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quarta-feira, 3 de maio de 2017

REGULAMENTO - II CORRIDA DE SÃO SEVERINO


01 - A II CORRIDA DE SÃO SEVERINO do Parque Cultural “O Rei do Baião”, será realizada no dia 19 de agosto de 2017, na Fazenda São Francisco, município de São João do Rio do Peixe-PB.
02 - A Corrida será iniciada às 16h00, na cidade de São João do Rio do Peixe, sendo encerrada na entrada do Parque Cultural.
03 - A II CORRIDA DE SÃO SEVERINO oferecerá a seguinte premiação:
1º Lugar
R$ 1.000,00 (hum mil reais) e troféu
2º Lugar
R$ 500,00 (quinhentos reais) e troféu
3º Lugar
R$ 300,00 (trezentos reais) e troféu
4º Lugar
R$ 200,00 (duzentos reais) e troféu
5º Lugar
R$ 100,00 (cem reais) e troféu
6º Lugar
R$ 50,00 (cinquenta reais) e troféu
7º Lugar
Troféu
8º Lugar
Troféu
9º Lugar
Troféu
04 - A Coordenação da Corrida dará apoio integral aos participantes com a presença de membros da polícia militar e equipe médica durante o trajeto.
05 - As inscrições poderão ser realizadas até o dia 14 de agosto com a Comissão Organizadora, formada pelos membros da Diretoria do Parque: Sargento Vanvan, Assis da Cândida, Felipe Vieira de Moura, Edilson Fernandes de Santana e Igor dos Santos Abreu.
06 - Informações pelos telefones: (83) 99615-7942 / (83) 99379-1893,pelo e-mail: chicocardoso.caldeirao@gmail.com
Fazenda São Francisco, maio de 2017.
Francisco Alves Cardoso
Presidente do Parque Cultural “O Rei do Baião”

Luiz Claudino de Oliveira Florêncio
Coordenador de Planejamento

Francisco Álisson de Oliveira
Produtor Cultural

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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III LEMBRANÇA DO ÍDOLO REGULAMENTO


I – Do Evento e seus Objetivos

Art. 1º - O III CONCURSO “LEMBRANÇA DO ÍDOLO”, será realizado pelo Parque Cultural “O Rei do Baião”, na Fazenda São Francisco, município de São João do Rio do Peixe-PB, por ocasião das festividades em homenagem a Luiz Gonzaga, nos dias 19 e 20 de agosto de 2017.

Art. 2º - Poderão inscrever-se no II CONCURSO “LEMBRANÇA DO ÍDOLO” pessoas de todas as regiões e países, independente de estilo, gênero ou nacionalidade, que concorrerão em absoluta igualdade de condições.

Art. 3º - As obras devem ser exclusivas no idioma português, inéditas e originais.

Art. 4º - O Concurso homenageia o casal ANTÔNIO BARROS E CECÉU, famosos artistas paraibanos.

Art. 5º - A obra deverá ser escrita estilo crônica, ocupando apenas uma lauda (página).

Art. 6º - Patrono: Francisco de Assis Lisboa Filho (Vereador Diassis Lisboa), do município de Santa Helena-PB.

II - Das Inscrições

Art. 7º - As inscrições deverão ser feitas na Fazenda São Francisco, zona rural de São João do Rio do Peixe (PB), ou ainda no endereço: Rua Dr. José Guimarães Braga, 70, Vila do Bispo, Cajazeiras (PB), CEP – 58.900-000, pelos telefones: (83) 99615-7942 / (83) 99379-1893, Pelo e-mail: chicocardoso.caldeirao@gmail.com

Maiores informações no site: www.caldeiraodochico.com.br, nogonzagaodobrasil.blogspot.com.br e no programa “Caldeirão Político” da Rádio Oeste da Paraíba.

§ 1º - Serão aceitas inscrições por e-mail, pessoalmente ou via correio.

§ 2º - O período de inscrição será de 10 de abril a 31 de julho de 2017.

