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terça-feira, 7 de julho de 2015

"Lampião - O Cangaço e seus Segredos"

 Por Sabino Bassetti

O mais novo lançamento do espetacular pesquisador e escritor SABINO BASSETTI

IMPERDÍVEL !!!

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sabinobassetti@hotmail.com

R$ 40,00 (Quarenta reais)

com frete já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.

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NAS TRILHAS DO RIFLE DE OURO.


NAS TRILHAS DO RIFLE DE OURO.


Descaso pela História, sede do Engenho Geraldo, na zona rural do Município de Alagoa Nova-Pb.

www.onordeste.com

O cangaceiro Antonio Silvino, o Rifle de Ouro, frequentava esta casa, hoje encontra-se totalmente abandonada.

Por motivos de segurança não pude entrar, mas fica o registro e a indignação.


Fonte: facebook

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P R O G R A M A Ç Ã O ... CARIRI-CANGAÇO PIRANHAS ( 25 A 28 JULHO )


Cariri Cangaço Piranhas 2015
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
25 de Julho - Sábado
19:30hs Centro Cultural Miguel Arcanjo
Apresentação da Filarmônica Mestre Elísio
Formação da Mesa de Autoridades
Representantes de Sociedades e Grupos de Estudos
Hino Nacional
Abertura Oficial Entrega de Diplomas Cariri Cangaço
20:00hs Palestra: Piranhas e sua História 
Deputado Estadual e Pesquisador
INÁCIO LOIOLA DAMASCENO FREITAS
21:00hs Apresentação Cultural do GMAP
Grupo Musical Armorial de Piranhas
26 de Julho - Domingo
7:30hs Saída para Maranduba - Poço Redondo
9:00hs O Fogo da Maranduba
MANOEL SEVERO BARBOSA
11:00hs Inauguração
MEMORIAL ALCINO ALVES COSTA
Poço Redondo
Palestra: O Cangaço e o Legado de Alcino Alves Costa
ARCHIMEDES MARQUES
13:00hs Almoço em Poço Redondo
Apresentações Culturais
14:00hs Retorno para Piranhas.
15:00hs Palácio Dom Pedro II - Prefeitura Municipal 
O Estudo Cientifico das Cabeças
LAMARTINE ANDRADE LIMA
LANÇAMENTO DO PROJETO DE RESTAURAÇÃO DAS ESCADARIAS
IPHAN 
Apresentação do Roteiro da Invasão dos Cangaceiros 
Trajeto pelas ruas de Piranhas
JOÃO DE SOUSA LIMA
Centro Cultural Miguel Arcanjo
19:20hs Lançamento - "Água Branca - Historia e Memoria - EDVALDO FEITOSA"
19:30hs Painel: Corrupção na Época do Cangaço
JORGE REMIGIO
NARCISO DIAS
SOUSA NETO

20:30hs Palestra: Cinema e História do Cangaço
ANTONIO FERNANDO DE ARAUJO SÁ
VERA FERREIRA

21:30hs Centro Histórico
Teatro do Cordel da Rabeca
O Amor de Filipe e Maria e a Peleja de Zerramo e Lampião
27 de Julho - Segunda
8:00hs Fazenda Picos
Mapeamento da Rota dos Cangaceiros para Invasão de Piranhas 
8:30hs Fazenda Pau de Arara
Contextualização Histórico-Geográfica da Invasão
INÁCIO DE LOIOLA DAMASCENO FREITAS
10:30hs Fazenda Cachoeirinha
Ataque a Cachoeirinha 
Instituto Federal de Alagoas - IFAL
11:45hs Palestra: Uma Viagem Fotografica pelo Cangaço 
IVANILDO SILVEIRA
KIKO MONTEIRO

12:30hs Almoço no IFAL
14:00hs Painel: A Vingança de Corisco no Palco dos Inocentes
CELSO RODRIGUES
ANTONIO AMAURY
SÍLVIO BULHÕES

