ao contrario se verificava no sertão bahiano, onde nós recebiamos tiros em todos os logares por onde passavamos. Demos poucos combates com a Policia Bahiana, mas foram combates que deixaram recordaçõe, pois nelles vimos abatidos innumeros dos nossos.

NOTAS SOLTAS

Os ex–cangaceiros entregaram–se ao sr. João Maria, irmão do Coronel Liberato de Mattos, o qual não se descuidou e logo ao seu irmão deus sciencia do facto. O coronel enviou uma escolta que os conduziu a esta Capital

Com a prisão destes dois bandidos, o cangaço soffreu mais um golpe que o fez diminuir a intensidade e actividade.

24 de dezembro de 1938, no “A Tarde”:

DESISTIRAM DO CANGAÇO


Pelo trem nocturno de Sergipe, chegaram, hontem, ás 17 horas e 53 minutos, á esta capital, os bandidos “Differente” e “Cajazeiras”, que se apresentaram á policia, em Paripiranga.

Fonte: SILVA FILHO, Rubens Antonio da. “4 de dezembro de 1938, no “Estado da Bahia”:”, in: “Cangaço na Bahia” site: http://cangaconabahia.blogspot.com.br
acessado em 19-07-2012, às 18h25m.

Adquiri neste site:

http://historiaparasecontar.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

À SOMBRA DAS CABEÇAS CORTADAS


Fonte: facebook
Página: Robério Santos

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasismpleshistorias.blogspot.com

A morte de Lampião - Gente de Lampião Dadá e Corisco

Por Antonio Amaury Correia de Araujo

28 de Julho de 1938, de madrugada o grupo de Corisco aguardava a chegada de seu Messias para o barqueiro levá-los para a margem direita do São Francisco, pretendiam ter atravessado na tarde anterior.

Grupo de cangaceiros de Corisco

O coiteiro dissera:

- Hoje está muito movimentado. Tem volante rondando. É melhor seu pessoal atravessar amanhã cedinho.

Corisco concordou. Não lhe agradava a ideia de se estocar em Angico. Estivera no lugar uma vez, saira às pressas e dissera a Lampião que achava o lugar perigoso. Uma armadilha com uma só entrada, como uma garrafa. Quem fechasse a boca faria o que quisesse com o conteúdo.

Grupo de cangaceiros de Lampião

Tinham dormido nas Emendas. De madrugada já estavam prontos para atravessar o rio, a fim de se encontrar com Lampião em Angico.

Este é o cangaceiro Português, mas não tenho certeza se este era o companheiro da Cristina, já que existiram dois cangaceiros com o mesmo apelido. Se alguém souber que é mesmo o companheiro da Cristina, comunique-nos na janela de comentário no blog para a devida correção. - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

As relações entre Corisco e Lampião estavam muito abaladas, desde o caso que envolvera Gitirana, Português e Cristina, terminando com a morte dela.

Leia a legenda

Mas o compadre mandara um bilhete a Corisco, marcando o encontro. Dali sairiam para vingar vários companheiros mortos. 

Lampião e Azulão

A lista se iniciava com Azulão e sua gente, terminando com Mariano.

O cangaceiro Mariano - companheiro da Rosinha que foi assassinada a mando de Lampião

No bilhete, Lampião convocava Corisco a dar uma lição em Zé Rufino que, nas palavras do cangaceiro estava querendo "passar de pato para ganso".

Tenente Zé Rufino

Quando esperavam o barqueiro, ouviram um tiro, e segundo depois, outros. O pipocar do tiroteio foi crescendo amedrontador.

Dadá alarmou-se:

- Qui foi Curisco?

- Isso é no rancho de cumpade Lampião. Com o rio no meio a genti num podi nem dá uma retaguarda. 

O tiroteio durou uns 15 minutos. Depois caiu sobre a caatinga um silêncio lúgubre, passaram-se alguns segundos e escutou-se um tiro isolado.

Corisco vaticinou:

- Isso é argum balhado que tão acabando de matá.