Art. 8º - A formalização das inscrições se processará mediante a entrega das crônicas digitadas em espaço simples (Office Word), fonte Times New Roman 12 ou Arial 11, acompanhadas da identificação do autor (nome, endereço completo e um breve currículo) em folha à parte.

§ 1º - Na cópia da crônica não deverá constar o nome do autor, apenas o nome da obra. A identificação deverá ser feita em folha à parte e anexada.

§ 2º - Cada participante poderá inscrever apenas uma crônica, e a mesma não poderá conter mais do que uma lauda (página).

Art. 9º - A Comissão Organizadora do Concurso não se obriga a devolver o material utilizado para as inscrições, ficando o mesmo na guarda da Comissão do III CONCURSO “LEMBRANÇA DO ÍDOLO”.

Art. 10º - O ato da inscrição implica, automaticamente, na aceitação integral por parte dos concorrentes dos termos deste regulamento.

III - Do Julgamento

Art. 11º - O Julgamento das obras será feito por uma comissão formada por três jurados de reconhecida experiência na cultura nacional, sendo sua decisão soberana, não cabendo qualquer manifestação contrária.

PARÁGRAFO ÚNICO – Em caso de empate entre os primeiros colocados o desempate se dará por decisão dos três jurados, convocados extraordinariamente para esse fim.

IV - Da Premiação

Art. 12º - A premiação do III CONCURSO “LEMBRANÇA DO ÍDOLO” acontecerá no dia 20 de agosto de 2017, dentro da programação do IX FESMUZA, na Fazenda São Francisco – Parque Cultural “O Rei do Baião”.
Art. 13º - O vencedor do III CONCURSO “LEMBRANÇA DO ÍDOLO” receberá prêmio de R$ 500,00 (quinhentos reais), o Troféu “ANTÔNIO BARROS” e Certificado Digital de Participação.

Art. 14º - O segundo e terceiro colocado receberão oTroféu “CHIQUINHA GONZAGA” e Certificado Digital de Participação.

Art. 15º - Os casos omissos a este Regulamento serão resolvidos pela Comissão Organizadora.

Fazenda São Francisco, maio de 2017.

Francisco Alves Cardoso
Presidente do Parque Cultural “O Rei do Baião”

Luiz Claudino de Oliveira Florêncio
Coordenador de Planejamento

Francisco Álisson de Oliveira
Produtor Cultural

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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RÉPLICA DE UM TÍPICO PUNHAL NORDESTINO.

Por Geraldo Júnior

Muito utilizado por policiais e cangaceiros durante a época do cangaço.

Os punhais, ao contrário do que muitos pensam, não era uma arma destinada ao corte e sim a perfuração. Geralmente eram introduzidos em diagonal nas vítimas através da fossa clavicular “Saboneteira”, causando a perfuração de vários órgãos internos e ocasionando hemorragia.

Geralmente ornamentados com ouro e outras pedrarias o punhal se tornou um dos símbolos de ostentação dos cangaceiros que faziam questão de exibir a peça e conduzir preso ao cinto em frente ao corpo.

Ser sangrado significava uma humilhação tanto para a vítima quanto para sua família, já que tal prática no Sertão do Nordeste era e ainda é normalmente aplicada no abate de animais (Porcos / Cabritos, etc...).

Os punhais variavam em relação a modelos e tamanhos e com o decorrer do tempo deixou de ser apenas uma arma para se tornar uma peça de ostentação do cangaceiro nordestino.

