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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Tenente Zé Rufino

Foto

Este é o tenente Zé Rufino. Segundo ele exterminador de vários cangaceiros.

Segundo o pesquisador do cangaço Guilherme Machado Zé Rufino morria de medo do seu amigo Lampião, e do comando militar da Bahia, com medo de perder o posto de tenente de volante, dado a ele por "fazendeiros coronéis" da região.

 O cangaceiro Corisco

Matou covardemente o cangaceiro Corisco que já estava doente e com os braços podres e já se encontrava fora do cangaço há 2 anos. 

Depois deste feito o oficial José Rufino tornara-se rico fazendeiro, com direito à patente de coronel de Jeremoabo, na  Bahia.

Fonte: página no facebook do pesquisador Guilherme Machado

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CANGAÇO - I (Artigo)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

 CANGAÇO - I (Artigo)

O cangaço já foi estudado de trás pra frente e da frente pra trás. Está nos livros de história, nas enciclopédias e dicionários, no cordel, no cinema, na televisão, na cantoria, nos inúmeros estudos publicados por pesquisadores do tema. Contudo, mesmo sendo tratada à exaustão, a fonte parece não estar esgotada.

E a fonte cangaceira nunca se esgota porque vai surgindo, a cada dia, uma nova tese, um novo ponto de vista, um novo e acirrado debate. Cite-se, por exemplo, os seminários e encontros sobre o tema, onde novos estudos são apresentados, abrindo novas perspectivas de conhecimento e de discussão. Contudo, abordagens mirabolantes, muitas vezes.

Os debates se ampliam pela própria instigação que o cangaço produz. Logo chega um pesquisador com novas conclusões sobre o que aconteceu na Gruta de Angico, a 28 de julho de 1938, quando Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros foram chacinados pela volante comandada pelo Capitão João Bezerra. Mas outro logo rebate o estudo, afirmando, também com elementos novos, que a dita chacina de Angico não passou de uma grande armação da genialidade de Virgulino.


Já outro diz que determinada batalha entre cangaceiros e volantes jamais poderia ter ocorrido naquela data e naquele lugar. E por isso, por isso e mais isso. Há o que defende a amizade havida entre os dois capitães, Lampião e João Bezerra, o que, por si mesma, já derrubaria a tese de a chacina ter acontecido naqueles moldes. Se realmente aconteceu. E ainda outro sustenta, jurando por pai e mãe, que o grande cangaceiro morreu centenário lá pelas bandas não sei de onde.

E tudo isso vai virando livro, sendo repassado como verdade. Entretanto, enquanto pesquisa, a grande maioria tende a ser refutada mais tarde, com o surgimento de novos estudos cangaceiros e a convalidação cada vez maior de outros já desenvolvidos. Tais fatos, contudo, ao invés de enriquecer a história do cangaço, acabam empobrecendo-a, vez que grande parte dos estudos surgidos não deveria nem ser publicada se os seus escritores tivessem um pouco mais de senso de responsabilidade com fenômeno tão sério e tão marcante na história nordestina e brasileira.

E talvez me inclua entre os irresponsáveis da história, vez que já desenvolvi um trabalho ficcional (ainda não publicado) dentro da possível realidade cangaceira. Nesta obra, crio situações inexistentes, brinco com o acontecido, acrescento elementos fantasiosos entremeando os fatos históricos. Mas irresponsável até certo ponto, pois não escrevi a ficção para que passasse como verdade. Pelo contrário, quem lê minhas histórias e relatos logo sente que tudo não passa de uma criação literária na fonte profícua do cangaço. Diferencia-se, pois, da irresponsabilidade premeditada, como vem ocorrendo em algumas publicações estapafúrdias.

Voltando às pesquisas e novos escritos, urge acrescentar que muitos trilham uma nova opção de estudo, e esta baseada em fatos particulares dentro da amplitude contextual. Entretanto, o destrinchamento da história, ou a opção por analisar fatos particulares, acaba ofuscando o contexto geral do cangaço. Ora, o cangaço não é só a Gruta do Angico, o Fogo da Maranduba, o Raso da Catarina, a suposta traição do coiteiro, as vestimentas e costumes cangaceiros, os conchavos coronelistas. Mas a junção disso tudo e muito mais. Ao particularizar demais a história, terminam incorrendo no erro de não possibilitar uma visão mais geral sobre o fenômeno.

