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segunda-feira, 13 de maio de 2019

JACKSON DO PANDEIRO "SEBASTIANA"


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FILME

Por Luana Dias

Boa tarde,

Estou com um projeto de um filme independente sobre o Cangaço a noite anterior da tragédia de Maria bonita e Lampião contado por uma das cangaceiras amiga de Sila. Nesse filme irei relatar o porquê dos volantes conseguirem capturar Lampião e seu Bando. E como todos sabem é difícil apoio dos governos para a arte, mesmo sendo um filme rico em nossa cultura, nossa história, nossas raízes e as empresas muito menos, e foi com um intuito de reviver nossa história,e levar para festivais de cinema, escolas e no objetivo de veicular nas emissoras que estou criando essa vakinha para trazer de volta nossa Cultura, abaixo deixo uma sinopse e o link... 


Se puderem contribuir com qualquer valor estará colaborando com a cultura e com esse filme que será feito com muito amor e com a colaboração de todos. Quando se fala em cangaço, vem logo à mente, um letreiro luminoso indicando um ambiente de inúmeras portas onde cada uma conduz a uma atraente imegem sobre o mesmo tema. 

Tema esse, já explorado nas mais diversas e abalizadas linguagens: livros, cordéis, teatro e cinema, dando margem até para se imaginar não haver mais aspectos inéditos. Mas eis que surge a idéia de transformar em um filme longa-metragem, as últimas 24 horas do Rei do Cangaço: Lampião, através da visão feminina da cangaceira SILA, testemunha do massacre de Angico.

A mulher cangaceira deixou para sempre na historiografia do nordeste brasileiro o nome da mulher sertaneja como sinônimo de mulher guerreira, bravia, independente, sem perder sua feminilidade, sua capacidade de amar, independente das circunstâncias.

Um filme que conta mais do que a história do cangaço... Conta sobre a alma de uma mulher guerreira que viveu em um período conturbado e presenciou um fato histórico, que ainda continua preenchendo o imaginário coletivo de todos que mergulham suas fantasias no agreste sertão nordestino.

Por ser uma produção independente, contamos com o APOIO CULTURAL de amigos, para a viabilização desse filme longa-metragem, que com certeza, trará uma nova luz à velhos fatos. 



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BATE PAPO COM CANDEEIRO - PARTE 2

Por Aderbal Nogueira

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OS LIVROS SOBRE CANGAÇO SÃO ARREBATADOS. ADQUIRA LOGO O SEU PARA NÃO FICAR SEM ELE


Leve alegria neste Natal a corações, presenteando-os com os livros de Oleone Coelho Fontes.

No stand da Caramure nos shoppings Barra e Salvador.

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BATE PAPO COM CANDEEIRO - PARTE 1

Por Aderbal Nogueira

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MELADO, MEL E MELIPONA

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.109

ADENILSON. (FOTO: B. CHAGAS)
Mel, precisamos de muito mel para adoçar a boca das mães no seu dia, mas também a boca de todos nós. Diante de tanta amargura em que o Brasil está passando, melhor adocicar a conversa. E assim fomos bater à porta do senhor Adenilson Soares Santos, jovem das letras agrícolas e apicultor em Santana do Ipanema, Alagoas. Atual presidente da Associação dos Apicultores, diz Adenilson que a organização gira em torno dos vinte anos de atividade. Mesmo assim os associados ainda não conseguiram uma sede própria e o número de membros na ativa, caiu devido ao período de estiagem prolongada; e que agora a luta do grupo é o aperfeiçoamento e sede própria sem aguardar incentivo do governo.
Indagamos sobre a qualidade do mel. “O nosso mel sertanejo nordestino, selvagem, em minha opinião é o melhor de todos; mas também temos o mel produzido a partir da algarobeira que também é excelente produto. Trabalhamos com a abelha africanizada (e que tem ferrão), mas também temos espécies nativas como a uruçu (Melipona scutellaris), moça-branca (Frieseomelitta doederleini) e mandaçaia (Melipona quadrifasciata)”, afirmou Adenilson. Disse ainda o jovem apicultor que os sítios que mais produzem mel no município de Santana do Ipanema, são: Poço da Areia, Cabaceiro e Barra do Tigre. Poço da Areia fica à margem do Ipanema; Cabaceiro localiza-se nas planuras e, Barra do Tigre, nas faldas da região serrana.
Falou ainda o líder dos produtores: “Estamos aperfeiçoando o sistema conhecido como Migração. Quando acontece seca prolongada levamos nossas abelhas do Sertão para a zona da Mata. Ao melhorar o tempo às trazemos de volta. O mel se altera devido às floradas diferentes da área canavieira. Mas os nossos colegas da zona da Mata, também trazem suas abelhas para o semiárido, uma espécie de intercâmbio”, finalizou o jovem apicultor, educado e cheio de paixão pela atividade com os insetos rajados.
É bom lembrar que as abelhas são excelentes polinizadoras no Brasil e no mundo, sua extinção talvez fosse o fim da agricultura. A propósito, a safra estar chegando. O mel em garrafas de 500 ml, envasado na própria casa do apicultor, será vendido a 12,00... Ah! Beber mel, se lambuzar no mel e louvar a rainha da colmeia no dia das mães.