15:00hs Homenagem a Família de Domingos Ventura
LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA RESTAURAÇÃO 
Fazenda Patos
15:30hs Rasga Bode
16:30hs Retorno à Piranhas
Centro Cultural Miguel Arcanjo
19:20hs Lançamento "Piranhas no Tempo do Cangaço - GILMAR TEIXEIRA"
19:30hs Painel: Arqueologia do Cangaço
Apresentação das Repercussões e Primeiros Resultados 
LEANDRO DOMINGUES DURAN
20:30hs Painel: A Sexualidade nos Tempos do Cangaço
WESCLEY RODRIGUES
JULIANA PEREIRA
ADERBAL NOGUEIRA
28 de Julho - Terça feira
9:00hs Missa do Cangaço 
Sociedade do Cangaço
VERA FERREIRA
Grota do Angico - Poço Redondo
13:00hs Passeio pelos Canyons do São Francisco
Encerramento no Karrancas
Cariri Cangaço Piranhas 2015
Realização:
Prefeitura Municipal de Piranhas - Secretaria de Cultura e Turismo
Instituto Cariri do Brasil
Apoio:
SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
Sociedade do Cangaço
GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará
GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço

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ANIVERSÁRIO DO REI LAMPIÃO

Por José Mendes Pereira

Foi um desordeiro, perverso, sanguinário, fora-da-lei, tudo que ele fez quando vivo, mas o que ele praticou de ruim, não impede de ser homenageado no dia do seu aniversário. Foi um ser humano como qualquer outro. 

Hoje comemora-se o aniversário de nascimento de Virgulino Ferreira da Silva, o afamado e sanguinário cangaceiro Lampião,  filho dos pequenos fazendeiros  José Ferreira da Silva e dona Maria Sulena da Purificação, lá de Serra Talhada, no Estado de Pernambuco. 

 Imagem: Família de Lampião (desenho de Lauro Villares utilizando-se de antigos retratos) - Infelizmente eu perdi a fonte desta foto.

Lampião teve oito irmãos:

Antonio Ferreira Livino Ferreira, Virtuosa Ferreira, João Ferreira, Angélica Ferreira, Ezequiel Ferreira, Maria Ferreira (dona Mocinha), e Anália Ferreira.

LAMPIÃO EM SEU MOMENTO CRUCIAL


A seguir, material do acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho - facebook

“De pé, diante da sepultura do pai, enquanto as crianças choravam, Virgulino tirou o chapéu e rezou. Tinha perfeita consciência da real extensão do problema. Encontrava-se num caminho sem volta.

- Pois é, meus irmão – começou a dizer, pausadamente -, vejam a qui ponto nóis chegou. Nóis se mudamo treis veis pra fugi das intriga de nossos inimigo. E agora mataro nosso pai, a única riqueza qui nos restava. O coitado nun tinha nem cinquenta ano. Um home bom, sempre preocupado cum a famia. Viveu toda a sua vida com honra, sem tê um só inimigo, e foi matado logo por quem, pela... pu-li-ça! E na mia cabeça é cuma se fosse a puliça qui também matou nossa mãe, coitada, apurriada cum essa vida de vai pra aqui, vai pra açula, ua mudança atrais da outa... Ninguém suporta o qui ela suportou.

Fez uma pausa, arrumando as ideias, e anunciou a assustadora decisão:
Eu vou vingá meu pai! Home nihum nasceu pra sê pisado! Nun quero qui ninguém bote roupa de luto! E nun adianta chorá, nóis temo é qui agi! João, cê vai levá as criança pra Pernambuco. Cuide delas. Procure os nossos parente, os amigo de nosso pai, o coroné Chico Martins, coroné Zezé Abílio... Tonho e Livino eu nem progunto, purque sei qui eles vão cum eu. Mais se quisere ainda tá im tempo, podem ir cum João, as mana e as criança. Eu pirdi a isperança de tê ua vida norma, criá gado, tangê burro. Mia casa de hoje im vante vai sê o meu chapéu! Até hoje, só peguei no rife pra defendê a honra de mia famia! Mais a parti dagora vou sê cangacero! Já qui a puliça qué assim, assim vai sê! Pra me vingá do qui fizero com a mia famia, eu vou lutá até a morte! Se eu matasse todos os sordado do mundo, ainda era pouco!! E seu pudesse tocava fogo no Istado de Alagoas!!"