Obra prima ou não, verdade é que Billy Jaynes Chandler trilhou pelo caminho do todo, ainda que devesse ter abordado também outros temas dentro do mesmo contexto. Buscou as afluências cangaceiras através da história de Lampião. Outros autores, ainda que pretendam possibilitar uma visão geral do fenômeno, acabam priorizando fatos e, o que é pior, tomando partido, procurando analisar a crueza a partir de ideologias próprias. Proliferou-se ainda uma história particularizada, onde personagens do cangaço ou do contexto cangaceiro têm suas vidas narradas em tom biográfico.

Talvez evitando destrinchar minuciosamente aquela imensa colcha de retalhos nordestina, com labirintos e veredas até hoje desconhecidas, optam por cuidar do tema através de seus personagens, de episódios ou de aspectos. Neste sentido, livros sobre o perfil de Lampião, de Maria Bonita e demais cangaceiros, sobre soldados da volante, sobre a estética cangaceira e até sobre a sexualidade daqueles viventes das caatingas.


Tudo isso é válido e de inestimável valor como objeto de pesquisa, ainda que muitas obras não passem de arremedo literário ou de puro enojamento e cinismo, como ocorreu com o famigerado livro “Lampião - O Mata Sete”, de um autor sergipano. Do mesmo modo, não creio que mereça um justo reconhecimento obras que apenas procuram citar os estudos já desenvolvidos por outros pesquisadores, sem que os autores desenvolvam uma linha de raciocínio própria e jamais tenham conhecido de perto qualquer trilha cangaceira, ou mesmo bebido na fonte dos acontecimentos. Voltam-se demasiadamente para as pesquisa bibliográfica e abdicam do estudo de campo e outras técnicas e fontes de investigação.

Ademais, forçoso é admitir a falta de um fôlego maior entre os estudiosos e pesquisadores, principalmente os mais jovens. Para se ter uma ideia, os livros essenciais sobre o cangaço já datam de muito tempo. Antes mesmo de Chandler - e mesmo depois -, alguns autores brasileiros produziram textos profundos sobre o tema. E dentre eles Maria Isaura Pereira de Queiroz, Melchiades da Rocha, Ranulfo Prata, Rui Facó, Frederico Bezerra Maciel e Frederico Pernambucano de Mello. Só para citar alguns.

Continua...

(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos seguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Burlamaqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.
  
Poeta e cronista
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Email prefeito de Nazarezinh​o

Por: Wescley Rodrigues Dutra
Alcino Alves, Wescley e Juliana Ischiara

Amigos(as) pesquisadores(as) do cangaço,
Saudações cangaceiras!

Encaminho o email do Sr. Prefeito de Nazarezinho, Salvan Mendes, para que possamos juntos incentivá-lo para tomar atitudes enérgicas em prol do tombamento, restauro e criação do museu do cangaço na cidade de Nazarezinho.


Email: salvanmendespedrosa@hotmail.com 
Desde já conto com todos(as).

Abraços,
Prof. Wescley Rodrigues

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
 Wescley Rodrigues Dutra
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Moção Restauro, Tombamento e Criação do Museu do Cangaço em Nazarezinho

Por: Wescley Rodrigues
Wescley Rodrugues, Paulo Gastão e a Professora Ana Lúcia

Cajazeiras – PB, 08 de julho de 2013.

Exmº. Sr. Prefeito Salvan Mendes, Vereadores do município de Nazarezinho e Pesquisadores do Cangaço

O cangaço foi um movimento social de extrema relevância para a história do Nordeste brasileiro, sendo um dos elementos que caracteriza a própria identidade dessa região. Ele foi um reflexo de um período da história no qual não existia justiça, políticas públicas que atendessem as necessidades básicas da população e promovessem a dignidade humana, e uma política que fosse um real reflexo da Democracia.

