Seguidores

domingo, 14 de julho de 2019

RETALHANDO-SE A HISTÓRIA DO CANGAÇO PODEMOS APRENDER MAIS.

Por Sálvio Siqueira

A historiografia do cangaço não foi vivida apenas por um lado e sim por volantes, cangaceiros, coiteiros e suas vítimas.

Acima, pergunto aos amigos estudiosos desse grupo se são capazes de identificar os volantes apresentados no registro fotográfico.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MEU PAÍS

https://www.youtube.com/watch?v=FFS4Fi_fvwo

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AGOURO DO ACAUÃ

Do acervo do pesquisador Coiteru Manso 

Todo cangaceiro, Vaqueiro, caçador e caboclo da roça acredita-se que quando o acauã canta é um mal sinal. Lampião pessoalmente não gostava desse pássaro. Aliás, ninguém gosta de ser agourado pelo canto de um pássaro de mau agouro.

Isso se tornou muito popular na seca de (77) a maior seca já vista no nordeste brasileiro, onde morreram centenas de pessoas de fome e sede . 


Portanto para quem vivia no cangaço ouvir um simples canto do acauã significava mote certa, si não fugisse daquele lugar. O acauã é um pássaro folclórico, seu canto incomoda quem ouve, são várias sessões de repetições do mesmo som. 


O que se diz é que quando a acauã canta fatalmente alguém ali por perto morre no dia ou morrerá em breve!


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

POÇO REDONDO E AS DUAS ELEIÇÕES DE 1958

*Rangel Alves da Costa

O ano de 1958 foi um dos mais tormentosos e assustadores na vida de Poço Redondo. Município recém-criado, pois com sua emancipação política em 1953 e apenas um prefeito (Artur Moreira de Sá) tendo assumido a gestão municipal, não imaginaria que em pouco tempo seria transformado em local de falcatruas e armadilhas políticas, de roubos de urnas e assassinatos, de prisões e perseguições, e de uma militarização que mais parecia um campo de guerra. A presença militar era tão grande que todos viviam em constante vigília e, muitas vezes, tendo de receber autorização até para os afazeres diários.
Tudo começou após a controvertida vitória de Artur Moreira de Sá sobre José Francisco do Nascimento, o Zé de Julião (o mesmo Cajazeira no bando de Lampião), na primeira eleição de Poço Redondo, ocorrida em 03 de outubro de 1954. A recontagem dos votos até que a disputa ficasse empatada com 134 votos para cada candidato, e tendo sido eleito Artur Moreira por ser de mais idade, jamais teria a aceitação de Zé de Julião. Segundo ele, os votos obtidos seriam suficientes para sua vitória, e eleito seria se não fossem as manobras da justiça eleitoral governista, que impôs a recontagem até que desse empate. Mas, enfim, teve que engolir o feito.
Tão obstinado era para ser prefeito de seu berço de nascimento e da terra que tanto amava, que Zé de Julião passou a semear mais ainda a construção de seu sonho. Ora, sabia que era amado e querido pelo seu conterrâneo, e também tinha certeza que seria imbatível numa eleição justa e sem falcatruas. E por isso mesmo lançou-se candidato na segunda eleição municipal, marcada para acontecer em 03 de outubro de 1958. O prefeito Artur, por sua vez, lançou como seu candidato Eliezer Joaquim de Santana, um tenente da polícia militar sergipana que, igualmente ao prefeito, possuía raízes fincadas em Porto da Folha. Zé de Julião concorria pelo PSD, enquanto Eliezer pela UDN de Leandro Maciel, um governante que declaradamente mandava destruir seus opositores.
Pois bem. Marcada a eleição, os candidatos em campanha, tudo parecia se encaminhar para uma disputa sem maiores entraves, mas eis que a velha política da esperteza, da safadeza e da maracutaia, entra em cena. Numa época em que os eleitores tinham que votar levando seus títulos, houve em Poço Redondo um recadastramento que foi como cova aberta às pretensões de Zé de Julião. Os títulos de seus eleitores simplesmente ficaram retidos na justiça eleitoral e, fato ainda mais grave, o juiz eleitoral da Comarca de Porto da Folha (da qual Poço Redondo era distrito), o udenista Dr. Djalma Ferreira, indeferiu todos os pedidos de inscrições dos eleitores de Zé de Julião. Um absurdo, mas assim aconteceu.


