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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

NOVO LIVRO SOBRE O CANGAÇO NA PARAÍBA – SÉRGIO DANTAS LANÇA SEU QUINTO LIVRO SOBRE O TEMA


O livro ‘LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA’ não foi concebido com a intenção de se tornar uma obra revolucionária. O objetivo do autor foi apenas elaborar um registro perene e confiável sobre a atuação do célebre cangaceiro em terras paraibanas. Com 363 páginas e cerca de 90 fotografias de personagens envolvidas na trama – e lugares onde os episódios ocorreram -, o trabalho certamente será de grande utilidade aos estudiosos de hoje e de amanhã.
Dividido em 19 capítulos, com amplas referências e notas explicativas, tenta-se recontar, entre outros, os seguintes episódios:
“A invasão a Jericó; fazendas Dois Riachos e Curralinho; o fogo da fazenda Tabuleiro; os primeiros ferimentos sofridos por Lampião; as lutas com Clementino Furtado, o ‘Quelé’; combate em Lagoa do Vieira; Sousa: histórico do assalto e breve discussão sobre as possíveis razões políticas para a invasão da cidade; a expulsão dos cangaceiros do município de Princesa; combates em Pau Ferrado, Areias de Pelo Sinal, Cachoeira de Minas e Tataíra; o cangaceiro Meia Noite; Os ataques às fazendas do coronel José Pereira Lima; morte de Luiz Leão e seus comparsas em Piancó; confronto em Serrote Preto; Suassuna e Costa Rego; a criação do segundo batalhão de polícia; Tenório e a morte de Levino Ferreira; ataque a Santa Inês; combates nos sítios Gavião e São Bento; chacina nos sítios Caboré e Alagoa do Serrote; Lagoa do Cruz; assassinatos de João Cirino Nunes e Aristides Ramalho; Mortes no sítio Cipó; fuga de paraibanos da fronteira para o Ceará; confronto em Barreiros; invasão ao povoado Monte Horebe; combates em Conceição; sequestro do coronel Zuza Lacerda; o assalto de Sabino a Triunfo(PE) e Cajazeiras (PB); mortes dos soldados contratados Raimundo e Chiquito em Princesa; Luiz do Triângulo; ataques a Belém do Rio do Peixe e Barra do Juá; Pilões, Canto do Feijão e os assassinatos de Raimundo Luiz e Eliziário; sítios Vaquejador e Caiçara; Quelé e João Costa no Rio Grande do Norte; combates com a polícia da Paraíba em solo cearense; o caso Chico Pereira sob uma nova ótica; Virgínio Fortunato na Paraíba: São Sebastião do Umbuzeiro e sítios Balança, Angico e Riacho Fundo; sítio Rejeitado: as nuances sobre a morte do cangaceiro Virgínio”.
A obra certamente não abrangerá o relato de todas as façanhas protagonizadas pelo célebre cangaceiro no estado da Paraíba. Muito se perdeu com o passar dos anos. Os historiadores de ontem, em sua maioria, não tiveram grande interesse em dissecar os episódios por ele protagonizados no território do estado.
A presente obra busca resgatar o que não se dissipou totalmente na bruma do tempo.
Lançamento em Natal do livro de Sérgio Dantas “Antônio Silvino – O Cangaceiro, O Homem, O Mito (2006)”.
LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA, Polyprint, 2018, 363 pgs. Disponível em outubro de 2018.
Sobre o autor: Sérgio Augusto de Souza Dantas é magistrado em Natal. Publicou os livros Lampião e o Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada (2005), Antônio Silvino – O Cangaceiro, O Homem, O Mito (2006), Lampião Entre a Espada e a Lei (2008) e Corisco – A Sombra de Lampião (2015).
PARA ADQUIRIR LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA,  VENDAS A PARTIR DE OUTUBRO DE 2018, SENDO REALIZADAS EXCLUSIVAMENTE PELO PROFESSOR FRANCISCO PEREIRA, DE CAJAZEIRAS, PARAÍBA, QUE ENTREGA PARA TODO O BRASIL PELO CORREIO.
CONTATOS ATRAVÉS DO E-MAIL fplima1956@gmail.com, franpelima@bo.com.br OU Whatsapp 55 83 9911-8286
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SEJAM BEM-VINDOS OS POÇOS

