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sábado, 28 de junho de 2025

COMO ERA DESCONFORTÁVEL ESTUDAR NO PASSADO.

 By: Rostand Medeiros

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Aqui vemos uma típica cadeira, ou carteira escolar do Brasil na década de 20 do século passado, mostrando quando era desconfortável estudar naquele tempo.
Em compensação a educação era levada a sério, a profissão de professor era paga com um salário digno, haviam pessoas que trabalhavam satisfeitas, a classe política parecia ter um maior engajamento a favor da educação.
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Extraído do blog: Tok de História - do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

ARQUIVO DA TAG: - ALTO DO MOURA - O CANGACEIRO LAMPIÃO, SEGUNDO MESTRE VITALINO

 By Rostand Medeiros

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A peça aqui apresentada foi realizada pelo grande mestre ceramista Vitalino Pereira dos Santos (1909 – 1963), mais conhecido popularmente como Mestre Vitalino.
Foto obtida a partir do exemplar do jornal "A Gazeta", edição de sábado, 6 de janeiro de 1962, São Paulo-SP - Fonte - Coleção do autor
Filho de humildes lavradores, Vitalino passou a desenvolver a partir dos 6 anos de idade a modelagem de bonecos de barro de pequenos animais para servirem como seus brinquedos. Utilizava como matéria prima as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos como panelas, recipientes e pratos, que eram vendidos na feira de Caruaru.
Com o tempo passou a representar o meio em que vivia, o modo de vida do nordestino que vivia no interior de  Pernambuco e as suas manifestações folclóricas. Este tipo de retratação é conhecida como arte figurativa.
Outra figura comprovadamente de Mestre Vitalino, mostrando Lampião - Fonte - http://www.ceramicanorio.com/

Certamente o jovem Vitalino ouviu muitas histórias de acontecimentos relativos a passagens dos bandos pela sua região, principalmente as ligadas a figura de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
Não sei se vivendo próximo a Caruaru, ouve alguma oportunidade de Vitalino ficar  frente a frente de algum grupo cangaceiro, ou se teve oportunidade de conhecer o “Rei do Cangaço”.  Mas como Lampião adorava ser fotografado, certamente Vitalino teve oportunidade de visualizar a sinistra figura e criar um boneco deste cangaceiro através de sua peculiar arte, como o apresentado aqui nesta foto.
Mestre Vitalino - Fonte - http://www.nordesteweb.com/
Não sei maiores detalhes da peça apresentada na primeira foto do artigo, nem onde a mesma se encontra, mas percebo que ela é bem distinta de outras peças do Mestre Vitalino que retratam o cangaceiro Lampião.
Mas Vitalino não era apenas ceramista, na década de 1920, a banda Zabumba Vitalino, da qual é o tocador de pífano principal.
Depois muda-se para o povoado Alto do Moura, para ficar mais próximo ao centro de Caruaru. Ele mesmo ensinava as técnicas aos seus amigos “bonequeiros”, como se auto denominavam. Mostrava como escolher o barro, socar, peneirar, secar , queimar no fogo à lenha e a como modelar.
Vitalino fotografado pelo francês Pierre Verger - Fonte - http://www.hak.com.br/
Oferecendo seu trabalho na feira de Caruaru, sua atividade como ceramista permanece desconhecida do grande público até 1947, quando o desenhista e educador Augusto Rodrigues (1913 – 1993) organiza no Rio de Janeiro a 1ª Exposição de Cerâmica Pernambucana, com diversas obras suas. Segue-se uma série de eventos que contribuem para torná-lo conhecido nacionalmente e são publicadas diversas reportagens sobre o artista, como a editada pelo Jornal de Letras em 1953, com textos de José Condé, e na Revista Esso, em 1959.
Em 1955, integra a exposição Arte Primitiva e Moderna Brasileiras, em Neuchatel, Suíça. O Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais e a Prefeitura de Caruaru editam o livroVitalino, com texto do antropólogo René Ribeiro e fotografias de Marcel Gautherot (1910-1996) e Cecil Ayres. Nessa época, conhece Abelardo Rodrigues, arquiteto e colecionador, que forma um significativo acervo de peças do artista, mais tarde doadas para o Museu de Arte Popular, atual Museu do Barro de Caruaru.
Mestre Vitalino, em 1960, realiza viagem ao Rio de Janeiro e participa da Noite de Caruaru, organizada por intelectuais como os irmãos João Condé e José Condé, ocasião em que suas peças são leiloadas em benefício da construção do Museu de Arte Popular de Caruaru. Participa de programas de televisão e exibições musicais, comparece a eventos e recebe diversas homenagens, como Medalha Sílvio Romero. Nessa ocasião, a Rádio MEC realiza a gravação de seis músicas da banda de Vitalino, lançadas em disco pela Companhia de Defesa do Folclore Brasileiro na década de 1970. Em 1961, atendendo a pedido da Prefeitura de Caruaru, doa cerca de 250 peças ao Museu de Arte Popular, inaugurado nesse ano.
Lampião de Mestre Vitalino, exposta no Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro - Fonte - http://www.hak.com.br/
Sua obra principal compreende mais de cem peças de diversos tamanhos feitas de massapé, extraído do rio Ipojuca, que se encontram nos principais museus do país. Destacam-se Casa de Farinha, Zabumba, Lampião e Vaquejada. Assina, a partir de 1949, peças marcadas com o carimbo VPS.
Em 1971, é inaugurada no Alto do Moura, no local onde o artista residiu, a Casa Museu Mestre Vitalino. No espaço, administrado pela família, estão expostas suas principais obras, além de objetos de uso pessoal, ferramentas de trabalho e o rústico forno a lenha em que fazia suas queimas.
Algumas  de suas  peças  estão expostas no Museu de Arte Popular de Caruaru, Casa Museu Mestre Vitalino, no Alto do Moura, na casa  onde  viveu, no acervo do Museu  do Homem  do  Nordeste  da  Fundação  Joaquim  Nabuco, em Recife  e  até no  Museu do Louvre,  em Paris.
Outra de Lampião a cavalo, exposta nos Museus Castro Maya, Rio de Janeiro - Fonte - http://www.itaucultural.org.br/

