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domingo, 1 de novembro de 2020

HORÁCIO NOVAES E O CORONEL SANTANA

Por Bosco André

Pesquisador Bosco André, notável contador de histórias e grande memorialista do cariri cearense, com Manoel Severo

Missão Velha ainda não possui comarca; era o início do século passado; respondiam pelo município, Juízes da Comarca de Crato e Barbalha. Dentre esses, destacaremos o Dr. Antonio  Olímpio da  Rocha,  que em sua judicatura, ocorreu  um fato pitoresco, envolvendo  o magistrado e o famoso Cel. Santana,  da Serra do Mato; então  ex-Intendente   de Missão Velha (1903  até 1913 e de 1914 a 1917).

Houve um homicídio em que foi vítima o infeliz Cangaceiro  Cobra  Preta, esse, afilhado  de   batismo e  cangaceiro do   Cel. Santana. Na época não existia cercas divisórias entre as propriedades e o gado eram  pastoreados soltos  em cima da Serra do Araripe. Começaram a  roubar gado em cima da Serra  e o Cel. Santana, desconfiava  que  o  autor dos roubos, tratava-se de  um  seu   desafeto, Delegado de Porteiras, Horácio Cavalcante,mais conhecido por Horácio Novais. O Cel. Santana na época já  havia perdido  o  poderio político, entretanto matinha ainda grande força na região e aguardava  Horácio  Novais, "pisar novamente na Gameleira!!!"

Coronel Santana

Foi aí que o Cel. Santana, mandou que Cobra Preta, se infiltrasse no  Grupo de Novais, afim de matá-lo. Como por ironia do destino,  sob  o   novo  comando,  o cangaceiro foi  melhor aquinhoado talvez,  recebendo melhor tratamento e lá ficou.   Novais,  como desafio ao Cel.  Santana,  começou  a visitar  a  feira  da  Gameleira (o pé de Gameleira, ainda hoje existente) a mesma se realizava debaixo da grande árvore, onde os feirantes comercializavam os seus produtos, inclusive improvisando os caixões para acondicionamento das suas mercadorias nas raízes expostas da árvore. 

Gameleira; testemunha secular dos tempos do cel. Santana da Serra do Mato

O Cel. Santana, comentava em rodas de sua convivência: "nesses  dias,  Horácio Novais,  vem bater  aqui  na  Serra  do  Mato!!! " (local  da  sua  moradia). Decorridos alguns meses, o Cel. Santana,   mandou  seduzir Cobra  Preta,  para voltar para  o seu grupo, fconseguido o intento, poucos dias depois, Cobra Preta, foi morto  no sitio Talhado, altas horas da noite, quando foi invadida sua própria casa.  Instalado o Inquérito Policial e ao chegar a Justiça, foi intimado a depor o Cel. Santana,  perante a autoridade Judiciária. Tendo a incumbência de ouví-lo,  a pessoa do Dr. Antonio Olímpio da Rocha, então Juiz de Direito do Crato.

O magistrado ao chegar ao Cartório do Tabelião José Jácome, ali já  se encontrava  o  Cel.  Santana,  em atendimento à sua intimação.  Em Termo de  Assentada, para tomada do depoimento de Santana, o Juiz, após  as  advertências  do    estilo, perguntou ao Cel. Santana, se "a sua pessoa tratava-se de Antonio Joaquim de Santana?", tendo o Cel. Santana, respondido "tratar-se do Cel. Antonio Joaquim de Santana", ao que Juiz, o interpelou por três ou  quatro vezes, se a pessoa ali presente, tratava-se de Antonio Joaquim de Santana, tendo o Cel. Santana, repetido por todas as vezes, de que se tratava do Cel. Antonio Joaquim de Santana. Tendo o Juiz, dito em tom de ameaça, que podia mandar prendê-lo, ao que o Cel. Santana, respondeu: "Sei Doutor, mais se o Senhor fizer isso: “Vai cavar o chão com as costas!" .  Neste momento  o  Juiz,  retirou-se  da  Sala  das  Audiências    e  imediatamente  ausentou-se da Vila. 

O Processo só teve seu término no ano de 1926, centretanto a condenação  veio para o famoso Horácio Novais e seus cangaceiros:  Pedro Dedão e Zé Sanção; funcionaram como componentes   do  Corpo de Sentença deste  Julgamento, dentre outros, os Srs. José Gonçalves  de  Lucena,  Crispim de  Oliveira  Rocha, Pedro Silva Lima   e  José  André  Gomes  (Zeca André) ; pai do autor destas notas e pesquisa.

