João de Sousa Lima
Com o professor Juracy Marques e o mestre Antônio Amaury Corrêa de Araújo, de saudosa memória.
https://www.facebook.com/photo/?fbid=8956440754376663&set=a.414751525212338
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
João de Sousa Lima
Com o professor Juracy Marques e o mestre Antônio Amaury Corrêa de Araújo, de saudosa memória.
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Bastidores de um dos melhores documentários sobre o Rei do Cangaço
Cineasta Maurice Capovilla |
Sila |
"Mané" Felix |
Joca Bernardo |
O telegrafista que comunicou a presença de Lampião. |
Durval Rosa |
Ex soldado Abdon |
Saiu a 5ª tiragem da Biografia de Maria Bonita.
O valor já com o frete fica R$ 60,00
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2024
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.153
Caso você tenha lido a nossa crônica 3. 151, “O Romance Que Não Foi Escrito”, saiba que houve uma reviravolta na mente do autor. Antes, em Maceió, como estudante, pretendia escrever um romance com epicentro na Laguna Mundaú, retratando o cotidiano de pescadores de sururu e de marisqueiras. A ideia não foi à frente, mas hoje o mesmo desejo surgiu com as lembranças da crônica “O Romance Que Não Foi Escrito”. Releia. Escravo desse desejo, delimitei com a mente o cenário de uma novela ou romance da região do rio Ipanema, onde conheci como crianças todos os personagens ali vividos como: Mário Nambu, Alípio, Zefinha, Antônia, José Quirino, Elias, Zé Limeira, Salvino Sombrinha, Seu Tou, Carrito, Tina prostituta, Zé Alma, Dadinho, Beroaldo Zé Alves, Joaquim e Zé Preto manganheiros, Bento Félix, Maria Lula, Adercina, Júlio Pezunho, Zuza, Nego Tonho, Caçador, Genésio Sapateiro e outros mais.
Iniciei um romance com esses personagens, não completou ainda uma semana e já estou no nono capítulo. Isso fez com atrasasse minhas crônicas geralmente diárias. Calculamos que nesse ritmo poderemos terminar a obra, lá para o dia 15 ou 20 de dezembro, ocasião em que já estarei, se Deus quiser, com 78 anos. Todos estes personagens reais estão sendo resgatados da região delimitada como centro do romance, a região do curral de gado do senhor José Quirino, fundador da rua que levou o seu nome e hoje se chama prof. Enéas. A vizinhança, Perfuratriz, Fomento, Sementeira, Rio Ipanema, Olarias... E ainda com personagens fictícios como protagonistas, para não comprometermos à memória daquela gente com fatos negativos.
A princípio, esse resgate histórico transformado em ficção mista, caso haja interesse das autoridades, poderá ser transformado em novela ou em longa metragem que poderia elevar bem alto o nome da nossa cidade com tema social, econômico e humano tão relevante. E o livro, em havendo patrocínio, seria distribuído gratuitamente aos amantes da cultura santanense, nordestina e brasileira.
A capa do novo romance é surpresa, com motivos do rio Ipanema, até agora somente mostrada aos escritores, Marcello Fausto e José Malta.
Vamos voltar ao computador para escrever o nono capítulo, já está todo na cabeça. Fui.
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2024/11/o-romance-que-esta-sendo-escrito.html
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Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2024
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.153
Caso você tenha lido a nossa crônica 3. 151, “O Romance Que Não Foi Escrito”, saiba que houve uma reviravolta na mente do autor. Antes, em Maceió, como estudante, pretendia escrever um romance com epicentro na Laguna Mundaú, retratando o cotidiano de pescadores de sururu e de marisqueiras. A ideia não foi à frente, mas hoje o mesmo desejo surgiu com as lembranças da crônica “O Romance Que Não Foi Escrito”. Releia. Escravo desse desejo, delimitei com a mente o cenário de uma novela ou romance da região do rio Ipanema, onde conheci como crianças todos os personagens ali vividos como: Mário Nambu, Alípio, Zefinha, Antônia, José Quirino, Elias, Zé Limeira, Salvino Sombrinha, Seu Tou, Carrito, Tina prostituta, Zé Alma, Dadinho, Beroaldo Zé Alves, Joaquim e Zé Preto manganheiros, Bento Félix, Maria Lula, Adercina, Júlio Pezunho, Zuza, Nego Tonho, Caçador, Genésio Sapateiro e outros mais.
Iniciei um romance com esses personagens, não completou ainda uma semana e já estou no nono capítulo. Isso fez com atrasasse minhas crônicas geralmente diárias. Calculamos que nesse ritmo poderemos terminar a obra, lá para o dia 15 ou 20 de dezembro, ocasião em que já estarei, se Deus quiser, com 78 anos. Todos estes personagens reais estão sendo resgatados da região delimitada como centro do romance, a região do curral de gado do senhor José Quirino, fundador da rua que levou o seu nome e hoje se chama prof. Enéas. A vizinhança, Perfuratriz, Fomento, Sementeira, Rio Ipanema, Olarias... E ainda com personagens fictícios como protagonistas, para não comprometermos à memória daquela gente com fatos negativos.