O cangaceiro Zé Sereno

O punhal que aparece na fotografia abaixo pertenceu ao ex-cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho) e foi um presente ofertado pelo escritor e pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo. Fotografia que foi registrada na residência da minha amiga Gilaene “Gila” de Souza Rodrigues (In memorian), filha do casal cangaceiro Sila e Zé Sereno, durante uma de minhas visitas à família.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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MINHA CABOCLINHA SERTANEJA

*Rangel Alves da Costa

A cor cabocla é cor de jambo, de pele envernizada de sol. Cor mestiça de índia bela, de menina ribeirinha cheirando a flor, de raiar do sol na leveza do amanhecer.
Minha caboclinha sertaneja...
Sim, apenas uma mulher, mas uma mulher sertaneja. E onde se imagina a timidez tristonha se avista a pujança da vida, como a florada fascinantemente bela das craibeiras.
Minha doce sertaneja...
Há uma flor do campo onde esteja, há um lírio do mato aonde vá, há uma catingueira florida na imaginação. E um jardim sertanejo toda vez que chega toda bonita.
Minha linda sertaneja...
O jambo caiu do pé e de você apossou, e em seu corpo fez moradia morena de matiz perfumado. Daí sua pele trigueira, urucum sertanejo queimado de sol.
Ah minha linda sertaneja...
Araçá no seu lábio, araçá no seu beijo, araçá em tudo. Uma fruta do mato, uma fruta que é mel, um mel que é tão puro quanto a sua beleza.
Linda, linda sertaneja...
Mulher vestida de sol, ornada de lua, perfumada de mato, singela como o amanhecer. E a mulher assim não se encontra em revista, senão no que avista o olhar o sertanejo.
Minha bela sertaneja...
Bela Maria, a bonita. Bela Enedina, a cangaceira. Bela Adília, bela Sila, bela Rosinha, todas tão belas que nem as durezas do mundo tingiram com outra feição a beleza agrestina.
Sempre bela sertaneja...
Mire-se nas mãos e braços nus e rudes do mandacaru. Acredita-se apenas em espinhos. Mas basta se aproximar para sentir e amar, sentir e se apaixonar pela bela flor do mandacaru.
Minha linda sertaneja...
O que seria da manhã sem seu sorriso à janela? O que seria do caminho sem seu passo caminhante? O que seria da noite sem a penumbra enluarada envolvendo a sua face?
Tão linda e bela sertaneja...
Açoita o vento nas tardes sertanejas e teus cabelos esvoaçam como voo passarinho. E como passarinho voa cantando a mais bela canção que meu coração quer ouvir.
Oh minha bela sertaneja...
Recordo cirandando a ciranda nas noites de lua cheia, rodando a roda da infância, e eu passando apressado num cavalo de pau em busca de uma estrela para seus cabelos.
Minha doce mulher sertaneja...
Quando a seca chegou e tudo secou, e você passava com pote na cabeça no caminho do tanque, sabe o que eu avistava? Alguém que logo voltaria para saciar minha sede.
Minha bela sertaneja...
Um dia escrevi seu nome num pé de pau e ainda está lá. Um dia joguei uma semente debaixo de sua janela e a plantinha está lá. Um dia fiz uma promessa e ainda espero o seu beijo.
Minha linda sertaneja...
Que seja sempre a terra, o chão, o sertão. Seja como a terra que frutifica o que há de melhor, como o chão que se firma sem fraquejar, como o seu sertão ornado de lua e de sol.
Por fim, minha sertaneja...
Buscando nas palavras bíblicas, olhai os lírios dos campos, que nem fiam nem tecem, mas nem mesmo Salomão em todo seu esplendor pôde se vestir como eles. E és a flor mais bela que sobre a terra brotou.
E não deixai que as ervas daninhas se arvorem de ferir a mácula e a graciosidade do todo que há na mulher. Na mulher cabocla, linda e bela tão minha.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com


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O SECRETÁRIO SÍRIO LIBANÊS DO PADRE CICERO EMBARCANDO EM UM MISTO DE CAMINHÃO COM ÔNIBUS, PARA FORTALEZA...!!! MODERNIDADE NO COMÉRCIO DO CARIRI CEARENSE...!!!


Benjamin Abrahão Botto (Zahlé, Líbano, nasceu em 1890. Morreu em Serra Talhada, 10 de maio de 1938: Foi um fotógrafo sírio-libanês-brasileiro, responsável pelo registro iconográfico do cangaço e de seu líder, Virgulino Ferreira da Silva: O Lampião...!!! Abrahão morreu assassinado durante o Estado Novo...!!!