(FOTO: JEAN SOUZA - DIVULGAÇÃO)

A luta sertaneja nordestina pela água faz criar situações as mais diversas, tanto pelo sertanejo quanto pela tecnologia que avança pelo mundo todo. O sertão procura água nos pilões de pedras, barreiros, cacimbas de riachos secos e açudes. As cisternas fornecidas pelo governo facilitam a captação das chuvas e asseguram a reserva de água potável por determinado tempo. Tudo ajuda na busca diária pelo precioso líquido. O Canal do Sertão – quando for concluído – será uma obra gigantesca que atenuará as agruras do camponês. Entretanto, o Canal não resolve todos os problemas da seca como se pensa. Nem somente de água vive o homem. A água mata a sede, mas não mata a fome. Não existe canal de alimentos por aí.
Têm sido criados poços artesianos no Sertão em locais onde a água oferece condições de consumo. Mas conhecemos vários casos de festas nas inaugurações e abandonos de poços. Tudo por pequenas coisas como a quebra de uma peça, falta de manutenção e até desprezo. Volta-se, então ao marco zero. Com tecnologia avançada, surgiu o sistema de Dessalinização. Retira-se a água salobra do subsolo e separa-se o sal. O segredo do sucesso é a manutenção.
A Prefeitura de Santana do Ipanema acaba de entregar a comunidade Camoxinga dos Teodósio, em parceria com o governo do estado, um poço artesiano com três reservatórios. A capacidade de armazenagem é de 60 mil litros de água com um sistema de dessalinização.
Mais de 100 famílias serão beneficiadas com água potável naquela localidade, afirma o que foi divulgado. Os tempos de estiagem prolongada não respeitam o pediplano nem a região serrana. Uns choram mais, outros sofrem menos, mas todos são vítimas da seca. Vizinho ao sítio Camoxinga dos Teodósio, em 1940, foi aberto um poço no riacho Camoxinga para captação de água contra uma seca braba. A água deu salobra e o lugar até hoje é chamado Poço Salgado. (Pesquisa inédita).
O prefeito de Santana do Ipanema marca assim uma obra pequena para quem não precisa; enorme e vital para a Camoxinga dos Teodósio. É motivo de mais parabéns para o gestor, num olhar crítico e isento de quem torce por tudo de bom que é feito na terra de Santa Ana.

