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domingo, 6 de setembro de 2020

5 OSSADAS DE CANGACEIROS PARA SEREM FEITAS "DNAs" E O PODER PÚBLICO NÃO TEM INTERESSE.

Por José Mendes Pereira

Para os homens que dirigem os Estados e municípios brasileiros a cultura não é considerada de grande importância. Ou eles se enganam ou não têm nenhum interesse para cuidar dela. Mas eles precisam saber que a cultura é o conjunto de conhecimentos, tradições, ideias, símbolos, valores, costumes e práticas de um Estado, município ou país que se tornam características de um grupo, seja social, familiar, étnico, religioso e assim por diante. A cultura não pode faltar em uma nação. A cultura faz bem a uma nação que não pode viver sem ela.

A cultura brasileira ainda permanece no meio de nós porque existe uma porção de estudiosos que a sustenta viva com todo esforço, correndo atrás e registrando em livros, jornais e revistas os acontecimentos que se tornam históricos, e que muitas vezes, abandona o lar por alguns dias e vai pesquisar e entrevistar pessoas que têm um pouco de conhecimento sobre o assunto escolhido. 

https://www.blogcariri.com.br/2015/09/crato-ce-cariri-cangaco-contara-com.html

Muitos escritores e pesquisadores fazem estes trabalhos simplesmente pelo o prazer de pesquisar, registrar os fatos que serão históricos para as gerações de hoje e para as futuras, sem imaginarem o que irão ganhar, porque a publicação de livros é caríssima no Brasil, devido os custos tipograficamente. Eu fui tipógrafo e não estou mais atualizado sobre gráfica, mas eu via o quanto era altíssima a publicação de um livro na Editora que eu trabalhava. 

Mas se dependesse dos governantes a cultura não existiria. Eles alegam a falta de dinheiro para mantê-la viva, mas recursos existem e existem muitos, o que não existe é vergonha na cara desses malandros, porque misturam os recursos públicos com os seus e depois não sabem separar o que é público do seu, aliás, saber, sabem, é porque são raposas velhas mesmas. Roubam e quando são comprovadas as suas desonestidades, ninguém devolve nada.

5 ossadas que devem ser feitas os (DNAs) para estudos, e saber se realmente têm procedências o que afirmam alguns estudiosos do cangaço. 

Cabeça de Lampião

E qual seria a finalidade dos "DNAs"? 

Uma das razões é ter a certeza a quem pertence aquela cabeça que está guardada no Cemitério Quinta dos Lázaros em Salvador. Sabemos que os escritores e pesquisadores não têm dúvidas que Lampião morreu na Grota do Angico, mas como eles são responsáveís por este trabalho de juntar todas as peças do dominó da literatura lampiônica, é muito importante o esclarecimento para desmascarar quem anda mentindo, dizendo que não é a cabeça do capitão Lampião. 

A cabeça de Lampião que antes permanecia no Instituto Nina Rodrigues e ficou 30 anos, seis meses e nove dias insepulta, aguardando pronunciamento da Justiça, e só foi enterrada em fevereiro de 1969, no cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador no Estado da Bahia, depois que a Presidência da República (governo Costa e Silva) o indultou. 

Colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio - BA.

E também, para tirar dúvidas que permanecem no meio de muitos brasileiros, os quais não acreditam que o capitão Lampião e Maria Bonita tenham sido assassinados na madrugada de 28 de julho de 1938, na "Grota do Angico", em Porto da Folha, atualmente pertencente à cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Lógico que a sua morte aconteceu lá mesmo em Sergipe, no Nordeste do Brasil, e não em Minas Gerais, mas esta dúvida permanece diante de muitos, e faz uma porção de anos que já deveria ter sido esclarecida ao povo brasileiro através do "DNA".

Lampião de Buritis

A outra dúvida que continua viva no seio dos estudiosos do cangaço é sobre a ossada de um fazendeiro que viveu em Buritis, no Estado de Minas Gerais, e esse senhor, segundo o escritor José Geraldo Aguiar já falecido; se dizia ser o próprio Lampião do nordeste brasileiro. O Aguiar detalhou tudo em seu livro "Lampião, o Invencível. Duas Vidas, Duas Mortes. O Outro Lado da Moeda" sobre o mesmo, a cidade onde faleceu,  o cemitério que foi enterrado, o local do seu túmulo, o nome da esposa etc, e principalmente nomes de alguns filhos do suposto Lampião que residem por lá. Para isso, não será difícil encontrar os seus restos mortais. E  o "DNA" tem que ser feito com urgente, para que o tempo não dê fim ao seu túmulo.

