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terça-feira, 30 de março de 2021

GLOBO REPÓRTER - LUIZ GONZAGA - 1989

 https://www.youtube.com/watch?v=bLNbDnd6H5k&ab_channel=RetroVideoDigital

RetroVideo Digital

Programa Exibido após sua morte em 1989, infelizmente não tenho a data exata da exibição Luiz Gonzaga, o rei do baião morreu em 2 de agosto de 1.989(quarta-feira),provavelmente, o Globo Repórter foi exibido dois dias depois em 4 de agosto de 1.989(sexta-feira) Garimpando videos antigos. Nos siga no Instagram e também no TikTok para conteúdos originais! Não está no TikTok? Se cadastre através deste link e ganhe $1 - http://vm.tiktok.com/EdmCy4

Música neste vídeo

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Boiadeiro (Reportagem Rede Globo)

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Luiz Gonzaga

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Qui Nem Giló

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Forró de Ouricuri (Volta Pra Casa)

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Vozes da Seca

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A VIDA DO VIAJANTE

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ÚLTIMO SHOW DE LUIZ GONZAGA. ESSA FOI A DESPEDIDA DIA 06/06/1989 NO TEATRO DOS GUARARAPES EM RECIFE

 
https://www.youtube.com/watch?v=Paimv2Ow1D0&ab_channel=EDINALDOSIDRIM%23GENTEDECENTE

EDINALDOSIDRIM#GENTEDECENTE

LUIZ GONZAGA muito debilitado acometido por um CA

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30 FOTOS COM IDENTIFICAÇÕES DO CANGAÇO

 

https://www.youtube.com/watch?v=aS65X4m8tdU&ab_channel=Canga%C3%A7oEterno

Novo vídeo no canal Cangaço Eterno . Neste vídeo identifico os personagens envolvidos em 30 fotos referentes ao cangaço.

A idéia é ajudar no aprendizado dos amantes do tema, tendo em vista que as identificações sempre são algo mais complicado.

Se você ainda não é um inscrito do Canal Cangaço Eterno corre lá e se inscreve.

Segue o link abaixo :

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PARA POSTERIORIDADE!

 Kiko Monteiro

Solenidade de posse da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço (ABLAC) ocorrida no último dia 13 de março de 2020 na Universidade Tiradentes em Aracaju.

https://www.facebook.com/franciscopereira.lima.904/posts/2859975564271328?notif_id=1617142027333737&notif_t=close_friend_activity&ref=notif

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AINDA O MUSEU E OS CIGARROS DE AUDÁLIO

 Clerisvaldo B. Chagas, 30 de março de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.500

Explanando para os futuros pesquisadores sobre o Casarão/Museu de Santana. Além do que foi descrito em crônica anterior com o nome de PERGUNTA NO AR, o prédio ainda possuía (e possui), um pequeno quintal. Continuando o quintal, lateralmente havia (e ainda há) um compartimento com frente para a Rua Ministro José Américo, via também da feira livre. Em determinado tempo, aquele compartimento foi cedido ou alugado e passou a funcionar como bodega de cachaça para os viciados da feira. Nessa época o museu para algumas autoridades, era apenas um lixo que a ignorância não sabia como se livrar do entulho. Bem que o compartimento poderia ter servido para ser instalada a parte administrativa da permanente exposição. A cachaça e o cuspe no pé da mesa venciam a Cultura.

No oitão do edifício, voltado para o Largo da Feira, ainda hoje existe uma pequena porta no sótão. Alguns feirantes guardavam ali suas mercadorias após a feira. Um deles chagou até a negociar suas bugingangas, parte dentro do sótão e parte fora. Era um homem amigo de meu pai, dente de ouro e pronúncia aberta para feijão a que ele chamava de féjão.  Vizinho à entrada do sótão (nós chamávamos de porão) o senhor Audálio colocou ali uma barraca vertical para vender cigarros e que funcionou por muito tempo. Houve ocasiões em que os viciados procuravam os tubos de fumo na cidade e não encontravam, mas na barraca do Audálio sempre havia cigarros, servidos, alíás, com muita rapidez e agilidade no troco, quando precisava. Seu Audálio tornou-se uma pessoa muita conhecida em Santana, com sua barraca de cigarros ao lado do museu. No porão, atendeu por muito tempo o sapateiro Genésio, onde formou sua tenda.