Clerosvaldo B. Chagas


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VAQUEIROS DA SANTA FÉ E DE TODO POÇO REDONDO

*Rangel Alves da Costa

Quem avista no dia a dia a vaqueirama de Poço Redondo, talvez jamais tenha imaginado a sua importância na continuidade da cultura local e sertaneja. Quem convive com o mundo vaqueiro, com o bicho do mato, com o cavalo ligeiro e a pega de boi valente, certamente não imagina a dimensão deste ofício cheirando a couro e a suor. Quem sai das fazendas pelos arredores da cidade e cavalga em lindo cortejo pelas ruas da cidade, em si mesmo não sabe a beleza e a importância deste simples ato de cavalgar em procissão ecoada pelo aboio e pela toada.
Quem cuida de seu cavalo em amizade profunda e nos dias de festa de gado o adorna com cuidado e carinho, e depois de recobrir-se de couros segue em direção ao Parque Santa Fé, ao Juazeiro, ao Padre Cícero ou outros campos de vaquejada e pega-de-boi, sequer imagina o quanto está reescrevendo as valorosas histórias dos antigos e destemidos vaqueiros. Quem avista um menino, um rapazote ou um jovem, desfilando garbosamente com seu alazão, nem imagina quantas portas da história, da cultura e da tradição, está sendo aberta em cada trotar pelas ruas em direção aos campos.
Quem acha que vaqueiro é um qualquer não sabe de nada. Quem acha que o jovem vaqueiro tem mais o que fazer a se preocupar com vida de cavalo e boi, igualmente não sabe de absolutamente nada. Quem acha que vaquejada é esporte pra quem não tem o que fazer, inegavelmente não sabe o que diz. Quem acha que cavalgada é apenas um monte de gente que passa sobre animais, também não sabe o que diz. Quem acha que o aboio e a toada são cantigas apenas de mato, haverá de pensar diferente. Quem acha que o grande Parque União Santa Fé é apenas um local de aboios, toadas, bebidas e corridas de gado, também não sabe o que diz.
Muita gente realmente sequer sabe da importância do vaqueiro, da vaquejada, da pega-de-boi, do aboio, da toada. Mas é preciso saber, é preciso conhecer. Toda vez que passa um vaqueiro, uma reverência há de ser dada. Não se trata apenas do animal, do homem montado, do terno de couro, de tudo o mais que o adorna no seu ofício, e sim do retrato cultural, histórico e tradicional, do próprio sertão. Sertão é vaqueiro, é vaquejada, é aboio, é toada. O oficio do vaqueiro é tão fundamental na vida sertaneja que não haveria sequer sertão sem o trotar do cavalo e o destemor do homem sobre o animal.
E como hoje os livros reconhecem, a vaquejada é esporte e arte. Enquanto tal faz bem ao espírito, à alma, ao desenvolvimento pessoal. Além disso, retrata o que de mais belo há no mundo sertanejo: o vaqueiro no seu exercício de vida. Sim, o vaqueiro no seu exercício de viver, pois há um amor tão grande do sertanejo por seu ofício de gado que faz suporta os lanhos na pele, as pontas de espinhos, o couro vencido pela catingueira afoita. Mesmo que caia, que sangre, que fique todo alquebrado, não demora muito e ele já novamente montando no seu alazão.


