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domingo, 1 de novembro de 2020

OS CANGACEIROS MARCELINOS

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Os Cangaceiros Marcelinos ou Fuzilados do Leitão

Quem demanda Crato, pela estrada da feira, ligando Barbalha ao Crato, hoje vê apenas uma vereda mal conservada, chegando no Alto do Leitão, visualizará no meio do cerrado cruzes toscas, restos de covas antigas. São as cruzes do chamado Fuzilados do Leitão. Ali na fria madrugada de 06 de janeiro de 1928, um pelotão policial fuzilou cinco homens indefesos e algemados. Somente um deles, Marcelino, vulgo “Lua Branca” era cangaceiro, os demais eram cabras de recado, onde alguns dos mesmos eram menores.

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A Fundação Pró-Memória Josafá Magalhães de Barbalha, através dos seus idealizadores, Dr. Josafá Magalhães (falecido) e o historiador e médico Dr. Napoleão Tavares Neves resgataram para a história de nossa cidade este fato sangrento que infelizmente faz parte de nossa história.


Alto do Leitão Outro ponto alto desta edição do Cariri Cangaço 2013, foi sem dúvidas a visita ao cenário emblemático do monumento dos Fuzilados do Leitão em Barbalha; o famoso Alto do Leitão.  Ali, há poucos quilômetros do centro de uma das mais acolhedoras cidades do cariri, “à beira da Estrada Real” que ligava Barbalha a Crato, aconteceu a covarde chacina do grupo do cangaceiro Lua Branca, último dos irmãos Marcelinos, pelo Sargento José Antônio da policia do Ceará. O Massacre do Alto do Leitão foi sem dúvidas um dos mais marcantes episódios do cangaço na região do Cariri. No dia 05 de janeiro de 1928 o último dos irmãos Marcelinos; nesta época seus dois irmãos: Bom de Veras e João 22 já haviam sido eliminados; conhecido por Lua Branca, seria barbaramente assassinado pelo grupo do sargento José Antônio, quando supostamente eram transferidos pela “Estrada da Feira”, de Barbalha para cadeia do Crato e dali para Fortaleza. Na oportunidade o mais novo dos Marcelinos era morto, ao lado dos companheiros João e Joaquim Gomes, Pedro Miranda e Manoel Toalha. naquele dia os presos foram tirados da casa de detenção, cadeia de Barbalha com o destino ao Crato, o trajeto era feito por uma antiga estrada usada pelos almocreves que transportavam alimentos e outros gêneros oriundos da Serra do Araripe e das redondezas, para a feira do Crato. Cerca de alguns quilômetros do centro de Barbalha, o inesperado. O sargento José Antônio e seus homens; ordenou que parassem e de posse de enxadas e pás começassem a cavar covas rasas à beira do caminho. O desespero e a coragem do grupo acabou tornando a chacina ainda mais dramática. Uns conseguiram com coragem cavar e esperar o desfecho provável… Outros não conseguiram e tentaram correr em fuga, todos tiveram o mesmo fim: Morte e sepultamento nas covas cavadas pelos próprios presos. A antiga “Estrada da Feira” ainda guarda suas marcas  por entre as cercas e o que restou da caatinga bruta desses lados do sertão cearense.  No dia de nossa visita fomos ciceroneados pelo prefeito de Barbalha José Leite e pelo companheiro, secretário de cultura Sitôe Luna; mais uma vez o Cariri Cangaço testemunhava um dos mais marcantes episódios do cangaço em terras cearenses.

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Manoel Severo e Napoleão Tavares Neves no Alto do Leitão Ainda em 2009 quando estávamos construindo o primeiro Cariri Cangaço tive a honra de acompanhado do Mestre Napoleão Tavares Neves conhecer um pouco mais da história de Bom de Veras e seus irmãos e ainda em nossa primeira edição, naquele ano, tivemos a grande Conferência sobre o Alto do Leitão com o pesquisador e escritor José Peixoto Junior.Postado por CARIRI CANGAÇO Manoel SeveroCariri Cangaço 2013

– Os fuzilados do Leitão no dia 5 deaneiro de 1928…
– A morte dos irmãos marcelinos.
– A sorte do coronel Xavier

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