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quarta-feira, 21 de julho de 2021

O CANGACEIRO CHICO PEREIRA FOI ASSASSINADO EM TERRAS DO RIO GRANDE DO NORTE

Por José Mendes Pereira

Cangaceiro Chico Pereira

O cangaceiro Chico Pereira que era paraibano, filho de dona Maria Egilda e do coronel João Pereira, tendo este sido assassinado por um senhor chamado Zé Dias. Chico Pereira perseguiu o assassino do seu pai, levou aos pés das autoridades, e dias depois, o criminoso estava solto. Chico Pereiravingou a morte do pai e sem muito pensar, tornou-se cangaceiro. 

Os pais do cangaceiro Chico Pereira

Chico Pereira comandou vários ataques, inclusive com cangaceiros da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia", de Virgolino Ferreira da Silva o rei do cangaço Lampião. 

Chico Pereira passou seis anos nessa vida, até encontrar a morte misteriosa numa estrada do Estado do Rio Grande do Norte, aos 28 anos de idade, a 24 de agosto de 1928, uma morte que os dias de hoje não foi esclarecida o motivo da tamanha covardia.

Alguns afirmam que foi queima de arquivo e outros dizem que foi por covardia mesmo, feita com o  cangaceiro.

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FALECIMENTO DE JARDA...

 Por José Mendes Pereira


Maria das Graças Nóbrega e Mélo Pereira disse que a sua tia Jardelina Esmerina Nóbrega era irmã do seu pai, e que foi uma mulher à frente do seu tempo. 

Morreu na década de 1980 na casa de repouso "LAR DA PROVIDENCIA", na capital  de João Pessoa, no Estado da Paraíba. 

http://cariricangaco.blogspot.com/2013/06/jarda-o-amor-de-chico-pereira.html

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JARDA, A ESPOSA MENINA

Por Mulheres do Cangaço
 Jarda esposa do cangaceiro Chico Pereira

“Esconde essa aliança e casa com  outro. Chico já morreu”. Era o que Jardelina Nóbrega ouvia das pessoas aconselhando-a a desistir de se casar com Chico Pereira, que virou cangaceiro.  Jarda, como era chamada começou a namorar com Chico aos 12 anos,  noivou aos 13, casou aos 14  e ficou viúva aos 17 anos de idade, com três filhos pequenos. O caçula tinha apenas seis meses.

Sua vida daria um filme, como já tentaram fazer.  Tudo começou em 1920, na localidade de São Gonçalo,  Sertão da Paraíba, quando Jarda conheceu Chico, então com 20 anos, um pacato  comerciante de cal. Filho do coronel João Pereira, pessoa bem relacionada na redondeza. De repente, o coronel viu-se envolvido numa briga  na sua mercearia.  E nela, foi morto o coronel. Uma morte encomendada por questões políticas. Agonizante, João Pereira pediu aos filhos que não queria vingança como ditava o código de honra da época.

Chico, o filho mais velho conseguiu prender Zé Dias, que matou seu pai e o entregou à polícia achando que assim a justiça seria feita. Mas na semana seguinte, Zé Dias estava solto, para revolta de todos. Chico era insuflado pelo povo a vingar-se e ao mesmo tempo não queria revidar, mas percebia a má vontade da polícia em prender Zé Dias.  Tinha receio de ser chamado de frouxo.

Então, o jeito foi fazer justiça com as próprias mãos, como fez Virgolino. A cidade de Souza perdeu a tranquilidade e a briga entre famílias    Pereira e Dias ganhava corpo. Chico vingou a morte do pai e tornou-se cangaceiro.  Formou um bando e sua vida mudou totalmente e a de sua noiva também.  Passou a ser foragido da polícia.

Entretanto, sua preocupação maior era Jarda,  sua noiva adolescente. Após uma longa conversa com ela, alertou para o tipo de vida que levava e, se ela quisesse desistir do casamento prometido, ele iria entender. “É com você que quero me casar” , foi a resposta. E como seria esse casamento?

Conseguiram celebrar por meio de procuração, na manhã de  26 de maio de  1925, na igreja de Pombal. Jarda continuou morando com a família e os encontros com o marido eram escondidos. Nasceu o primeiro filho, Raimundo. Depois vieram Dagmar e Francisco. Houve uma menina, mas morreu prematura.  Jarda teve uma vida marcada por mortes trágicas: pai, sogro, cunhado e marido.

