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segunda-feira, 28 de julho de 2025

ABIMAEL SILVA - CONVITE - LANÇAMENTO DE LIVROS.

 Por Valério mesquita

O editor Abimal Silva do Sebo Vermelho, convida para o lançamento dos livros "O Tempo e Sua Dimensão" e "Na Linha do Tempo" do escritor macaibense Valério Alfredo Mesquita. 

Enviado pelo autor.

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O POVO DE DEUS.

 Clerisvaldo B. Chagas, 28 de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.278

PROCISSÃO DOS CARREIROS NA ABERTURA DA FESTA DE SENHORA SANTANA. (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES/ARQUIVO DO AUTOR).

No Bairro São Pedro, tem a Rua São Paulo; na margem direita do rio Ipanema, tem a rua e Bairro Santa Quitéria e Santo Antônio; na Região Oeste tem o Bairro São José; no Bairro Camoxinga tem a Rua Santa Sofia, numa demonstração de muita religiosidade da população santanense. Já no livro O BOI, A BOTA, E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA, estar registrada uma pesquisa feita em todos os bairros da cidade, na minha época como professor de Geografia e feita por alunos que responde entre dez opções o que o santanense mais gosta. Estar incluído Carnaval, Natal e mais. O vencedor foi MISSA, a coisa que o santanense mais gostava. Hoje ainda parece ser a mesma coisa. Uma opinião em   pleno festejo da PADROEIRA, SENHORA SANTA ANA.

Baseado no que foi apresentado, novamente vem a indagação insistente e sem resposta: “Quem colocou a estátua do Cristo no serrote do Gonçalinho? Ninguém sabe. Desde criança que ouço o nome original de serrote do Gonçalinho, ser chamado de serrote do Cristo.  Tentando desvendar quem ali o colocou, já fizeram comparações entre o Cristo do serrote e o Cristo que existe em um túmulo no cemitério local Santa Sofia. Túmulo da família Rocha. Daí se dizer que poderia ter sido o Cristo colocado no serrote, pelo ex-intendente de 1930, Frederico Rocha. Mas vem outra pergunta: “Como, se Frederico não era católico? É certo que ambas as estátuas são parecidas com a diferença que a do Cemitério é tão branca e brilhante que parece de metal.  Já foi crítica do escritor Oscar Silva em visita ao cemitério, quando falou que um braço parecia ser mais curto do que o outro.

Quando no serrote, foram colocadas atenas de telefonia, surgiu o terceiro nome do monte: “Serrote ou serra da Micro-ondas”. Nunca procuramos saber qual é o material componente de ambas as estátuas. Na gestão Nenoí Pinto, a estátua do Cristo foi iluminada e passou a ser um belo ponto noturno visto de longe, malgrado o rude acabamento da figura. O que é certo mesmo, é que do topo do serrote se avista uma bela paisagem, principalmente da região leste de Santana. Atualmente existe um bairro que se formou rapidamente no pé-da-serra, com extrema pobreza, chamado Santo Antônio. Agora nos parece que evoluiu muito e se acha bem moderno. Mas o bairro está às costas do Cristo.



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MEIRE PAVÃO.

 

 Por Edgar Tolentino

Meire Pavão

A jovem guarda tinha uma grande constelação de estrelas, entre as muitas cantoras , havia uma que se destacava desde 1962, seu pai letrista e compositor era o Teotônio Pavão, hoje iremos homenagear sua filha Meire Pavão, que fez grande sucesso com a música o que faço do latim, infelizmente veio a falecer em 2008, aos 60 anos mais deixou sua obra musical para seus fans.

Meire Pavão, nome artístico de Antônia Maria Pavão (Taubaté2 de junho de 1948 –Santos31 de dezembro de 2008), foi uma cantora de música popular brasileira.[1][2] Era irmã do também cantor Albert Pavão.[3]

https://www.youtube.com/watch?v=8Wt9_cyL4Fg&ab_channel=lucianohortencio

No ano de 1964 assinou contrato com a gravadora Chantecler e gravou seu primeiro disco O que eu faço do Latim? com a banda The Jet Black's.[4]

Em 1965 ganhou o troféu de Rainha do Twist oferecido pela TV Excelsior. No mesmo ano seu disco Bem Bom foi enviado para a gravadora norte-americana Paradise. O disco foi tocado nas rádios americanas.[1]

Era considerada sucessora de Celly Campello.[1]

Morreu aos 60 anos de câncer.

https://www.youtube.com/watch?v=K_z6im3rOm4

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BAIRROS

 Clerisvaldo B. Chagas, 25  de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.277

PARCIAL DO BAIRRO CAMOXINGA (IMAGEM: B. CHAGAS/ARQUIVO).