Após  sua  morte,  em  20  de  Janeiro  de 1963, suas peças continuaram sendo produzidas pelos filhos, netos e outros ceramistas da  região.  
FONTE DE PARTE DO TEXTO AQUI APRESENTADO - http://www.itaucultural.org.br
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Extraído do blog: Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros

DISTRITO DE SÃO JOÃO DO BARRO VERMELHO - TAUAPIRANGA.

 Por Governador do Sertão


Distrito de São João do Barro Vermelho, hoje Tauapiranga, município de Serra Talhada no Estado de Pernambuco. Aqui Lampião tornou-se tão estimado e familiarizado que quase não perdia uma festa nessa localidade. Tinha o cangaceiro todo conforto, que dava até a impressão de não ser ele um cangaceiro tão perseguido. Lampião com sua cabroeira, tranquilamente dançavam e bebiam ( vinho do porto). Tinha como grande amigo de confiança, Afonso Gomes (Afonso do São João). A ele Lampião confiava tudo. Foi em São João um dos lugares em Pernambuco que Lampião recebeu mais dedicação. Foi Lampião em São João, padrinho de várias crianças. 

Facebook - página do pesquisador Governador do Sertão
 
O Acervo Estadão tem muitas referências sobre Lampião e seus cangaceiros, como a que aparece abaixo, da edição de 24 de junho de 1927. Veja o original AQUI.



Veja o original AQUI. - Mais sobre Lampião -  AQUI. Siga-nos no Twitter!


Adendo
http:// blogdomendesemendes.blogspot.com

O cangaceiro Ângelo Roque não foi assassinado neste combate, e nem em outro. Ele faleceu naturalmente. 

http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/2012/08/11/noticias-de-lampiao/

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HOMENAGEM AO SOLDADO ADRIÃO...