Muitas e muitas histórias foram contadas na barraca do fumo por ele mesmo, o dono. Sentado em banquinho de madeira, bem como seus assíduos frequentadores das palestras, principalmente as noturnas, como a presença marcante do saudoso professor José Maria Amorim, a noite era consumida. Como o tempo é o senhor de tudo, Audálio, nem sei o motivo, fechou o ponto e foi para casa. “Vão comprar cigarros agora na casa da peste!” – disse um gaiato da rua como desabafo.

O que você acha? Essa é a história do museu que não é do museu. Entretanto, acho que daria um livro completo de tantos e tantos casos do “Seu Audálio da Barraca de Cigarros” e seus compromissados com os ouvidos.

Quer saber?! Acho que o homem não fumava e se fumava era com a boca alheia. Ô vida de gado!...

ANOITECER DE DOMINGO NO LARGO DA FEIRA, VENDO-SE A LATERAL DO MUSEU DARRAS NOYA E A MATRIZ DA CIDADE. (FOTO: ACERVO/ B. CHAGAS).


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EM MEMÓRIA DE ANTÔNIO AMAURY CORREA DE ARAÚJO - UM MARCO REFERENCIAL NOS ESTUDOS DO CANGAÇO

 Por Leandro Cardoso

Luiz Ruben, Leandro Cardoso, Antônio Amaury, João Souto  e Napoleão Tavares Neves em dia de Cariri Cangaço

Apresentação do acadêmico Leandro Cardoso Fernandes por ocasião de Sessão Solene da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, em homenagem póstuma ao pesquisador e escritor paulista, Antônio Amaury Correa de Araújo, acontecida de maneira virtual, no último sábado, 27de março de 2021.

"Boa noite a todos. Me chamo Leandro Cardoso Fernandes, ocupo a cadeira de número 13, cujo patrono é o escritor e magistrado William Palha Dias.

O motivo de hoje estarmos reunidos, mesmo que virtualmente, é para celebrarmos a memória de Antonio Amaury Correa de Araújo, nosso amigo e membro da ABLAC, cuja transição para outro plano de existência se deu recentemente. Para os que se debruçam sobre o tema Cangaço, Antonio Amaury é unanimidade incontestável como referência de qualidade pelas suas pesquisas e livros. Ninguém pode acercar-se seriamente desse tema, sem beber nas fontes de sua extensa produção bibliográfica.

Minhas senhoras e meus senhores.

No dia 26 de fevereiro do corrente ano, recebi a infausta notícia da partida de meu amigo Antonio Amaury. Passou-me rapidamente pela memória muitos dos momentos agradáveis que compartilhamos, seja no convívio mútuo com nossos familiares, seja com os amigos pesquisadores, no Cariri Cangaço, nas viagens Brasil-afora, nas inúmeras tardes nos sebos em São Paulo, enfim... meu coração foi tomado por uma nostalgia que veio de mãos dadas com uma sensação de tristeza e perda. Compartilhei a notícia com minha esposa, e as lágrimas vieram-nos aos olhos. Isolei-me por um momento, meditei e ocorreu-me um lampejo reflexivo que, imediatamente, empurrou para longe esse sentimento negativo pela partida do amigo Amaury.