Lamentável! José Geraldo Aguiar faleceu ainda moço. 

Mas vejam leitores, a mentira do depoente (vale lembrar que eu não me refiro ao pesquisador José Geraldo Aguiar, porque ele fez baseado nas informações do Lampião de Buritis), que se ver logo na sua fotografia; o olho direito de Lampião do nordeste é branco, isto é com glaucoma, e o olho direito do suposto Lampião de Buritis nem aparenta cegueira. Sem sombras de dúvidas, o homem mentiu mais do que devia ao pesquisador José Geraldo Aguiar.'

Blog Negro Nicolau | Cidadania, Empoderamento e Diversidade: Lampião não  morreu em Angico?

Dúvidas não só minhas, mas tenho certeza que muitos que estudam o cangaço têm.

1 - Para que Lampião tivesse renunciado o cangaço como disseram alguns que não têm compromisso com a verdade sobre os estudos cangaceiros, que ele teria feito acordo com o tenente João Bezerra da Silva, chefe alagoano das volantes policiais que atacou a "Grota do Angico", para fugir do coito, teria sido um dia antes da véspera da chacina, isto é, no dia 26, e na madrugada de 28 de julho de 1938 seria a vez do ataque com segurança aos cangaceiros, porque os reis do cangaço capitão Lampião e Maria Bonita já não mais estavam lá. 

Tenente João Bezerra está sentado à esquerda

A suposta e mentirosa fugida da "Grota do Angico" seria fácil Lampião enganar aos seus cangaceiros, coisa que  ele jamais faria covardia com o(s) (as) seu(s) sua(as) amado(a)(as) amigo(a)(as). Se Lampião tivesse essa ridícula intenção de colocar os seus comandados na mira de uma metralhadora, bastaria ele ter comunicado ao seu bando que iria fazer visita a um amigo juntamente com Maria Bonita, e desapareceriam de uma vez por toda. Mas jamais isso aconteceu. Lampião estava no coito na madrugada do ataque aos facínoras, e ele era bandido mesmo e perigoso, assumido, mas jamais faria tamanha covardia com os seus companheiros de crime. O cangaço era uam família e construído de amigos de verdade.

Ao centro Sila e à direita Zé Sereno

A noite que se passara lá na "Grota do Angico" a "Sila" que era companheira do ex-cangaceiro Zé Sereno, esteve sentada em uma pedra fumando com Maria Bonita. E enquanto isso, ela percebeu luzes um pouco distantes em sua frente, como se fossem lanternas. Mas a Maria disse a ela que não se preocupasse, aquilo que ela estava vendo não assustava, era vagalume.

Grota do Angico onde foram assassinados Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros.

Uns falam que tudo foi combinado entre o tenente João Bezerra da Silva e o capitão Lampião, para que ele e sua Maria Bonita fossem embora, e depois que partissem as volantes fariam a chacina aos cangaceiros que haviam ficado. Mas isso não tem procedência e muito menos credibilidade, porque o desejo de todos policiais que procuravam os cangaceiros nas caatingas, principalmente os reis do cangaço Lampião e Maria Bonita, era  eliminá-los do sertão sertanejo, e que com certeza, receberiam troféus, e que na história cangaceira, ficasse registrado eternamente quem teria sido o homem responsável pelas mortes dos reis do cangaço.

2 - Nada existe para dizer que  Lampião não morreu na "Grota do Angico", Isto é indiscutível e fantasia de quem escreveu e saiu espalhando. Ele morreu naquela madrugada de 28 de julho de 1938. Mas é preciso ser realizado com urgência o teste do "DNA" com os restos mortais do fazendeiro Lampião de Buritis, para colocar um ponto final nesta história tão sem graça e sem fundamento, que é do fazendeiro que se fazia ser o próprio Lampião do nordeste brasileiro.