Entre o Norte e o Leste, fica o Nordeste; entre o Leste e o Sul, fica o Sudeste; entre o Sul e o Oeste, fica o Sudoeste e entre o Norte e o Oeste, fica o Noroeste, certo? Isso é o que diz os Pontos Cardeais e Colaterais da Rosa-dos-Ventos. E se a Rosa-dos-Ventos fosse aplicada para administrar Santana do Ipanema, ficaria melhor para identificar os problemas de cada região urbana e resolvê-los mais rapidamente, não acha. Assim poderíamos dividir a cidade em Centro, Norte, Sul, Leste e Oeste. Tendo como Centro da cidade o Comércio central, ficaria assim: Região Norte – Bairros: Monumento e Lajeiro Grande; Região Sul – Bairros: Santo Antônio, Isnaldo Bulhões, Santa Quitéria e Domingos Acácio; Região Leste – Bairros: São Pedro, Maniçoba/Bebedouro, São Vicente e Lagoa do Junco; Região Oeste- Bairros: Camoxinga, São José, Barragem e Clima Bom.

Haveria, então, um plano administrativo em cada uma dessas regiões, baseadas em suas necessidades. Levaria em conta também, um planejamento futuro e imediato baseado na expansão de todas as regiões urbanas, que no momento, caminham para novos bairros que serão em breve desmembrados. Nos quatro cantos da cidade, é forte a expansão. O que chega primeiro em uma expansão do casario, ruas, becos e avenidas, é sempre o pequeno comércio e a prestação de serviços: posto de gasolina, farmácia, mercadinho, bares, salões, pontos de gás, escolas e creches. Consolidado o pequeno comércio, vão chegando os tubarões, comprando terrenos e edifícios baratos e, muitas vezes nem engolem o pequeno, mas com ele concorre em diversas faixas.

Entretanto, em nossa beleza e organização urbana, deveríamos ter placas verticais gigantes indicando os nomes dos bairros, em suas saídas e entradas, como encontramos nas capitais. Isso facilitaria muito a mobilização urbana, principalmente para milhares de pessoas que diariamente chegam do Sertão, do Alto Sertão, do Sertão do São Francisco em procura dos diversos serviços de Santana, inclusive os turistas. Falar em serviços de bairros, coincide com a minha procura pelo pensamento, em que restaurante iremos comemorar um fato que estar para acontecer, mas com o sentido num bom restaurante de bairro, quanto mais distante do Centro, melhor. Quanto é importante os serviços nas periferias!



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O COMBATE A LAMPIÃO CONFORME DECLARAÇÕES DO GENERAL JUAREZ TÁVORA.

 Por Joel Reis

Figura 01 - Juarez do Nascimento Fernandes Távora
Fonte: 
Revista O Cruzeiro, ano III, Rio de Janeiro, 8 de nov. 1930

E
m Fevereiro de 1931, "Juarez Távora estava decidido a fazer com que se acabe o reinado de Lampião e seu bando, instituindo um prêmio de100:000$000 (cem contos de Réis) para a tropa que o exterminar! Desta vez o Lampião 'apaga-se' no Nordeste brasileiro..."
Figura 02 - O combate a Lampião, conforme declarações do General Juarez Távora
Fonte: A Batalha (RJ), n. 351, 27 fev. 1931, p. 08


A CONTRIBUIÇÃO DE CADA ESTADO 

BAHIA.............40:000$000
SERGIPE...........5:000$000
ALAGOAS...........5:000$000
PERNAMBUCO........25:000$000
PARAÍBA...........10:000$000
RIO G. DO NORTE...5:000$000
CEARÁ.............10:000$000


O valor TOTAL de (cem contos de réis) em fevereiro de 1931 convertido para Real: 

100:000$000 = 100 milhões de Réis = 100.000.000 
= R$ 2.000.000 (Dois Milhões de Reais). 

Um valor bem maior que esse famoso Cartaz distribuído pelo governo baiano.

