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sexta-feira, 28 de março de 2025

DEUSES DE MANDACARU

 Samuel Fernando – Cineasta


Acabei de terminar DEUSES DE MANDACARU.

É um romance completo.

Em alguns momentos encontrei a verdadeira identidade do sertão bravo, sem o estereótipo cansado do sertanejo. Cada personagem bem construído. Apesar do grande número de personagens que pode, às vezes causar confusão para o leitor desatento.

É uma leitura que pega pela emoção e prende a atenção a cada nova página.

Tentei separar durante a leitura arcos para ver como poderia caber uma adaptação. Uma minissérie de 5 capítulos foi o que ficou mais próximo da ideia.

Mas, enfim, no final realmente o tesouro era amaldiçoado, mas Levino e Maria Pilar conseguiram uma riqueza maior. Ticinho arranjou um ganha-pão para deixar o cabo da enxada e ganhou dignidade. João Paulista, o negócio dele era jogo mesmo. E o professor ganhou um cunhado, mas não sei se ainda perdera no fundo a curiosidade (Eita que isso daria continuação).

Gostei muito de como traz o contexto histórico no começo – É muito lindo. E de cara vem a emoção daqueles filmes de faroeste, Invasores X Índios, mas sem a riqueza da história da nossa região. Depois desemboca no elemento cangaço e sua brutalidade que vou contar, é comparativo a Game Off Trones. Não sei se conhece, mas foi uma série de livros que fez muito sucesso de um escritor inglês e virou série na década passada. Destacava-se por ser uma fantasia repleta de violência e sexualidade, mas não me pegou muito por achar tudo gratuito. Melhor comparação mesmo com esse livro é SENHOR DOS ANÉIS, que gosto. Mas aqui em DEUSES DE MANDACARU, acho mais rico e pegou mais por sabe que era da “realidade” mesmo ficcional. É tudo muito real. Nada gratuito. Inclusive a busca pela arca no frenesi final, é algo épico que grandes filmes em que exércitos se encontram. Inclusive os desfechos e plots da história antes de chegar lá e no final.

E lembrou os filmes de Tarantino. Que sou muito fã. É uma crescente de expectativas muito bem construídas que pegou do início ao fim. Ainda no meio do enredo me diverti com a história e personagens com o mesmo sentimento de ler Suassuna.

É um romance completo! Parabéns pelo livro e muito obrigado por ter escrito algo assim. Jamais imaginaria encontrar algo que me identificasse tanto na escrita e na inspiração

 


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AS ENCOSTAS DO RIO IPANEMA

 Clerisvaldo B. Chagas, 27 de março de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.216

Há quarenta anos, o engenheiro apelidado Cutia e o contador Hamilton Melo, resolveram construir um conjunto residencial numa baixada às margens do rio Ipanema. O empreendimento financiado pela Caixa, constava de 18 casas divididas em duas ruas perpendiculares ao rio. O conjunto residencial recebeu o título oficial de Conjunto São João, mas logo um dos moradores colocou o apelido de Baixada Fluminense e que assim ficou mais conhecido. Escolhi a segunda rua e a casa de número 18, com frente para o Nascente. Lutas e lutas à parte, o lugar que era Bairro Camoxinga, foi desmembrado e hoje faz parte do Bairro São José. Como o terreno é baixo, não temos muito como estirar a vista e apreciar belíssimas paisagens de Santana do Ipanema. A única opção é olharmos para o lugar altos de encostas do outro lado do rio e que flui para o Hospital Regional ou para a serra da Remetedeira.

As encostas se iniciam na parte baixa do Bairro Paulo Ferreira e vai subindo numa ladeira longa, onde quase no topo se encontra o Hospital Regional e continua subindo em direção à serra da Remetedeira. Vista de cima das barreiras, surgem cenários belíssimos. Mas quem está no Conjunto São João, na parte mais baixa, não avista o grande movimento de veículos por cima das barreiras até o hospital e mais. Porém, avistamos uma bela floresta natural nas encostas, em tempo de chuvas. O mato se fecha e o verde toma conta de todo o espaço que vai do rio às primeiras casas lá de cima. Agradecemos à Natureza esse pulmão verde e aos homens que ainda não resolveram desmatar tudo.

Na estiagem, o verde vai embora, essa vegetação fica rala, transparente, mostrando detalhes dos terrenos. Às vezes fica seca, crestada e, serve para medir a intensidade dos estragos pelas zonas rurais. É ali em trecho das encostas que chegam anualmente as garças pantaneiras fazendo seus ninhais e base de caçadas pelos arredores. É dali que incursionam em nossa rua aves como rolinhas, bem-te-vis e anuns, principalmente. Pois assim, se não temos um privilégio, temos outro diferente, mas temos.  No restante, o Conjunto São João parece urbano, parece rural. Na proximidade, escritor, cantor e artista plástico.

Ô beira de Panema!!!

SEGUNDA RUA DO CONJUNTO SÃO JOÃO (FOTO B. CHAGAS).


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CAPITÃO LAMPIÃO

 Por Guilherme Velame Wenzinger

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A RUA EM HOMENAGEM A DR. FLORO BARTOLOMEU - CANAL CANGAÇO EM FOCO.

Por Cangaço em Foco
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Denominação em homenagem a Dr. Floro Bartolomeu. #mariabonita #cariri #cangaceiro #lampião #historia #nordeste #ceará #cangaço #shorts #sertão

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SILA NO PROGRAMA JÔ SOARES.

Por Helton Araújo

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Na década de 90, no programa "JÔ SOARES ONZE E MEIA", do SBT, o saudoso apresentador recebeu em seu popular programa a ex-cangaceira Sila.

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PEDRO NÉL PEREIRA, MEU PAI.

  Por José Mendes Pereira

Meu pai foi ex-combatente da guerra de 44.

Pedro Nél Pereira era meu pai e nasceu no dia 1º de abril de 1922, e se criou na Fazenda Duarte, denominada Barrinha, propriedade de Francisco Duarte Ferreira o Chico Duarte), pai do senador Duarte Filho, tendo sido educado por Francisca Rodrigues Duarte, carinhosamente dona Chiquinha Duarte, esposa do fazendeiro. 

Era filho de Manoel Francisco Pereira e de Herculana Maria da Conceição, sendo sua mãe Xaxá da gema. Após o seu casamento, continuou sendo morador do fazendeiro, só saindo de lá, quando conseguiu comprar uma pequena propriedade aos herdeiros do fazendeiro. 

Foi agricultor, suplente de vereador de Mossoró, membro efetivo de dois Conselhos Comunitários de Mossoró, membro efetivo do Sindicado dos Trabalhadores na Lavoura de Mossoró, durante 40 anos, fundador da Capela de São Francisco de Assis, em seu Sitio São Francisco, e soldado do exército brasileiro, tendo  servido em Natal e  ex-combatente da guerra de 1944. Estaria com 103 anos.

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