Chico Pereira comandou vários ataques, inclusive com cangaceiros de Lampião. Passou seis anos nessa vida até encontrar a morte misteriosa numa estrada do Rio Grande do Norte, aos 28 anos de idade, a 24 de agosto de 1928. Uma morte até hoje não esclarecida.

Jarda, com três filhos pequenos, pensava o que seria dela. E dos filhos?  Futuros cangaceiros? Como iria educar os meninos com salário de professora rural? A solução foi deixar cada um com um parente. Periodicamente viajava a cavalo para ver os filhos.  Uma vida sacrificada.  Os três irmãos só se encontraram  bem mais tarde.

Certo dia,  recebeu um bilhete anônimo por meio de um cavaleiro desconhecido montado num cavalo branco, quando estava pensativa no alpendre da casa. O bilhete dizia:” Se queres ser feliz, perdoa seus inimigos”.  Uma cena quase irreal.  E Jarda tinha muito a quem perdoar. Decidiu queimar todas as cartas, livros de cordel, jornais, tudo que falava de Chico Pereira. Estava queimando seu passado para salvar o futuro dos filhos,  escreveu  Francisco  no seu livro “Vingança, não”.

Os anos foram passando e a primeira alegria  veio com  Raimundo que se formou em engenharia civil no Recife. Depois, foi a vez de Dagmar, que se tornou frade franciscano com o nome de frei Albano.  Surpresa maior veio com  Francisco,   ordenado padre  em Roma, onde estudou. Com ele, a alegria de Jarda foi maior,  pois assistiu sua ordenação, recebeu bênção especial do papa e a comunhão pelo próprio  filho na sua primeira missa. Jarda encontrou a felicidade através do perdão.

Dos três filhos, apenas frei Albano está vivo, no Convento de São Francisco, em Salvador, Bahia. Jarda ficou viúva para sempre e morreu em João Pessoa onde morava e o filho Francisco também.

Jarda foi uma Maria Bonita.

 NOTA – Conheci e convivi com dona Jarda desde menina até a idade adulta, na minha casa e na da minha irmã mais velha, Wanice, casada com  Raimundo com que ela morou durante muito tempo. Dona Jarda, muito alva, cabelos castanhos, bonita e vaidosa que me pedia para comprar batons de cores claras. Falava baixinho, gostava de conversar e contava com naturalidade sua vida com Chico Pereira. Demonstrava serenidade e nem parecia ter um passado sofredor. Os filhos diziam que ninguém conseguiu ver Jarda chorar. Gostava dela.

https://www.mulheresdocangaco.com.br/project/jarda-a-esposa-menina-2/

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O CANGAÇO NA PARAÍBA

Por Professor Josias

Cangaceiro Chico Pereira

A sociedade é constituída pelos homens e para os homens. Todos devem participar de seus benefícios e de seus encargos: é o princípio da igualdade perante a lei. E é por desrespeito à lei, ligado aos problemas sociais, que surgem os maiores conflitos. A história registra em passado não muito distante a atuação de milhares de bandoleiros nos sertões do Nordeste. Poucos, entretanto, chegaram a ser famosos. O Nordeste viveu longos anos de agitação, pelas lutas sangrentas entre soldados (chamados de macacos) e cangaceiros.

Ao contrário do que teve muitos cangaceiros, sobressaindo-se apenas dois: Chico Pereira e Osório Olímpio de Queiroga, coincidentemente nascidos na região de Pombal. Como ninguém nasce cangaceiro, os dois entraram no cangaço para vingar a morte dos seus pais. O primeiro foi assassinado pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte, no município de Acari. E o segundo, absorvido na comarca de Pombal, ingressou na PM da Paraíba, tornando-se um oficial respeitado, sensato e equilibrado, reformando-se no posto de coronel.

Ao contrário do que muitos pensam, Manoel Batista de Morais, o Antônio Silvino, não era paraibano. Nasceu em Afogados de Ingazeiras, em Pernambuco. Viveu muitos anos na Paraíba, morrendo aos 69 anos na cidade de Campina Grande, no dia 9 de outubro de 1944, ainda certo do grande trabalho prestado à comunidade sertaneja, pois ainda ninguém conseguia convencê-lo ao contrário, como afirma o jornalista e escritor Barroso Pontes, autor de quatro livros que tratam do cangaceirismo no Nordeste.