Figura 03 - Cartaz de 1930 em que o governo da Bahia oferece recompensa pela captura de Lampião

REFERÊNCIA

MENDONÇA, Carlos Sussekind de. O combate a Lampeão conforme declarações do general Juarez Távora. Rio de Janeiro, A Batalha, ano III, n. 351, 27 fev. 1931, p. 08. Disponível em: Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional. Acesso em: 27 out. 2017.

https://viacognitiva.blogspot.com/2017/12/o-combate-lampiao-conforme-declaracoes.html?fbclid=IwAR0J2-Z8iyO2S9nmVe4916i5Wbt44TbM7e3jFtiJl72fuqPrKIHRZQso-5Y

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MARIA BONITA: JOIAS, TORTURA E SEM SEXO ÀS SEXTAS, DIZ BIÓGRAFA DO CANGAÇO.

 Por Juliana Linhares - Da Universa

Maria Bonita Foto do Benjamin Abraão

Maria Bonita tornou-se cangaceira porque quis. Era infeliz no casamento - com um sapateiro - e largou tudo para acompanhar Lampião, à época, já uma celebridade internacional, o bandido mais procurado do Brasil, com direito a reportagem no "The New York Times".

A primeira mulher a entrar no cangaço não foi raptada e estuprada ainda criança, como acontecia com a maioria das mulheres do bando. Porém, como elas, foi obrigada a dar a única filha que teve.

Maria Bonita andava coberta com algumas das joias mais caras já vistas no sertão nordestino - todas roubadas pelo marido -, tocava bandolim enquanto Lampião cantava, ajudava a torturar algumas de suas vítimas, atuava como espiã para o bando e adorava comer o "passarinho ao vinho" que Lampião preparava. Ela se chamava Maria Gomes de Oliveira. Na intimidade, era a Maria de Déa (nome de sua mãe) ou Maria do capitão. O Bonita foi criado depois de sua morte.

Maria, Lampião e os cachorros do casal - Foto do Benjamin Abraão

A biografia da "Rainha do Cangaço", escrita pela jornalista Adriana Negreiros, e recheada de histórias inéditas sobre a bandoleira, chega às livrarias no próximo dia 31. Veja trechos de "Maria Bonita - Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço", da editora Objetiva.

"Abusada e arrumadinha feito uma boneca".

Maria era morena clara, tinha cabelo e olhos castanhos, nariz afilado, lábios finos, 1,56 metro de altura, um par de coxas grossas (...) um certo achatamento da região glútea e os pés grandes e esparramados, descreve a autora. Era dona de uma gargalhada alta e, para Dadá, a mulher de Corisco, e sua principal rival, ela era "abusada, ranzinza, orgulhosa, metida a besta, barulhenta e arrumadinha feito uma boneca".

Muito ouro.

Ela andava com algumas das joias mais caras que já tinham circulado pelo sertão. Diz a autora: "Em volta do pescoço, exibia sete correntes de ouro (que pertenceram a uma baronesa alagoana, cuja casa fora assaltada por Lampião). As mãos traziam anéis em quase todos os dedos. Reluzentes brincos de ouro faziam conjunto com um broche do mesmo material, fixado ao tecido da vestimenta ou à jabiraca, o lenço de seda usado junto aos colares".

O cabelo ficava protegido por chapéus de feltro, enfeitados com moedas, botões e medalhas de ouro.

Maria usava um punhal de 32 centímetros, feito de prata, marfim e ônix, um binóculo alemão e se perfumava com a mesma loção que Lampião: Fleurs d'Amour, da marca francesa Roger & Gallet. Ela também empunhava um revólver Colt calibre 38. No bornal, a bolsa dos sertanejos, carregava maquiagem, sabonete e perfume.

As cangaceiras, em geral, usavam vestidos de seda, quando estavam escondidas, acompanhados de luvas com motivos florais, meias, sandálias ou botas de cano curto. Em dias de andança no mato, o vestido era de pano resistente, acompanhado de meias grossas e perneiras de couro de veado ou bode.
Estupros
Maria Bonita, ao que consta, nunca sofreu violência de Lampião; porém, o cangaceiro violentou muitas meninas. A autora conta que ele "tinha intenso prazer (....) de estuprar uma mulher, enquanto ela chorava". Ele e seu bando costumam fazer estupros coletivos e, na avaliação deles, "porque as mulheres queriam". O livro relata casos estarrecedores.
Benjamin Abrahão

Corisco e Dadá, ela, a rival de Maria Bonita - Foto Benjamin Abraão

O estupro de Dadá, mulher de Corisco.