O CÉU DA ANDORINHA

*Rangel Alves da Costa


O céu da andorinha é um céu poético, mas talvez também triste. Seu voo, sempre muito e sempre intenso, mais parece uma fuga de alguma realidade. Ou mesmo que o seu voo festivo esconda uma ânsia de liberdade.
Dizem que uma andorinha sozinha não faz verão. Mas ledo engano pensar assim. A mais sozinha das andorinhas faz não só seu verão como sua primavera, seu outono, seu inverno.
Dizem também que ela só alça voa em dias de tempo bom, quando é avistada festiva pelos ares. Contudo, outro erro pensar assim. Ela se desloca em qualquer tempo e por todo lugar.
A andorinha gosta tanto de voar que passa quase o dia inteiro indo de canto a outro, pousando em fios, em estacas, em varais, no telhado, faz frestas das cumeeiras. Logo se tem que ela não é de apenas uma estação.
Andorinha também gosta de voar dentro e ao redor das igrejas, gosta de fazer ninho à vista de todos, gosta de estar presente em meio à população. Contudo, gosta muito mais de ficar sozinha numa lonjura qualquer.
E por que se diz que uma andorinha sozinha não faz verão? Simplesmente para dizer que é na época quente do verão que andorinhas são mais avistadas voejantes e festivas pelos espaços. Apenas uma andorinha não traduz a existência do tempo ensolarado.
Ou ainda para dizer que a junção de andorinhas demonstra a existência de um tempo aberto, ensolarado, propício ao voo e modificando e embelezando a paisagem. Igualmente com relação ao homem. A sua junção já demonstra uma feição diferenciada no tempo.
Comumente se diz que uma andorinha sozinha não faz verão numa alusão à impossibilidade de se fazer muita coisa agindo sem a comunhão de outras pessoas. Somente provoca o verão, ou a mudança ou a transformação, quando pessoas se unem num mesmo objetivo.
Creio, contudo, que não seja assim. Conforme referido inicialmente, a mais solitária das andorinhas faz não só seu verão como sua primavera, seu outono, seu inverno. Ademais, como os humanos, nem sempre se pode esperar muita coisa de outras pessoas ou andorinhas. E a ação solitária produz efeitos.
Ademais, o termo verão utilizado, tão calorento e abrasador no nosso hemisfério, pode muito bem se referir aos horizontes ensolarados que desejamos para nossas vidas. Sonhos que são sóis em flor, esperanças que se afeiçoam a girassóis, planos que brilham ardentemente nos nossos pensamentos.
Assim, se uma andorinha sozinha pode alçar o seu voo e fazer sua luta, se uma solitária andorinha pode muito bem correr atrás daquilo que tanto deseja para o seu dia, então logo se tem que o homem possui as mesmas asas para fazer o seu verão, ainda que solitariamente agindo.
Tudo nascendo de uma questão de querer, de desejo, de luta, de não se curvar perante as dificuldades impostas pela estação. Se é primavera, mas se deseja um verão, então que se busque a transformação através do voo. E o voo é o sonho, é o desejo, é a esperança. Somente voando é possível alcançar os verões e os novos horizontes.
Num mundo das realizações, nunca espere encontrar um bando de andorinha pelos céus. Aquela que estiver sozinha certamente poderá realizar o que a milhões será impossível. Em cima do arvoredo, quieta, silenciosa, parecendo entristecida, mas apenas alimentando seus planos de conquista.
Jamais se pode duvidar da força do ato solitário. Está no compromisso o passo para a ação. A solidão não é frágil nem é carente. A solidão não está desprovida de força nem de coragem para agir. A solidão é apenas um ato de construção daquilo que a força do íntimo será capaz de fazer.
Assim nascem os verões. Não por meio de bandos ou revoadas de andorinhas. Mas através de uma andorinha sozinha. Ora, ela possui seu voo, ela pode voar.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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MARIA CELESTE ESTÁ ANIVERSARIANDO HOJE

Por Fernando Neeser

Hoje, Maria Celeste filha de Corisco e Dadá completa 81 anos. Parabéns a ela!


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NÃO VÁ PRA PASSÁRGADA ... É MELHOR IR PRA ROÇA !

Por Luiz Serra

Tempos de incertezas em vários exames socioculturais e econômicos; sempre a crise: de uma vida de pastagem na cidade, melhor ir viver junto do pasto, na roça.

Ainda existem oportunidades no Brasilzão que D. João assim fez questão de deixar. Vale a pena largar tudo e ir pra roça! Cuidar de galinhas, e plantar coco, laranja e mexerica! Sem crise! ou longe dela!

Jardim - Mel

Aprendemos na Geografia do colégio, O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, com 8.514.876 km2. O contorno da costa brasileira aumenta para 9.200 km se forem consideradas as saliências e reentrâncias do litoral. Ufa! Quase um novo planeta!

Casa alpendrada. Vida na Roça

Sabíamos pela história que o Brasil físico ia até além da Taprobana; ou Ceilão, ou atualizando, além do Sri Lanka, não se tinha a menor ideia de quanto era a proporção, e as cartas eram imprecisas para as terras do Pau-Brasil.