Lembrei-me do verso de Fernando Pessoa: “A morte é só a curva da estrada/Morrer é não ser visto”. A construção da nossa eternidade começa aqui e agora, e só sucumbe à morte os que se dão ao esquecimento. Morrer é ser esquecido. Disse em versos Francisco Otaviano: “quem passou pela vida em branca nuvem/e em plácido repouso adormeceu/(...) foi espectro de homem, não foi homem/ só passou pela vida e não viveu”. E nesse ponto, meus amigos, confrades e confreiras, Antonio Amaury foi exemplar. Viveu plenamente um sonho profícuo, com extensa frutificação, cujas sementes foram espalhadas pelos bons ventos da arte, da beleza e do conhecimento.

Dito isto, esta solene reunião da ABLAC, nesta tarde de sábado não é um necrológio, não é um elogio fúnebre. Muito longe disso. O motivo de estarmos aqui é celebrar a VIDA; é cantar a linda apologia do bem viver, do cultivar em plenitude o amor e o sonho; é louvar e agradecer a VIDA de Antonio Amaury Correa de Araújo, Membro Honorário de nossa Academia.

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Deus pelo dom da VIDA, pois é esse, como já disse, o motivo primeiro de estarmos aqui.

Mas, o que é a VIDA?

Convido-os, agora, a refletir sobre esta que, em apenas quatro letras, encerra uma multiplicidade de conceitos biológicos, metafísicos e filosóficos. Seria simplesmente o espaço de tempo entre a concepção e a morte de um organismo? Seria um processo metafísico contínuo de relacionamentos?

Eu poderia, para responder a essa indagação, citar o eminente e folclórico professor de Patologia da Faculdade de Medicina do Derby, em Recife, Aluísio Bezerra Coutinho. Ele disse no seu livro “Da Natureza da Vida” que VIDA seria de maneira taxativa “a reprodução auto catalítica de polímeros macromoleculares”. Mas seria a VIDA somente um fenômeno biológico autolimitado? É ela apenas fruto do acaso, ou foi a VIDA deliberadamente criada? Reconheço a dificuldade em defini-la, sem pisar em terreno movediço, onde duelam criacionistas e evolucionistas, às voltas com evidências positivas e negativas para cada lado.

No entanto, armando-se somente com a luz bruxuleante dos candeeiros da Biologia, como explicar satisfatoriamente, por exemplo, o pensamento, esse momento da nossa consciência? Ou a explosão de sentimentos, às vezes contraditórios, que experimentamos ininterruptamente? Seria tudo isso produto exclusivo do ballet químico dos neurotransmissores?

Antônio Amaury e Leandro Cardoso em São Paulo

O Professor Adauto Lourenço, PhD em Física e pesquisador pela UNICAMP diz que “a função da Ciência não é provar como o Universo e a Vida surgiram espontaneamente, mas como teriam surgido. Espontaneamente é apenas uma das hipóteses”. E vai mais longe, quando sugere que “átomos e energia não criam as leis da Natureza; eles obedecem a essas leis”.

Pelas lentes de Isaac Newton, e com olhos da fé, Deus está por trás destas leis. A Ele, portanto, minha gratidão por estarmos hoje aqui reunidos, mesmo que fisicamente distantes.

Voltemos, entretanto, ao nosso raciocínio: saiamos da Teologia e dos embates entre as teorias científicas e deixemos que a poesia pungente do pernambucano de Parnamirim, Antonio Marchet Callou defina a VIDA:

“Vida – é amargura doce,/ Vida – uma doçura amarga./ A vida é como se fosse/ Via, ora estreita, ora larga”.

Trilhamos todos nós esta estrada sinuosa, onde sobram nas curvas amarguras, frustrações, paixões, abnegação, gratidão, beneficência, o que levou o grande Guimarães Rosa a afirmar que: “no viver tudo cabe”. E é Gandhi quem dá o arremate, quando diz que “a arte da vida é fazer da vida uma obra de arte”.

