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domingo, 9 de julho de 2017

MULHER DE 107 ANOS CONTA COMO ESCAPOU DE MORRER POR LAMPIÃO, EM CONCEIÇÃO; VÍDEO


Este material foi postado hoje pelo site: 

http://www.folhapatoense.com/2017/07/09/mulher-de-107-anos-conta-como-escapou-de-morrer-por-lampiao-em-conceicao-video/

Envelhecer é um fato da vida. Mudanças ocorrem com o passar dos anos e o ser humano não tem como evitar. Mas, há quem naturalmente, viva mais e tenha muita história pra contar. É o caso da senhora Maria José da Conceição, que reside na rua do Arame, no bairro Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Conceição. Segundo ela própria diz e os documentos comprovam, já completou 107 anos de vida.

Dona Maria José é viúva do saudoso Irineu Rodrigues que faleceu no ano de 1.979. Com ele, esta centenária teve 9 filhos, dos quais 6 ainda estão vivos. E são, justamente, duas filhas, Antônia Rodrigues da Silva e Maria das Graças Monteiro, que moram vizinhas à residência de Dona Maria José , que cuidam dela. Uma neta dorme com a avó todos os dias.

https://www.youtube.com/watch?v=YNvieXSGD9U

A idade avançada não é obstáculo para essa centenária, que narra com precisão lembranças das passagens de “Lampião, o Rei do cangaço” pela moradia dos seus pais. No entanto, com a memória já debilitada Dona Maria José, embora recorde de histórias de Lampião, o chama de ‘polícia’, quando narra momentos de aflição passados na época em que o cangaço imperava nas terras nordestinas.

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EXTRA RECORDANDO A BONECA QUE DIZ NÃO

https://www.youtube.com/watch?v=qnmedadtBlA

Publicado em 27 de set de 2015
Bob Di Carlo
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"A Boneca Diz Que Não" por Bobby de Carlo ( • )

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SOLENIDADE DE ELOGIO A PATRONA DA CADEIRA 35 - MARINÊS PELA CONFREIRA MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO. MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO. CANTORA MOSSOROENSE - ACADÊMICA DA ASCRIM E AFLAM

Por Franci Dantas

AFLAM - Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense.

PRESIDENTE: Joana D'arc Fernandes Coelho.
Solenidade de Elogio a Patrona da Cadeira 35 - MARINÊS pela confreira MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO.

Cantora Mossoroense - Acadêmica da ASCRIM e AFLAM

Francí Dantas


MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO. Cantora Mossoroense - Acadêmica da ASCRIM e AFLAM


Joana D'arc Fernandes Coelho. PRESIDENTE - AFLAM - Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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CASO CARLINHOS UMA HISTÓRIA QUE NÃO TERMINOU


Descrição

'Caso Carlinhos uma história que não terminou: criança sem vida ou adulto sem identidade?' 

02 de agosto de 1973, 20h35min de uma noite chuvosa. O sequestro de uma criança pobre no Rio de Janeiro revoluciona a história criminal brasileira. Mais de 40 anos se passaram sem que se soubesse o que de fato aconteceu ao menor Carlos Ramires da Costa, o 'Caso Carlinhos”, até hoje um mistério para a sociedade brasileira, gerando repercussões, hipóteses e controvérsias no Brasil e no Mundo.

Décadas depois do sequestro, surge uma dúvida: poderia o hoje adulto Carlos Ramires da Costa estar vivendo sob outra identidade, sem ter lembranças dos traumas do seu passado e de seus algozes? 

Fábio junto com Robert - dois cidadãos comuns como a maioria dos brasileiros, mas comprometidos com a verdade e com a ética - são os fiéis depositários de um segredo que pode mudar os rumos da justiça nacional: o que pode acontecer se um exame de DNA comprovar que um jovem senhor de 50 anos é realmente o outrora menino Carlinhos?