Dizendo isso não estamos, em nenhum momento, fazendo apologia ao banditismo e valorizando em demasia os feitos desumanos causados por esses homens e mulheres que se colocaram sob o poder das armas e varreram sete estados nordestinos. No entanto, não podemos apagar da nossa história essa memória, pois o cangaço já faz parte da nossa cultura. A história, como senhora de todos os tempos, sobrepõe-se as nossas vontades, impera independente das tentativas de apagá-la, violá-la ou aprisioná-la, por isso da importância de monumentos e livros que criem uma cultura histórica e estejam constantemente lembrando ao presente onde esta as suas raízes, promovendo uma reflexão profícua que leve o homem a entender-se como um ser social e temporal.
            
A Paraíba não esteve imune às investidas dos cangaceiros, sendo que constantemente era noticiada na imprensa da época ações  e excussões dos chamados “famigerados”. Cidades como Cajazeiras, Uiraúna, Sousa e Princesa Isabel, só para citar algumas, viram-se ameaçadas e em polvorosa para livrarem-se das pontas de punhais e rifles dos cangaceiros.
            
Em Sousa, no ano de 1924, tivemos o maior ataque cangaceiro no sertão paraibano, quando os bandos de Chico Pereira de Nazarezinho e Lampião, invadiram a cidade e promoveram horas de terror, desacatando autoridades, violando lares e lojas e impondo o seu “senso” distorcido de justiça.
            
O epicentro de elaboração desse ataque se deu em Nazarezinho, tendo a frente à figura de Chico Pereira, filho dessa terra, que enveredou no cangaço devido o assassinato do seu pai e a ineficácia e parcialidade da justiça. Entre as paredes da casa do sítio Jacu foi articulado o plano para vingar a morte do seu pai e atacar Sousa. Essa casa, que teima em enfrentar o tempo e permanece de pé é de uma importância incalculável para a História do Brasil, pois ela é um monumento inquestionável do passado, uma prova material e um espaço de memória que merece ser preservado para lembrar ao presente da força que a história do cangaço tem para o Nordeste.
            
São mais de 90 anos enfrentando as chuvas e secas, no entanto, a ação do tempo e a deterioração já são visíveis, sendo que a referida casa carece urgentemente de reparos para que não venha a ruir.
            
Como pesquisador e estudioso do cangaço peço encarecidamente que as autoridades constituídas olhem com carinho para a história, respeitem a memória do seu povo e a história brasileira e, independente de vinculação política, bandeira, e ideologia, unam-se para restaurar e tombar aquele patrimônio nacional. Não podemos deixar esse prédio ruir, pois simbolicamente isso significaria a visível degradação da história de Nazarezinho e um descaso político para com a memória do povo.
            
É importante ressaltar que cultura também é sinônimo de VOTO, pois os eleitores também gostam de cultura. O povo não só quer comida, ele também quer arte.
            
Reforço dessa maneira, o pedido para o tombamento, restauro e criação do museu/memorial do cangaço na cidade de Nazarezinho, inserindo essa cidade no circuito turístico do estado da Paraíba.

Saudações cangaceiras,

Prof. Me. Wescley Rodrigues Dutra
Pesquisar, estudioso do cangaço e conselheiro da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC)

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
 Wescley Rodrigues Dutra

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Moção Paulo de Medeiros Gastão criação do Museu do Cangaço em Nazarezinh​o

Por: Wescley Rodrigues
 

Amigos(as),

Encaminho a moção do fundador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), Paulo de Medeiros Gastão, em prol do restauro, tombamento e restauro da casa do sítio Jacú e a criação do museu do cangaço em Nazarezinho.

Cordialmente

Prof. Wescley Rodrigues


Mossoró – RN, 08 de julho de 2013.
  
Prezados(as)

A Casa do Jacú é uma relíquia deixada por Chico Pereira.