A princípio, esse resgate histórico transformado em ficção mista, caso haja interesse das autoridades, poderá ser transformado em novela ou em longa metragem que poderia elevar bem alto o nome da nossa cidade com tema social, econômico e humano tão relevante. E o livro, em havendo patrocínio, seria distribuído gratuitamente aos amantes da cultura santanense, nordestina e brasileira.
A capa do novo romance é surpresa, com motivos do rio Ipanema, até agora somente mostrada aos escritores, Marcello Fausto e José Malta.
Vamos voltar ao computador para escrever o nono capítulo, já está todo na cabeça. Fui.
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Por Aderbal Nogueira
Por Aderbal Nogueira
Tomislav R. Femenick – Jornalista
No final do século XIX e início
do século passado, as fronteiras dos estados brasileiros ainda eram fluídas e
indefinidas. Esse fato era relevante em muitos pontos do país, porém um dos
lugares em que isso mais se destacava era na linha divisória entre o Rio Grande
do Norte e o Ceará. A contenda se iniciou pela região salineira e logo chegou à
chapada do Apodi. Somente para se ter uma ideia da importância da disputa, o
grande jurista Rui Barbosa, a Águia de Haia, foi o defensor do nosso Estado.
Vencemos.
Nesse cenário houve um outro
litigio – esse não declarado. Tratava-se da conquista comercial de toda a
região. Os cearenses tinham, principalmente, o porto de Aracati e suas salinas.
Nós tínhamos o porto de Areia Branca, as salinas da foz do Rio Mossoró, algodão,
couros e peles de animais de todo o oeste potiguar, além de uma incipiente
exportação de gipsita (gesso), que faziam o porto de Areia Branca ser o sétimo
maior porto brasileiro. No rastro da movimentação portuária, se desenvolveu um
comércio importador de produtos elaborados pela incipiente indústria nacional e
também importados.
Em Mossoró, três grandes “casas de comércio” dominavam a exportação de produtos nativos e a importação de mercadorias de que a região necessitava: a Casa Mota (de meu bisavô, o Cel. Vicente Ferreira da Mota) e as casas pertencentes a Delfino Freire e ao Capitão Zeta (Manoel Tavares Cavalcante), que abasteciam os vales dos rios Assú, Mossoró e (parte) Jaguaribe. Tragadas pelas incertezas da debacle 1929, pela crise gerada invasão de empresas de Recife, Fortaleza e Natal e pela segunda guerra mundial, as casas de comercio mossoroenses fecharam suas portas. A última foi a Casa Mota, que permaneceu até a morte do Cel. Mota.
Somente o chalé de Delfino
Freire, o prédio de sua residência, sobreviveu ao esplendor daquela época.
Localizado na Praça da Catedral e com arquitetura francesa, mesmo fechado ele
se destaca entre as outras edificações.
Um dia, no início dos anos
cinquenta, meu avô (José Rodrigues de Lima, que vivia construindo casas para
alugar), me chamou para ir ver o chalé, que ia ser leiloado. Ele não queria o
prédio; queria o material de construção que estavam ali armazenados: material
elétrico e encanamentos ingleses, ladrilhos franceses, portas de jacarandá e
uma escada em caracol. Quando passávamos por essa escada, vimos que em baixo
delas haviam algumas caixas de madeira. Curioso como sempre, abri uma delas.
Eram apenas garrafas secas de água mineral; porém francesa. Li o rótulo de uma
delas: “Eau de Vichy. Magnésienne en plus”. Meu avô comprou o material de
construção que lhe interessava e nós voltamos para casa.
O tempo passou e eu não me
lembrava mais desse pequeno acontecimento, ocorrido durante um passeio com meu
avô. Até que, em meados dos anos 1970, estávamos eu, minha esposa Goreth e meu
amigo Lafayete Pondo, professor da Universidade de Lyon, viajando de carro pela
França quando paramos na pequena e bela de cidade de Vichy, para almoçar.
Imediatamente veio-me à lembrança aquelas garrafas de água mineral importadas
pela família de Delfino Freire. Comentei sobre o fato com minha mulher e, sem
pestanejar, pedi uma garrafa de água de Vichy e acentuei: ‘Magnésienne en
plus’. Meus Deus do Céu. Pense numa coisa ruim. O gosto era uma mistura de
Emulsão de Scott, Óleo de Rícino e leite podre. Sem me conter, joguei tudo
fora, ali mesmo na calçada do restaurante. Foi o maior perrengue; todo mundo
olhando para mim. Fui salvo pela improvisação da minha mulher; pôs a mão na
minha testa e fingiu que estava tomando a minha pulsação.
Hoje em dia a Água de Vichy é
vendida como produto de toucador; isso é, está catalogado como produto de
beleza e de higiene pessoal, indicada para hidratar a pele do rosto e de outras
partes do copo e pode custar até R$ 200,00.
Relendo a crônica, notei a grande
capacidade do celebro humano. Sai das lutas pela fronteira do Estado, fui bater
na França e terminei falando em produtos de toucador.
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Por Antônio Corrêa Sobrinho