No verão 1914, Antônio Silvino invadiu a cidade de Mogeiro, na Paraíba. A cerca assolava terrível e levas de flagelados exibiam a sua miséria pelas estradas ressequidas. Silvino, ao apossar-se da cidade, não cometeu nenhuma violência contra pessoas físicas, mais apoderou-se dos gêneros alimentícios estocados no a depois seria preso, quando ferido em combate com a força do então major Teófanes Torres (da Polícia Militar de Pernambuco) numa fazenda do distrito de Frei Miguelino, município de Vertentes onde costumava se acoitar . De fatos como aquele, acontecido na cidade de Mogeiro recheia a história de Antônio Silvino e a sua fama ainda hoje corre pelo mundo.

Antônio Silvino, Jesuíno Alves de Melo Calado, vulgo Jesuíno Brilhante e Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, que tiveram atuação na Paraíba, embora este último “não tenha levado boa vida”, em virtude da perseguição do comando militar chefiado pelo coronel Manoel Benício da Silva.

O escritor Barroso Pontes, por sua vez, informou, que Antônio Silvino foi posto em liberdade no dia 20 de fevereiro de 1937, tendo logo em seguida telegrafado ao ministro José Américo de Almeida: Solicito de Vossa Excelência um emprego federal pelos relevantes serviços que prestei ao Nordeste”.

Não se sabe se o emprego foi dado, embora alguns contivessem que sim.

A história registra que o privilégio do combate ao cangaço coube ao presidente João Pessoa. Se não conseguiu a extinção, é o responsável maior pelo início do combate, feito numa época “em que a transição política impunha novos métodos, sem menosprezar a ação dos autênticos líderes interioranos implantando costumes tanto compatíveis ao tempo, como inaceitável aos nossos dias.

É ponto pacífico que o mais temido bando de cangaceiros era o de Lampião, com atuação nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Sergipe e Bahia. Foi também o de maior duração, com vinte anos consecutivos de atuação. O segundo, com 16 anos, foi o de Antônio Silvino. Conta a história que Antônio Silvino tinha uma formação diferente de Virgulino Ferreira da Silva. Ao passar por uma localidade e observando irregularidades,por culpa de administradores,chamavam os responsáveis e mandava corrigi-las.

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi tragicamente morto no dia 27 de julho de 1938, acredita-se, ainda hoje, que o coiteiro Pedro Cândido, que o traiu tenha se vendido a polícia. Pedro Cândido teria sido encarregado de introduzir, com o auxílio de uma agulha de injeção, um veneno letal nas garrafas de vinho destinadas a Lampião e seu bando. O trabalho foi feito com arte e não provocou nenhum dano as rolhas de cortiça dos vasilhames.

Jesuíno Brilhante, o primeiro dos três, foi tido e havido como o cangaceiro gentil-homem e bandoleiro romântico, morreu em 1879, no lugar Santo Antônio, entre Caraúbas e Campo Grande, no mesmo Estado onde nasceu.

Jesuíno foi o maior cangaceiro do século XIX, como afirmou o historiador cearense Gustavo Barroso, em seu livro Heróis e Bandidos. Era de família abastada, conservando-se fiel às tradições sertanejas, respeitando o alheio, acatando a honra das donzelas, primando pelo comprimento da palavra empenhada, sendo por isso considerado homem de caráter e sempre exaltado pelas populações sertanejas do seu tempo. As vezes que cometeu assaltos, fê-los no sentido de ajudar alguém, já que dedicava à melhor atenção a pobreza, tudo fazendo para prestar seu apoio aos necessitados.

Em relação a Jesuíno Brilhante, sabe-se ainda que invadisse, de madrugada, a cadeia pública de pombal, liberando seu irmão e os demais presos.

O imortal paraibano Assis Chateaubriand definia o fenômeno cangaceirismo como sinônimo de virilidade e coragem pessoal, pioneirismo, inovações, impetuosidades e decisões agressivas

Dizem que cangaceiros autênticos, reais, o Nordeste só conheceu três: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e Virgulino Ferreira, o Lampião.

CANGACEIROS DA PARAÍBA

Para destacar os principais, que entraram no cangaço, não por vocação, mas por obrigação, que a própria época exigia, destacam-se Francisco Pereira e Osório Francisco Ferreira, ainda jovem, de família conceituada, por força do destino entrou no cangaço, para vingar a morte do pai, barbaramente assassinado. Seu pai era um homem pacato, fazendeiro honrado, que antes de morrer pronunciou as seguintes palavras: “Vingança não”.