Nesta trama - que mistura fatos reais com ficcionais, com boa dose de suspense, coragem, mistérios, conspiração, investigações e conflitos pessoais - os personagens tornam-se amigos e são movidos pelo desejo intenso de descobrir a verdade oculta há tantos anos. 

Quem matou Carlinhos, se é que alguém o matou? 

Se morto, onde está o corpo? 

E, se está vivo, qual o seu paradeiro? 

Caso Carlinhos a história que não terminou: criança sem vida ou adulto sem identidade?

https://www.saraiva.com.br/caso-carlinhos-9260634.html

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DONA ANTÔNIA LUZIA LACERDA, CENTENÁRIA, TESTEMUNHA DA HISTÓRIA NORDESTINA

Por Luiz Serra

Com alegria, por intermédio de seu filho José Lacerda, obtivemos a graça de entrevistar, em prosa agradável, a Sra. Antônia Luzia, que (aos 99 anos de idade) nos revelou fatos intrigantes da história sertaneja nordestina. Íntegra no livro O Sertão Anárquico de Lampião. 

TRECHOS DO LIVRO:

(ELA RECORDOU-SE DA PASSAGEM DA COLUNA PRESTES – MAIS DE MIL CAVALEIROS ARMADOS ROÇANDO OS CASEBRES DO SERTÃO DE SANTANA DOS GARROTES, FAZENDO OS SERTANEJOS FUGIREM PARA OS MATOS - 1926)

Da narrativa da Sra. Antônia Luzia, a travessia da Coluna de revoltosos pelo sertão de Piancó, tendo Prestes desviado a tropa por dentro da Vila de Santana dos Garrotes, para evitar confrontos com os troços de jagunços armados do poderoso coronel José Pereira, do algodão.

(VIVA LEMBRANÇA DE CENAS DA TERRÍVEL GUERRA DO SERTÃO PARAIBANO, QUANDO ELA RECORDOU-SE DO CÉLEBRE CORONEL JOSÉ PEREIRA, QUE FEZ UMA REVOLUÇÃO ARMADA NO SERTÃO PARAIBANO, EM 1930).

Em meio à frutífera e deliciosa conversa de reminiscências com dona Antônia ditou-nos intrigantes particularidades, com fácil memória, sobre alguns episódios da guerra cruenta ocorrida próximo de Tavares entre as tropas do Governo e as do coronel José Pereira de Lima.

Disse do enterro dos infelizes soldados em valas comuns, abertas à margem dos caminhos sertanejos de Juru e Tavares.

E a principal novidade do livro: a presença de avião “em atitude militar, ou seja, no calor dos combates”, como avistado em ação próximo da Serra Grande de Tavares, em meio às operações na Guerra entre tropas do governo João Pessoa contra o coronel Zé Pereira.

Era início do ano revolucionário brasileiro de 1930… No sertão irrompia acirrado conflito crescente na região entre Barra e o povoado de Tavares, no serrote de Lajedo, sul paraibano.

Escombros de uma guerra ao sopé de um serrote no sertão paraibano

“ERA MUITO ARIBU ”

EXCERTO: “ … morria tanta gente, e não se dava conta de enterrar, “Era muito aribu”, reparou dona Antônia. Disse que depois se abriam enormes covas (ao pé dos serrotes) para sepultamento coletivo dos milicianos e jagunços.

(MENÇÃO AOS CANGACEIROS DE LAMPIÃO EM 1924 OU 1925 – NO SERTÃO DE OLHOS D’ÁGUA, PARAÍBA)

Caminhos dos sertões de Olhos D'Água, triscados por cangaceiros e revoltosos de Prestes.

É claro que eles já tinham visto a burra vistosa a zurrar livre. Fim de tarde, mais um dia de estio; em meio a gritos das crianças, a menina Antônia, uma delas, a imagem de dezenas de cangaceiros em suas montarias no alto da rua.