Antonio Amaury Correia de Araújo
Pag 104
A morte de Lampião

Fonte: facebook 
Página: Dally RochaO Cangaço

Ilustrado por José Mendes Pereira
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

UMA REFLEXÃO EM TORNO DA VIDA

Por Antonio José de Oliveira
          
Fazendo uma reflexão da vida, e uma analogia entre o Ser Humano e as plantas, cheguei a uma conclusão (creio que todos assim já o fizeram), que nada que tem vida em cima do Planeta Terra, vive infinitamente. Enganam-se os quem não observam esta premissa.  Todos nós estamos indo em direção ao final da Estrada da Vida, logo que a vida é uma Estrada que tem começo, e com certeza terá fim. Ninguém deste Planeta Terra jamais conseguiu ou conseguirá impedir a presença da morte. Ela é inflexível, não deixando margem para a prorrogação da vida.
          
Os animais nascem, crescem e morrem; as plantas nascem, crescem e morrem; nós, nascemos, crescemos e morremos. É uma lei natural, ainda que não queiramos acostumar ou aceitar.
          
Mas, o nosso modesto texto não está direcionado apenas ao SER HUMANO nem aos animais, mas a uma árvore centenária que conheci na minha infância, onde tirei muitos dos seus frutos em diversas oportunidades. 


Estou falando da MANGUEIRA DO VELHO JOÃO ONOFRE; hoje seu tronco seco,  suas raízes mortas, e seus quebradiços galhos de “braços abertos”, como quem procura vislumbrar  aquele que um dia, na primeira década do século passado, semeou a semente que o seu produto duraria 100 anos. Portanto, não poderia descrever acerca da velha mangueira, sem fazer um relato de parte da vida do velho Onofre.
          
Descendente de Bernardo da Silva, o Português que fundou a Cidade de Serrinha, Virgínia Maria de Jesus, filha de Ângelo José de Oliveira, viúvo de Maria Francisca, filha de Francisco Manuel da Mota, da Fazenda Tambuatá, este era neto de Antonio Manuel da Mota, casado com uma filha de Bernardo da Silva e Maria do Sacramento, casou-se com Antonio Joaquim de Araújo, residente na Fazenda Recanto.

         
Dentre outros filhos, teve o casal Virginia e Antonio Joaquim, os gêmeos João Fagundes de Araújo, avô de Itaercio Fagundes, dono das terras onde está implantada a velha mangueira que “geme” o peso dos anos, e João Onofre de Araújo. Este, que era o proprietário da Fazenda onde está fincada a referida mangueira, casou-se com Maria Rita, de onde nasceram Celestina, Honorina, Minelvina e Maria de Pedro Torquato.
         
Ao enviuvar-se, aos 50 anos de idade, João Onofre casou-se em segundas núpcias, em 5 de setembro de 1925 com Paulina Maria de Jesus, filha de Guilhermino de Oliveira e de Maria Oliveira, residentes na Fazenda Queimadas do Riachão.
          
Assim, nesta minha singela reflexão, repito o que falei no início: NADA SOBRE O PLANETA TERRA, VIVE INFINITAMENTE. AS ÁRVORES VÃO-SE EMBORA; OS ANIMAIS VÃO-SE EMBORA; NÓS (SERES HUMANOS) IREMOS EMBORA. É A LEI DA NATUREZA, E NÃO TEMOS COMO RECLAMAR.
                          
Antonio José de Oliveira é pesquisador do cangaço e reside no Povoado Bela Vista - Serrinha, no Estado da Bahia. 
Junho 2014

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Programação Oficial II Seminário Regional Parahyba Cangaço e Cariri Cangaço Paraíba

Por Wescley Rodrigues

Saudações cangaceiras!

Em anexo encaminho a programação oficial do II Seminário Regional Parahyba Cangaço e Cariri Cangaço Paraíba.
Desde já se sintam convidados e acolhidos.