Corisco a sequestrou, da casa de seus pais, quando ela tinha 12 anos e ele, 20. Conhecido como Diabo Louro, o cangaceiro a desvirginou violentamente. A seguir, a história, nas palavras da autora: "(depois do rapto, Corisco) jogou-a no chão. Imobilizou-a, levantou-lhe o vestido, abriu-lhe as pernas, se debruçou sobre seu corpo feito um animal, penetrou-a com força, repetidas vezes. Quando Corisco finalmente saciou-se, a garota estava inerte, quase desfalecida, com a região genital em carne viva, esvaindo-se em sangue. Delirando de tanta dor, pensara que suas pernas haviam virado escamas de peixe e, na sua alucinação, 'nadava feito uma sereia numa correnteza vermelha com pedras de diamante', como ela contaria depois. Nos dias seguintes, Dadá enfrentou febres altas, que lhe provocavam novos delírios. Cessada a hemorragia, começou a sentir escorrer, pela vagina, um líquido esverdeado. Para tratar os ferimentos e a inflamação, submetia-se a banhos de assento com ervas locais, preparados por dona Vitalina (tia do cangaceiro)".

O sexo no cangaço.

Era raro. E guiado por superstições. Nunca acontecia, por exemplo, às sextas-feiras e em vésperas de mudanças de esconderijo. Quando transavam "em respeito ao Pai Eterno, os cangaceiros tiravam do pescoço os colares com saquinhos nos quais traziam orações. Lampião carregava oito delas, além de um crucifixo em ouro maciço", conta Adriana.

Apesar da pouca água existente no sertão, uma pequena quantidade era reservada para banhos íntimos das mulheres - para que elas estivessem asseadas para os homens. Eles não faziam o mesmo e, muitas vezes, passavam para elas doenças venéreas adquiridas em cabarés.

Como tratavam as DSTs

Contra a gonorreia, os cabras bebiam uma mistura de ovo com o suco de 12 limões, deixado ao sereno por toda uma madrugada e bebida antes do sol nascente. Abcessos eram abertos com canivete e espremidos até acabar o pus. Muitos ficavam de cócoras sobre uma fogueira.

Os cangaceiros também acreditavam que todo o tratamento iria por água abaixo, se "pisassem em rastro de corno".

White Horse, traição e tortura.

Lampião tratava a mulher paciente e carinhosamente. E ria das constantes crises de ciúme dela. Em 1931, o casal viajou no que seria uma lua de mel tardia e se hospedou na casa de fazendeiros abastados. Lampião fumava charutos, Maria jogava cartas e eram muitos os brindes com uísque White Horse. Lampião gostava de cantar e tocar sanfona, enquanto era acompanhado pela mulher, no bandolim. Quando sua voz falhava, chupava pastilhas Valda.

Aparentemente, Maria teve um romance com um comerciante chamado João Maria de Carvalho. Quando precisava de algo, tipo sapatos, ela mandava pedir a ele.

Maria impediu que Lampião matasse muita gente, no entanto, há registros que mostram que, em alguns casos, ajudou a torturar vítimas mulheres do marido: por exemplo, arrancando-lhes os brincos até rasgar os lóbulos.

Dadá, a rival

A mulher de Corisco costurava muito melhor que Maria Bonita, e, por isso, conquistou a alma vaidosa de Lampião. Ele pedia que ela lhe fizesse bornais com bordados florais e geométricos bem coloridos.

A autora não afirma que Lampião e Dadá tiveram um caso, mas conta noites em que eles ficavam numa "risadaria dos pecados".

Lampião fazia "passarinho ao vinho".

Costurar, lavar e cozinhar eram tarefa de todos, homens e mulheres. Os homens costumavam caçar os bichos, as mulheres os temperavam e eles assavam. Lampião adorava fazer um prato em especial: passarinho ao vinho. Maria, além de cozinhar e tecer, agia como espiã, escutando as conversas das pessoas da cidade e recrutando novos homens para o bando. Ela e Lampião sabiam ler e escrever precariamente, e gostavam de ler a revista "O Cruzeiro". 

A doação da única filha

Expedita nasceu em setembro de 1931, pelas mãos de uma parteira, sob a sombra de um umbuzeiro. Dias depois do nascimento, a menina foi entregue a um casal de vaqueiros, em Sergipe. A mulher havia dado à luz recentemente e é possível que a filha de Maria Bonita tenha sido apresentada à vizinhança como a irmã gêmea do outro bebê. Depois que entregou sua filha, Maria amarrou um pano em volta dos seios. Espremidos, eles deixavam vazar pouco leite.