Ante tais ocorrências, com a certeza de que jamais poderia ser eleito sem que seus eleitores votassem, então Zé de Julião tomou uma decisão extremada. Em surdina, passou a organizar um ataque às sessões eleitorais da cidade de Poço Redondo e da povoação ribeirinha de Bonsucesso. Não seria um ataque a tiros nem espalhando violência, mas apenas para retirar as urnas dos locais de votação, de modo a ninguém conseguir votar. E assim fez. No dia 03 de outubro de 1958, logo que a votação teve início, mais de cem cavaleiros despontaram pelas ruas, seguindo em direção ao local de votação.
Zé de Julião sempre à frente, vestido de paletó e gravata, entrou na seção e disse que se seus eleitores não podiam votar então ninguém votaria. Jogou a urna pela janela, Abdias amparou e novamente montou no cavalo. Em seguida, o candidato “sem eleitor” lançou mão das folhas de votação e seguiu com seu tropel em direção a Bonsucesso. Só não seguiram até Curralinho, onde também existia uma seção eleitoral. De Bonsucesso, seguindo dessa vez pela caatinga, os cavaleiros só foram se dispersar mais ao longe. Após isso começaram as prisões, perseguições e todo tipo de atrocidades contra o sertanejo seguidor do filho de Julião.
Tais fatos fizeram com que aquela eleição de 03 de outubro de 1958 fosse anulada. A grande abstenção dos votantes de Curralinho não permitia que o candidato Eliezer fosse declarado vitorioso. Assim, uma nova eleição foi marcada para ocorrer no dia 26 do mesmo mês, ou seja, vinte e três dias apenas após as assombrosas ocorrências. Desta feita, como ao invés de ser candidato Zé de Julião era apenas um fugitivo, então se confirmou o candidato governista como o vitorioso. E foi na gestão de Eliezer Santana que Poço Redondo viveu num estado de militarização sem precedentes.
De origem militar, o tenente-prefeito logo cuidou de requerer ao governo Leandro Maciel o envio de tropas e mais tropas. Assim o fez não para garantir a segurança do sertanejo, mas por medo de que Zé de Julião atacasse a cidade e colocasse em risco as vidas daqueles que haviam sido seus opositores. Era polícia por todo lugar, pelas ruas, pelos becos, pelas esquinas. E ainda assim o constante medo tomando conta de cada cidadão. Era um tempo de um Poço Redondo tomado pelas consequências de uma política covarde e lamacenta.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MORENO – EX-CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO.

Por Geraldo Junior

Foi essa frase que Lampião falou ao se encontrar com o Juiz Manoel Hilário do Nascimento pouco tempo após ele e seu bando adentrarem na pequena Santo Antônio das Queimadas (Atual Queimadas), na Bahia, no dia 22 de dezembro de 1929.

Ao perceber que o Juiz, o tabelião, o escrivão e oficial de justiça eram todos negros, Lampião satirizou:

- "QUE TERRA DESGRAÇADA, TODA A JUSTIÇA É NEGRA".

Ato contínuo volta-se para o Juiz e pergunta:

"VOCÊ É MESMO DOUTOR?"

Ao receber uma resposta afirmativa por parte do doutor Manoel Hilário do Nascimento, Lampião pede para ver suas mãos. Ao perceber que nas mãos da autoridade local não haviam calos, ironiza novamente:

"QUE NEGRO BOM PARA UMA ENXADA".

Após uma série de humilhações Lampião ordena que um de seus homens fique tomando conta do Juiz e dos demais que se encontravam ali naquela ocasião e segue espalhando o terror e a desordem pela localidade. 

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=916330951804164&set=gm.1274163955930053&type=3&theater

Ao final do dia executa friamente sete soldados do destacamento local. Em seguida improvisa um baile e no calar da madrugada abandona o lugarejo, deixando para trás recados desaforados para a polícia e demais autoridades.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

‘MORTE E VIDA SEVERINA EM DESENHO ANIMADO’, BASEADO NA OBRA PRIMA HOMÔNIMA DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO

Por Revista Prosa Verso e Arte


“Antes de sair de casa
aprendi a ladainha
das vilas que vou passar
na minha longa descida.
Sei que há muitas vilas grandes,
cidades que elas são ditas;
sei que há simples arruados,
sei que há vilas pequeninas,
todas formando um rosário
cujas contas fossem vilas,
todas formando um rosário
de que a estrada fosse a linha.
Devo rezar tal rosário
até o mar onde termina,
saltando de conta em conta,
passando de vila em vila.”