Cordial abraço,
Prof. Me. Wescley Rodrigues


 O cangaceiro Chico Pereira colorido por Rubens Antonio pesquisador do cangaço 

Nobres amigos e amigas,

PROGRAMAÇÃO II SEMINÁRIO PARAHYBA CANGAÇO E CARIRI CANGAÇO PARAÍBA 2014

22 de agosto de 2014 – Local: Centro Cultural Banco do Nordeste

18:30h – Apresentação do Xaxado
19:00h – Solenidade de Abertura
19:30h – Conferência de Abertura

Tema: A relação entre memória e História e a sua importância para a formação da identidade regional: 90 anos do ataque do grupo de Lampião a Sousa.

Conferencista: Prof. Me. Wescley Rodrigues – Cajazeiras/PB FAFIC

23 de agosto de 2014 - Local: Centro Social - Nazarezinho
08:00h – Visita técnica a Casa de Chico Pereira no sítio Jacu.
09:00h – Solenidade de Abertura
09:30h – Mesa redonda: A articulação do ataque a Sousa e a figura de Chico Pereira

Palestrantes – Wanessa Campos – Recife/PE

 Aderbal Nogueira – Fortaleza/CE
 Maria do Socorro Leon – Nazarezinho/PB
 Maria do Carmo Pereira – Cajazeiras/PB

Coordenador: Chico Cardoso – Cajazeiras/PB

11:30h – Intervalo para o almoço
13:30h – Palestra: O museu como lugar de memória e a sua importância para uma cidade

Palestrante: Manoel Severo Barbosa – Fortaleza/CE
Coordenador: Paulo Gastão – Mossoró/RN

14:20h – Mesa de Trabalho: A casa grande do sítio Jacu: patrimônio que clama por atenção. Tombamento já!

Coordenador: César Nóbrega – Sousa/PB
Participantes: Secretaria de Cultura do Estado
 FUNESC
 IPHAEP
 IPHAN

16:00h – Lançamento de livros 
19:00h – Local: Centro de Treinamento/Sousa - PB

Mesa redonda: Coronelismo, cangaço e o ataque a Sousa

Palestrantes: Honório de Medeiros – Natal/RN
 Rostand Medeiros – Natal/RN
 Otávio Maia – Catolé do Rocha/PB
 Ângelo Osmiro – Fortaleza/CE

Coordenadora: Juliana Pereira – Quixadá/CE

(Roda de perguntas e respostas envolvendo o público)

24 de agosto de 2014 – Lastro - PB

08:00h – Visita técnica a casa onde foi preparada a resistência aos cangaceiros
09:00h – Solenidade de Abertura
09:20h – Mesa redonda: A importância do cangaço para a história nordestina e a articulação da defesa contra os cangaceiros que invadiram Sousa

Palestrantes – Guerhansberger Tayllow – Lastro/PB

 José de Abrantes Gadelha – Sousa/PB
 Ana Granja – Petrolina/PE
 Narciso Dias – João Pessoa/PB

Coordenador: Francisco Pereira Lima – Cajazeiras/PB

Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço e gonzagueana Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Belarmino Cardoso, que comandou a volante que perseguiu Calais e sua companheira Delmira.

Por Rubens Antonio

Belarmino Cardoso, que comandou a volante que perseguiu Calais e sua companheira Delmira. Esta era prima de Belarmino.

 

Este, ao avistar ambos, foi quem disparou com um mosquete. Como ambos estavam, vestidos praticamente da mesma maneira, a sua versão é que os confundiu e acertou a cangaceira. Calais conseguiu escapar. Os policiais socorreram Delmira, mas esta morreu, em função dos dois tiros, entre 3 e 4 dias depois, em Santa Rosa de Lima ou Uauá.

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Guias de Sepultamentos de Autoridades Policiais

Por Rubens Antonio

Acima, Guia de Sepultamento do tenente-coronel Hercílio Rocha.


Acima, sem qualquer indicação, a sepultura do coronel Felippe Borges de Castro. A baixo, a guia de sepultamento no Cemitério do Campo Santo, Salvador, Bahia.