Parte I - Por Paulo Brito

 Esta homenagem, abaixo, está contida no livro “Como Dei Cabo de Lampião” de autoria do, há época, Capitão João Bezerra da Silva, intitulada como “Homenagem Póstuma do Autor”, logo no início da 1ª Edição do livro, em 1940 e mantida nas duas outras edições.

Soldado Adrião

O soldado Adrião Pedro de Souza, componente da volante do Aspirante Francisco Ferreira de Melo, veio a ser morto, infelizmente, logo no início do combate de Angico. Com a subdivisão da tropa comandada pelo Tenente João Bezerra, para a execução do cerco ao acampamento de Lampião, o grupo liderado pelo Aspirante Ferreira, foi quem primeiro teve contato com os cangaceiros, ao ponto de se verem forçados a dar início a ofensiva. Cessado o combate, constatou-se a morte do soldado Adrião, ferimento no braço do soldado Guilherme Francisco da Silva e ferimento transfixiante na mão e na coxa, com a bala se alojando no quadril do comandante da volante. Em seu livro, o comandante faz o seguinte comentário: “Sofrendo então muitas dores, baleado como estava na perna e na mão, perdendo muito sangue, cansado e sem dormir há mais de 24 horas, via-me em dificuldades para resolver vários problemas que necessitavam ser resolvidos com a máxima urgência.

Foi um momento de agonia aquele! Estávamos num local de difícil acesso à margem do rio São Francisco. Tudo se apresentava com inumeráveis dificuldades. Teríamos de remover enormes obstáculos para nos transportar carregando um soldado morto e outro ferido, e ainda, para maior desgraça, eu não podia andar, tendo de ser carregado pelos meus valentes companheiros. Troquei ideias com o aspirante Ferreira de Melo, assentando que o soldado morto de qualquer maneira não ficaria ali. Mesmo que isto nos custasse os maiores sacrifícios, ele seria transportado para receber as honras da sua dignidade de combatente viril tombado heroicamente na defesa da ordem jurídica, no cumprimento sagrado do dever militar.” Daí, segue-se uma série de procedimentos e de ações paralelas, em decorrência da dimensão do feito e euforia por parte de todo o contingente humano das mais diferentes áreas, sem se negligenciar os procedimentos devidos ao bravo militar morto, conforme citações abaixo:

BOLETIM DO II BATALHÃO, Nº 175, DE 30 DE JULHO DE 1938, III ITEM:

“EXCLUSÃO POR FALECIMENTO – Excluo do estado efetivo deste Btl. e 4ª Companhia, por falecimento, o soldado nº 665, Adrião Pedro de Souza, por ter quando em combate junto às forças volantes que extinguiram o celebre rei do cangaço o famigerado “Lampeão”, e mais dez comparsas, sido atingido pelas balas mortais dos facínoras bandoleiros, deixando gravado nos corações de todos os seus companheiros o inédito exemplo de heroísmo, de amor ao trabalho, perdendo a vida pela paz do sertão e engrandecimento de sua corporação, que tão sobejamente deixou gravada a sua recordação. “

DO DIÁRIO OFICIAL Nº 7.443, de 04 de Agosto de 1938:

I - ÁTO DO INTERVENTOR FEDERAL – O INTERVENTOR FEDERAL NO ESTADO, por atos de ontem, promoveu, por ato de bravura e na forma regulamentar, ao posto de 3º sargento o soldado do Regimento Policial Militar Adrião Pedro de Souza, morto na manhã do 28 de julho próximo findo, em combate contra o banditismo; ...”.