Nenhum cangaceiro apeou; um deles, moreno, atarracado, de óculos escuros, adentrou o terreiro, o cavalo estancou frente ao alpendre, espertando os bodes, com alarido, do bocadinho de repasto de milho, para trás do terreno. Gritou com voz fina e zangada que estava ali para levar a burra saltitante, mas que agora ela se aquietava junto da cerca.

As crianças no terreiro sabiam que a jumenta pertencia à tia de dona Antônia. A paga em cédulas jogadas ao chão, foi recolhida pela prima mais velha, e o cangaceiro ainda revelou que ‘o capitão iria gostar’, dando a entender que o chefe cangaceiro estava por perto dali, em Santana.

Fonte: facebook
Página: Luiz Serra
https://www.facebook.com/luiz.serra.14

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JOÃO CARDOSO DE ALENCAR: DESCENDENTE DE JUDEUS SEFARADITAS RADICADOS EM POMBAL/PB

Por Ignácio Tavares de Araújo

Para quem não sabe Juquinha é filho de Arão Ignácio Cardoso e Facunda Liberato de Alencar. Foi um casório endogâmico uma vez que Facunda é sobrinha de Arão. Para quem não conheceu tio Arão é bastante olhar pra Juquinha que é a cara do pai.

João Cardoso de Alencar

Prof. Msc. Ignácio Tavares de Araújo ao lado da filha, bióloga Msc. Paloma Tavares de Araújo

Ignácio Tavares de Araújo

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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INCRÍVEL!

Por José Mendes Pereira

Nós que vivemos nessa batalha e o desejo de entregarmos aos leitores das nossas páginas na Internet bons assuntos culturais, principalmente o tema "Cangaço", sempre recebemos solicitações de pessoas pedindo-nos e-mails de outras, para contactarem com fulano, Sicrano ou Beltrano, mas, geralmente, nós temos poucos endereços dos que conosco caminham para organizarmos determinados assuntos que despertam curiosidades nos leitores. 

Um senhor que eu não o conheço pessoalmente, mas muito tenho visto o seu desenvolvimento na sua página facebook, sobre o tema "Cangaço" evito postar o seu nome), e que estava com viagem marcada para Sergipe, um passeio de alguns dias, principalmente ver de perto a Grota do Angico, onde lá foram chacinados os reis do cangaço Lampião e Maria Bonita, além de outros, solicitou-me endereços de duas pessoas importantes do cangaço (oculto os seus nomes),  sendo que ele iria tentar conhecê-las pessoalmente em suas residências. 

Eu o comuniquei que procurasse falar com uma pessoa de nome e renome (não revelarei o seu nome), e muito conhecido no meio das pesquisas, inclusive escritor que reside em Aracaju-SE, entregando-lhe o seu e-mail para tal fim. 

O senhor foi atendido com muita dedicação pelo o escritor, mas é lamentável dizer que, o escritor retornou a sua solicitação, dizendo que mora em Aracaju, e nunca as viu pessoalmente, pois já tentou contactar com ambas, mas até hoje não teve este prazer de conhecê-las.

É lamentável! Como é que pessoas que são importantes para os nossos estudos, um homem de nome e renome em Aracaju, nunca conseguiu falar com elas?

Ele que tem nome e renome em Aracaju nunca conseguiu falar com elas, imagine bem comigo e outros que não somos nada, apenas metidos no meio desta gente culta. 

Lamentável! 

"Somente obedecendo, somente tendo o orgulho humilde, mas sagrado, de obedecer, é que se conquista então o direito de comandar".


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MUSEU DO SERTÃO ENTREGA DIPLOMA AO POTIGUAR ESCRITOR MANOEL ONOFRE


Ontem, sábado, dia 8 de julho de 2017, por ocasião da palestra do Desembargador Manoel Onofre Júnior, sobre Literatura Potiguar, patrocinada pelo "Grupo Café & Poesia", ocorrida no auditório do CDL-Mossoró, o Curador do Museu do Sertão, Prof. Benedito Vasconcelos Mendes fez a entrega do Diploma de Amigo do Museu do Sertão ao Grande escritor Potiguar Manoel Onofre.