Abaixo, Guia de sepultamento de Manoel Campos de Menezes. Inumado em carneiro, após os três anos, seus restos foram, provavelmente, incinerados.


Acervo do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio.

Fonte: facebook

http://cangaconabahia.blogspot.com

Nota: Como o autor não deu título para este material coloquei este: "Guias de Sepultamentos de autoridades policiais".

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MASTIGANDO A ENTREVISTA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 21 De julho de 2014. - Crônica Nº 1.224
Escritor Clerisvaldo B. Chagas - (Foto de arquivo)

Recebemos em nossa residência, final da semana passada, um grupo de jovens estudantes para uma entrevista curiosa. Queria o grupo de rapazes e moças saber os mistérios do gênero literário: “crônica”. A entrevista fazia parte dos acirrados estudos para as Olimpíadas da Língua Portuguesa.

Fomos logo rodeando o prato quente para o ataque final ao miolo. E, fazendo como o nosso saudoso mestre, Alberto Nepomuceno Agra, colocamos os conselhos à frente, mesmo lembrando das más línguas sertanejas: “Se conselho fosse bom era vendido”.

De fato, a crônica, essa narração curta produzida essencialmente para ser veiculada em páginas de jornal e revistas, agora também em livros e sites, deriva do Latimchronica.  No início do Cristianismo funcionava como um registro cronológico daqueles eventos. Com o desenvolver da imprensa (século XIX), a crônica passou a fazer parte dos jornais, desde 1799, em Paris. Ao chegar ao Brasil como forma literária, adquiriu novas características.

Nos jornais e agora nos sites, a crônica, geralmente ocupa o mesmo espaço e a mesma localização, fazendo com que os leitores possam se familiarizar com quem escreve. A crônica pode ser apresentada pelo jornalista que não deve alterar os fatos. Já o escritor trabalha entre as duas linhas, isto é, literatura e jornalismo, sempre com esse texto curto que pode ser o registro diário das coisas com um pouco de crítica e ironia. É como se o autor estivesse sempre dialogando com seus leitores. Os temas, entretanto, são os mais variados possíveis e o cronista imprime seu estilo de escrever que logo é identificado pelo legente costumeiro. O dia a dia é captado pelo escritor como o jornalista, mas o cronista põe os seus ingredientes próprios e a sua visão particular dos acontecimentos narrados.

Encontramos a crônica narrativa de fatos banais, a descritiva, dissertativa, narrativo-descritiva, humorística, lírica, poética, jornalística que pode ser policial, desportiva, como exemplo, e, até mesmo histórica.

Mas, voltando ao início, após algumas dúvidas, à altura das suas compreensões, propusemos uma crônica só, confeccionada por todos. Assim demos o título “Dia de Azar”, e rompemos o trabalho. Os estudantes iam acrescentando suas frases dentro do título proposto e assim compusemos juntos a crônica “Dia de Azar”, cujo desfecho foi belas gargalhadas e a segurança por parte dos jovens em tentar vários outros trabalhos sem ajuda.

E, se o importante não é fornecer o peixe, mas ensinar a pescar, desejamos sucesso aos estudantes santanenses e sertanejos em geral nas Olimpíadas da Língua Portuguesa.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A última semana de Lampião

Por Juarez Conrado (coleção Jackson da Silva Lima) Aracaju- Sergipe 1983 


Na última tarde que teve de vida, Lampião, segundo Mané Félix, estava absolutamente tranquilo, chegando mesmo a fazer pilherias quando soube do medo que causava ao coiteiro, a possibilidade de ser descoberto pelas volantes. 

Aliás, nos últimos meses, "Lampião" parecia mais acomodado, um tanto diferente, porque sempre pensativo, o que impedia, porém, de manter a autoridade sobre o grupo, inclusive com os mais temíveis dos seus integrantes como aconteceu com 

O cangaceiro Luiz Pedro

Luiz Pedro, quando este querendo botar o seu cachorro para brigar com "guarany", o de "Lampião", acabou se desentendendo com o chefe, de quem levou sem responder uma única palavra, séria repreensão.