CONTINUAÇÃO DO BOLETIM REGIMENTAL Nº 179, DE 12 DE AGOSTO DE 1938: “Não se enganou, portanto, o Exmº. Snr. Interventor Osman Loureiro, nem tão pouco este comando. A perseguição se iniciou de forma tenaz e vigorosa, e não tardou a raiar a manhã do 28 de julho, onde um punhado de 45 bravos comandados pelos Capitão João Bezerra da Silva, 1º Tenente Francisco Ferreira de Melo e Aspirante a oficial Aniceto Rodrigues dos Santos, numa arrancada de heróis, atacaram de surpresa, na fazenda “Angicos”, município de Porto da Folha, no Estado de Sergipe, o grupo do famigerado “Lampeão”, composto de nada menos de 58 bandidos e com eles numa luta tremenda conseguiram abater onze sicários, inclusive o REI DO CANGAÇO, pondo os demais em debandada, sem que tive sem tempo, os restantes, de conduzir do 

Infelizmente, não há vitória sem luto e este luto é deveras lamentável, por que na refrega perdemos um bravo, o soldado Adrião Pedro de Souza, que, por isso, foi promovido, por ato de bravura e na forma regulamentar, ao posto de terceiro sargento; - para ele imorredouras saudades e um minuto de silencio, em sua memoria, pelos belos exemplos que nos legou e que servirão de lição aos que aqui militam e aos que nos sucederem. O Capitão Bezerra, comandante geral da tropa recebeu um ferimento, assim como o soldado Guilherme Francisco da Silva, e por pouco, aquele não ficou no campo da luta, estando ambos sob os cuidados médicos...

Congratulando-me convosco e, muito especialmente com louvor, com os que tomaram parte na encarniçada luta acima relatada, mando que, nos livros do assentamentos de cada um, se façam constar os elogios a que fizeram jus, ao mesmo tempo que os concito a prosseguirem, com fé, na luta ingente de libertar, quanto antes, o sertão de Alagoas da horda remanescente de bandidos que ainda o infesta, convictos de que dias melhores nos esperam e de que a história Militar da Polícia de Alagoas será enriquecida com mais esse serviço à Sociedade Alagoana e, consequentemente, ao Brasil.

Camaradas! Para a frente, por que a vitória é nossa. Salve Alagoas!

Salve a Patria redimida! SALVE!”

Continua...

Paulo Britto

"Extraído do Blog: Cariri Cangaço"

Observação:

Não consegui uma foto em que o senhor Paulo Brito estivesse sozinho,
por essa razão inseri estas  acompanhadas.

 https://blogdomendesemendes.blogspot.com/search/label/Paulo%20Brito%20e%20Adri%C3%A3o

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JOVEM GUARDA...

 

https://www.youtube.com/watch?v=W2B7WFtDJfU

Jovem Guarda [ nb 1 ] foi principalmente um programa de televisão musical brasileiro exibido pela primeira vez pela Rede Record em 1965, embora o termo logo tenha se expandido para designar todo o movimento e estilo que o cercava. Os membros do programa eram cantores que haviam sido influenciados pelo rock n' roll americano do final dos anos 1950 e pelas bandas da Invasão Britânica dos anos 1960, embora a música frequentemente se tornasse versões mais suaves e ingênuas com letras leves e românticas voltadas para adolescentes. Eles eram Roberto Carlos , Erasmo Carlos e Wanderléa , com outras bandas e músicos aparecendo no programa como convidados.

O estilo tornou-se popularmente conhecido como " iê-iê-iê ", um termo que, assim como o francês yé-yé , provavelmente se baseia nos frequentes gritos de "yeah" ouvidos em músicas da época (por exemplo, "She loves you/Yeah yeah yeah" dos Beatles ). O iê-iê-iê era frequentemente considerado um gênero menor, inferior à bossa nova e à MPB mais sofisticadas da época. A Jovem Guarda também se tornou um negócio lucrativo graças aos produtos que exploravam sua temática, e até mesmo alguns filmes temáticos foram rodados durante o período, reforçando assim a ideia de sua falta de integridade artística.