Não podemos deixar em pleno abandono um patrimônio nacional, desde que o movimento cangaceiro foi abraçado pelo país, desde o momento em que escritores pertencentes a Academia Brasileira de Letras registraram os fatos ocorridos dando ênfase dos acontecimentos daquela época e o mundo inteiro ficou inteirado.

Registramos a vinda de Billy Janes Chandler ao Nordeste para pesquisar o fenômeno e defendeu tese na universidade americana.

Linda Lewin aqui esteve para estudar problemas idênticos, só que centralizou suas pesquisas nos sertões da Paraíba, principalmente na região onde estão localizados Sousa, Nazarezinho e Princesa Isabel.

Assim todos juntos clamamos as autoridades que o apoio dado será transformado  em maior número de pesquisas coordenadas pelas Universidades e pelos organismos que hoje já se encontram aptos e dispostos para comandar a grande luta - registrar os fatos ocorridos em Nazarezinho; levar conhecimento aos seus residentes; incentivar o fluxo turístico a nível regional e nacional; implantar uma biblioteca representativa que venha atender os anseios daqueles que procuram o conhecimento; implantar como consequência a produção de artesanato nas suas mais variadas formas; criar uma data anual para as referidas comemorações; incentivar concursos literários sobre este e outros assuntos correlatos para preparação do aluno jovem com as melhores perspectivas ao futuro; manter a chama do conhecimento sempre acessa com a presença de pesquisadores com conhecimento de causa para haver real crescimento das propostas apresentadas; juntar o cangaço com  a paleontologia já devidamente conhecida e que a soma de ambas dará resultante significativa; fazer conhecida a região em apreço, tendo a cultura como veiculo propulsor; incentivar aos  poetas de cordel para maiores investimentos e finalmente retornarmos as nossas origens para condensarmos tudo em estudo dos mais significativos.

A Paraíba, por Nazarezinho, tem que continuar mostrando sua dinâmica, o caráter da sua gente, a força de vontade frente a um patrimônio invejável e mais, precisamos legar o melhor dos melhores as futuras gerações.

Sr. Prefeito e Senhores Vereadores aguardamos ansiosos com o apreço que os Senhores haverão de dar a causa, que hora nos dedicamos, pois, ela pertence aos Nazarenos e como a adotamos, a todos nós nordestinos.

Esperançoso me despeço e fico no aguardo de notícias alvissareiras.

Sozinhos nada somos, porém, com o pensamento voltado para com a comunidade haveremos de restaurar a Casa de Chico Pereira, implantarmos um museu, fazer funcionar uma biblioteca, um Centro de Referência e local que centralizará a produção do artesanato local e regional.

Ainda quero chegar aos Senhores para lhes informar, que já estou há 40 anos ou mais nesta luta e só tenho colhido frutos da melhor qualidade. Desde que fundei a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC, que meu ânimo não arrefeceu, muito pelo contrário, hoje vislumbro um novo mundo de trabalho NAZAREZINHO.

Vamos unidos, coesos, preparar o futuro da juventude da terra de Chico Pereira.
Paulo Medeiros Gastão
Pesquisador, escritor, estudioso do cangaço e fundador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC).

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
Wescley Rodrigues

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Pedido de Apoio para criação do museu do cangaço

Por: Wescley Dutra
Weacley Rodrigues e o professor Antonio Vilela

Caros(as) amigos(as),

Saudações cangaceiras!

No Seminário Parahyba Cangaço, realizado nas cidades de Sousa e Nazarezinho – PB, no dia 16 de junho de 2013, foi lido o Manifesto em prol do tombamento, restauro e criação de um museu do cangaço na casa grande do sítio Jacu, que pertenceu ao ex cangaceiro Chico Pereira.

Hoje, 08 de julho de 2013, por volta das 10:20h, na Biblioteca Pública da cidade de Nazarezinho, foi entregue oficialmente ao prefeito Salvan Mendes uma cópia do Manifesto. Na oportunidade o mesmo comprometeu-se a encaminhar o documento para o setor jurídico da prefeitura para analisar os procedimentos que devem ser tomados para o tombamento da casa em questão.