– João Cabral de Melo Neto, trecho “Morte e Vida Severina”. (1967)


Morte e Vida Severina em Desenho Animado é uma versão audiovisual da obra prima de João Cabral de Melo Neto, adaptada para os quadrinhos pelo cartunista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens deste auto de natal pernambucano, publicado originalmente em 1956.

Em preto e branco, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, a animação narra a dura caminhada de Severino, um retirante nordestino, que migra do sertão para o litoral pernambucano em busca de uma vida melhor.

Assista aqui:
Filme: Morte e Vida Severina em Desenho Animado (Original)
Filme: Morte e Vida Severina em Desenho Animado (Original)

Sinopse: Morte e Vida Severina mostra a saga de um retirante nordestino que, como tantos brasileiros, viaja do sertão ao litoral em busca de melhores condições de vida. A história de Severino, contada por meio de versos na obra-prima de João Cabral de Melo Neto, foi adaptada para os quadrinhos pelo cartunista Miguel Falcão e é retratada nesta animação 3D. O desenho animado preserva o texto original e, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, dá vida aos personagens do auto de natal pernambucano que foi publicado em 1956.

Ficha técnica
Ano de produção: 2010
Duração: 52 min.
País: Brasil
Direção: Afonso Serpa
Ilustrações/HQ: Miguel Falcão
Adaptação: obra homônima de João Cabral
Voz: Gero Camilo
Trilha sonora: Lucas Santtana
Produção: TV Escola / OZI / FUNDAJ – Fundação Joaquim Nabuco
Público-alvo: Aluno
Faixa etária: 16-18
Área temática: Diversidade Cultural, Geografia, Literatura

Morte e Vida Severina (em desenho animado)


“…E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.”

– João Cabral de Melo Neto, trecho “Morte e Vida Severina”. (1967)

Fonte: TV Escola/ Livro “Morte e vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto

Fonte: TV Escola/ Livro “Morte e vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

SEMINÁRIO SERTÃO, BEATOS E CANGACEIROS - PARTE 1


Por Sálvio Siqueira

A SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO - SBEC - ATRAVÉS DE Aderbal Nogueira, PAULO GASTÃO E OUTROS, FOI PIONEIRA NO RESGATE DA HISTORIOGRAFIA DO FENÔMENO SOCIAL CANGAÇO PARA UM PÚBLICO MAIS ABRANGENTE.

ATRAVÉS DE SEUS ESTUDOS, DEBATES E PUBLICAÇÕES É QUE A HISTÓRIA DESSE FENÔMENO GALGOU ALTURAS INCALCULÁVEIS E O MAIS IMPORTANTE, SEM OS COSTUMEIROS 'ACRÉSCIMOS' TÃO NÍTIDOS NAS ENTRE LINHAS DA "PENA E DO TINTEIRO".

RESGATANDO PARTE DO FOI RESGATADO ATRAVÉS DE SEUS VÍDEOS, O PESQUISADOR Aderbal Nogueira NOS PRESENTEIA COM ESSA RELÍQUIA INTITULADA DE: SEMINÁRIO SERTÃO, BEATOS E CANGACEIROS. EM DESTAQUE A PARTICIPAÇÃO DE FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELLO.



http://blogdomendesemendes.blogspot.com


"LAMPIÃO GRANDE HOMEM PARA A HISTÓRIA” DESENHO DA MINHA HUMILDE AUTORIA

Por Francisco Davi Lima


Achei legal o desenho. Parabéns! Lampião com uma supermetralhadora podia até ponhar uma ponto 50 que ficaria da hora.

José Nilson Souza disse: 

Amigo, você é muito criativo e talentoso na arte de desenhar. Não dê ouvidos a meia dúzia de críticos que tem com certeza um estreitamento no campo mental por não entender de arte e de nada. 