Há relatos de que, antes de ser doada, a bebê quase foi sangrada a facão pelo pai. Lampião se impacientaria com o choro dela e com o fato de ter que parar as caminhadas do bando para que a mulher cuidasse do bebê.

Todas as cangaceiras eram obrigadas a entregar seus bebês ainda recém-nascidos. Geralmente, eles eram dados a fazendeiros, juízes ou padres.

O primeiro casamento de Maria.

Ela foi casada desde os 15 anos com um primo sapateiro. O casal vivia no sertão da Bahia e o sapateiro era conhecido por se entregar aos prazeres da noite. Mas ele fazia pior. "Maria podia passar incontáveis noites longe de casa (quando o marido a traía) - muitas vezes depois de enfrentar a fúria dele que, aborrecido com os protestos da esposa, tentava lhe calar com tapas e socos", escreve a autora. Maria, de seu lado, não era a mais fiel das esposas.

 Como conheceu Lampião.

O cangaceiro, que já era o rei do cangaço, tinha atrás de si as polícias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Decidiu tentar uma vida nova na Bahia. Maria de Déa, de seu lado, era fascinada pelas histórias do cangaceiro. Há algumas hipóteses sobre como os dois se conheceram, mas a mais aceita dá conta que, numa de suas fugas do marido, Maria chegou na casa dos pais e lá encontrou Lampião e seu bando. Foi para a cozinha, ajudar a mãe a preparar a refeição para os cangaceiros, Lampião se aproximou e travou com ela o seguinte diálogo, segundo a autora:

- Você sabe bordar?

- Sei.

- Então vou trazer uns lenços de seda para você bordar e volto daqui a duas semanas para buscar.

(...) ?Dias depois, Virgulino voltaria para pegar os panos e iniciar o namoro com Maria. (...) Durante todo o ano de 1929, ele interromperia suas incursões sertão adentro para visitar, com regularidade, a namoradinha ? o que não o impediria de, durante os trabalhos de campo, procurar o amor em outras paragens.?

O bando, com Maria à frente - Foto do Benjamin Abrahão 

A Rainha do Cangaço.

"Meses depois (....) passaria a viver maritalmente com Lampião. Assim, nos primeiros meses de 1930, Maria (...) se tornaria a primeira cangaceira da história do Brasil. Antes dela, nunca, uma mulher acompanhara o grupo de bandoleiros. Muitos tinham suas companheiras, mas não permitiam que os seguisse. Era o caso de Corisco. Quando Maria de Déa entrou no bando, fazia três anos que ele mantinha Dadá escondida na casa de dona Vitalina (sua tia), escoltada por capangas para evitar que fugisse ou fosse atacada pelas volantes (como era conhecida a polícia)".

Cabeça decepada e madeira na vagina.

O bando de Lampião foi dizimado numa emboscada feita pela polícia, em 28 de julho de 1938 (Corisco e Dadá não estavam nesse dia e se salvaram). Maria tinha 28 anos. Os onze homens haviam acabado de acordar. Os soldados viram Lampião puxar sua oração matinal e Maria fazer o café. Dispararam saraivadas de tiros. Maria estava com uma bacia na mão ao levar a primeira bala na barriga. Ela agonizava quando um soldado degolou Lampião. Depois, outro policial fez o mesmo com ela - que ainda estava viva. As cabeças dos onze cangaceiros foram depois expostas ao público, em Maceió. O corpo de Maria Bonita "seria abandonado com as pernas abertas e um pedaço de madeira enfiado na vagina", conta o livro.

O que mais impactou a autora

Adriana conta que se impressionou muito com as histórias de violência do bando. No entanto, algo a assombrou ainda mais: "os relatos das cangaceiras sobreviventes são geralmente desacreditados em relação à extrema brutalidade da qual foram vítimas", diz Adriana. "Dadá foi muitas vezes tachada de 'exagerada' ao dar detalhes sobre o rapto e estupro perpretados por Corisco". Adriana sentencia: "Colocar em suspeição a versão das cangaceiras faz parte do mesmo padrão e da mesma lógica que insiste em desqualificar os relatos das mulheres quando violentadas".

https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2018/08/24/maria-bonita-joias-tortura-e-sem-sexo-as-sextas-diz-biografa-do-cangaco.htm?fbclid=IwAR0Bvtf7PX0YZQuP4mtF92EEO9mzS6-cTbn6kq9MPAViywGXcFFL2hUMGCo

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JOAQUIM MOREIRA DA SILVEIRA.