Jorge Ben explorou o rock do estilo Jovem Guarda durante a década de 1960, fundindo-o com samba e R&B , [ 1 ] antes do desenvolvimento de sua música para o samba rock . [ 2 ]

História

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O rock brasileiro começou em 1955, com Bill Haley , com a chegada de artistas como Elvis Presley e Chuck Berry ao sucesso, vários jovens no Brasil começaram a admirar esse novo estilo. Em 1956 surgiu a primeira banda de rock brasileira, The Jordans. Em 1957, surgiu a cantora Celly Campello , que hoje é considerada a mãe do rock brasileiro. No início da década de 1960, vários artistas e bandas de rock brasileiro começaram a surgir, tendo muita influência de Elvis Presley , Chuck Berry , Jerry Lee Lewis e outros. Em 1963 a música " She Loves You " dos Beatles fez muito sucesso no Brasil; o refrão "Yeah, Yeah, Yeah" se tornou tão popular entre os jovens que o refrão virou o nome do primeiro movimento juvenil brasileiro, o movimento rock and roll.

"Iê, iê, iê" tornou-se muito popular em todo o Brasil. Em 1965, a TV Record de São Paulo decidiu exibir um programa chamado Jovem Guarda todos os domingos. O programa apresentaria artistas e bandas de rock brasileiro apresentando "Iê, iê, iê". O programa da Jovem Guarda era apresentado por três artistas que se destacavam no Iê, iê, iê: os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos, dois dos pioneiros do rock brasileiro, e a cantora Wanderléa.

O programa fez sucesso desde o primeiro episódio, por isso, o nome do movimento foi substituído pela juventude de Iê, iê, iê para Jovem Guarda, a partir daí, o cantor Roberto Carlos foi o responsável por criar diversas gírias que são usadas por milhões de jovens no Brasil até hoje, entre elas "Barra Limpa Mora!", "Que Broto Lindo", "Minha Caranga", "Eai Bicho" e a mais famosa "É Uma Brasa Mora!"

A Jovem Guarda teve principalmente os Beatles como influência, com rock and roll, pop rock e rock psicodélico . A banda The Brazilian Bitles foi a primeira a aplicar a psicodelia no rock brasileiro. O nome The Brazilian Bitles é uma paródia dos Beatles, mas eles são uma das bandas mais importantes da Jovem Guarda. Com o fim do programa em 1968, o movimento começou a se enfraquecer com o surgimento da tropicália , outro movimento muito famoso no Brasil.

A Jovem Guarda foi responsável por revolucionar a música no Brasil. Como o país passava por uma ditadura militar, muitos álbuns de bandas e artistas internacionais não eram vendidos no Brasil, então foi com os Beatles que suas músicas foram frequentemente lançadas em coletâneas de grandes sucessos internacionais. Por esse motivo, vários artistas e bandas da Jovem Guarda fizeram versões de músicas internacionais com letras totalmente diferentes da original, seguindo o mesmo ritmo. Era muito popular na época e, antes de gravar, os artistas entraram em contato com os compositores originais para poder gravar a versão.

A Jovem Guarda era semelhante à Beatlemania , com fãs gritando e até invadindo o palco só para ver seus ídolos. A Jovem Guarda mudou a forma de pensar da juventude da época, sendo um movimento que revolucionou a música brasileira com o uso de ritmos mais agitados, com a voz gritada em algumas músicas e também pelo uso do órgão em muitas canções.

Uma das bandas mais importantes da Jovem Guarda é a banda Renato e Seus Blue Caps , que se destacou com versões de músicas dos Beatles como "Menian Linda" versão de " I Should Have Known Better " e "Meu Primeiro Amor" versão de " You're Gonna Lose That Girl ". [ 3 ]

O nome Jovem Guarda nasceu da frase do líder russo Lenin : "O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada".

Programa

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O programa Jovem Guarda estreou em 22 de agosto de 1965, na TV Record, comandado por três cantores em ascensão na época. Roberto Carlos já havia explodido em 1963 com uma versão de "Splish Splash", de Bobby Darin e DJ Murray the K , na versão brasileira de Erasmo Carlos. Wanderléa, por sua vez, havia vencido diversos concursos de cantores de rádio e lançado seu primeiro single em 1962.

As gravações ocorreram no Teatro Record , na Rua da Consolação, em São Paulo, e foram transmitidas ao vivo. No Rio, houve uma versão exibida durante a semana, dirigida por Carlos Manga, transmitida pela TV Rio. O restante do país teve que esperar e assistir em videoteipe, pois não havia retransmissão via satélite.