Yanomamis. Na mata densa. EcoPost

Passaram a ser demarcadas pelas Entradas (e das) Bandeiras suicidas. Mas o gigante brazilis acabou além da fita de Tordesilhas, é muito chão! Até perder de vista, ou de telescópio! Mesmo o satélite do Google Earth leva um bom tempo para a apreender o foco!

Na década de noventa, o foco eram as queimadas, que se viam do espaço, de tão imensas as florestas dizimadas, o sul do Pará desapareceu com as castanheiras e mognos!

Embarque Dona Maria II pra Lisboa em 1828, cais do Valongo....lado do Morro da Conceição..Rio de Janeiro. Debret - Filha de D.Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal)...Maria II, apelidada de "a Educadora" e "a Boa Mãe", foi a Rainha de Portugal e Algarves em dois períodos diferentes, primeiro de 1826 até ser deposta em 1828 por seu tio Miguel, e depois de 1834 até sua morte.

Era a grita contra as ocupações de derrubadas de florestas inteiras. No governo Collor, um grileiro europeu acabou detido quando ele já ousava ter a posse de um território do tamanho da Bélgica em plena Amazônia! Uma foto chocou o mundo, quando grileiros adentraram o santuário dos Ianomamis, e atingiram o espírito da floresta!

Foi tamanha incúria de nossos políticos que até D. João se estrebuchou no Reino de Hades!

Vejam como destruíram cidades hoje como o Rio de Janeiro, São Paulo, e irão destruir a civilização que resta nas demais metrópolis brasileiras... Basta somente usar duas armas suficientes para tal: a ignorância e o voto!!!

[Ideia Milu Assad !! Blog Caminhos da Roça / Luiz Serra 2018/10]

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CARIRI CANGAÇO...SÃO JOSE DE BELMONTE...DE 11 A 14/OUTUBRO.


Por Manoel Severo Barbosa

O Sertão de Pernambuco se prepara para acolher um dos mais qualificados fóruns de debates sobre temas nordestinos; o Cariri Cangaço estará reunindo pesquisadores de todo o Brasil para na terra da Pedra do Reino reencontrarmos nossa memória e história. 


Para nós que pesquisamos a temática Cangaço, compreendemos o grande significado da cidade de São José de Belmonte; a saga Carvalho x Pereira, a hecatombe de 1922, a marca registrada de Virgulino Ferreira em seu primeiro grande ato... Tudo pronto, quem for vivo, verá... Avante !

São José de Belmonte, 11 a 14 de Outubro de 2018.

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VEJA QUEM EU ENCONTREI HOJE NA TERRA DA CULTURA!


Por Sávio Siqueira

HOJE TIVE UMA GRANDE SURPRESA. AO IR A BANCA DE REVISTAS, ADIVINHA QUEM ENCONTREI LÁ NUM BOM PAPO SOBRE POESIA? 


O AMIGO Kydelmir Dantas QUE INDO PARA BELMONTE RESOLCEU PARAR UM POUCO NA TERRA DA POESIA.

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AS CONTRADIÇÕES DO SOLDADO 'NORATINHO' - (O homem que disse ter matado Lampião) VERDADE OU MENTIRAS


Quando da manhã do dia 28 de julho de 1938, uma quinta-feira, um cangaceiro desce pelo leito seco do riacho Angico para ir encher alguns cantis com a água que estava empoçada no poço do Tamanduá.

Aproximando-se da poça d’água, “Amoroso” agacha-se para colocar água nos recipientes, nesse momento escuta um estouro que quase lhe estoura os tímpanos. Procura imediatamente um abrigo, pois em seguida a esse estouro vieram muitos e muitos outros.