Cabeça de Lampião

3 - Por que o suposto Lampião de Buritis afirmou ao escritor José Geraldo Aguiar que não poderia aparecerer, e só permitia a publicação da sua entrevista quando ele morresse, aí sim, o pesquisador podia publicar o seu trabalho sobre ele?

Ora! Após cinquenta anos que havia sido feita a chacina aos cangaceiros de Lampião, inclusive ele e a Maria Bonita foram assassinados, todos os marginais que escaparam do atague estavam libertos pelo indulto do então Presidente da República Getúlio Vargas, e ainda temia algo? O certo é que ele não era o Lampião do Nordeste do Brasil, e sabia demais que, se fizesse exposições das suas invencionices os escritores e pesquisadores do nordeste os pegariam de imediado na mentira. Então, o melhor mesmo era ser rei do cangaço ocultamente na região Sudeste do Brasil.

4 - "Vou morrer no ano que vem!"

O que eu sei e aprendi bem direitinho a lição, através dos escritores e pesquisadores que o capitão Lampião era um grande estrategista, mas evidente, aquele que adivinha o que irá acontecer com ele,  e anunciar até o ano da sua morte, nunca ouvi falar isso dele em lugar nenhum. 

5 - "O óbito foi registrado em nome de Antônio Maria da Conceição". Por que o suposto Lampião de Buritis tinha tanto medo de ser lembrado no meio do povo brasileiro? A verdade era porque ele soltava uma mentira atrás da outra. Ou então estava se escondendo de outros problemas dele até mesmo contra a justiça de um Estado qualquer do Brasil. Lampião de verdade não temia autoridade nenhuma quando estava no cangaço, e muito menos depois que foram indultados todos os cangaceiros

https://www.youtube.com/watch?v=S4twtECfeHA&ab_channel=KinkoPelegrine

6 - O suposto Lampião de Buritis disse ao escritor José Geraldo Aguiar que fugiu da chacina, porque recebeu ajuda de algumas pessoas amigas, inclusive o seu padim pade Cíço Romão Batista de Juazeiro do Norte, que teria o ajudado também para se ocultar do nordeste. 

Incrível! Quando aconteceu a chacina da "Grota do Angico" aos cangaceiros, o padre Cícero Romão Batista da cidade de Crato e radicado em Juazeiro do Norte, já fazia 4 anos e 8 dias que  estava tranquilamente repousando em seu belo túmulo. O religioso morreu no dia 20 de julho de 1934, e ajudado ao "Lampião de Buritis" na madrugada de 28 de julho de 1938, para desaparecer do nordeste através de milagres, e principalmente depois de morto, com certeza, o padre não lhe fizera de forma alguma. O Buritis criava coisa com coisa e o amigo Aguiar acreditava.

Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores
Túmulo do padre Cícero Romão Batista

Observe amigo leitor, de Virgulino Ferreira da Silva o suposto Lampião de Buritis passou a ser chamado João Teixeira Lima, e foi sepultado com o nome Antonio Maria da Conceição. Que medo ele tinha ainda da polícia, hein! Mentiroso o depoente! O José Geraldo Aguiar não criou. Escreveu o que depoente informou. 

Mas esta de padre Cícero Romão Batista ter ajudado o suposto cangaceiro  para fugir da "Grota do Angico", irá ficar na história como uma grande falha por parte do escritor, por não ter percebido que o religioso morreu no ano de 1934, e o que aconteceu com o fujão suposto "Lampião de Buritis" foi em julho de 1938. Que falha do escritor e jamais será consertada! Mas o erro pertence a nós mesmos racionais. Os animais irracionais jamais erraram e nem errarão algum dia desse.

Meu grande amigo escritor José Geraldo Aguiar, por onde estiver, nada tenho contra o que você escreveu, apenas um erro grande sobre o padre Cícero, o resto você repassou o que lhe informaram, mas tudo fantasiado pelos seus depoentes. 