“LAMPIÃO a Raposa das Caatingas”, de José Bezerra Lima Irmão – pág. 102, (fulcro in obra de Billy Jaynes Chandler, Frederico Bezerra Maciel, Vera Ferreira e Antonio Amaury Correa e João Gomes de Lyra)
  
Adquira logo este livro. Você irá conhecer a vida e morte da família Ferreira, desde a juventude de José Ferreira e dona Maria Lopes, os pais de Lampião, incluindo toda família.  É um trabalho de 11 anos de pesquisas.

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Livro "Lampião a Raposa das Caatingas"


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DAS CORES DAS VESTES

Por Rubens Antonio

Uma questão que se elevou é em relação às cores das vestes dos cangaceiros.

Afirmou-se muito pelo kaki e muito pelo azul.

Um mergulho na documentação da época, aponta, finalmente, uma luz para o caso, sendo este o estado atual do conhecimento documental da época.
Ambas cores foram usadas, conforme as conveniências e necessidades.
Os registros da década de 1920, em fases de caatinga predominantes, seguem este padrão:
.



Já um registro de um momento da década de 1930, quando o grupo estava encoitado nas matas de Sergipe e Alagoas, surge este registro:


As antigas vestes dos cangaceiros, em suas fases baianas, foram guardadas pelos auxiliares do professor Estácio de Lima, quando das suas prisões, no final da década de 1930 e início de 1940.

Mais tarde, estiveram expostas no Museu Estácio de Lima, no Instituto Lima Rodrigues.

O professor Lamartine de Andrade Lima, testemunha que eram todas bege - kaki.

O que parece ser a melhor referência a ser seguida, neste momento, é que
- para os momentos e as ações nas áreas de caatinga, o kaki era o registro dominante.

- para os momentos vividos em Alagoas e Sergipe, quando em matas de outras características, o azul emergiu como opção mais camufladora, muitas vezes superando o antigo padrão.

- para os momentos das ações na Bahia, predominantemente em áreas de caatinga, sempre o kaki permaneceu como o registro dominante, mesmo nos estertores com Cangaço.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2015/07/das-cores-das-vestes.html

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28 DE JULHO DE 1938 , NA GROTA DE ANGICO, LAMPIÃO E SUA RAINHA PERDEM A VIDA

Por Virgulino Ferreira da Silva

Maria Bonita percebia que quando Lampião ficava num coito ou fazenda inquieto, se movimentando de um lado para outro, era polícia por perto, ele pressentia com o faro de cachorro.

Segundo depoimentos de quem esteve na grota de angico em 1938 e escaparam do cerco aos policiais, Lampião levantou-se com todo bando, rezaram o oficio de Nossa Senhora da Conceição. Como era madrugada com sereno, fazia muito frio, muitos cangaceiros e cangaceiras, foram se deitar novamente. 

O cangaceiro Amoroso à esquerda e Canário à direita

Lampião pediu a ao cangaceiro Amoroso para ir pegar água no riacho do Angico, para fazer café. Maria Bonita o acompanhou com uma bacia de queijo.

Lampião à esquerda e seu irmão Antonio Ferreira à direita

Lampião no momento levava uma caneca de água à boca (morreu sem nem saber de onde veio a morte). Nesse exato momento, Amoroso tombava. Maria Bonita levou um tiro, e foi cair próximo ao companheiro, tendo a cabeça arrancada ainda viva.

Fonte: facebook
Página: Virgulino Ferreira DA Silva

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AMOR EM TEMPO DE CANGAÇO


Maria Bonita havia se separado do marido Zé Neném e voltado a morar com os pais na Malhada da Caiçara, na zona rural de Paulo Afonso, na Bahia. Ali, ouvia a todo instante histórias sobre um tal de Rei do Cangaço. Era uma figura fascinante para ela. Pessoas da família  relataram que, desde cedo, a jovem nutria um sentimento forte por Lampião.