Eu os convido, então, a celebrar comigo uma verdadeira obra rara da arte do viver. Uma Vida cujos alicerces foram feitos com a argamassa do amor; as paredes levantadas com os tijolos da generosidade, e revestidas com o brilho do serviço e da disponibilidade. Se “a Geografia prefigura a História”, como disse Euclides da Cunha, as boas obras precedem os homens de bem.

A infausta notícia da ausência física de Antonio Amaury entre nós, não pode extinguir sua VIDA, posto que, além do físico, ele vive nas nossas melhores recordações e na indiscutível perenidade que permeia a substância de sua obra. No universo do estudo do Cangaço, dentro e fora da ABLAC, Antonio Amaury é imortal. Cabe aqui, entretanto, duas palavras sobre o que seja a Imortalidade Acadêmica, antes de nos ocuparmos de uma breve exposição da biografia e da obra do nosso querido homenageado de hoje.

O termo Academia derivou de Academus, o herói grego que revelou aos gêmeos Cástor e Pólux onde Helena havia sido escondida por Teseu. Em homenagem a este herói, foi preservado o jardim onde ele vivia: o “jardim de Academus”. E foi exatamente neste lugar onde o filósofo, Platão reuniu seus discípulos e fundou sua escola filosófica, a Academia.

Mas foi somente na Europa do século XV que se utilizou o termo Academia para designar grupos de estudo e preservação de cultura clássica. Assim, as Academias dos mais diversos segmentos do conhecimento e das artes congregam indivíduos que reconhecidamente trazem uma bagagem relevante de contribuição em área específica, ou até além dela.

A nossa Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço (ABLAC) foi fundada em 25 de julho de 2019 e é capitaneada de magistralmente pelo nosso presidente Archimedes Marques e sua diretoria. A ABLAC hoje é um farol a iluminar, para curiosos e estudiosos dos temas afeitos à história e à cultura nordestina, os caminhos que levem à pesquisa científica séria, ao respeito, à ética, e ao diálogo, como condições indispensáveis para um estudo em alto nível do cangaceirismo, suas adjacências e desdobramentos. E, ao cruzar os umbrais da Academia, chega-se, então, à imortalidade. Minhas senhoras e meus senhores, confrade e confreiras.

Antônio Amaury, Leandro Cardoso e Luiz Ruben

Agora, passo a ocupar-me do imortal, Antonio Amaury Correa de Araújo, que nasceu em Boa Esperança do Sul, São Paulo, em 22 de novembro de 1934, e que vive eternamente na memória e nos corações dos seus familiares, dos seus leitores e dos seus amigos. “A Amizade é o vinho da vida”, disse Edward Young, poeta inglês; e celebrar uma amizade eterna é deliciar-se com o doce néctar da melhor das safras.

Amaury era filho de Elydio Correa de Araújo e Benedita Abdala de Araújo. E foi aos oito anos de idade, por intermédio de sua avó materna, que caiu em suas mãos um folheto em prosa sobre Cristino Gomes da Silva Cleto, o Capitão Corisco, despertanto-o para o tema Cangaço. Mal podia imaginar o pequeno Amaury ao debruçar-se sobre as páginas daquele folheto que algumas décadas adiante ele mesmo hospedaria em sua casa Dadá, a viúva do perfilado. Vejam só.

Depois de completar seus estudos iniciais no Colégio São Bento em Araraquara (SP), Amaury ingressou na Faculdade de Odontologia na UNESP, e a graduou-se também na Escola de Belas Artes, também em Araraquara.