Esse foi um passo inicial, mas a luta está apenas começando, pois sabemos que em cidade pequena políticos não desejam perder votos, tentando agradar a todo mundo e não criar animosidade com seus aliados políticos, que não querem o restauro da casa. Não podemos esmorecer. Assim, o Comitê que foi organizado para encabeçar essa luta também se reuniu hoje para traçar algumas diretrizes e ações, sendo que uma outra porta que se abre para a sensibilização das autoridades é acionar a Câmara dos Vereadores da cidade.

Seria oportuno que todos os estudiosos do cangaço, dos diversos estados da Federação, encaminhassem para a Câmara e o Prefeito uma moção de apoio para o restauro e a criação do museu no sítio Jacu. Assim, peço aos pesquisadores que escrevam uma moção e encaminhem para mim apoiando essa iniciativa e expondo para as autoridades os argumentos que justificam essa iniciativa. Pretendemos entregar o Manifesto e as moções de apoio no dia 30 de julho. Gostaria que vocês enviassem para o meu email até sexta-feira, dia 12 de julho, para que possamos preparar adequadamente o dossiê.

Lembramos que a participação de todos é de extrema relevância, pois todos nós somos responsáveis por esse projeto.

Peço também que oficialmente seja encaminhada uma moção da SBEC, do Cariri Cangaço, dos grupos de Estudos do Cangaço do Ceará e da Paraíba.

Aguardo o retorno e o apoio de todos(as).

Em anexo encaminho a minha moção.

Abraço fraterno

Prof. Wescley Rodrigues

Enviado pelo o autor: Wescley Rodrigues
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NO DIA 3 DE AGOSTO DE 1928 O JORNAL A TARDE PUBLICOU:


A primeira aparição de Lampião e seus asseclas na Bahia foi próximo à Cachoeira de Paulo Afonso, e foi publicada pelo jornal A TARDE:

Após 3 mezes de ausência, refugiado nos sertões de Alagoas, reapareceu, na fazenda Gravatá, distante à léguas da cachoeira de Paulo Afonso, e sendo incontinente perseguido pelas forças policiais de Alagoas e Pernambuco, o grupo de Lampião, que atravessou a fronteira de Pernambuco, a poucas léguas acima de Aracajú. 

(A TARDE, Salvador, p,03 Ago, 1928)

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Na terra de Lampião?

Tem Xaxado, Cantoria e Encenação! 


Programação




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O Cangaço não Acabou, Parte 1

 Por: Severino Coelho
Cangaceiro de Aldemir Martins

O crime surgiu com o aparecimento do homem na Terra e, qual sinistra sombra, sempre acompanhou e acompanhará a humanidade, não havendo fórmula mágica nem políticas públicas capazes de dizimá-lo, pois faz parte da natureza humana.A luta permanente e insistente é tentar diminuir o seu grau de sofisticação, evitar a sua proliferação no meio social e eliminar a atividade empresarial criminosa, quando já se evidencia a criação de um Estado paralelo.

A lei do Estado Legal perdeu a sua característica de intimidação, hoje, prevalecendo com eficácia e atuação imediata o código secreto do banditismo, cuja sentença promana do calibre da pistola. Desde as primeiras civilizações, ao cunhar a lei, esteve presente um dos seus objetivos primordiais que é limitar e regular o procedimento das pessoas diante de condutas amplamente consideradas como nocivas e reprováveis.

Um dos escritos mais antigos é o código sumeriano de "Ur-Nammu" que data de aproximadamente 2100 a.C. no qual se vêm arrolados 32 artigos que preconizavam penas para atos delitivos. O Código de Hamurabi que é compilação maior e posterior, dentre outros regramentos penais contra o crime, adotava a chamada Lei de Talião ou a conhecida lei do olho por olho, dente por dente, que concedia aos parentes da vítima o direito de praticar contra o criminoso a mesma ofensa e, no mesmo grau por ele cometida.

Na idade média a noção de crime não era muito clara, frequentemente confundida com outras práticas reprováveis que se verificavam nas diversas esferas legais, administrativas, contratuais, sociais (strictu sensu), e até religiosas. A criminalidade não é uma doença curável que se encontra o remédio curador em qualquer farmácia de esquina. Apenas conhecemos os seus efeitos desastrosos que redundam em pânico e amedrontam o cidadão de bem.