A lua, vista da Grota do Riacho Angico, no mesmo local onde estava a tolda do "rei dos cangaceiros".  Foto sálvio siqueira

Recebendo a ordem de seguir para a margem esquerda do riacho, o Aspirante Ferreira de Melo leva sua tropa para o lugar determinado. Chegando nele, desce a barreira, com parte dos homens e começa a subir o leito seco do riacho. Às vezes, devido o tortuoso ‘caminho’ que fizera as águas escavacando o terreno, eles ficam na margem direita, voltam ao leito do riacho novamente e, assim, seguem em direção sul. O cabo Bertoldo, que fazia parte da tropa do Aspirante, com a outra parte da tropa, segue por sobre a margem esquerda, dando cobertura ao comandante que avançava pela parte baixa, sempre subindo no sentido sul. Como era para dar cobertura, não procuraram fazer vanguarda. Em determinados momentos estavam na retaguarda e logo em seguida, dependendo do terreno, na mesma linha em que estavam seus companheiros de farda.

Neblina ao romper da aurora na Grota do Riacho Angico. - Foto sálvio siqueira

Os homens que estavam com o Aspirante, alguns ligeiramente adiantados, notam a vinda de um cangaceiro no sentido contrário em que iam. Não tendo mais alternativas, escondem-se por trás das pedras que existem ao longo do leito do riacho. O cangaceiro chega muito perto deles. Escora sua arma numa moita, ou numa pedra, e abaixando-se está com um cantil na mão. Um dos três militares, não espera mais. Aponta seu fuzil e faz fogo no cangaceiro. À distância em que estava o cangaceiro não passa de 10(dez) metros, e mesmo assim, não sabemos se por falta de tempo, calma ou mesmo nervosismo do soldado, esse erra o tiro.

Soldados da tropa do aspirante Ferreira de Melo. - Detalhe: Vemos o cabo Antônio Bertoldo, o soldado Santo e o soldado 'Noratinho'. Faltando para nós a identificação do quarto soldado.

Um pouco atrás do cangaceiro que vinha encher os cantis, vinha a ‘Rainha do Cangaço’, Maria Gomes de Oliveira, a Maria de Déa. Ela estava com uma vasilha na mão. Era uma ‘banda’ da embalagem de queijo do reino. Com certeza vinha para pegar água e, talvez lavar-se, ou levar água para a tenda onde tinha passado a noite.

Um instante após se ouvir o disparo que o soldado Abdon Cosme dos Santos disparou no cangaceiro Amoroso, sem dar tempo de Maria de Déa entender nem saber de onde partira, é atingida por um projétil disparado pelo soldado José Panta de Godoy, em seu abdômen, com o impacto em seu corpo cai no chão pedregoso do leito do riacho. Com muita dor, porém, o instinto de sobrevivência a faz esquecer-se da dor, ergue-se rapidamente e, virando-se, inicia uma ‘fuga’ em direção onde achava estar à salvação, sua tolda, onde estava seu companheiro, o cangaceiro Lampião, o “Rei dos Cangaceiros”. No entanto, ao virar-se, recebe outro balaço nas costas vinda da mesma arma do soldado Panta. Estatela-se de bruços por sobre os pedregulhos, e dessa vez não tem condições físicas de erguesse para continuar tentando salvar sua vida.

Aspirante Ferreira de Melo ao lado do comandante do 2º batalhão, coronel José Lucena, na cidade de Santana do Ipanema, AL, na época do cangaço, um ou dois dias após as mortes dos cangaceiros.

O soldado da tropa do Aspirante Ferreira de Melo, Antônio Honorato da Silva, por todos conhecido pela alcunha de ‘Noratinho’, após as mortes dos cangaceiros no leito do riacho Angico, não sabemos se por uma simples vaidade, por um momento de distração ou mesmo por mais uma mentira, pois, daquelas mortes e daquele ataque temos milhares de mentiras, tomou para si a morte do ‘Rei dos Cangaceiros’.

Comandante geral da PM das Alagoas, na época do cangaço, coronel Theodureto Camargo, abraçando o aspirante Ferreira de Melo, quando este chega em Santana do Ipanema, AL, após a morte dos cangaceiros no Riacho Angico.