Não retroceda, jamais! Siga em frente com seu talento e doa a quem doer, e continue com seus desenhos do cangaço e outros.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O COITEIRO PEDRO DE CÂNDIDO E AS EVIDENCIAS DA TRAIÇÃO POR:RANGEL ALVES DA COSTA



Coiteiro Pedro de Cândido

O famoso coiteiro Pedro de Cândido sempre teve seu nome envolto em mistérios. Sem dúvida, um dos personagens mais emblemáticos do cangaço. O filho de Dona Guilhermina e Seu Cândido, então donos das terras onde está situada a Grota do Angico, e irmão de Durval Rodrigues Rosa, por muito tempo foi apontado ora como traidor de Lampião, ora como vítima de maus-tratos da volante alagoana. No primeiro caso, simplesmente delatou o bando. No segundo, foi forçado a delatar.

Contudo, interpretando uma passagem de um texto escritor pelo historiador e pesquisador José Jairo (“O Lobisomem e o Coiteiro de Lampião”, disponível em http://cariricangaco.blogspot.com.br/…/o-lobisomem-e-o-coit…), logo se tem como induvidoso que Pedro de Cândido realmente traiu Lampião, que agiu não por que foi torturado, ameaçado ou teve dedos das mãos decepados, mas que assim o fez premeditadamente, ou seja, falou onde era o coito porque quis e por vontade própria. Mas por que assim fez?

Mas vamos ao que diz José Jairo no seu texto: “Por ironia do destino coube a Pedro de Cândido juntamente com seu irmão mais novo, Durval, levar as forças policiais até a Grota de Angico no fatídico dia 28 de julho de 1938 no que culminou na morte de Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros além do bravo soldado Adrião Pedro de Souza. Após a morte de Lampião, o ex-coiteiro Pedro de Cândido assumiu o posto de subdelegado de Piranhas destacando no Distrito de Entremontes substituindo o seu irmão José Rodrigues Rosa conhecido por Zezé de Cândido”.


Lamartine Lima, Jairo Luiz e Manoel Severo

Um trecho conclusivo há, pois, há que ser destacado: “Após a morte de Lampião, o ex-coiteiro Pedro de Cândido assumiu o posto de subdelegado de Piranhas destacando no Distrito de Entremontes”. Tal afirmação implica em verdadeira revisão histórica do muito que já foi dito e escrito sobre a participação de Pedro de Cândido na chacina de Angico. Implica ainda em dizer que Pedro de Cândido traiu mesmo a confiança do líder cangaceiro e seu bando. E que, através de sua ardilosa ação, pôs fim ao cangaço. E mais: traiu em troca de benesses pessoais.

Ora, não há como concluir de modo diferente. As causas e as consequências do fato se entrelaçam perfeitamente. Vamos aos alinhavos: Pedro conhecia muito bem o local do coito cangaceiro, pois nas terras de sua família. Pedro servia como coiteiro ao bando, levando e trazendo recados e objetos, sortindo de mantimentos. Pedro era rapaz audacioso, ambicioso, sonhador, não se acostumando com aquele mundo de mesmice. Pedro desejava prosperar no seu meio. E Pedro mais tarde foi alçado à posição de subdelegado de Entremontes, distrito de Piranhas. Mas por que tal posto somente foi conseguido depois da chacina de Angico?

Simplesmente por que alguém enxergou sua ambição e foi em cima de seu ponto fraco, oferecendo tal posto acaso passasse a ser colaborador das forças policiais. E, mais de perto, dissesse onde Lampião e seu bando pudessem estar acoitados. Ou, noutra vertente da mesma situação, ele mesmo, já pensando em chamar para si o posto de subdelegado, simplesmente procurou a polícia e ofereceu seus préstimos de delação, sob a condição de receber aquela destacada posição.


Caravana Cariri Cangaço em Entremontes: De frente à "Bodega" de Pedro de Cândido

De qualquer forma, inegável que a posição alcançada por Pedro de Cândido após a chacina de Angico teve por consequência a participação deste como delator. Impensável que a polícia fosse prender e torturar alguém e depois oferecer um prêmio tão dadivoso. Igualmente impensável que Pedro de Cândido tivesse conquistado tal posto se não tivesse colaborado com os objetivos da volante. A verdade é que o posto de subdelegado foi uma retribuição a ele concedida não só pela traição a Lampião como pela indicação exata de onde o bando estava acoitado. Também pelo sucesso da empreitada e aquelas tantas cabeças cortadas.