Disse diante desse pronunciamento, à família, especialmente os filhos, ficaram num dilema, porque era determinação da própria sociedade, da época, a vingança. Mas resolveram atender o pai. O filho, Chico Pereira, procurou a Polícia, registrou a queixa e insistiu com o delegado para que fosse feita a prisão do assassino do pai, tendo a autoridade policial afirmado: “Chico, a gente solta uma vaca e para achá-la, não é facil, imagine um criminoso perigoso, como este que matou teu pai”. Chico Pereira, desejando dar satisfação à família, pediu uma autorização ao delegado, por escrito. Logo depois encontrou o criminoso, dormindo. Com rara dignidade, mandou que o sujeito acordasse e o levou preso, para a Polícia. Volta para casa e a família ficou satisfeita com o episódio da prisão. Um dia depois o criminoso se encontrava em liberdade. Chico compreendeu que não havia justiça. Chico compreendeu que não havia justiça e se viu na contingência de fazê-la com as próprias mãos.

Na mesma região de Pombal, registrou-se outro caso, Osório um garoto de poucos meses de nascido, encontrava-se numa rede quando o pai chegou baleado, quando afirmou: “Este gatinho que está na rede vai vingar minha morte”. À medida que ia crescendo, Osório ouvia de outro: a determinação do pai. Ao completar 18 anos, recorreu a justiça da época, o rifle, e matou o assassino do pai e outros que cruzaram seu caminho. Osório Olímpio de Queiroga foi realmente um cangaceiro respeitado. Depois conseguiu absolvição, na comarca de Pombal, e ingressou na Polícia Militar da Paraíba, chegando a coronel e se conduzindo sempre como um militar digno e correto. O mesmo chegou a ser prefeito de Catolé do Rocha.

O problema do cangaceirismo e coronelismo vêm segundo consta, da Guerra Brasil-Paraguai, quando foi fortalecida a guarda nacional e, entre as pessoas recrutadas, eram dadas patentes.

Nos séculos passados, no entanto, a Paraíba teve inúmeros grupos de bandidos, que invadiam as cidades, saqueavam o comércio e matavam. As causas principais eram a seca e a fome. No ano de 1887, registraram-se invasões e violências. A polícia nada podia fazer para garantir a vida do cidadão e da propriedade alheias, sempre ameaçadas pelos bandidos. Os jornais da época denunciavam a insegurança nos sertões, sem que qualquer providência tivesse sido adotada para coibir o abuso.

José Américo de Almeida, no Livro A Paraíba e seus problemas, relacionaram inúmeros grupos de bandidos que agiam impunemente no sertão. O grupo de Jesuíno Brilhante, com atuação no século passado, foi um exemplo. Ele residiu, por alguns anos, na localidade Boa Vista, próxima a Pombal, sem qualquer diligencia da polícia para capturá-lo. Foi dessa maneira que a miséria juntou-se ao terror. Fazendeiros abastados, que poderiam resistir à crise, durante alguns meses, emigraram sem demora, temerosos de assaltos.

Em maio do mesmo ano, a cadeia de Campina Grande foi arrombada e muitos indivíduos implicados ao movimento dos quebra-quilos fugiram. Dentro de mais algumas semanas, outros presidiários fugiram, entre os quais o famigerado Alexandre de Viveiros, chefe do levante de 1874. Ainda foi arrombada a cadeia de Mamanguape e, ao mesmo tempo muitos sentenciados caíram fora.

José Américo de Almeida conta, também, que, desta maneira, iam-se tornando mais terríveis as correrias com a aquisição de novos profissionais do crime da Paraíba e do Ceará. Ressalte-se a fraqueza das autoridades que permitiam que fossem engrossando os grupos, como o do Calangro, evadido da cadeia do Crato e cabeça dos 60 assalariados de Inocêncio Vermelho: o de Sebastião Pelado, inimigo dos primeiros: e dos irmãos Viriatos, formado de mais de 40 bandidos: e dos Mateus, entre outros. Um desses bandos assaltou duas propriedades em Alagoa Grande.

O senhor Gustavo Barroso, por exemplo, retrata o comportamento de Viriato, um dos principais cangaceiros da época: “O Viriato foi um dos cangaceiros mais célebres, mais rasteiros e mais tortuosos do Cariri. Era um miserável estabanado nos atos, com uma infinidade de predisposições redutíveis ao roubo, ao estupro e ao assassinato. Inventava torturas para as vítimas. Gostava mais de matar às facadas do que de fuzilar, dizia que era “mais barato”. Esse bandido obrigou um fazendeiro de São João do Cariri a casar-se com a irmã de seu compassa Veríssimo.