Vejamos o que diz o soldado sobre quem matou Lampião:

“Eu e mais cinco soldados teríamos que ultrapassar a gruta para dar início ao ataque. Quando encontramos um local propício à escalada, subimos ao alto e logo avistei, à frente de uma barraca, um sujeito alto, trazendo uma faca presa no peitoral e, em volta dos ombros, um laço (lenço), à moda sertaneja. Não tive dúvidas: apontei meu mosquetão e varei o tipo com uma bala. A esse primeiro tiro, sucederam outros, de fogo cruzado. Depois vi uma mulher correndo de um lado para outro, até que se debruçou sobre o corpo, indiferente às balas que silvavam de todos os lados. Parecia desesperada. Mirei e fiz fogo: ela tombou mais adiante. Era Maria Bonita a bela mulher do bandoleiro.” (Revista Edição Extra – 1962).

Tolda do 'rei dos cangaceiros' entre as pedras do Riacho Angico.

Noratinho passou muito tempo contando como teria dado fim ao ‘Rei do Cangaço’ e sua ‘Rainha’. Confrontando os depoimentos de sobreviventes que sofreram o ataque, e daqueles que também fizeram parte do ataque, principalmente da tropa do Aspirante Ferreira de Melo, pois foi essa tropa quem matou os cangaceiros, essa versão não encaixa. Todos citam como sendo os três primeiros disparos, o primeiro do soldado Abdon no cangaceiro Amoroso, o qual erra, e os outros dois, disparados por Panta de Godoy, justamente na companheira de Lampião. Após esses disparos, o mundo se fechou e a tropa atirou muito. Como o chefe Lampião, o restante dos cangaceiros não faz nenhuma resistência. Ninguém do bando contra-ataca.

Um delegado, um jornalista, Pedro de Cândido e Durval seu irmão, mais outras pessoa e soldados na Grota do Riacho Angico, próximos a um corpo sem cabeça, no chão pedregoso. citam alguns autores que esse é o corpo de Maria de Déa, a Maria Bonita, 'rainha dos cangaceiros'. - Detalhe: tem uma pessoa que está com um balde nas mãos. provavelmente este recipiente foi para transportar a cal para ser colocada sobre os corpos que já estavam em estado de putrefação.

Pode até ter saído da boca do mosquetão do soldado ‘Noratinho’ a bala que atingiu Lampião, mas, sem ser como ele contou. Assim como, pode ter saído da arma de qualquer outro da tropa do Aspirante Ferreira de Melo. Como ninguém se atreveu, ‘Noratinho’ toma para si a autoria de ser o homem que matou Virgolino Ferreira, levando para o túmulo essa versão quando fora assassinado. 

Hoje, com as novas pesquisas, fica mais que esclarecido que não fora como ele narrou ter sido.

O soldado Antônio Honorato da Silva, o 'Noratinho', mostrando sua arma ao jornalista Melchiades da Rocha.

Zé Sereno com seu grupo, ou subgrupo, como queiram, que estava acampado na parte alta, em cima da barreira, distando uns sessenta metros de onde se encontrava a tolda de Lampião, e daqueles que estavam acampados dentro da grota, essa distância é no sentido diagonal, pois se tirarmos uma ponto reto, traçando uma linha reta, para cima da barreira, e daí outra linha para onde estavam Sereno e seus ‘cabras’, essa distância diminui, se arranca, a muito, contrário à direção tomada pela volante, no sentido contra a correnteza do riacho, ou seja, na direção sul, contrário a margem direta do “Velho Chico”.

Tropa comandada pelo tenente João Bezerra quando do retorno do ataque aos cangaceiros na Grota do Riacho Angico. este registro é citado por alguns autores como fora feito em frente a sede da Prefeitura na cidade de Piranhas, al. - Detalhe: Essa tropa está desfalcada. no ataque aos cangaceiros, no coito do Riacho Angico, a força tivera uma baixa. morreu o soldado Adrião. alguns autores citam que fora vítima de 'fogo amigo'.