Pensar o contrário seria negar o dom da compreensão. Neste passo, por que o também coiteiro Joca Bernardes, que supostamente teria informado a policia das suspeitas que recaíam sobre Pedro de Cândido, não recebeu qualquer recompensa? Há relatos dando conta que Bernardes, com ciúmes de Pedro, procurou o sargento Aniceto Rodrigues para dizer que aquele talvez estivesse mantendo contato com os cangaceiros, pois tendo adquirido volumosos mantimentos. Acaso tal acontecido fosse confirmado, certamente que de algum modo Bernardes seria recompensado.

Mas por que a polícia recompensou somente Pedro de Cândido? Certamente pela sua frieza e coragem de traição a homens tão perigosos. Certamente pela infidelidade e deslealdade de conduta que pôs fim ao cangaço. Portanto, nada de tortura, nada de ameaça, nada de dedos e unhas arrancadas, apenas a ação pensada de um homem frio e ambicioso, interesseiro e perigoso. E talvez por isso mesmo que tivesse, três anos após Angico, pagado com a própria vida.

Escritor Rangel Alves da Costa
Poço Redondo-Sergipe


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO JOGAVA CRIANÇAS PARA CIMA E AS APARAVA NA PONTA FINA E ALONGADA DO SEU PUNHAL?

Por José Mendes Pereira

O escritor e pesquisador do cangaço João de Souza Lima considerado um dos principais historiadores do cangaço do Nordeste do Brasil, e que mora na cidade de  Paulo Afonso, no Estado da Bahia, e é ele quem revela os seis principais mitos e lendas que contam sobre o perverso e vingativo Virgolino Ferreira da Silva o patenteado capitão Lampião, que percorreram por vários Estados do país e que ainda continuam como se fossem verdades. 

Muita gente que ainda não teve a oportunidade de ler Lampião Pesquisado por quem sabe e entende do assunto, acredita no que é contado em rodas de amigos, cada um quer contar a sua história com muita fantasia. A história sobre Lampião é muito enfeitada e muitos enfeites sem nenhum tico de fundamento, mas é porque alguns estudiosos vão no que foi escrito por pessoas que nem sabem como adquirir os fato 

E como é que os leitores poderão adquirir fatos verdadeiros sobre o cangaço e Lampião de modo geral?

Procurem pessoas que já escreveram livros sérios.

E como descobrirão que os livros são sérios, isto é pesquisados?

Acessar os seguintes blogs: 

http://cariricancaco.blogspot.com - Manoel Severo 
http://lampiãoaceso.blogspot.com - Kiko Monteiro
http://joaodesousalima.blogspot.com João de Sousa Lima
http://cangaconabahia.blogspot.com - Rubens Antonio
http://portaldocangaco.blogspot.com - Guilherme Machado
https://tokdehistoria.com.br - Rostand Medeiros 

e outros tantos e procurar entrar em contato com os seus administradores que te guiarão para o assunto com seriedade. Eles são pessoas educadíssimas e que têm bons conhecimentos no assunto, e não negarão informar a nenhum.

Escritor João de Sousa Lima

O escritor lembra muito bem aos leitores, estudiosos e curiosos do cangaço que a população sertaneja do Nordeste Brasileiro, com medo do afamado  e violento cangaceiro capitão Lampião, acreditava em todas as histórias sobre o cangaço, e muitas delas foram fundidas e sem pesquisas, e uma delas contada pelo escritor é esta: 

(Foi criada com o objetivo de afugentar os sertanejos que ajudavam a esconder os cangaceiros, os conhecidos coiteiros. As volantes (polícia da época) espalharam que Lampião matava crianças com punhal. Segundo uma das histórias contadas pelos policiais, o cangaceiro jogava as crianças para o alto e as aparava com um punhal). 

Então fica a afirmação como foi criada esta e outras histórias sobre Lampião. A polícia perseguidora de Lampião que queria fracassar o movimento dos cangaceiros e se inventasse isto e outros, com certeza, sem apoio da população Lampião poderia até desistir do cangaço (minha opinião), por não ter mais apoio dos camponeses. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com