Fonte: facebook
Página: Dally Rocha

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

“TERMO DE VIDA” - Mané Veio


Este era um termo assinado por algum dos componentes de alguma volante, responsabilizando-se por qualquer e/ou toda pessoa que fizesse parte de sua família. O dito termo descrevia que se alguém da família do soldado tivesse ligação, de alguma forma com cangaceiros, o próprio teria que executá-la, fosse quem fosse a pessoa, sem importar o grau de parentesco entre eles. Citando como exemplo, temos o caso do Sr. Euclides Marques da Silva, conhecido como Mané Veio. 

Mané Veio serviu na força do tenente Douradinho. Estando em Uauá, certo dia, chega-lhe um telegrama de seu pai pedindo que comparecesse com urgência a Santa Brígida, lugar de sua residência. Chegando ao local, Mané Veio deparou-se com uma situação crítica. Todos de sua família tinham sido acusados de serem coiteiros. Muitos já tinham ‘entrado na lenha’, por sorte ou respeito, seu pai, nada sofrera. Porém, sua irmã, seu cunhado Manezinho e José de Neném, ex-marido de Maria de Dea, foram terrivelmente agredidos.

A solução encontrada foi Mané Veio assinar o ‘Termo de Vida’. Só que menos de trinta dias, após esta assinatura, alguns cangaceiros farraram durante alguns dias na casa de sua tia. Sua tia chamava-se Cachica, residente num local por nome Marancó, município de Jeremoabo- BA.

O tenente Liberato relatou todo o acontecido ao soldado Mané Veio, e que não tinha tomado nenhuma providência, ainda, por que ele tinha assinado o termo e o próprio teria que ser o carrasco da tia. Ele mesmo tendo assinado o termo, insistiu para não ser o executor, e então, seus companheiros disseram que eles mesmos fariam a execução. O sobrinho, disse-lhes que poderiam fazer, mas que não tocassem nas crianças. Resultado, sete pessoas foram espancadas, mortas e atiradas ao fogo. As crianças sobreviveram, e algumas, ainda hoje, estão vivas. Fonte livro 'De Virgulino a Lampião" dos autores Antônio Amaury e Vera Ferreira
Obs.: O sr. Manoel Marques da Silva, identificado como sendo a pessoa na foto abaixo, matador de dois cangaceiros conhecidos, tinha a alcunha de Euclides Jacó, o famoso Mané Veio. Não tenho certeza de ser a mesma pessoa que assinou o 'Termo de Vida'.

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Na cozinha da casa de Florentino Diniz


Amigos, a fotografia abaixo é na cozinha da casa de Florentino Diniz. A mesa onde me encontro na cabeceira, segundo o senhor Adelmo, familiar 'dele’, foi o local onde Lampião se sentou por várias vezes. 


O senhor Adelmo frisou bem, "a mesa é a mesma e o local também, menos a cadeira em que você está sentado". Trata-se, a mesa, de um objeto centenário, contando com mais de três metros de comprimento e muito larga. Ao ser montada não foi usado pregos, fazia-se perfurações na madeira e com clavas, feitas de material idêntico, era ajustado. 

Ao meu lado esquerdo tem uma porta, e logo adiante tem uma espécie de 'esconderijo', onde, além de ficarem os animais, ao chegar alguém desconhecido, Lampião levantando-se da mesa, seguia e ficava até que a 'barra estivesse limpa'. 


O senhor que nos recebeu tão bem, prestando-me informações importantes, também relatou que, "foi a mesa em que Luiz Gonzaga escreveu a letra, ou parte dela, da música Xanduzinha e o caboclo Florentino". 


Povoado de irerê, município de São José de Princesa- PB. 12/06/2014. Foto do jornalista Marcos Brito.