Um amor aliado à valentia, ao destemor, ao sentido sertanejo da abnegação. E que continuem assim, bravos vaqueiros de Poço Redondo. Do mais jovem ao mais velho, que todos saibam que o sertão precisa que continuem correndo gado, vencendo os espinhos, aboiando, entoando versos vaqueiros, sendo imensos naquilo que tão bem sabem fazer. E em homenagem aos vaqueiros, um dia eu escrevi uns versos que dizem assim:

Vaqueiros da Santa Fé

Terno de festa é de couro
roupa de vaqueiro é gibão
o carro bonito é o cavalo
seu orgulho é o alazão

a mocinha enfeitada
de bota e chapéu de couro
vai aplaudir seu vaqueiro
levando brinco de ouro

a vaqueirama em festa
do bicho não larga o pé
vai selando seu ligeiro
pra correr na Santa Fé

solta o aboio seu moço
a mata se abre em flor
o boi valente tá solto
no vaqueiro o destemor

no Parque da Santa Fé
o chão treme assustado
no passo da vaqueirama
na derrubada do gado

Poço Redondo festeja
a cultura e a tradição
dos vaqueiros de sua terra
na pega-de-boi devoção

celebrando um passado
de vaqueiros renomados
homens de cavalo e gibão
para as estrelas levados

mas deixaram entre os seus
a herança da vaqueirama
um amor que se renova
no esporte que mais ama

sobe ao cavalo inteiro
e volta todo lanhado
no corpo sinais da luta
mas de orgulho dobrado

parabéns ao nosso herói
que não teme o que vier
orgulho desse sertão
Vaqueiros da Santa Fé.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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SEGUNDO O CANGACEIRO BALÃO

Por José Mendes Pereira
O cangaceiro Balão

Segundo Guilherme Alves o cangaceiro Balão disse em entrevistas memoráveis à Revista Realidade em Novembro de 1973, que as pessoa pensam que Lampião matava por qualquer coisa, mas que não é verdade. Leia o que ele disse à Revista quando o entrevistou.

Diz o cangaceiro Balão: 

- Até hoje o povo pensa que Lampião matava por qualquer coisa, mas nunca o vi mandar matar alguém a sangue frío. E as fazendas por ele destruídas eram dele mesmo. Lampião havia comprado as terras em sociedade com um tal de Petro de Alcântara Reis: Tronqueira, Cachoeirinha, Formosa. 

Coronel Petronilo de Alcântara Reis

Mas Petro as registrou apenas em seu próprio nome. Lampião zangou-se. Eu mesmo ajudei a matar muito gado a tiro, na Cachoeirinha. Petro fugiu para Alagoas.

Os fazendeiros que se recusavam a dar dinheiro ou gado para o bando nunca eram mortos, mas Lampião expulsava da fazenda todos os vaqueiros. Eles só podiam voltar com sua permissão.

Confira aqui:


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O VINGATIVO LAMPIÃO


Por José Mendes Pereira

Em 1927 Lampião resolveu invadir Alagoas, alegando que era protestando contra Zé Lucena por ter assassinado o seu pai, e Zé Saturnino, que segundo ele, era o causador das declinações da família Ferreira, privando o direito deles serem felizes onde moravam, obrigando-os a fugirem de Pernambuco, e os empurrando para as terras alagoanas.

Zé Lucena que segundo Lampião assassino u seu pai
             
Em Pernambuco, ele e os seus familiares deixaram para trás tudo que haviam adquirido com muito esforço: propriedade, agricultura, criações e principalmente sonhos e muitos sonhos que pretendiam realizar.
             
Já residindo em Alagoas passaram por dois grandes desgostos: o primeiro foi quando viram a mãe cair em depressão. Ela se sentindo desgostosa com o desrespeito do Zé Saturnino, por ter afetado o caráter de José Ferreira da Silva, seu coração não aguentando as maldades, faleceu em 1920.