Bosco André - Historiador.

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LOCAL ONDE O CRISTO DEPOIS DE MORTO FOI COLOCADO

 Por Ademori Porto

https://www.youtube.com/watch?v=M4irTGudNkA&ab_channel=AdemoriPorto

O intuito desse canal é levar a Palavra de Deus pura e genuína a todos de uma forma simples e de fácil entendimento. São vídeos diversos de temas Cristão contendo pregações, ministrações, histórias, viagens, músicas e ensinamentos bíblicos. 

Cumprindo o que o próprio Jesus disse quando esteve entre os homens: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. Marcos 16:15 Inscreva-se no canal e ative o sininho para você ser avisado de cada vídeo aqui postado. Créditos: Narração: Juanribe Pagliarin Imagens: Ademori Porto e Adans Jefferson Edição de áudio: Ademori Porto Licença Creative Commos.

Link do vídeo: https://youtu.be/LwhtaeCbnWs

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QUEM FOI MASSILON?

Nas Pegadas da História 

https://www.youtube.com/watch?v=4371Vl1BdcM&ab_channel=NASPEGADASDAHIST%C3%93RIA

Massilon deixou seu nome marcado na história do cangaço. Não há como falar de Lampião e a invasão de Mossoró, em 1927, sem sitar o nome de Massilon, já que seu nome é considerado um dos elaboradores dessa ação. 

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https://www.youtube.com/watch?v=r1vSwXeQQi0&ab_channel=ObservadordoBrasil

Observador do Brasil

Filme brasileiro: CORONEL DELMIRO GOUVEIA. (1978) Coronel Delmiro Gouveia é um filme brasileiro escrito e dirigido por Geraldo Sarno em 1978. Baseado em história real, conta a saga de Delmiro Gouveia, pioneiro da industrialização do BRASIL, que foi perseguido e assassinado por se recusar a vender suas empresas a companhias inglesas no fim do século XIX e início do XX. 

O personagem, interpretado por Rubens de Falco, é mostrado como um ousado e humanista empreendedor que enfrenta o poder dos coronéis e dos trustes internacionais, sendo gravado, em sua parte, na cidade baiana de PE DE SERRA e com participação de parte de sua população no elenco. 

Seus principais cenários são em Pé de Serra-BA. CORONEL DELMIRO GOUVEIA BRASIL 1978 • Cor • 90 min Direção Geraldo Sarno Produção Geraldo Sarno Thomas Farkas Produção executiva Marco Altberg Roteiro Geraldo Sarno Orlando Senna Elenco Rubens de Falco Sura Berditchevsky Nildo Parente Jofre Soares José Dumont Isabel Ribeiro Género Drama Música Jaceguay Lins Direção de fotografia Lauro Escorel Figurino Anísio Medeiros Edição Amaury Alves Distribuição Embrafilme Idioma Português.

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NOVIDADES NA PRAÇA "VIDA E MORTE DE ISAÍAS ARRUDA - SANGUE DOS PAULINOS, ABRIGO DE LAMPIÃO"

 Por Kiko Monteiro

O historiador, pesquisador e professor cearense de Aurora, João Tavares Calixto Júnior, está lançando no próximo dia 29/11 o seu mais novo livro "Vida e morte de Isaías Arruda - Sangue dos Paulinos, abrigo de Lampião".

Trata-se de um trabalho de cinco anos de pesquisa, resultante da compilação de informações extraídas de entrevistas, revisão de bibliografia, textos de jornais, fotografias raras e processos originais.

O livro tem 421 páginas, que traz na capa e no corpo do texto 12 ilustrações do artista goiano Ronald Guimarães, e é composta por duas partes, sendo nove capítulos distribuídos na primeira, que fala da vida de Isaías Arruda e outros três capítulos na segunda parte sobre a morte do chefe da ribeira do Salgado.

Ainda de acordo com João Calixto Jr., será uma boa oportunidade para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a história social da região do Cariri cearense, sobretudo do cangaceirismo e coronelismo na década de 1920, época de atuação deste marcante personagem sertanejo, tão comentado, mas até então, não estudado.

Interessado? 