 
Cangaceiros de Caribé

Alertamos, sim, para que se alcance a extirpação da criminalidade na fase da Terra, e verdadeiramente encontremos um mundo de paz, somente no dia em que o homem acabar com a própria violência que carrega dentro de si. Na verdade, a Sagrada Escritura, o Livro dos Livros, há praticamente dois mil anos tem registrado, pelo ensinamento deixado por Jesus Cristo: “Vocês não compreendem que nada do que vem de fora e entra numa pessoa pode torná-la impura, porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, e vai para a privada? É o que sai da pessoa que a torna impura. Pois é de dentro do coração das pessoas que saem as más intenções, como a imoralidade, roubos, crimes, adultérios, ambições sem limite, maldades, malícia, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas essas coisas más saem de dentro da pessoa, e são elas que a tornam impura.” (Marcos, 7, 18-23).

Pode-se interpretar, então, que a consciência humana é quem cria os projetos, que passam a nortear as condições de vida e direcionam o viver de cada pessoa, na busca da felicidade individual. Noutras palavras, cada pessoa possui a consciência moral, que é uma lei interna no íntimo do ser humano. Ela que lhe impõe, no momento oportuno, o fazer o bem e evitar o mal. Essa consciência moral emite um julgamento da razão, pelo qual a pessoa reconhece a qualidade moral de um ato concreto que vai planejar ou vai executar ou que já o praticou.

Com a consagração do princípio nullo crimem nulla poena sine legem (não há crime sem pena prevista em lei), crime e pecado se confundiam pela persistência de um vigoroso direito canônico que às vezes confundia (e até substituía) a legislação dos Estados. Deve-se, portanto, àquele princípio a formulação atual de várias legislações penais que, em verdade, não proíbem nenhuma prática, mas simplesmente tipificam condutas e preconizam as respectivas penas àqueles que as praticam. Assim é correto dizer que não há lei que proíba alguém de matar uma pessoa. O que há é uma lei que tipifica esta ação definindo-a como crime, e prescreve-lhe as diversas penas aplicáveis àquele que a praticou, levando em conta as diversas circunstâncias: atenuantes ou agravantes presentes ao caso concreto.

 

Cumpre examinar, preliminarmente, a complexidade existente quanto à origem das organizações criminosas, face às diferenças circunstanciais apresentadas por cada país. Note-se que, "no Reino Unido e na Espanha, por exemplo, a existência de uma regulamentação sobre o consumo de drogas, o jogo e a prostituição faz com que os grupos organizados sejam de caráter distinto dos existentes no Japão, onde as organizações que se dedicam ao controle do vício e da extorsão têm uma grande proeminência. Em muitos países do Terceiro Mundo, além da exploração da droga, o crime organizado se dedica à corrupção de funcionários públicos e políticos".

O Interessante se faz comentar que organizações criminosas, como a Máfia italiana, a Yakuza japonesa e as Tríades chinesas apresentam traços comuns, uma vez que surgiram no início do século XVI como uma maneira de defesa contra os abusos cometidos por aqueles que detinham o poder. Ademais, "para o crescimento de suas atividades contaram com a conivência de autoridades corruptas das regiões onde ocorriam movimentos político-sociais". Outrossim, foi relatado que o primeiro caso de terrorismo, vertente do crime organizado, ocorreu em 1855, ocasião que os anarquistas franceses atentaram contra Napoleão III, sendo que esses encontraram guarida de refúgio na Bélgica, cujos governantes recusaram-se a conceder-lhes a extradição. Tal fato originou a Lei francesa de 28 de julho de 1894.

Registre-se, ainda, que no Brasil, a associação criminosa derivou do movimento conhecido por cangaço, cuja atuação desenvolveu-se no sertão do Nordeste, durante os séculos XIX e XX, partindo da vingança pessoal à maneira de lutar contra as atitudes de jagunços e capangas dos grandes fazendeiros, além do efeito de contestação ao coronelismo desenfreado.