Zé Saturnino o primeiro inimigo de Lampião

O segundo e mais doloroso foi quando viram o pai envolvido em um horroroso lençol de sangue, todo crivado de balas pelas armas do tenente Zé Lucena.
            
Os desrespeitos que surgiram contra a sua família deixaram ele e seus irmãos sem rumo e sem decisões para enfrentarem as maldades dos perseguidores.
            
Dizia o rei que o principal culpado das suas desventuras era o Zé Saturnino por não ter assumido a sua desonestidade, quando o assecla viu peles dos seus animais na casa de um dos moradores da Fazenda Pedreira. Se o fazendeiro tivesse assumido o feito, não teria sido necessário ele e seus irmãos viverem embrenhados às matas, escondendo-se dos policiais. 
           
Foto dos escombros da casa da fazenda Pedreira do velho Saturnino

O rei ainda se lastimava que todos os seus antes amigos viviam passeando pelas redondezas do lugar,  livres de perseguições, e diariamente aconchegados às mocinhas do povoado, frequentando festas e bailes. E enquanto os outros gozavam da liberdade, eles eram privados de participarem dos divertimentos que o povoado oferecia. Infelizmente teriam que passar a vida inteira se amparando às árvores, castigados pelas chuvas, sol, poeiras, dormindo no chão, misturados com caranguejeiras, lacraias, cobras e no meio de combates tentando se livrarem dos estilhaços de balas. E na maioria das vezes, fome, fome e muita fome, vivendo um horroroso sofrimento.                                             
Lampião assumia o seu feito dizendo que antes da morte do seu pai já havia praticado crimes. E em um desses, findou a vida de um sujeito que lhe roubara uma das suas cabras. Mas que todos que o julgavam como um bandido cruel entendessem o porquê da sua prática criminosa. Fizera isso para defender o que lhe pertencia, e em prol de sua própria honra. Se ele não defendesse o que era seu, com o passar dos tempos, todos iriam querer pisá-lo como se ele nada valesse na vida.
           
Lampião alegava ainda que se o Zé Saturnino não tivesse manipulado o tenente Zé Lucena para assassinar o seu pai, quem sabe, talvez ele não tivesse se tornado um bandoleiro, e sim, um fazendeiro, um engenheiro, um rábula qualquer ou outra coisa parecida. Ou ainda teria se casado e construído uma linda e maravilhosa família.          
           
E agora, depois das grandes decepções que passaram principalmente a morte do pai, como os irmãos Ferreira se vingariam das maldades que fizeram contra eles?                      
             
Lampião e seus manos decepcionados fizeram um juramento: o seu luto, até a morte, iria ser o rifle, a cartucheira e os tiroteios. E a partir dali, decidiram que a solução seria magoar todo povo que morava em Alagoas, vingando-se a seu modo. Já que tinham perdido o respeito, uma desordem a mais não influenciava nada.
            
E a partir de 11 de janeiro de 1927, partiram para bagunçarem o Estado de Alagoas, onde destruíam tudo que viam pela frente. E geralmente rios de sangue ficavam escorrendo por onde os vingadores passavam.

Adquira esta obra com Francisco Pereira Lima através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

         

Fonte de pesquisa:
"Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angicos"
Alcindo Alves da Costa.

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FILHOS DO CANGAÇO - SÉRIE DE DEPOIMENTOS.

Material do avervo do pesquisador Jose Francisco Gomes De Lima Francisco 

Cangaçologia
Publicado a 10/05/2019

Entrevista com Martha L. Anastácio Menezes filha da ex-cangaceira Dulce Menezes dos Santos, a última cangaceira pertencente ao bando de Lampião, ainda viva. Sua mãe, Dulce Menezes, é uma das sobreviventes de Angico, local da morte de Lampião, Maria Bonita, nove cangaceiros e um soldado, e a última testemunha ocular dos acontecimentos que antecederam e sucederam a morte do mais famoso cangaceiro de todos os tempos. 

Nesse documentário iremos conhecer algumas histórias e particularidades envolvendo a personagem histórica em questão, através de quem cresceu ouvindo revelações e histórias dentro do ambiente familiar. 

Imperdível. 


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