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço, presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço e diretor-fundador do Museu do Sertão de Mossoró Benedito Vasconcelos Mendes.

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O ESTUDO DO CORDEL.

Por Aderaldo Luciano

As tentativas de estudar o cordel brasileiro não levaram em conta o seu caráter poético e, quando tentaram considerá-lo, uniram-se ao contraditório por não classificá-lo como se deveria classificar qualquer peça poética, parte do todo literário universal. Isso se daria (e se deu quando destinei-me à observação sistematizada) com o estudo à luz dos gêneros literários, orientando os estudos pela conclusão, a partir da observação, segundo a qual o cordel brasileiro é uma forma poética fixa da poesia universal. A forma fixa do cordel se dá pela exigência do cumprimento de suas regras intrínsecas e definitivas. Essas regras fizeram-no distanciar-se do malogrado conceito de "literatura de cordel", ligado ao que se fazia e se fez em Portugal, aos pliegos sueltos e coplas de Espanha, à colportage francesa, aos chapbooks britânicos. O cordel brasileiro é forma genuinamente brasileira por ter, em primeiro lugar, criado a forma poética fixa (com um mínimo de estrofes, sejam sextilhas, septilhas ou décimas; nunca em quadras, nem em prosa; a utilização majoritária do verso setissilábico; a observação da rima, disposta seguindo os pioneiros) e, para além da forma fixa, ter criado também o sistema literário cordelístico, pautado pela indicação de Antonio Candido (aquela que diz, em seu Formação da Literatura Brasileira - Momentos Decisivos: o sistema literário é formado pela presença de um autor, de um editor, de um leitor. Acrescentei ousadamente, com imenso receio de ser mal-entendido, mas precisava correr o risco: o crítico). Alguns pesquisadores quiseram estudar o cordel e o fizeram, até sistematicamente, mas desconsideraram os tópicos que citei. Poetas também resolveram metalinguisticamente falar sobre cordel. Seguem-se quatro expoentes, mestres, que o fizeram:

Manoel Monteiro, pernambucano de Bezerros, escreve e publica em 2011, com as bençãos da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, o folheto Aula De Cordel - Uma Herança Portuguesa. Pelo próprio título, o curioso pela arte cordelística é levado a duas constatações óbvias, mas que precisam ser levadas a sério: Manoel não trata nossa poesia como "literatura de cordel", mas como cordel, entretanto deixa um cordão umbilical com o que se produziu em Portugal no séc. XVIII. O poeta é dos mais lúcidos que pude encontrar, estudioso, conhecedor do ofício, produção longa e bem cuidada. Na primeira septilha o seu narrador nos alerta para algo que muitos deixam de lado por quererem abraçar a nomenclatura recebida pelo brasilianista Raymond Cantel (literatura de cordel). Ele nos alerta para a certeza de que nosso poema já foi chamado de Romance, Verso, Estória, Folhetim, Folheto, Livreto e Livro, mas que hoje é conhecido apenas por Cordel. A seguir, faz uma verdadeira aula de poética do cordel, escrutinando os detalhes da produção. Disseca as estrofes, mostra as rimas, conta os versos, sempre alertando para o rigor da construção. Não trata do processo histórico do cordel ou de outra característica extrínseca, parte diretamente para o texto. Uma ótima introdução ao fazer poético, não só para o cordel, mas para elementos da poesia brasileira. Manoel Monteiro prestou importantes serviço para o cordel brasileiro. Faleceu em Belém do Pará, em junho de 2014.