Foi assassinado, de emboscada, no lugar Riachão, o Dr. Vicente Ribeiro de Oliveira, quando voltava da Bahia para reassumir o Juizado de Direito da Comarca de Piancó. Esse crime foi atribuído aos cangaceiros.

http://historiadaparaiba.blogspot.com/2008/11/o-cangao-na-paraba.html

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A MORTE DA CANGACEIRA ENEDINA | O CANGAÇO NA LITERATURA | #223

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=XyCO3uaEriU&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

Texto sobre Márcia https://www.facebook.com/570852839/po... 

Quer saber um pouco mais sobre Zé de Julião e Enedina? Assista nosso programa.

Narrado por Robério Santos

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CONHEÇA A HISTÓRIA DE ENEDINA MARQUES, A PRIMEIRA ENGENHEIRA NEGRA DO BRASIL

Por Vitor Paiva

Enedina Alves Marques

Apesar dos importantes avanços conquistados por políticas como as cotas, ainda hoje a presença negra em absoluta minoria dentro das universidades se afirma como um dos mais graves sintomas do racismo no Brasil. Em 1940, em um país que havia abolido a escravidão 52 anos antes somente e que havia permitido, por exemplo, o voto feminino apenas 8 anos antes, em 1932, a hipótese de uma mulher negra se formar engenheira por uma universidade brasileira era pratica e tristemente um delírio. Pois foi esse delírio que a paranaense Enedina Alves Marques tornou realidade e exemplo em 1940 ao ingressar na Faculdade de Engenharia e se formar, em 1945, como a primeira mulher engenheira do Paraná, e a primeira mulher negra a se formar em engenharia no Brasil.

Enedina à esquerda, junto com suas colegas professoras

No ano seguinte à sua formação, Enedina passou a trabalhar como auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas e, em seguida, foi transferida para o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná. Trabalhou no desenvolvimento do Plano Hidrelétrico do Paraná em diversos rios do estado, com destaque para o projeto da Usina Capivari-Cachoeira. Reza a lenda que Enedina costumava trabalhar com uma arma na cintura e, para reconquistar o respeito dos homens ao seu redor em um canteiro de obras, ela eventualmente disparava tiros para o alto.

A usina Capivari-Cachoeira

Depois de uma carreira sólida, viajou pelo mundo para conhecer culturas, e se aposentou em 1962 reconhecida como uma grande engenheira. Enedina Alves Marques faleceu em 1981, aos 68 anos, deixando não somente um importante legado para a engenharia brasileira, como para a cultura negra e a luta por um país mais justo, igualitário e menos racista.

A usina Capivari-Cachoeira

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Enedina Alves Marques nasceu no dia 13 de janeiro de 1913, em Curitiba (PR). Filha de Paulo Marques e Virgília Alves Marques, e ambos trabalhavam na agricultura e em lavagem de roupas.

Na década de 1920, dona Duca, como como era chamada a mãe de Enedina foi contratada para trabalhar como empregada doméstica na casa de um major Domingos Nascimento Sobrinho. 

Sem ter com quem deixar Enedina para trabalhar, dona Duca levava a filha com ela para a casa do patrão que era o major Domingos tinha uma filha chamada Isabel, e ambas tinham a mesma idade.

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A TOCAIA FATAL DE LAMPIÃO E O ASSASSINATO DE CÂNDIDO FERRAZ.

 Por Geraldo Júnior

https://www.youtube.com/watch?v=GcpclPD-wVA&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

A tocaia de Lampião que culminou na morte do Nazareno Cândido de Souza Ferraz. Fato ocorrido na Fazenda Ingazeira (Serra Talhada - Pernambuco) em julho de 1926. 

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LAMPIÃO ALMOÇA A CABRA DE LUIZ DE CAZUZA

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ROLANDO BOLDRIN SINTO VERGONHA DE MIM - SR BRASIL 18/08/2011

 Por Rolando Boldrin

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Do acervo do Kydelmir Dantas

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A EXTINTA EDITORA COMERCIAL S/A, TALVEZ, AINDA GUARDA ÁLBUNS FOTOGRÁFICOS DO SEU PASSADO, DA RÁDIO DIFUSORA DE MOSSORÓ E DOS CINEMAS CINE CAIÇARA, CINE JANDAIA E CINE MIRAMAR DE AREIA BRANCA.