Embora publicado em jornais, o pouco que se sabe da vida de Benjamim Abraão vem de fontes mescladas entre a mídia historiográfica e os meios de subsistência do ambiente nordestino, fatos que não se encaixam com a realidade profissional de um secretário, bem como de expert operador de equipamentos de filmagem, muito avançados para a época.

A fim de fugir à convocação obrigatória pelo Império Otomano de lutar durante a Primeira Guerra Mundial, migrou para o Brasil em 1915.

Foi comerciante (mascate) de tecidos e miudezas, além de produtos típicos nordestinos, primeiro em Recife, depois para Juazeiro do Norte, com dois burros (Assanhado e Buril) e um cavalo (de nome Sultão), atraído pela grande frequência de romeiros, Que seguia o Padre Cicero.

Fonte foto: Luz de Fifó... Fonte texto Enciclopédia livre de Abrahão Botto.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1169714469799143&set=gm.1555296814483431&type=3&theater

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RUAS ANTIGAS DE POMBAL “RUA ESTREITA”, “RUA DO GIRO” E “RUA JOÃO CAPUXU”.

 Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Os três nomes citados acima referem-se a uma única rua de Pombal, que ao longo dos últimos 200 anos teve três batismos: falo da Rua Estreita.

Encontrei documentos no Cartório, no caso o testamento do meu tetra avô paterno, José Tavares de Araújo, escrito no ano de 1894, que se refere à rua Estreita da seguinte forma: “rua do Giro, antiga rua Estreita desta cidade”. Vejam que para se referir rua Estreita, em 1894 já se voltava ao seu antigo nome, o que nos traz a informação que o primeiro nome da artéria foi mesmo “rua Estreita”, e por algum motivo passaram a se referir a essa como “rua do Giro”.


Na década de 1950 a “rua Estreita” passou a ser denominada rua João Capuxu, em homenagem ao um dos seus mais prósperos comerciantes, Capucho(meu tetra avô materno). Mesmo assim a rua continuou a ser referenciada o com o seu primeiro nome, passando a ser a “rua João Capuxu, antiga rua Estreita”, inclusive em documentos importantes.

O prédio onde funcionou o comercio de José Tavares de Araújo, 150 anos depois ainda continua do mesmo jeito, inclusive com as iniciais “JTA”, escritas em alto relevo, no seu frontispício. Já o armazém de Joao Capuxu, ainda existe com algumas modificações. La funcionou na década de 1970 a Marcenaria e Vidraçaria de seu Zuca.


O que tem me intrigado é a mudança da denominação de “rua Estreita” para “Rua do Giro”, que provavelmente ocorreu meados do século XIX. Cheguei a imaginar que a palavra “Giro” se referisse ao comércio que ali existia, mas, as construções da rua Estreita não nos levam a deduzir que ali fosse uma rua exclusivamente comercial.


As construções, e a própria rua muito estreita, nos leva a crer que aquela artéria era muito mais voltada a residências do que ao comercio, mesmo nos séculos XVIII e XIX. 

A rua Estreita, do seu início ao final é uma reta com apenas uma entrada à esquerda de quem segue em direção ao “Castelo”. Não existe nada que nos faça lembrar um “giro” ou uma “curva “para que esse nome “pegasse”


Até o final do século XIX a cidade de Pombal concentrava seu centro urbano, com casas bem construídas, em umas poucas ruas centrais, como Rua dos Prazeres (atual Rua do Comércio, onde estava inclusive situado o mercado ) rua do Rio, o centro formado pelas duas igrejas e mais a sul a rua do Giro. A construção mais afastada do centro era o Cemitério Nossa Senhora do Carmo.