Azulão, codinome de José João dos Santos, paraibano de Sapé, radicou-se no Rio de Janeiro na primeira metade do séc. XX e, de lá, irradiou sua produção cordelística. Um de seus clássicos, O Trem Da Madrugada, é um importante retrato das relações humanas com a tecnologia ferroviária na cidade do Rio. Um verdadeiro tratado social sobre os tipos e costumes cariocas na década de 80. Mas aqui nos referiremos ao trabalho O Que É Literatura De Cordel?. Diferente de Manoel Monteiro, Azulão centrou-se no termo português, trazendo-o à nossa poética genuína. Nas 17 estrofes iniciais, encontramos elementos para entender a importância do poeta no seio de sua comunidade. A partir dessa importância individual, a importância de sua produção poética. Trata da presença do cordel e do repente, de sua aceitação pelo interior do Nordeste, de sua presença nas feiras livres e cantorias, do diálogo presente entre o rural e o urbano, da migração do poeta do primeiro para o segundo espaço, das festas (batizados, casamentos, vaquejadas) e da possibilidade de adentrar nas escolas. A partir da estrofe 19, Azulão e seu narrador, como muitos pesquisadores, apresentam o quadro de herança de portugueses e espanhóis, caindo no equívoco ao afirmar que havia um sistema literário no qual os poetas escreviam e publicavam na forma de folheto e chamavam a essa produção de literatura popular e de cordel. Essa nomenclatura foi dada pelos estudiosos e mais precisamente por Teófilo Braga. Não houve o sistema. E não se encontram naquela produção elementos que os assemelham às características intrínsecas do cordel brasileiro. Ficando a semelhança apenas no aspecto gráfico. No folheto, portanto, não se encontra a análise, a apresentação da peça poética, mas os aspectos históricos (sem datação). Azulão nos deixou em março de 2016.

Antonio Américo de Medeiros, potiguar de São João do Sabugi, radicou-se em Patos, na Paraíba. No sertão paraibano forjou toda sua intervenção na cultura poética brasileira. É o poeta da Cruz da Menina, de Cazuza, O Caçador de Onça, da Moça Que Mais Sofreu na Paraíba do Norte. Cantador, repentista, folheteiro, escreveu Os Mestres Da Literatura De Cordel. Nesse folheto o poeta nos apresenta os pais do cordel, segundo ele, quais sejam, Silvino Pirauá e Leandro Gomes de Barros. Também nos aponta o local de nascimento do cordel brasileiro: entre Vitória de Santo Antão e o Recife. Nos diz ainda que Pirauá vai se encaminhando mais para a cantoria, com Zé Duda, e que Leandro abraça a tipografia. Fazendo jus ao título, Antonio Américo desfia toda a genealogia do cordel, trazendo a nós poetas já esquecidos, cujas obras, apesar de importantes para a consolidação da arte, foram abandonadas dos estudos e pesquisas. Até a estrofe 18 lista a importância desses poetas da primeira geração, Princesa. A partir da estrofe 19, inaugurada com a morte de Leandro em 1918, traça o mapa da herança, primeiro a João Martins de Ataíde, depois a José Bernardo, que transporta todo o material que fora de Leandro e de Ataíde para o Juazeiro do Pe. Cícero, onde reinou até 1966. Daí, Antônio Américo, olha para Manoel Camilo e sua Estrela da Poesia em Campina Grande, João José, da Luzeiro do Norte. Da derrocada dessas editoras e editores de cordel, Américo lista os principais cordelistas da segunda geração: Camelo, Pacheco, Sena. Entra na contemporaneidade e nos oferece um banquete de nomes e datas e obras. Américo faleceu em Patos em janeiro de 2014. Legou-nos vasto universo de poesia e ensinamento.