Já na capital paulista, trabalhando como odontólogo em alguns sindicatos como o da Congás, da Construção Civil, dos Condutores de Veículos e também na lida do seu consultório privado, Amaury estabeleceu contato com pessoas ligadas ao fenômeno Cangaço, como ex-cangaceiros, ex-volantes, vítimas, parentes das personagens, etc... Afinal, como disse certa vez o cantor e compositor Belchior: “o nordestino ou sobe pra São Pedro ou desce pra São Paulo”, sendo esta a maior capital nordestina do mundo. Juntando todo esse material humano e a disponibilidade do seu consultório de Odontologia, Amaury viu-se diante de um interessante laboratório improvisado de Antropologia e História, moldado pelos atendimentos do dia a dia. Logo, logo, tornou-se amigo e compadre de Cila, Zé Sereno, Criança, Balão, Dadá... e, de registro em registro, materializava-se o maior banco de dados do Brasil sobre o Cangaço:  milhares de fotos, cartas, documentos e gravações que, sem medo de errar, deve ultrapassar as 7000 entrevistas.... Entre elas Sebastião Pereira, Cajueiro, o Coronel João Bezerra, Mané Velho, Antonio da Piçarra, dentre outros...

Em pouco tempo, Amaury já era conhecedor do assunto, apesar de muito jovem. Prova disso é que Rodrigues de Carvalho pediu opinião a ele sobre os originais de “Lampião e a Sociologia do Cangaço” para que ele fizesse correções, as quais incorporou na publicação. Era esse o começo de uma notável carreira como escritor e pesquisador.

Ainda no final dos anos 60 contribuiu para o roteiro do filme “Corisco, o Diabo Loiro” de Carlos Coimbra, grande sucesso do ciclo do Cangaço no nosso cinema. A seu convite, Dadá confeccionou toda a indumentária dos cangaceiros utilizadas no filme, que tinha como atores principais Leila Diniz e Maurício do Vale.

Nos anos 70, aceitou o desafio de responder sobre Lampião no programa de perguntas e respostas, da Rede Globo, “8 ou 800”, apresentado pelo ator Paulo Gracindo, e dele saiu premiado. Sua expertise no assunto passou a ser reconhecida em todo o Brasil. A partir daí, multiplicaram-se convites para assessorar novelas e programas de televisão, destacando-se aqui o episódio piloto do “Globo Repórter”, “O Último Dia de Lampião”, dirigido por Maurice Capovilla. Vale ressaltar que este programa fora baseado em um livro seu “Assim Morreu Lampião”, um grande sucesso e ainda hoje imbatível como obra referencial sobre o epílogo do Rei do Cangaço. Neste trabalho clássico, pela primeira vez, foram enfeixados os depoimentos dos que sobreviveram ao Combate do Angico, fossem volantes, cangaceiros ou coiteiros. Este livro antológico sedimentou um novo modo de se “escrever” sobre o cangaço, dando voz a uma literatura que tem como esteio metodológico os registros de memória oral de sobreviventes dos episódios da crônica histórica cangaceira.

A partir daí, vieram outros clássicos como o excepcional “Lampião: As Mulheres e o Cangaço”, que de maneira pioneira aborda o universo feminino na crônica cangaceira. A obra é até hoje um dos melhores trabalhos escritos sobre o tema, que de maneira corajosa e inusitada, mostra o lado sofrido e guerreiro das mulheres corajosas, bem como das vítimas daqueles tempos brabos.

Dos seus mais de 10 livros sobre o assunto, gostaria de elencar os parceiros, que, sob sua impecável orientação, publicaram trabalhos que se tornaram referenciais, na já extensa bibliografia sobre o assunto: cito aqui Vera Ferreira Nunes (“O Espinho do Quipá” e “De Virgolino a Lampião”); Luiz Ruben Bonfim (“Lampião e a Maria Fumaça” e “Lampião e as Cabeças Cortadas”, Carlos Elydio (“Lampião: Herói ou Bandido?” e Leandro Fernandes (“Lampião: A Medicina e o Cangaço”).

 Amaury teve importante e vasta participação em documentários: cito de maneira especial aqui sua contribuição ao trabalho de Aderbal Nogueira, nosso Benjamim Abrahão da contemporaneidade, que viabilizou notáveis entrevistas com o mestre Amaury. Cito também aqui o excepcional “Os Últimos Cangaceiros”, de Wolney Oliveira, filme premiado pelo mundo afora, figurando hoje entre os 100 melhores filmes latino-americanos da década, que contou com a consultoria histórica do mestre.