A rua Estreita terminava em um riacho que desaguava, no tempo de inverno, no leito do rio Piancó que a época era temporária. Depois desse riacho as casas eram simples, talvez em taipa e espaçadas entre elas. É o que se deduz das descrições do processo do crime de Donária dos Anjos, fato ocorrido em 1877.


Então, o que levou a mudança do nome rua Estreita para rua do Giro? Ora, o batismo popular de uma localidade acontece por uma referência: alguma coisa que lembre o local passou a e chamar de rua Estreita por que de fato a rua é muito estreita, Mas, e o porquê de rua do Giro?

Busquei me aprofundar nas pesquisas e encontrei referências a palavra “Giro” em edições do “Jornal do Commércio”, Rio de Janeiro edição de 27 de março 1830 (foto anexa). Passei a entender que no período Imperial a palavra “Giro” era a referência a “Circulação”. 


Encontrei no referido Jornal o discurso de um deputado do Rio de Janeiro, que falava da dificuldade de se falsificar as novas moedas emitidas pelo império.

Dizia:

“Se o giro de facto das notas do Banco, que eram muito mais fáceis de se imitar, não ocasionou uma introdução de notas falsas nessas províncias, como a admissão, e giro legal das novas notas, que são mais difíceis de imitação, possa ocasionar essa introdução? ”


Continua:

“...apesar de não existe lei que autorize o Giro de notas nas províncias, a necessidade de preencher as transações, tem introduzido em todas as províncias limítrofes centos de conto de nota do Banco, apesar de não haver tope para conferencia ou não tenha havido queixume algum de notas falsas...”


Isso nos levar a deduzir que a denominação de “rua do Giro” deu-se por haver ali, algum fato ou evento que dizia respeito a “circulação” de moedas.

Talvez fosse o local onde mais se faziam transações comercias, e onde o dinheiro “girava” ou “circulava”, com mais abundância e, divagando um pouco mais, até fosse aquela rua um local de troca de moedas estrangeiras por moedas locais.


Aceito outras teses, e alerto que isto não é uma afirmação conclusiva: apenas um ponto de partida para se chagar ao motivo da mudança do nome da “ruas Estreita”” para “rua do Giro”, que certamente documentos da época ainda por serem estudados nos darão tal repostas.

Agradeço ao Raphael Camilo pelas fotos atuais da ruas Estreita, ao tempo que lamento uma rua central encontra-se em tal situação de abandono como revelado nas fotografias.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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15 DE AGOSTO DE 1921 DONA JACOSA COMPLETA 77 ANOS

Por José Mendes Pereira

O escritor e pesquisador do cangaço José Bezerra Lima Irmão afirma em seu maravilhoso livro "Lampião a Raposa das Caatingas" página 107 - 1ª edição, que no dia 15 de agosto do ano de 1921, os Ferreiras participaram do aniversário da avó materna, Dona Jacosa, que naquele dia, estava completando 77 anos.

Admiro a coragem do Sinhô Pereira "Prefiro ficar como minhas netas, meus parentes e meus amigos. Aqui enterrei o passado. Minha presença em Pernambuco pode reacender velhos ódios".

Naquele ano, os Ferreiras eram comandados pelo famoso cangaceiro Sinhô Pereira, e pediram licença para participarem das festividades de aniversário da avó Jacosa, no Poço do Negro, e que seria uma surpresa para ela. 

O primeiro, atrás, à esquerda, alguns afirmam ser o cangaceiro Levino. O da direita, atrás, para mim, desconhecido. O da esquerda, na frente é Lampião. E o da direita é o Antonio Ferreira.

A licença foi aprovada pelo chefão, e entre os irmãos Lampião, Antonio e Levino, também estava o Antonio Rosa, que este, para eles, era como se fosse um irmão; e mais três cabras que trouxeram lá do Estado de Alagoas.

Dona Jacosa estava feliz! Aquele dia, era o seu aniversário de 77 anos, ou 77 velinhas acesas para ela mesma apagar, mesmo que elas não estivessem presentes, mas, na sua mente, elas estavam acesas e as apagaria com muito orgulho, porque, nem todos têm o prazer de comemorar 77 anos. E ela ali estava comemorando. 