Não tardou para que os dois se encontrassem. Um tio de Maria, Odilon Café, coiteiro de Lampião, levou o “capitão” até a casa simples da família dela, conta o historiador João de Souza Lima, de Paulo Afonso. “Foi assim que eles se conheceram. E parece que Lampião gostou dela logo de cara”, diz. João confirma que já havia um certo encantamento de Maria pelas histórias de Lampião. Era como se já houvesse, por parte dela, um encantamento antes dos dois se conhecerem.

“Lampião perguntou se Maria sabia bordar. Como ela disse que sim, ele deixou com ela lenços para que fossem bordados. Garantiu que voltaria em 15 dias. Só retornou em 30 dias”, detalha o historiador. Ele fala ainda que foi a partir do momento que Lampião voltou e pegou os lenços que os dois iniciaram a paquera.

“Dizem que a mãe dela até intermediou o romance. O pai não queria, tanto que chegou a mandar um primo levá-la pro outro lado do rio, pra casa de um familiar. Mas Lampião deu um aperto e o pai mandou buscar a filha de volta”, revela o historiador.

O chamego durou cerca de um ano. Foi então que Maria, agora Maria Bonita, tomou uma decisão. “Ela colocou a roupa em dois bornais e seguiu com Lampião para o cangaço”, explica a pesquisadora Semira Adler Vainsencher. Na época, a jovem tinha entre 18 e 19 anos. “Ela entrou nessa vida por um grande amor”, diz Vera Ferreira, neta de Maria Bonita e Lampião.

O amor era recíproco, garantem pessoas que conviveram com o casal. “Tanto que meu avô aceitou que minha avó entrasse no cangaço. Até então só havia homens nos bandos. Ela foi a primeira cangaceira”, diz, orgulhosa, Vera. Assista neste vídeo como era a relação de amor e também de brigas entre Maria Bonita e Lampião.

O casal ficou junto durante nove anos. Maria Bonita e Lampião levavam um cotidiano sem rotina. Todo dia era uma surpresa. Levavam uma vida entre caminhadas quase intermináveis pelas veredas sertanejas, fugas constantes da perseguição da polícia da época, acampamentos em localidades de difícil acesso, mas também de festas em casas de coiteiros onde sempre dançavam juntos à vista do povo. Um amor que parecia não caber nos limites do cangaço, que tornava mais suave a rudeza da caatinga. Um amor que só foi vencido pela morte.

A maior dor de uma mulher

Da relação dos dois, surgiram frutos. Mas apenas um vingou. Depois de alguns abortos, Maria Bonita teve Expedita, única filha viva até hoje do casal de cangaceiros. A menina veio ao mundo pelas mãos do próprio pai. “Lampião foi o parteiro. Ele era parteiro, costureiro, fazia suas próprias roupas, era enfermeiro, era um homem extremamente inteligente”, resume a historiadora Semira.

A felicidade da jovem mãe, então com 21 anos, de finalmente poder ter um filho, não durou muito. A lei do cangaço era clara e dura. Não eram permitidas crianças nos bandos. Logo cedo, os bebês tinham de ser dados. Cerca de 20 dias depois de dar luz à criança, Maria foi obrigada a se separar do bebê. “As crianças eram dadas aos políticos, coronéis e padres: os homens fortes da época”, detalha João de Souza Lima.


A proibição não ficou restrita a Maria. Todas as mulheres que passaram pelo cangaço também não tiveram o direito de criar seus filhos. Isso porque os bandos viviam em condições muito precárias em meio à caatinga e estavam a todo instante fugindo das volantes, das forças policiais. Os cangaceiros temiam ainda que o choro dos bebês despertasse a atenção dos inimigos. Assim, as mulheres abriam mão dos filhos em nome da sobrevivência.

http://www2.uol.com.br/JC/sites/asmarias/mariabonita_lampiao.html

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