Peça o seu agora, através do professor Pereira! Via e-mail:

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O JORNALISTA DE GRANDE TALENTO ZOZIMO LIMA

 Por Antônio Corrêa Sobrinho

De retorno a Sergipe, em 1928, depois de quase duas décadas batalhando a vida, inicialmente no Rio de Janeiro e, depois, em São Paulo, Minas Gerais e Bahia, o telegrafista, jornalista e escritor sergipano, filho ilustre da "princesa dos tabuleiros", Capela, ZOZIMO LIMA (1899-1974) se integra ao jornal "Correio de Aracaju", sendo a crônica a seguir, ARACAJU DE OUTRORA - Figuras & Fatos, um dos seus artigos iniciais.

Zozimo que fez jornalismo em Sergipe até dezembro de 1973.

ARACAJU DE OUTRORA

Figuras & Fatos

Aracaju não era a vaidosa cortesã de hoje que se enfeita com as roupagens caras copiadas dos figurinos de madame Paquin e La Samaritaine.

Era u’a matuta ingênua e linda que sorria para a gente dadivosa e meiga.

Nem esses casarões maciços de cimento armado, nem essas largas e luxuosas avenidas amedrontando, afugentando a gente pobre e simples para os longínquos bairros da cidade.

Os jardins não obedeciam, na sua feitura, às leis geométricas da engenharia.

Não envenenávamos, dia e noite, como hoje, o corpo e a alma, nos bares e cafés, porque não existiam.

Imperava somente a Pataquinha.

À noite, o rapazio alegre procurava os cantos das ruas, onde uma velhota, uma Sinhá Bazú, vendia mugunzá e a cocada-puxa pela décima parte do preço que se vende hoje.

A ponte do Imperador era de preferência, o ponto onde se reuniam velhos e moços, e onde se malhava a torto e a direito a vida do semelhante.

A estudantada preparatoriana, ao contrário da de hoje, era uma vibração constante na alma urbana da feiticeira Aracaju.

Os domingos não eram, porém, tristes como os de hoje.

Organizavam-se os picnics, os convescotes, lá para os lados da

Atalaia, Fundição e Chica Chaves — meio inocente de se arranjar um namorico que terminava, quase sempre, com a amarração do parzinho per omnia secula.

Hoje, o namoro não tem aquela complicação d’outros tempos, aquela dificuldade para uma atracação em regra.

Agora a conquista é feita eletricamente.

A déa, a diva, a Julieta, ou coisa que o valha, chega à janela, paramentada melindrosamente, sorri para o canastrão que escora o porte fronteiro da ETEA, revira açucaradamente o bugalho dos olhos e... pronto. Está tudo liquidado.

O camarada pode dar a abordagem sem receio.

A ex-futura sogra fica por trás dos bastidores, ensinando catedraticamente à pequena o meio fácil de segurar o gajo romântico e sem emprego.

Trinta dias depois a pequena começa logo a ter olheiras, tonturas e chiliques.

A velha se impacienta; o rapaz alega não poder agora dar o nó górdio porque ainda não começaram as obras do porto onde espera ter um lugar de contador de pregos.

E como esses arranjos não podem ultrapassar o limite de 270 dias, imediatamente é reclamada a interferência do Xavisca e do Carlos Menezes.

Não é preciso mais, para fazer o pedido, a solenidade de um cidadão do alto comércio, cheio de circunspeção e gravidade, a bigodeira retorcida e lustrosa a cosmético, um colarinho de dois andares e o cartolão de oito reflexos enterrado até o cachaço.

A coisa hoje é rápida, sintética, radiotelegráfica.

Há, no seio da nossa sociedade, numerosas exceções, não resta dúvida.

Existem velhas e velhotes que, sem mais preâmbulos, à vista do almofadinha rondando a porta, pespegam lhe quatro descomposturas em regras, acompanhadas, às vezes, de enérgicas cacetadas.

No meu tempo, naquele tempo, sim; a coisa tinha a sua poesia, deixemos de conversa.

Não tínhamos ainda o cinema. Essa escola perigosa de costumes desenvoltos.

O teatro São Salvador deu sorte.

Ali, no finado, se exibiram Maria Castro, Lessa, Francisco Santos.

A gente ia ouvir os “Milagres de São Benedito”, “A Filha do Salineiro”, “A Órfã de Goiás”, e voltava com o lenço ensopado e os olhos inchados de chorar.

Deixe lá que o dramalhão ainda não perdeu os seus direitos de cidadania, mesmo quando se trata de uma daquelas drogas que nos impingia o paulificante Cipriano Duarte.

Tínhamos, afora as companhias que nos visitavam, um grupo de amadores.

E que conjunto!