Dona Jacosa ali estava sentada, bem em frente à sua almofada de rendar, e de repente, ouviu uma voz por trás das suas costas, que sabia bem, que aquela voz era da sua intimidade, muito embora, fazia algum tempo que não a ouvia, era Virgolino Ferreira, cantando a música seguinte:

- Olê mulé rendera... 
Olê mulé rendá...
Tu mi insina a fazê renda...
que eu ti insino a namorá.

https://www.youtube.com/watch?v=Yz5lGRy2K-U

A velha dona Jacosa caiu em riso de felicidade, por ver os seus netos ali presentes em seu aniversário, principalmente, o Virgulino Ferreira da Silva, que talvez, nem imaginava a sua presença ali, e nem as presenças dos seus irmãos Levino e Antonio, naquele dia do seu aniversário. E logo exigiu a sua presença bem pertinho de si. Queria, talvez, abraçá-lo, beijá-lo. 

- É você, Virgulino?!... Cheque ora cá, meu Muleque!...

E ali, todos tiraram os chapéus e foram e a ela foram pedir a bênção a ela!

Segundo o autor, os irmãos Ferreiras passaram 4 dias lá em Poço do Negro, e aos poucos, com calma foram repassando para a avó o que no momento estava se passando com a família Ferreira.

Ela ouvia tudo, mas sem interrompê-los. E em um momento,  os observou e lhe disse como se ali estivesse recitando um belo texto:

Maria Sulena da Purificação mãe de Lampião

- Se alembrem, meus fio, que a finada sua mãe (Maria Sulena da Purificação) sempre alertava: num tenho fio pra guardá no baú... Home qui é home deve sê dereito. Mais, quano se mexe cum a sua honra, tem de agi. Ficá dismoralizado, nunca! Nunca!. 

Fonte de Pesquisa: "Livro - Lampião a Raposa das Caatingas"
Autor: José Bezerra Lima Irmão
Página: 107
Edição: 1ª.
Ano de Publicação: 2014
Editora: JM Gráfica e Editora
Salvador: Bahia

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A TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO, HOJE, NÃO INTERESSA AO RIO GRANDE DO NORTE


Meus Prezados,

Quando li a entrevista, tive a nítida impressão de que o cidadão, Rômulo Macedo, sempre foi contrário à Transposição e, portanto, estava ali mostrando, e com muita propriedade, os pontos falhos do projeto e propondo alternativas para solucioná-los. Mas a entrevista não retrata bem essa realidade! O citado engenheiro foi coordenador do projeto no Rio Grande do Norte e eu tive a oportunidade de debatê-lo em evento na UFRN, no início dos anos 2000. O curioso é que, essa mesma impressão tive de Francisco Sarmento, ex Secretário de Recursos Hídricos e também ex coordenador do Projeto, pelo Lado da Paraíba, pessoa com quem, igualmente, debati o projeto. Ambos vêm apresentando posicionamentos críticos ao projeto da transposição, em suas entrevistas. Quando tinham responsabilidades sobre as obras, as defendiam com todo esmero. Era o melhor projeto do mundo e que acabaria, de vez, com a seca do Nordeste.  Atualmente, são celeiros de críticas. Não deveria ser assim. Afinal, trata-se de um projeto, que foi a menina dos olhos do governo Lula, cujas cifras de implantação giram em torno dos 10 bilhões de reais. O que na realidade faltou no posicionamento de ambos os técnicos, em suas entrevistas, foi uma avaliação mais criteriosa da situação existente na bacia do rio São Francisco, principalmente em relação aos quantitativos volumétricos do rio ao atendimento das demandas hídricas do Setentrional nordestino. Volto a lembrar de que a represa de Sobradinho, que regulariza os volumes do Velho Chico, nas regiões do Submédio e Baixo São Francisco (local das tomadas de água do projeto e de toda geração de energia do Nordeste), irá chegar, no mês de novembro do corrente, próxima ao volume morto. São fatos como esses que realmente nos deixam surpresos e com aquela certeza de que o projeto da Transposição do rio São Francisco nunca andou bem gerenciado em suas estruturas técnicas. Uma pena!   