Dona Rene e Antônio Amaury

Antes de finalizarmos, não poderia deixar de falar aqui da maravilhosa família formada pelo casal Antonio Amaury Correa de Araújo e René Maria Tavares de Araújo. Deste feliz matrimônio, ocorrido em 31 de dezembro de 1961, vieram 3 filhos: Antonio Amaury Junior, Carlos Elydio e Sérgia Renée, cujo nome foi homenagem à Sergia Ribeiro Chagas, a Dadá, comadre de Antonio Amaury e Dona René; o genro Nelson Romano, os netos Marcelo e Henrique, e agora uma linda bisnetinha, recém-chegada. Aqui, mando meu abraço carinhoso de admiração e agradecimento à Dona René pelo acolhimento dispensado a mim e minha família; seu exemplo de esposa, mãe, companheira, avó, sogra, que sem dúvida, permitiu que Antonio Amaury pudesse estender para as lonjuras o alcance do seu trabalho. Eu, minha esposa Raissa e minhas filhas Cristina e Laura temos muitas saudades do convívio com todos vocês, que perfumaram as nossas vidas.

Para terminar, gostaria de mais uma vez recitar o soneto que fiz no dia em que meu amigo Antonio Amaury despertou para a eternidade. Deixemos sangrar o açude do peito com lágrimas de alegria por termos convivido com um homem bom, íntegro, que, passando à larga da mediocridade, contribuiu para que nos uníssemos em torno de um tema que, outrora ponteado pela violência, hoje é o palco de harmonias, congraçamento, amizades e o carro chefe da melhor cultura do mundo. 

SONETO EM PRECE

Ao amigo Antonio Amaury Correa de Araújo

Dos cangaceiros ele ouviu depoimentos

E dos Volantes colheu muitas entrevistas;

Investigando sempre rastejava as pistas

Para entender do sertanejo os sofrimentos.

 

Escuto o choro, entre soluços e lamentos,

De iniciantes aos grandes conferencistas,

Na despedida deste grande entre os paulistas,

Que nos brindava com tantos conhecimentos.

 

Agradecendo a sua ajuda, afinal,

Na mão sincera que estendeste a quem quisesse

Aprofundar-se nos estudos do Sertão...

 

Eu mando, amigo, pra Mansão Celestial

Um abraço forte que eu envio nesta prece

Banhado em lágrimas, saudade e gratidão.

 

Muito obrigado."

Leandro Cardoso Fernandes, médico, pesquisador e escritor                      

Conselheiro do Cariri Cangaço                                                                  

Acadêmico da ABLAC , Membro da SBEC.

PADRE CÍCERO NÃO GOSTOU DA PRESENÇA DE LAMPIÃO EM JUAZEIRO

 Por José Mendes Pereira

A história diz que quando o ainda não capitão Lampião foi convocado pelo deputado federal  e baiano Floro Bartolomeu da Costa (e que morreu no Rio de Janeiro em 8 de março de 1926, 2 dias após a sua chegada a Juazeiro do Norte), para combater a Coluna Prestes, Padre Cícero não gostou da sua visita, e teria dito na presença de alguém: 

"Já falam de mim o que querem, agora vem este homem para cá de novo".

Na minha opinião sem valor e que não prejudica os escritores, pesquisadores e cineastas, mas mesmo assim, eu não considero o padre Cícero como um cúmplice de ter entregue armas, fardamentos e munições a Lampião e seu respeitado bando de cangaceiros. 

Padre Cícero Romão Batista me parece ter sido o único homem do Brasil que os fotógrafos nunca o pegaram com gestos de risos, bom humor ou outra coisa semelhante. Então, imagino (eu) que ele não tinha músculos faciais, ou seja, de 11 que o ser humano tem na face, ele talvez tivesse apenas 2 ou 3 que funcionavam para falar. 