 Por Joel Reis


Joaquim Moreira da Silveira - Respeitável octogenário de barbas longas e encanecidas. Os cangaceiros cobraram 20:000$000 (Vinte contos de réis) por sua liberdade. Mantiveram-no, durante oito longos dias, em completo desconforto. Transformou-se em refém a 10 de junho de 1927, na Fazenda Nova, município de Luís Gomes - RN.


Quando trouxeram os 20:000$000 (Vinte contos de réis) para o resgate, o velhinho ficou tão contente que chorava de alegria. Lampião mandou lhe fornecer um cavalo selado, e pouco depois o velho Joaquim Moreira se despedia dos seus algozes.

(GURGEL; BRITO. Nas Garras de Lampião, 1996).

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SINHÔ PEREIRA SEU PRIMO LUIZ PADRE...

 Por José Mendes Pereira

Sinhô Pereira

O estudo "Cangaço" fica mais interessante quando se fala no Sinhô Pereira e Luiz Padre, dois primos de coragem de sobra, e quem o estuda, tem uma admiração por estas duas figuras cangaceiras do Nordeste do Brasil. Não quer dizer que gosta de terror, mas já aconteceu e não tem mais jeito, estudar cangaço, não faz mal e nem muda a personalidade de quem estuda este tema. 

Foi Sebastião Pereira da Silva, o cangaceiro Sinhô Pereira que no ano de 1922, a pedido de Padre Cícero Romão Batista de Juazeiro do Norte, e se sentindo doente, atacado por reumatismo, entregou um bando de cangaceiros a Virgolino Ferreira da Silva, o futuro e famoso capitão Lampião.

Em 1922, Lampião (à esquerda, já chefe), Livino, Antonio Rosa e Antonio Ferreira. 
Foto: Acervo Genésio Gonçalves de Lima/Reprodução

Sinhô Pereira foi embora para Goiás no ano de 1922, e só voltou à sua terra natal, que é Pajeú, no ano de 1971 (mês de junho), quando veio visitar a família em Serra Talhada, PE.

Luiz Padre primo do Sinhô Pereira

Sinhô Pereira tinha tanto carinho e respeito pelo primo Luiz Padre, que em uma entrevista cedida ao seu também primo Luiz Conrado de Lorena  e Sá, ele declarou o respeito e a admiração que tinha por ele. Lógico que o Sinhô Pereira não usou estas palavras faladas por mim, mas todos entendem isso.

Lorena perguntou-lhe:

- Qual seu dia de maior tristeza, Sinhô Pereira?

E Sinhô Pereira lhe respondeu:

- Estando eu em Lagoa Grande, distrito de Presidente Olegário, no Estado de Minas Gerais, recebi a notícia do falecimento de Luiz Padre, em Anápolis, Goiás. Nem ao sepultamento compareci.

Um pouco da sua biografia por Wikipédia:

Sebastião Pereira e Silva, mais conhecido como Sinhô Pereira (Serra Talhada20 de janeiro de 1896 - Lagoa Grande21 de agosto de 1979) foi um cangaceiro brasileiro.


Descendia do Coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão de Pajeú. Era alfabetizado e trabalhava no campo.

Ingresso no cangaço[editar | editar código-fonte]

A família Pereira já era, desde o início do século XX, envolvida em conflitos políticos e pela posse de terras com a família Carvalho, o que gerou diversos assassinatos em ambos os clãs.

Sinhô Pereira ingressa no cangaço juntamente com seu primo, Luiz Padre, em 1907, após o assassinato de um dos patriarcas da família, famoso político local [1]. Ambos formam um bando numeroso, que incluía Virgulino Ferreira da Silva, que mais tarde recebeu a alcunha de Lampião. Lampião tinha parentesco com a família Pereira [2].

Aos 26 anos deixa o cangaço à pedidos de padre Cícero, entregando em 1922 sua tropa para o comando de Lampião, em virtude de seu comportamento violento.

Pressionado politicamente e perseguido por forças policiais, viajou com o primo Luiz Padre para Goiás e Minas Gerais, onde obteve o título de cidadão mineiro.


Sinhô Pereira faleceu em uma manhã de 1979, em Lagoa Grande, Estado de Minas Gerais.

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