Ezequiel Ferreira

Também existem as dúvidas até hoje sobre o ex-cangaceiro Ezequiel Ferreira da Silva, o irmão mais novo do capitão Lampião, que a sua morte indiscutível, aconteceu no dia 24 de abril de 1931, em Paulo Afonso, Bahia, no povoado chamado Baixa do Boi, terras pertencentes na época a Santo Antonio da Glória do Curral dos Bois. O tenente Arsênio que conseguiu efetuar uma rajada de metralhadora e acabou acertando a barriga de Ezequiel Ferreira. 

Cruz fixada nas proximidades da Lagoa do Mel (Povoado Baixa do Boi - Paulo Afonso/BA). Local onde ocorreu o combate entre o bando de Lampião e a Volante baiana comandada pelo Tenente Arsênio Alves de Souza. Pesquisadores Sandro Lee e João de Sousa Lima ladeando a cruz do Ezequiel Ferreira da Silva fixada nas mediações onde aconteceu o confronto entre o bando cangaceiro e a Volante baiana. - http://cangacologia.blogspot.com/2018/07/cruzes-do-cangaco.html

"A arma depois emperrou e o tenente conseguiu retirar o percussor (ferrolho) e fugiu levando a peça que deixaria a matadora inutilizável. Nesse dia Lampião chorou amargamente a morte do irmão caçula e teve que enterrá-lo, com a ajuda de Antonio Chiquinho, próximo a Lagoa do Mel. Era a vida dos que viviam pelo poder das armas, que tombavam no dia a dia, pelo aço lacerante do pipocar das artilharias dos diversos grupos que traçaram as páginas do cangaço no nordeste brasileiro". (J. de Sousa Lima).

Ângelo Osmiro e João de Sousa Lima - http://joaodesousalima.blogspot.com/2014/08/cariri-cangaco-em-sousa-paraiba-os.html

Muitos estudiosos do cangaço já escreveram sobre a morte do Ezequiel Ferreira da Silva, inclusive os escritores e pesquisadores João de Sousa Lima e Ângelo Osmiro Barreto. O João fez trabalho  sobre o fim do ex-cangaceiro Ponto Fino juntamente com o pesquisador e cineasta de Fortaleza Aderbal Nogueira.

https://www.youtube.com/watch?v=U2W9z7ZLDfE&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0PBtbrJxqDA8CmX_-Upifj6WLrtmO-1254pT0efcGezf8SHCbGMLfEm1g&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Mas aí não termina a história. No ano de 1984, apareceu em Serra Talhada um homem de idade avançada, e foi hospedado na casa do Sr. Genésio Ferreira, primo de Lampião verdadeiro, e segundo ele, dizendo ser Ezequiel Ferreira da Silva irmão mais novo dos Ferreiras, que  precisava tirar documentos e cuidar de uma possível aposentadoria. Ele disse que ficou no grupo do irmão até julho de 1938, quando Lampião fez uma reunião para comunicar aos companheiros que abandonaria o cangaço, e com ele, fugiram disfarçados: Lampião, Luiz Pedro Cordeiro ou do Retiro, Félix da Mata Redonda e ele, tendo ficado no Estado do Piauí, mas Luiz Pedro e Lampião tomaram o destino de Goiás, onde o rei do cangaço teria morrido no ano de 1981.

Cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira
 
O mais interessante é que na lista dos que estavam no coito lá na Grota do Angico, organizada por pesquisadores o Ezequiel Ferreira não aparece, e nenhum que sobrou da saga do capitão Lampião, nunca relatou que ele estava lá. Para alguns que acreditam nesta hipótese é porque ainda não viram a lista e nem têm interesses de vê-la. O mais correto para eles é acreditarem no que foi dito por pessoas que nem pesquisaram, apenas acompanharam o disse me disse de rodas de amigos.

O cangaceiro Luiz Pedro

O suposto Ezequiel Ferreira da Silva falou ao Genésio Ferreira que o ex-cangaceiro Félix da Mata Redonda também teria fugido com eles, antes dos policiais iniciarem a chacina aos cangaceiros. Mas em nenhum momento ele fez referência sobre o cangaceiro Félix da Mata, isto é, onde teria ficado depois que se separaram. 


Sobre os documentos que ele não tinha ainda não dá para a gente acreditar, porque o senhor José Ferreira dos Santos não deixou nenhum dos seus filhos sem serem registrados, e por que somente ele não fora inscrito em cartório nenhum em Vila Bela,  atualmente Serra Talhada, ou em outra cidade de Pernambuco?