O Aspirante Ferreira de Melo, em entrevista ao Jornal Gazeta de Alagoas, em 1965, falando ao jornalista sobre a morte do “Capitão Lampião”, disse:

“Lampião já estava de pé e recebeu apenas uma bala, conforme eu já disse, cuja bala ninguém pode afirmar com segurança de que arma partiu. Na época, foi muito comentado que o projétil que atingiu o companheiro de Maria Bonita, teria partido da arma empunhada pelo cabo Honorato, conhecido por Noratinho. Todavia, ninguém poderia precisar, em meio ao fumaceiro, às apreensões e à balbúrdia do momento, que esse ou aquele policial tivesse atingido o nosso terrível adversário. O verdadeiro, no duro, é que foi a minha tropa que exterminou Lampião. Esta é a verdade.”

Cabeças dos cangaceiros, perfiladas. provavelmente essa captura tenha sido em Pinhas,AL. notemos as condições em que se encontram as cabeças, ou seja, sem nenhuma deterioração.  - Detalhe: Na fileira de baixo, a última cabeça da direita, na captura, é tida como 'desconhecido'. no entanto, hoje, já sabe-se que trata-se do cangaceiro 'Luiz de Thereza'.

No pandemônio que tomou conta do acampamento, um soldado vai seguindo os companheiros e de repente ver um cangaceiro contorcendo-se pelo chão. Esse soldado aponta sua arma e atira, acertando a cabeça daquele cangaceiro que estava a ‘estrebuchar-se’ no pedregoso solo daquele riacho. Essa narração é feita pelo militar José Panta de Godoy.

Multidão veio recepcionar a chegada do caminhão com a tropa, ou parte dela, a cidade alagoana de Santana do Ipanema, transportando os troféus funestos, as cabeças dos onze cangaceiros mortos na Grota do Riacho Angico.

“(...) Foi neste momento que o soldado José Panta de Godoy ao aproximar-se, embora sem saber a sua identidade e, parcialmente obstado pelo soldado Sebastião Vieira Sandes, o Santo, desferiu o tiro de misericórdia na cabeça de Lampião (...).” (“Lampião – Sua morte passada a limpo” – BASSETTI, José Sabino e MEGALE, Carlos César de Miranda. 1ª Edição. Janeiro 2011).

Como o soldado Antônio Honorato da Silva, o ‘Noratinho’, muitos disseram suas mentiras, tanto aqueles que sobreviveram como aqueles que fizeram parte da tropa que atacou o coito no riacho da fazenda Forquilha. Mas, na medida do possível, vamos levando aos amigos as revelações das mentiras. Tanto dos ex cangaceiros, e ex cangaceiras, como dos ex volantes e comandantes destes. Porém, mesmo estando em busca, sabemos que não somos dono da verdade... Deixamos para os amigos tirarem suas conclusões.

Foto Sálvio Siqueira
A Noite

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O NOVEL PESQUISADOR DO CANGAÇO..!

Por Voltaseca

Lourinaldo Teles da cidade de Calumbi-PE, artesão, bacamarteiro, ferreiro, escritor, além de outras profissões, vem se destacando no campo da pesquisa do cangaço. Recentemente, escreveu o livro, " Serra Grande, a maior batalha de Lampião..", que está quase esgotado.

Na foto, abaixo, o vemos no distrito de Nazaré do Pico, tendo como cenário, ao fundo, a bela SERRA DO PICO, lugar sagrado para o povo nazareno, os maiores inimigos de Lampião. Também, se destaca na foto, o bacamarte feito pelo próprio Louro, além do pé de mandacaru, árvore representativa do sertão...

Foto: cortesia Cariri cangaço

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VOTOS DE PESAR!


Por Lindomarcos Faustino

O Relembrando Mossoró se solidariza aos familiares de Maria Júlia por ter virado saudade hoje, que Deus possa confortar aos familiares num momento difícil dessa perda. 

Seu sepultado ocorrerá logo mais à tarde, no Cemitério São Sebastião, Centro de Mossoró.

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