Ao longo de uma hora, o trio cantou seus sucessos e recebeu convidados. Rapidamente, o programa se tornou líder de audiência e causou histeria nos fãs que lotavam as dependências do teatro. A postura rebelde, o ritmo frenético e as letras inocentes, mas identificáveis ​​pelo público adolescente, garantiram o sucesso do programa. [ 4 ]

Músicas

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As primeiras músicas do Young Guard foram versões de sucessos do cancioneiro americano e britânico. Podemos citar a versão de " Girl ", dos Beatles, que se tornou a música "Meu Bem", um sucesso na voz de Ronnie Von . "Stupid Cupid", de Neil Sedaka, foi um grande sucesso, com Celly Campelo cantando "Estúpido Cupido".

Ao mesmo tempo, Roberto Carlos e Erasmo Carlos começaram a compor seguindo a linha do rock americano. As letras falavam de namoro, conquistas, carros e liberdade. Exemplos desse tema são "Quero que Tudo Vá Para o Inferno", de Roberto Carlos (1965), e "Festa de Arromba", de Erasmo Carlos e Roberto Carlos (1965).

Estética

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A Jovem Guarda deixou marcas no comportamento dos adolescentes, lançando modas e gírias. Trajes extravagantes incluíam casacos de penas, cores vibrantes e a onipresente minissaia para meninas. O cabelo deveria ser longo, como o dos Beatles, e a postura, o mais relaxada possível.

A linguagem foi invadida por expressões como "É Uma Brasa Mora!", "Barra Limpa" e "É Papo Firme!". Essas expressões foram retiradas das letras das músicas apresentadas no programa.

Legado

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O movimento Jovem Guara ditou a moda durante os anos de boom. Os apresentadores influenciaram os jovens da época com suas roupas coloridas e estampadas, casacos de pele e seus cabelos longos no estilo Elvis Presley . O movimento também ajudou a disseminar uma variedade de gírias, frases e expressões como:

  • É Uma Brasa Mora!
  • Barra Limpa Mora!
  • É Barra Limpíssima
  • Estar por Fora
  • Eai Bicho
  • Broto
  • Boca de Sino

Mesmo após o fim do programa em 1968, a Jovem Guarda continuou a exercer influência. Alguns de seus artistas, como o cantor Sérgio Reis, migraram para o sertanejo e introduziram características do movimento no novo estilo. [ 5 ]

Artistas

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Bandas e Duplas

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Principais sucessos

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  • "É Proibido Fumar"
  • "Quero que Vá Tudo pro Inferno"
  • "Festa de Arromba"
  • "Pai do Casamento"
  • "Menina Linda"
  • Splish Splash "
  • "Minha Fama de Mau"
  • "Sou Tremendão"
  • "O Terror dos Namorados"
  • "Garota Papo Firme"
  • "O Bom"
  • "Prova de Fogo"
  • "Coração de Papel"
  • "Tijolinho"
  • "Tema Para Jovens Enamorados"
  • "Parei na Contramão"

Veja também

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Notas

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  1. ^ Jovem Guarda pode ser traduzido literalmente como "jovem guarda". Pode ser interpretado como "vanguarda".

Referências

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  1. ^ Perrone, Charles A.; Dunn, Christopher (orgs.) (2013). Música Popular Brasileira e Globalização . Routledge. ISBN  1136612769. página 78.
  2. ^ 2003. Cult , Volume 6, Edições 71–75. página 39.
  3. ^ Brasil, Educa Mais. "Educa Mais Brasil – Bolsas de Estudo de até 70% para Faculdades – Graduação e Pós-graduação" . Educa Mais Brasil (em português brasileiro) . Recuperado em 28 de junho de 2021 .
  4. "Jovem Guarda – definição, história e principais cantores" . Toda Matéria (em português brasileiro) . Recuperado em 28 de junho de 2021 .
  5. "Jovem Guarda – definição, história e principais cantores" . Toda Matéria (em português brasileiro) . Recuperado em 28 de junho de 2021 .