Eram figuras primaciais do grupo os intelectuais da época, competentes daquele período da renascença literária sergipana: Josino Cardoso, grande talento, vítima, mais tarde, numa cidade paranaense, de uma grande paixão que foi a maior tortura de sua mocidade; Artur Fortes, o suave lírico do Evangelho, sonhador eterno, apolíneo, louro como um germano, trazendo sempre, escandalosamente, uma fresca e escarlate rosa na lapela; Demócrito Rocha, zombeteiro como Voltaire, hoje jornalista de combate na capital cearense; Domingos Gordo e Joaquim Maurício Cardoso, autores ilustres de Alvoradas, agora honrados pais de famílias, afundados na burocracia; Pedro Machado, erudito, esmerilhador das belezas quinhentistas do finado Nunes de Leão, atualmente funcionário público e pastor protestante nas horas d’ócio; Gamaliel Mendonça, inteligência de escol, mas preguiçoso como um abade premonstratense; Magalhães Carneiro, o nosso Catule Mandés, já, naquela época, preocupado com a criação de uma lei sociológica que é mais complicada do que um embaraço gástrico provocado por ingestão de ostras; Costafilho, romântico, cabeleira de Dumas, pai, poeta revolucionário à G. Junqueiro; Rodrigues Viana, espécie de judeu errante, e outros e outros, que foram vencidos nas letras pela incoercível exigência do estômago.

Tivemos, também, naquela época, o nosso êmulo do Barão de Munkausen, o célebre Mensonge, que, aproveitando-se da circunstância de ter um parente de relevo oficial no momento, acompanhado de um cabo de polícia, arrastando fragorosamente um espadagão de um metro e quinze, queria conquistar a muque toda menina bonita que lhe despertasse o apetite de sátiro insatisfeito.

E as serenatas ao luar, rua afora, com o vozeirão do Caruso cotinguibano, Josino Cardoso, acompanhado pelo violão de Mané Emídio.

Oh tempos! Oh costumes!

Os descantes inocentes, os amores ingênuos, a conquista difícil, as valsas, as quadrilhas, desapareceram vencidos pela vertiginosa caminhada do progresso.

Hoje, a coisa é outra.

É a civilização aniquilando a iluminação a querosene, impondo o auto, o charleston, o casamento comercial, o bistre, o rouge, a saia curta, a exibição afrodisíaca de colo e pernas.

O namoro agora é flerte; a namorada é camaradinha; a simpatia béguin; o giro, o passeio, a volta chama-se potin; e muitas outras patifarias com a significação velhaca dos anglicismos e galicismos.

Qual!

Eu devia ter nascido em 1830.

"Correio de Aracaju" – 20/04/28

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OS CANGACEIROS MARCELINOS

 Publicado em 

Os Cangaceiros Marcelinos ou Fuzilados do Leitão

Quem demanda Crato, pela estrada da feira, ligando Barbalha ao Crato, hoje vê apenas uma vereda mal conservada, chegando no Alto do Leitão, visualizará no meio do cerrado cruzes toscas, restos de covas antigas. São as cruzes do chamado Fuzilados do Leitão. Ali na fria madrugada de 06 de janeiro de 1928, um pelotão policial fuzilou cinco homens indefesos e algemados. Somente um deles, Marcelino, vulgo “Lua Branca” era cangaceiro, os demais eram cabras de recado, onde alguns dos mesmos eram menores.

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A Fundação Pró-Memória Josafá Magalhães de Barbalha, através dos seus idealizadores, Dr. Josafá Magalhães (falecido) e o historiador e médico Dr. Napoleão Tavares Neves resgataram para a história de nossa cidade este fato sangrento que infelizmente faz parte de nossa história.