Pedro Costa piauiense de Alto Longá, criou a revista De Repente, dedicada à poesia de cordel e ao repente nordestino. Radicado em Teresina teve papel protagonista na divulgação e consolidação do cordel e do repente no Brasil. Pedro conseguiu o diálogo entre os poetas do povo e as elites culturais piauienses, abrindo a janela para a tomada de territórios inéditos ao cordel. Escreve o folheto O Que é Cordel (E Seus Mestres) para ilustrar e servir de roteiro para suas incontáveis oficinas e palestras, cursos e recitais. Retoma, no título, o termo "cordel", mas já na terceira estrofe procura o embrião europeu citando as origens nos centros de Portugal, Espanha e França. Um pouco mais à frente cobra um olhar diferente para o cordel afirmando que "cordel é literatura", logo abaixo, contraditoriamente, diz que cordel é barbante e prega a inoportunidade do termo ao produto cordelístico pedindo que se chame de folheto e não de cordel. A proposição fica vaga porque o termo folheto se emprega ao produto gráfico e não ao conteúdo poético. Observe o leitor que fiz uma gradação: de Manoel Monteiro que era poeta de bancada a Azulão, cantador e de bancada, com ênfase na bancada, depois Antonio Américo, cantador e cordelista, com ênfase na cantoria e Pedro Costa, a síntese mais assentada. Por isso, na estrofe 11, Pedro constrói a divisão dos tipos de poetas do sertão: o aboiador, o escritor, o embolador e o repentista. Fica na citação, não desfia suas ações, seus ofícios, o que os distingue. A partir daí segue a listagem de poetas, sem data de suas aparições. Na penúltima sextilha cita os trabalho de Geová Sobreira e Gilmar de Carvalho para corroborar seu bom trânsito com o pensamento acadêmico. Pedro Costa faleceu aos 54 anos em abril de 2017.

Esses quatro folhetos citados nos ofertam um pouco do olhar dos poetas sobre suas próprias produções e sobre o cordel brasileiro: Manoel Monteiro centrado nos elementos formais, Azulão nos aspectos históricos e sociológicos, Antonio Américo no percurso histórico e genealógico, Pedro Costa na classificação dos tipos de poetas e na busca pela literariedade do cordel. A próxima matéria vai se debruçar sobre o que escreveram metalinguisticamente poetas em atuação.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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LIBERDADE

Por Ivone Boechat
http://ivoneboechat.blogspot.com.br/2012/06/homenagem-do-poeta-demetrio-sena-ivone.html

A liberdade não é um pássaro voando no azul do infinito, sem destino, sem consciência: ser livre é ser infinito em cada destino, é saber porque e para que voar naquela direção.

A liberdade propõe autonomia e habilita a sair das cavernas para abrir os olhos e ver as próprias oportunidades. A pessoa livre não depende, compartilha, não estende a mão para receber, sem trabalhar, porque é um ser inteligente capaz de superar, avançar, aprender, produzir. A liberdade é a mãe da igualdade: ela não sustenta a pobreza, ela socorre na fome emergencial, mas ensina seus filhos a pescar.

A liberdade mobiliza, não paralisa. Ela inclui. Jamais exclui alguém pela raça, pela camada social, pela etnia, pela fé que professa, pelo pensamento político/ideológico. A liberdade põe de pé, dá energia para concorrer e vencer, chegar junto, sem deixar pessoas clamando na beira do caminho eternamente.

A liberdade não censura, não se desculpa, não discrimina, ela ensina o discurso e a postura dos iguais perante a lei e canta junto o hino cívico, sem interferência de apartheid. A liberdade é o espelho onde se mira a responsabilidade.

A liberdade é atributo do ser humano. Ela não aceita máscara, mentira, submissão, nem tem medo da verdade, porque só a verdade liberta.

Ser livre é não estar comprometido com nenhum tipo de constrangimento e nem estar carimbado por siglas que reduzem a velocidade no caminho da paz. Para ser livre há sacrifícios e não guerra!

Ser livre não é impor conceitos, filosofia, ideologia, religião, política. Ser livre é ter sabedoria para viver a verdade sem atropelar o tempo e o espaço, no limite do outro. Quem impõe não sabe o que é liberdade. Quem apoia a servidão, a escravidão, o sequestro de ideias ou se regozija com a prática de manter pessoas reféns de qualquer projeto político, tem discurso provisório e frágil de liberdade. Finge-se libertador.

  "...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que  não entenda..." Cecília Meirelles.

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LAMPIÃO O REI DO CANGAÇO EM IMAGEM REAL - YOUTUBE

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