O cangaceiro Félix da Mata Redonda

A história da morte do Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião - o suposto Ezequiel disse que ele morreu em 1981. Já o José Geraldo Aguiar diz em seu livro "Lampião, o Invencível. Duas Vidas, Duas Mortes. O Outro Lado da Moeda" que o perverso e sanguinário cpitão Lampião morreu com o nome de Antônio Maria da Conceição, em 3 de agosto de 1993, em Buritis, no Estado de Minas Gerais. De ambas as partes são histórias que a gente não tem como acreditar. Ezequiel informa uma data, já o José Geraldo Aguiar esclarece outra. 

Suposta Maria - https://manoelhiginoconsultor.wordpress.com/tag/o-livro-de-jose-geraldo-aguiar/

O fotógrafo José Geraldo Aguiar diz em seu livro que a Maria Bonita (oficialmente Maria Gomes de Oliveira) viveu por lá com o nome de Maria Teixeira Lima, e teria morrido aos 67 anos em 3 de agosto de 1978, na cidade de Montes Claros, no Estado de Minas Gerais. 

Mas o suposto Ezequiel Ferreira não falou que Maria Bonita os acompanhou quando fugiram da "Grota do Angico" em julho de 1938. Tanto o suposto Lampião de Buritis como o que se dizia ser o próprio Ezequiel Ferreira criaram datas sem fundamentos para os falecimentos da Maria Bonita e do capitão Lampião. Sendo assim, nós que estudamos o cangaço de modo geral, notamos que as histórias dos dois depoentes, tanto o Lampião de Buritis como o do Genésio Ferreira não têm fundamentos de forma alguma. 


Agora aparecem as sepulturas das cangaceiras Rosinha Soares filha do vaqueiro Lê Soares, e também da ex-cangaceira Lídia Pereira, companheira do ex-cangaceiro Zé Baiano, que foi morta a pauladas por ele mesmo. 

Pesquisador Robério Santos

Estas novidades são bastantes importantes para os que estudam o cangaço de modo geral. Elas foram descobertas pelo jornalista, escritor e pesquisador do cangaço Robério Santos, que desde alguns anos vem fazendo um excelente trabalho sobre a literatura lampiônica. E  além do que ele escreveu para o nosso aprendizado, fez belas gravações das covas das duas ex-cangaceiras. Parabéns para o escritor!

https://www.youtube.com/watch?v=d6nPz8Jjbms

E agora, será que isso irá ficar como as outras ossadas que estão até hoje sem uma comprovação, que são ou não dos verdadeiros Ferreiras? O Brasil quer saber, principalmente o nordeste brasileiro. 

Quem tomaria de conta disto? As cidades que pariram estes cangaceiros e cangaceirasDizem que para ser feito um "DNA" de cadáver histórico, é uma burocracia assutadora. Mas se todos governantes quiserem, nada será difícil. 

OS "DNAs" do suposto Lampião de Buritis e do Ezequiel Ferreira da Silva ficariam por conta da cidade de  Serra Talhada, no Estado de Pernambuco, já que foi ela quem os pariu. 

A ossada da ex-cangaceira Rosinha do facínora Mariano Laurindo Granja quem pagaria  as despesas do "DNA" seria a cidade de Poço Redondo, porque o seu bercário de nascimento foi em terras poçoredondense. Tenho certeza que se isso for pedido por alguém ao prefeito em exercício ele mandará realizar o "DNA" da sua famosa cangaceira.

Acho que se o escritor Alcino Alves Costa estivesse vivo batalharia com a prefeitura de Poço Redondo para que o "DNA" da suposta Rosinha Soares acontecesse.

Adeus a Alcino Alves Costa 17/06/1940 à 01/11/2012 - Substantivo Plural
Escritor e ex-prefeito de Poço Redondo Alcino Alves Costa autor do livro Lampião Além da versão Mentiras e Mistérios de Angico.