"Personificados na figura de Virgulino Ferreira da Silva, O Lampião, (1897-1938), os cangaceiros tinham organização hierárquica e com o tempo passaram a atuar em várias frentes ao mesmo tempo, dedicando-se a saquear fazendas, vilas, e pequenas cidades, extorquindo dinheiro mediante ameaça de ataque e pilhagem ou sequestrar pessoas importantes e influentes para depois exigir resgates. Para tanto, relacionavam-se com fazendeiros e chefes políticos influentes e contavam com a colaboração de policiais corruptos, que lhes forneciam armas e munições".

 

Os famosos cangaceiros que ficaram registrados na história, como líderes dos bandoleiros nas caatingas nordestinas foram: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), Corisco, Chico Pereira etc. eles utilizavam no enfrentamento dos ataques a tática de guerrilha.

Existiam grupos e subgrupos, comandados por homem de valentia, que numa empreitada maior, juntavam-se e invadiam as pequenas cidades interioranas. Com uma diferença tática de organização criminosa da atualidade, eles não arriscavam penetrar nas cidades de porte médio e metrópoles. Por exemplo, a primeira vez que ousaram invadir uma cidade grande, no caso Mossoró - RN, o grupo de Lampião deu-se mal. Aos poucos, eles foram se aperfeiçoando, atualizaram os seus métodos de atuação, modernizaram os seus estratagemas, acompanharam o processo tecnológico e chegaram a invadir e dominar as regiões metropolitanas do país, inclusive com as suas ramificações internacionais.

Os subgrupos que agem nas pequenas cidades e assaltam a bancos ainda não receberam o título de graduação, a sua participação perante a cúpula dá-se através de parceria com o valor de contribuição do resultado obtido e aquisição de armamentos bélicos e substâncias entorpecentes.

O antigo e autêntico cangaceiro nordestino caracterizava-se pela sua indumentária: roupa de cáqui, chapéu de couro, com as abas quebradas para cima, duas cartucheiras cruzadas no tórax e uma cercada nos quadris, um rifle, uma pistola, um facão afiado, um bornal, um par de sandálias de rabicho, cabelos puxados à brilhantina, cordão de ouro e o pescoço envolto de patuás e vivia no meio das caatingas ressecadas do sertão.

Enquanto que o novo e moderno cangaceiro, que atua em todas as regiões, o distintivo é sua vestimenta de etiqueta, paletó, gravata, sapatos macios, relógio de marca, cabelos escovados, frequenta hotéis e restaurantes de cinco estrelas, mansões e palácios, gabinetes e escritórios notórios, utiliza celular, Internet e televisão, municiado de armas de fogo de alto potencial ofensivo, dinheiro depositado em contas secretas no exterior, desvios e gastos excessivos do dinheiro público. Mudou somente o perfil do cangaceiro da antiguidade para o gangster da modernidade.

Continua Parte II...
Severino Coelho Viana

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O legado de Neném do Baião


Considerado o “Luiz Gonzaga de Mossoró”, o sanfoneiro Neném do Baião foi um grande incentivador do Mossoró Cidade Junina. E não apenas por ter ocupado o lugar de sanfoneiro “oficial” da festa, desde os tempos em que o São João de Mossoró se resumia aos arraiás de bairros, até pouco antes de morrer, em setembro de 2011.

Luiz Gonzaga

Neném do Baião conseguiu deixar como legado, a formação de bons sanfoneiros na cidade. Houve época em que Neném dominava os forrós. Por onde se andava só se ouvia “galeguim dos zói azu”, música que se eternizou na carreira de Neném. Acordes que saíram dos pequenos arraiás para o grandioso palco da Estação das Artes Elizeu Ventania.

Eliseu Ventania
Eliseu Ventania

Agora, a cidade já tem bons grupos, resultados do trabalho do sanfoneiro que se apresentava com Chapéu de Couro e Gibão, figurino de Gonzagão, o ídolo.

aglairabreu@gmail.com

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