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NOVO LIVRO SOBRE O CANGAÇO...

Por Carlos Alberto

Um novo Livro sobre o cangaço: DOIS CABRAS DE LAMPIÃO: Corisco e Labareda, de Rubens Lelis Ximenes, Pontes Editores, 2017 e 158 páginas... O autor focou o estudo sobre dois chefes de subgrupos do bando de Lampião: Corisco e Labareda...

Ainda não se conhece os meandros do texto...

Atenção: Professor Francisco Pereira Lima , Voltaseca Volta V, Gustavo Costa Farias, Caçula Aguiara , Alexandre Wagner França ,...

Página: Voltaseca Volta

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PARTE FINAL DO NOSSO A CHEGADA DE BELCHIOR NO CÉU.. .

Por Prof. Stélio Torquato Lima

Parte final do nosso A CHEGADA DE BELCHIOR NO CÉU. Faça o pedido direto à Cordelaria Flor da Serra: 
E-mail cordelariaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 9.99569091. 


Do que aprendi em teus discos.
Agora quero falar:
Ensinaste que viver
É bem melhor que sonhar.
E que ensina a noite fria
A amar bem mais o dia
E com paixão se arriscar.

Outra coisa que ensinaste.
É que o novo sempre vem.
Teus sons, palavras-navalhas,
Sem querer ferir ninguém,
Foi faca que corta tudo.
Não foste feliz? Pois mudo
Tu nunca foste também.

Tu cantaste o preto, o pobre,
A estudante e bem mais.
Cantaste a mulher sozinha,
Pessoas cinzas normais
A padecer sem clemência.
Teu delírio?: Experiência
Com coisas muito reais.

Suportar o dia-a-dia
Foi tua alucinação.
Tiveste medo de abrir
A porta da solidão.
Na parede da memória,
Uma romântica história
Foi por medo de avião.

Defendeste o teu amor,
Cumprindo o duro dever.
Mostraste que a boa norma
É nenhuma regra ter
E também, meu bom amigo,
Que o nosso hoje é antigo,
Urge rejuvenescer.

Amar e mudar as coisas
Te interessava demais.
Mostraste: o passado é roupa
Que já não nos serve mais.
E, sem temer contratempo,
Tu falaste do bom tempo
De galos, noites, quintais.

Na saudade da camisa
Toda suja de batom,
Teus caminhos pra ser livre
Foram sim palavra e som.
Foste descendo do norte
Pra tentar a boa sorte,
Mostrando a todos teu dom.

Tu cantaste as coisas novas
Que também são muito boas:
O amor, humor das praças
Muito cheias de pessoas.
Por isso, amigo famoso,
Tenho o olhar lacrimoso,
Pois pro outro mundo voas.

Porque só não ensinaste
O fim do termo "saudade".
Assim, qual jovem do norte
Que desce à grande cidade,
Tenho pressa de viver
Com diploma de sofrer
De outra Universidade

Em cada luz de mercúrio
Vejo a luz do teu olhar.
Como mandar minhas mágoas
Pras águas fundas do mar?
Porque sei que desse jeito
Não vou ser feliz direito.
Vida, pisa devagar...

Eu tenho ouvido os teus discos,
Com pessoas conversado.
Porém, choro pra cachorro,
Pois demais tenho sangrado.
Ando mesmo desconte
E, desesperadamente,
Sou qual goleiro vazado.

Mas ficam tuas canções,
Teus discos sensacionais.
Dizem os novos: te amamos
Assim como nossos pais.
Sei que tua voz resiste
E que a tua fala insiste.
Ouvem-te cada vez mais.

FIM

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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