 Por José Mendes Pereira

Escritor Kydelmir Dantas

Meu amigo professor, poeta, escritor, pesquisador do cangaço, de Luiz Gonzaga e do Trio Mossoró Kydelmir Dantas de Oliveira, há alguns anos você me pedia nomes de cantores que teriam passados pelo cine Caiçara de Mossoró, e eu enviei alguns da minha lembrança, incluindo Renato e seus Blue Caps, Coronel Ludugero, Orquestra Casino de Sevilla e outros. 

Antonio Pereira de Melo - Coronel Pereira era um amigão muito humano.

Eu havia lhe prometido fazer apanhado com o radialista coronel Pereira, mas ele me falava que iria fazer um levantamento da sua lembrança. Não o fiz exigência, porque ele vinha com problemas de saúde. e infelizmente o coronel Pereira faleceu, pois era quem mais sabia sobre cantores que fizeram shows no cine Caiçara de Mossoró.

José Maria Madrid é o que tem bigode

Este último grupo de cantores, falo sobre o pseudônimo que ganhou o locutor José Maria Neto (Madrid), que apresentou o grupo "Casino de Sevilla da Espanha" ao público que lotava o palco do Cine Caiçara, e  no grupo, existe ou existia (não tenho certeza da sua permanência aqui na terra), um jovem com o nome de José Maria Madrid. - Leia um pouco sobre a sua morte clicando no link abaixo. Escrevi em 2 de novembro de 215. http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com/2015/11/morte-do-radialista-jose-maria-madrid-e.html

José Maria Madrid - Componente da Orquestra Casino de Sevilla - Google

Quando a orquestra "Casino de Sevilla" foi embora de Mossoró, o locutor José Maria que antes era "Neto", passou a ser chamado artisticamente pelos seus colegas de emissora José Maria Madrid, deixando de lado o Neto. 

José Mendes Pereira e seu primo Júlio Batista Pereira Ponte de Trem em Mossoró-RN.

José Maria faleceu no dia 20 de dezembro de 1994, vítima de uma tragédia que aconteceu nesta cidade, na ferrovia que liga Mossoró/Sousa-PB, no quilômetro 756, próximo ao Sítio Bom Jesus, quando ele foi esmagado por uma locomotiva. Logo após foi sepultado no Cemitério São Sebastião, município de Mossoró-RN. Pouca gente que o conheceu após 1965, não sabia o seu nome verdadeiro. 

Orquestra Casino de Sevilla. Espanhola.

Mas o que me fez recordar o tempo da sociedade de cinemas de Mossoró, rádio, cinemas  e editora, a qual eu fiz parte como gráfico dela, foi para falar sobre alguns registros perdidos de cantores que se apresentaram em épocas distantes no Cine Caiçara de Mossoró. 

Eu acredito que na editora, em um quartinho sob a escada que fazia chegar aos estúdios da rádio Difusora, sala de áudio, escritório, discoteca e sala de operar películas do Cine Caiçara, estão guardados muitos arquivos da Rádio Difusora, pois era lá que eram arquivadas todas as fotografias em álbuns da sociedade.

Falo, porque trabalhei naquela empresa durante 12 anos, e eu conhecia tudo que era recolhido e guardado em baixo da escada. A porta sempre permanecia fechada, e a gente só a abria quando necessitava de algo.

Como você sabe, o prédio do Cine Caiçara já não existe mais, porque os herdeiros venderam para uma imobiliária, e foi feito um outro que recebeu o mesmo nome do cinema. Mas a parte da extinta Editora e Rádio Difusora continua intacta, por isso, acredito que lá no quartinho estão guardados os registros da sociedade, muito embora, algumas fotografias estejam em péssimos estado de conservação. 

Quando a rádio foi vendida ao grupo do ex-governador "Aluísio Alves" eu ainda era funcionário de lá, e tudo continuava no quartinho em seu devido lugar, porque, era arquivo dos proprietários da sociedade, e não da Rádio Difusora. Sendo assim, nada foi entregue ao novo grupo.

Mas, quem sabe! Depois que a Editora Comercial S/A. fechou as suas portas, possa ser que alguém fez limpeza nos cômodos, e tudo tenha sido jogado na sexta de lixo. Mas o prédio continua adormecido sem contato com ninguém. 

Certa vez alugaram uma parte do escritório térreo, mas talvez não deu certo, continua fechado.

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