Com o seu jeito sisudo o padre demonstra que não estava no Juazeiro do Norte para servir como menino de recados do Floro Bartolomeu, e muito menos para armar. facínoras. A intenção do Padre Cícero não era fortalecer o futuro capitão Lampião, e sim, tentar tirá-lo do movimento social de cangaceiros. assim como tirou Sinhô Pereira e Luiz Padre do desastroso movimento que derramava sangue por onde passava. 

Estas armas, munições fardamentos  devem ter sido entregues por outros políticos, e não pelo o religioso que tanto amava a sua segunda e querida terra. O seu olhar sério e triste os faz de um homem que não se rende fácil. 

Esta é a minha opinião sem nenhum valor literário, e jamais prejudicará os estudiosos que estudam o Lampião, o padre Cícero, o coronel Delmiro Gouveia, Canudos... 

Não use este material em nenhum dos seus escritos. É penas a minha opinião sem credibilidade. Opinar não quer dizer que está desconsiderando o que os escritores, pesquisadores e cineastas já registraram. 

Vale lembrar que o que disse padre Cícero não é invenção minha, pois está registrado na história sobre cangaceiros. Não disponho no momento do site, mas é real.

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O HOMEM QUE QUERIA ALMOÇAR BALAS E LAMPIÃO SERVIU.

Por Nas Pegadas da História
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NAS PEGADAS DA HISTÓRIA

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A VALENTIA DO PAI DE ANTÔNIO SILVINO CONTO NOVO - 29/03/2021

 Por Contos do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=AHDMwNI4VYs&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7o

A Valentia do Pai de Antônio Silvino - @Contos do Cangaço​ - Cangaceiro

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IMAGEM DE MOSSORÓ


Mossoró, hoje esta linda por natureza, obrigado meu Deus. — em

Onde O Amor Prevalece.

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Foto da Francinete Pereira

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ADOLFO ROSA MEIA NOITE, O TERROR DO PAJEÚ

 Por In Memórias

Adolfo Rosa Meia Noite nasceu em 1840 em Afogados da Ingazeira e descendia de nobres ingleses. Mas, ao contrário de um tio rico e poderoso , seus pais eram pobres. Por isso não foi aceito pela família do tio ao tentar namorar uma prima, filha do tio rico.

O tio, ao tomar conhecimento das pretensões do sobrinho de namorar uma de suas filhas, determinou ao Padre Quaresma, delegado de Afogados da Ingazeira, onde moravam, que prendesse o sobrinho e o afastasse da filha.

Como bom subordinado, o delegado prendeu Adolfo e, como não havia cadeia na vila, o amarrou num troco de árvore, onde permaneceu durante 15 dias.

A justificativa para a prisão foi a de que Adolfo roubara um cavalo.

Adolfo conseguiu se soltar da “prisão” e, juntando os irmãos, os já cangaceiros Nobelino e Manoel, formou um bando para se vingar do tio e do delegado.

E começou matando o Padre Quaresma, que de padre nada tinha além do nome.

O tio fugiu para não morrer. E Adolfo tirou o Adolfo do nome e passou a ser apenas o Meia Noite terror das Ingazeiras e do Pajeú, responsável por dezenas de assassinatos, roubos e saques.

Como chefe de bando, Adolfo Meia-noite chegou a comandar 10 cangaceiros, entre eles: “Oiticica” que era seu parente, “Manoel do Gado” que era antigo marchante da localidade e “Almeida” que era natural da Serra da Colônia pertencente a freguesia de Afogados da Ingazeira.

Seus crimes o fizeram famoso, mas também o transformaram no bandido mais procurado do Pajeú.

Fugiu para a Paraíba e terminou morrendo em confronto com a Polícia na cidade de Malta, no alto sertão.

https://www.blogdotiaolucena.com/adolfo-rosa-meia-noite-o-terror-do-pajeu/

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