Alto do Leitão Outro ponto alto desta edição do Cariri Cangaço 2013, foi sem dúvidas a visita ao cenário emblemático do monumento dos Fuzilados do Leitão em Barbalha; o famoso Alto do Leitão.  Ali, há poucos quilômetros do centro de uma das mais acolhedoras cidades do cariri, “à beira da Estrada Real” que ligava Barbalha a Crato, aconteceu a covarde chacina do grupo do cangaceiro Lua Branca, último dos irmãos Marcelinos, pelo Sargento José Antônio da policia do Ceará. O Massacre do Alto do Leitão foi sem dúvidas um dos mais marcantes episódios do cangaço na região do Cariri. No dia 05 de janeiro de 1928 o último dos irmãos Marcelinos; nesta época seus dois irmãos: Bom de Veras e João 22 já haviam sido eliminados; conhecido por Lua Branca, seria barbaramente assassinado pelo grupo do sargento José Antônio, quando supostamente eram transferidos pela “Estrada da Feira”, de Barbalha para cadeia do Crato e dali para Fortaleza. Na oportunidade o mais novo dos Marcelinos era morto, ao lado dos companheiros João e Joaquim Gomes, Pedro Miranda e Manoel Toalha. naquele dia os presos foram tirados da casa de detenção, cadeia de Barbalha com o destino ao Crato, o trajeto era feito por uma antiga estrada usada pelos almocreves que transportavam alimentos e outros gêneros oriundos da Serra do Araripe e das redondezas, para a feira do Crato. Cerca de alguns quilômetros do centro de Barbalha, o inesperado. O sargento José Antônio e seus homens; ordenou que parassem e de posse de enxadas e pás começassem a cavar covas rasas à beira do caminho. O desespero e a coragem do grupo acabou tornando a chacina ainda mais dramática. Uns conseguiram com coragem cavar e esperar o desfecho provável… Outros não conseguiram e tentaram correr em fuga, todos tiveram o mesmo fim: Morte e sepultamento nas covas cavadas pelos próprios presos. A antiga “Estrada da Feira” ainda guarda suas marcas  por entre as cercas e o que restou da caatinga bruta desses lados do sertão cearense.  No dia de nossa visita fomos ciceroneados pelo prefeito de Barbalha José Leite e pelo companheiro, secretário de cultura Sitôe Luna; mais uma vez o Cariri Cangaço testemunhava um dos mais marcantes episódios do cangaço em terras cearenses.

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Manoel Severo e Napoleão Tavares Neves no Alto do Leitão Ainda em 2009 quando estávamos construindo o primeiro Cariri Cangaço tive a honra de acompanhado do Mestre Napoleão Tavares Neves conhecer um pouco mais da história de Bom de Veras e seus irmãos e ainda em nossa primeira edição, naquele ano, tivemos a grande Conferência sobre o Alto do Leitão com o pesquisador e escritor José Peixoto Junior.Postado por CARIRI CANGAÇO Manoel SeveroCariri Cangaço 2013

– Os fuzilados do Leitão no dia 5 deaneiro de 1928…
– A morte dos irmãos marcelinos.
– A sorte do coronel Xavier

https://www.facebook.com/Portais-da-jurema-110119

58058https://barbalhaesquecida.home.blog/2019/01/11/os-cangaceiros-marcelinos/1657/

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ASSOMBRAÇÕES NO CANGAÇO XAXADO NA HORA DA MORTE

 Por Wanessa Campo

Ilustração de João Astroboy

Dando sequência  "As Assombrações do Cangaço" vem agora  a segunda história  também repassada por João Jurubeba, em Serra Talhada, nos anos 70. Jurubeba foi um dos maiores perseguidores de Lampião. Ele contou para Amaury Correa como foi a morte de Dona Jacosa, a avó de Lampião. Ela, idosa, morava em Carqueja, hoje Nazaré, Floresta e com idade avançada quase não saia do quarto. Sempre recebia visitas da vizinhança.

João Jurubeba é o 3º a direita - Acervo Lampião Aceso

Certa noite, as mulheres passaram a escutar um barulho diferente, parecendo com baile. O barulho ia aumentando cada vez mais parecendo Xaxado. As batidas dos pés no chão iam cada vez mais se aproximando como quisesse entrar na casa. As mulheres assustadas correram apavoradas. Na porta, pessoas se juntavam, mas ninguém tinha coragem de entrar. Dentro do quarto, se ouvia o barulho do Xaxado invisível.

O volume da cantoria oscilava, bem como as batidas dos pés, mas não paravam. Alguém teve a ideia de chamar uma rezadeira para “puxar” o terço. Jogaram água benta na casa toda e a cantoria não cessava. Certo momento, se ouvia perfeitamente a cantoria com várias vozes:

Olé mulé rendeira
Olé Mulé renda,
Tu m ‘ensina a fazer renda
Qu’eu ten’sino a namorá

Dona Jacosa agonizava e a cantoria não parava. Isso demorou mais de um dia, até que certa noite, o Xaxado aumentou e ao mesmo tempo uma forte ventania apagou todas as lamparinas. Fez escuro total, a cantoria parou. Ouviu-se então um estrondo e com ele,  Dona Jacosa partiu. Ficou o relato contado pelos mais velhos.

Pescado no Mulheres do Cangaço

E eu repesquei no blog Lampião aceso do Kiko Monteiro

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Dona%20Jacosa

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