Já a ossada da ex-cangaceira Lídia Pereira de Souza que era lá de Salgadinho, em Paulo Afonso, no Estado da Bahia, ficaria aos cuidados desta cidade para realizar o "DNA" da sua filha, e mostrar a toda população que na verdade, que aqueles restos mortais  são (não) da ex-cangaceira Lídia, considerada a mulher mais bonita de todo o bando do afamado e sanguinário capitão Lampião. 

Adquira-o através deste e-mail: franpelima@blo.com.br

Tenho plena certeza que todos os escritores e pesquisadores do cangaço brasileiro que organizam a literatura lampiônica merecem ser reconhecidos pelos seus trabalhos. E tenho certeza, quantos deles estão esperando que seja feito pelo menos o "DNA" do Lampião de Buritis, lá do Estado de Minas Gerais?  

Mas parece que as cidades que são as verdadeiras mães destes e destas facínoras temem a verdade, e se isolam por total dos que tentam com responsabilidades completarem o dominó do cangaço, principalmente da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia".

JOSÉ MENDES PEREIRA POTIGUAR: O RAPOSA DAS CAATINGAS E O PESQUISADOR MIRIM  PEDRO POPOFF CONTINUAM FAZENDO SUCESSO
O cordelista e cantor Pedro Motta Popoff

Se você quiser saber mais sobre Rosinha de Lé Soares que era companheira do cangaceiro Mariano laurindo Granja, e de Lídia Pereira de Sousa do ex-cangaceiro Zé Baiano, adquira com urgência este livro. O autor passou 11 anos pesquisando para nos entregar uma grande obra sobre o cangaço. O livro tem 740 páginas, 4 centímetros de altura e é do tamanho de folha ofício.

Informação ao leitor: 

O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. E nada irá prejudicar o que os cineastas do cangaço gravaram e nem o que os escritores e pesquisadores já escreveram. São apenas as minhas inquietações sobre o que informaram os depoentes. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

franpelima@bol.com.br

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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ADQUIRA O LIVRO "QUEM MATOU DELMIRO GOUVEIA" do escritor Gilmar Teixeira


E leia: Sinhô Pereira e Luiz Padre na Vila da Pedra, ambos acusados por Róseo Mores de serem os assassinos do coronel Delmiro Gouveia. 

Esta e outras histórias estão no livro: "Quem Matou Delmiro Gouveia?", do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira.

E-mail para adquiri-lo: 
gilmar.ts@hotmail.com

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A MACUMBA DE LAMPIÃO - CONTOS DO CANGAÇO - CANGACEIRO

Por Contos do Cangaço
https://www.youtube.com/watch?v=r588QgJIQg0&feature=youtu.be&fbclid=IwAR1c3ogtJ7u-ekfWvCFMZ9Nzo6r_9QD7F7JFov-uOhemkAmW0wcqC6Zb0J4&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7o

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

EM HOMEM NÃO SE BATE, SE MATA - CONTOS DO CANGAÇO - CANGACEIRO

Por Contos do Cangaço
https://www.youtube.com/watch?v=dwcQLOKLm8I&feature=youtu.be&fbclid=IwAR1c3ogtJ7u-ekfWvCFMZ9Nzo6r_9QD7F7JFov-uOhemkAmW0wcqC6Zb0J4&a

http://blogodmendesemendes.blogspot.com


O TORMENTO DA LEPRA - CONTOS DO CANGAÇO - CANGACEIRO

Por Contos do Cangaço
https://www.youtube.com/watch?v=bg_IXPVJ0M4&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2OZxo7_GkVXKRqXNRAGBBRNn3V4g-0H39h8AKsVAboVSSUniX74vcLpuc

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CANGACEIRO GATO, O MAIS CRUEL E SANGUINÁRIO DO CANGAÇO

https://www.youtube.com/watch?v=YWhGFT_u2I4&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3eZEywwH381_GVcvkNicTxmU819t-FOX-zRER4WmI5VG3k4_wwYha0M4E&ab_channel=NordesteFant%C3%A1stico

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HELENITO BARRETO, DADÁ DE CORISCO E SUA NETA

Por Jussara Barretto

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3263258513757012&set=gm.3364810386909244&type=3&theater&ifg=1

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POSSE ABLAC - ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E ARTES DO CANGAÇO



https://www.youtube.com/watch?v=Yb5MSv0gxro&feature=share&fbclid=IwAR04bzLogpcLM2TWPIK7zxtvCMtOQSrWtP9qtxfKHiTyVA6d6Xh9LEJZZEw

VÍDEO..!