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Cajazeiras Realiza Reunião do Cariri Cangaço

Cariri Cangaço chega a Cajazeiras

A sede do Abrigo Lucas Zorn foi palco da reunião Extraordinária do Cariri Cangaço em Cajazeiras, com a presença do Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo; dos Conselheiros Professor Pereira e Wescley Rodrigues, do Secretário de Cultura de Cajazeiras Aguinaldo Cardoso, das netas do cangaceiro Sabino Gomes, Dra Francisquinha Pereira e professora Maria José Pereira, dos graduandos em história Andressa Santana e José Heriberto, jornalista Heldemar Garcia, dos radialistas Angelo Lima e Halisson Gonçalves, Fátima Cruz, Ingrid Rebouças e ainda de Messias Lima e Maria Ferreira de São José de Piranhas e Iris Mendes de Nazarezinho, o município de Cajazeiras realizou o primeiro encontro de trabalho da Caravana Cariri Cangaço 2014.

A pauta constou da apresentação das principais realizações do Cariri Cangaço e também do Projeto de realização do evento em Cajazeiras já no ano de 2015; pelo Curador do evento, Manoel Severo ao lado do professor Pereira e de Heldemar Garcia; os presentes puderam tomar conhecimento da agenda Cariri Cangaço para o ano em curso como também conhecer as principais diretrizes para a realização do mesmo no município de Cajazeiras, como também dá os primeiros passos na formatação do evento que teria uma previsão inicial para o primeiro semestre do ano que vem.  A reunião contou ainda com  o acompanhamento da Rádio Oeste de Cajazeiras.

Secretário de Cultura de Cajazeiras Aguinaldo Cardoso e Manoel Severo 
A presença da Universidade: Graduandos Andressa e José Heriberto

Logo após a reunião de trabalho os presentes assistiram a um vídeo institucional documentário do Cariri Cangaço, presenteado pelo Conselho Consultivo ao Secretário de Cultura Aguinaldo Cardoso. Para o Conselheiro Cariri Cangaço, Professor Pereira “a realização do Cariri Cangaço em Cajazeiras era um sonho antigo e que agora estamos prestes a realizar em grande estilo, será espetacular, aguardem!” Para o Curador do evento, Manoel Severo “chegar em Cajazeiras é uma grande satisfação para o Cariri Cangaço, sem dúvidas haveremos de realizar um grande evento com o apoio vital do secretário Aguinaldo, das universidades, de outros organismos governamentais e não governamentais, de nossa SBEC, do GPEC e do GECC, é mais um grande tento para todos nós que fazemos parte deste desafio de consolidar a história, a cultura e as tradições de nosso nordeste, parabéns a Cajazeiras, parabéns a todos nós”.

O Secretário de Cultura de Cajazeiras, Aguinaldo Cardoso ressaltou o trabalho de articulação que será realizado para o Cariri Cangaço Cajazeiras, “Haveremos já de iniciar as articulações aqui no município, inclusive com as universidades e outros parceiros para Cajazeiras receber e realizar um grande Cariri Cangaço”. 

 Manoel Severo, Aguinaldo Cardoso, Professor Pereira 
 Imprensa de Cajazeiras acompanha reunião do Cariri Cangaço: Halisson Gonçalves e Angelo Lima

Para o Assessor de Marketing Institucional do Cariri Cangaço, Heldemar Garcia, “a Paraíba já pode se considerar a segunda casa do Cariri Cangaço, depois do Ceará, pois já temos Cariri Cangaço em Sousa, Nazarezinho, Lastro e agora as iniciativas vitoriosas de Cajazeiras e com certeza Princesa Isabel, consolidam a Paraíba como parceiro irmão do Cariri Cangaço, e aqui ressaltar o trabalho espetacular dos Conselheiros Professor Pereira e Wescley Rodrigues como também de parceiros de primeira hora como Iris Mendes de Nazarezinho e Cesar Nóbrega de Sousa, parabéns Paraíba, parabéns Cariri Cangaço”.

Cariri Cangaço
Assessoria de Marketing Institucional
http://cariricangaco.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com