Cerimônia de Posse dos membros da ABLAC...Acad. Bras. Letras e artes do cangaço.
Data: 13-03-2020
Local: Unit/Aracaju


Posse dos Membros da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, realizada no dia 13 de março de 2020 em Aracaju-SE. Link do vídeo: https://youtu.be/Yb5MSv0gxro


Vídeo: Aderbal Nogueira.../Youtube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com




A ÚLTIMA VISITA AO TÚMULO DE "DONA MOCINHA" IRMÃ DE LAMPIÃO.

Por Geraldo Júnior

Como o título já diz, essa foi a última filmagem do túmulo onde estava sepultada dona Maria Ferreira de Queiros irmã de Lampião.

No mesmo dia em que realizei a filmagem os restos mortais foram retirados para um ossário do cemitério Chora Menino no Bairro do Imirim em São Paulo/SP, e se tivesse atrasado um único dia, teria perdido a oportunidade de fazer esse último registro.

https://www.youtube.com/watch?v=qEmFNYVIgtw&t=80s&fbclid=IwAR2jliV8PyiRRaBRV0km4Y0V4HN_nE_Gs-5433tGoDfGf4hRfktxjR33EoY&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Como curioso do assunto fico entristecido por saber que a partir de agora as pessoas não mais terão a oportunidade de visitar o local onde estava enterrada a tão carismática "dona Mocinha" irmã de Lampião.

Lamentavelmente!
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Forte abraço... Cabroeira!
Atenciosamente:

Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal.

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BANDITISMO NO NORDESTE RABUDOS E MOCÓS NO SERTÃO DE JEQUIÉ, NA BAHIA

Por Francisco Aleluia*

O cenário fica próximo à nossa cidade, Itabuna. Segundo a professora e pesquisadora, Márcia do Couto Auad, autora de Anésia Cauaçu: Mulher-Mãe-Guerreira - Um estudo sobre mulher, memória e representação no banditismo na região de Jequié-Bahia, edição UESB 2013, a família dos Cauaçus era dona de propriedade e viveu un dos maiores conflitos com a família do coronel Marcionílio Souza, homem de grande influência naquela região do semiárido baiano, no período de 1913 a 1930. Anésia Adelaide de Araújo, fichando conhecida como Anésia Cauaçu. As lutas e os fatos tomaram várias páginas do Jornal A Tarde, da Bahia, principalmente no ano de 1916, quando houve um acirramento entre as partes. Segundo a profesora Márcia Auad (2013), "[...] vários jornais da capital passaram a se ocupar do banditismo na região de Jequié, divulgando os acontecimentos e sua ampliação. O que antes era um conflito entre clãs, formado por familiares e agregados, passa a se constituir numa quase guerra civil, na qual eram utilizadas armas avançadas, e tácticas de guerrilha implementadas pelos bandos armados, de modo a poderem enfrentar melhor os ataques e confrontos com a polícia." (AUAD, p. 41-42, 2013).

Segundo a obra em lide, o confrontão se deu após a morte de um dos primos de Anésia Cauaçu por recusar-se a participar de acões a mando de Zezinho dos Laços (José Marques), este ligado ao chefe político coronel Marcionílio Antônio Souza. Segundo a autora "[...] o que levou a família a entrar definitivamente na luta armada contra o clã dos Rabudos e, mais tarde, contra a polícía do Estado." (Idem, p. 41). O poder dos coronéis, na chamada "República dos Coronéis", dominavam toda a região, cujo apoio vinha do coronel Horácio de Matos, mandatário das terras da Chapada Diamentina.
Sobre coronelismo ver Faoro, em Os Donos do Poder, faz excelente explanação (FAORO, p. 620 - 654).

Esse coronel Horácio é o mesmo que dá sobreviva a Virgulino Lampião, ao chegar na Bahia depois da grande derrota sofrida em Mossoró en 1927. (Cf. Lampião na Bahia, p. 16, 2019), do professor Oleone Coelho. Marcionílio Antônio de Souza era grande propriétario de terras em Maracás e líder do clã do Rabudos. Esses rivalizavam com os Mocós.

Anésia Cauaçú, em determinado momento da luta, chegou a chegar o bando dos Cauaçús. Ela também fazia o trabalho de buscar armas para o bando, armas estas conseguidas através de políticos e aliados do bando, conforme a conveniência do momento. O bando dos Cauaçus chegou a contar com cerca de 100 membros, o que despertava certo espanto para as forças policiais. Estas, por sua vez, sempre se postara ao lado do mandatário local, tendo todo o apoio e homens (jagunços) para combater os Cauaçus.

A exemplo do que ocorreu no combate ao cangaço lampiônico, muitos foram os abusos cometidos pelas forças policiais na Bahia, como saques, estupros, mortes, inclusive de inocentes. Mas, ao contrário da impunidade ofertada aos membros criminosos das volantes que perseguíam os cangaceiros de Lampião, na Bahia vários membros de volantes, comandantes, foram presos e até perderam seus cargos. Os abusos foram denunciados, conforme edição de A Tarde, p. 1, de agosto de 1916.

Para termos ideia desses abusos, chegaram a tal ponto de a população chegar a pedir ao governo ser melhor ficar com a "companhia" dos Cauaçus, pois os verdadeiro bandidos estaríam "[...] do lado do governo e que os Cauaçus não passavam de um grupo que lutava pela sobrevivência, frente aos crimes perpetrados pelos chefes políticos da região." (AUAD, p. 59, 2013).

O que diferencia as ações dos Cauaçus a do bando de Lampião e seus asseclas é o caráter não sanguinário, pois eles eram "[..] um bando [...] mas de salteadores, por sobrevivência. A morte, [...] acontecia no campo de batalha e näo à toa ou por motivo fútil." (Idem, p. 69).

PRISÃO - Anésia foi presa durante a primeira Expedição depois de ser entregue à força policial por Isaías Galvão, de olho na recompensa de 300$ contos de Reis. Anésia estava refugiada na fazenda Boa Vista com o marido e a filha, diga-se de passagem, a convite do próprio Isaías Galvão. (Idem, p. 47).

Com os Cauaçus, as mulheres, juntamente com os homens, faziam parte nos embates, o que não ocorra no cangaço lampiônico.

Pequenos comerciantes e agricultores, os Cauaçus transitavam numa região que abrangia a Chapada Diamentina (Ituaçu) até Boa Nova, Jequié, Maracás, Brumado e cidades circunvizinhas.

Depois de quase dizimados, em 1929, os Cauaçus saem do cenário do banditismo.

Anésia Cauaçu verdadeiramente, teve seu lugar nessa história de luta, violência e sangue no cenário nordestino. Sua história, sua luta devem ser avivada no cenário histórico. Ela não foi apenas "mulher de cangaceiro", mas uma mulher ativa dentro do bando dos Cauaçus e no combate de campo.

Uma família que passou de pacatos lavradores e comerciantes a fora da lei, na condução de bandidos.

CAUAÇUS EM ILHÉUS E ITABUNA - Os tentáculos dos Cauaçus alcançaram as cidades de Ilhéus e Itabuna. Alguns coronéis, a exemplo do então deputado Gileno Amado, Landelino Loureira, deram apoio aos cauaçus, quando fizeram-se presentes na fazenda Água branca, que pertencia ao coronel José Kruschevsky.

Os cauaçus, segundo relato do capitão Dantas, atuaram em Ilhéus e Itabuna nos anos de 1916 e 1917. (Jornal A Tarde, 30 de novembro de 1916, p. 2 apud AUAD, p. 61).
(*) Francisco Aleluia é graduado em História.

FONTE:

AUAD, Márcia do Couto. Anésia Cauaçu: Mulher-Mãe-Guerreira - Um estudo sobre mulher, memoria e representação no banditismo na região de Jequié-Bahia. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2013.
FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: Formação do patronato político brasileiro. - 8 ed. - São Paulo: Globo, 1989.
FONTES, Oleone Coelho. Lampião na Bahia. Ponto & Vírgula Publicações - Salvador, 11 ed., 2019

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