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sábado, 22 de setembro de 2018

A POESIA ENTRISTECIDA DO VELHO CHICO

*Rangel Alves da Costa


Já passados alguns meses, através de meu primo Paulino Gonçalves Lima, surpreendi-me maravilhosamente com duas poesias enviadas em forma de retrato. Sim, poesias em forma de fotografias, pois as imagens são tão encantadoramente impressionantes que não há como não se imaginar perante os versos mais belos da natureza.
Contudo, poesias sofridas, dolorosas, aterradoras, ainda que retratadas em imagens de inigualável beleza. O fato: em Curralinho, nas beiradas do Velho Chico, os barcos parecendo em leito grande, gordo, pujante. Mas não, apenas na rasura da água, num raso que vai se estendendo quase até a outra margem.
Logo abaixo, as ossadas de um rio triste, as entranhas de um rio destroçado pela incúria humana, um rio padecente, morrendo aos poucos. Poesias tão belas e tão medonhas. Mas poemas estendidos em Curralinho, no ribeirinho, no Velho Chico, na vida. Que sejam logo reescritos pela própria natureza, antes que o homem resseque tudo de vez.
Retratos assim, onde as belezas da imagem tornam aparente uma realidade muito diferente, assomam a cada dia. Pela lente, pelo registro da câmera, não há fotografia feia do Velho Chico. Em todo retrato sempre o Rio São Francisco será avistado com inigualável bem. E assim por que as pequenas embarcações estão ali ancoradas, as águas parecem passar felizes e cheias de contentamento, as margens encantam pelos majestosos das serras e montes, tudo sempre parecendo em perfeição.
Enviaram-me outra bela fotografia. Umas três ou quatro canoas no rente das margens, um azulado manso das águas, distâncias molhadas que vão seguindo até a curva do rio, ao longe. Um leito perfeito, manso, encantador. Areais às margens, uma casinha no outro lado do rio, serras e verdejamentos. Apenas a perfeição, a magia, a plena admiração. Pela fotografia, um verdadeiro paraíso. Pelo retrato, ainda aquele Velho Chico quase com afeição de outrora. Mas será que lá, no mundo real, perante o rio, suas ribeiras e suas águas, é tudo assim mesmo?
Mais uma fotografia: no mesmo local do rio, só que dessa vez está registrada a comunidade ribeirinha, principalmente suas casas de calçadas altas, algumas árvores mais abaixo, uma e outra pessoa nos vãos das portas, um jeito de viver muito pacato e simples. Tal registro logo desperta a atenção. Imagina-se ali um lugar de gente sempre feliz e contente, de viver prazeroso na beira das águas, até mesmo um sonho para muitos que ali chegam ou a tudo avistam pelas fotografias. E mais uma indagação: será isso mesmo?
No mundo real, perante aquela realidade, logo se tem o distanciamento de toda essa imaginação. Sim, o rio ainda corre belo, suas margens são sempre convidativas, a comunidade ali presente é pacata e simples. Mas somente isso, pois no demais é tudo às avessas, ou não representa nem parte daquilo que se imagina. Ora, o rio está magro, ossudo, de pouca água. Nem de longe se compara com a pujança de antigamente. Igualmente, entre a maioria dos habitantes o que se tem é a pobreza, o entristecimento e a recordação dos dias idos.
As poucas e rasas águas desde muito não permitem a chegada e partida das grandes embarcações. Ali já não há porto, já não há comércio fluvial, já não há fluxo sequer de pequenas embarcações. Os peixes sumiram, o alimento do pobre sumiu, o pescador não lança mais sua tarrafa às águas. É apenas um rio com seu nome e sua história, com sua poesia e seu sublime encanto, mas nada mais que isso.
Daí que a beleza dos retratos, os chamados trazidos pelos retratos, já não correspondem à verdade quando se está perante ou dentro do rio. Um rio que apenas passa. Uma saudade que apenas fica.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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BAOBÁ, A ÁRVORE DO PEQUENO PRÍNCIPE!


Por Valdir José Nogueira (matéria compartilhada)

O Baobá da Fazenda Santa Cruz, zona rural de São José do Belmonte, é parecido com o Baobá desenhado em O Pequeno Príncipe por Saint-Exupéry, metade do povo e eu acreditamos. 

O Baobá da Santa Cruz encanta os visitantes, com suas raízes seculares, fascínio das flores e dimensão do seu tronco, que chega a uns dez ou mais metros de circunferência.

A monumentalidade do Baobá torna pouco visível a sua flor. A floração maravilhosa ocorre entre os meses de dezembro e fevereiro. Um botão verde nasce do tamanho de uma laranja, abre-se flor em branco, torna-se creme, marrom, e termina aveludada com leve tom violeta.

Árvore simbólica, o Baobá da Santa Cruz tem recebido a visita de colegiais para aulas interativas e palestras. Falo aos meninos sobre a importância da ecologia, dos valores cultuados pelo Principezinho, como: amizade, amor, fé, confiança, respeito à natureza, esperança. Sob a orientação dos professores, eles pesquisam, escrevem, desenham, teatralizam a história do piloto-escritor.

Setenta e quatro anos completados do desaparecimento de Saint-Exupéry e ele e o seu baobá continuam mais vivos do que nunca.

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I ENCONTRO DE ESCRITORAS E ESCRITORES DE POMBAL É REALIZADO EM JOÃO PESSOA

Por José Mendes Pereira
Marcelino Neto e José Romero de Araújo Cardoso

Em maio de 2018 o nosso saudoso José Romero de Araújo Cardoso me enviou esta postagem para ser postada em nosso blog.


Um importante momento literário foi realizado na capital João Pessoa no último sábado (12/05).

O evento teve como local a “Livraria do Luiz” (Café Literário) reunindo escritores e escritoras de Pombal.

O encontro, em sua primeira edição, serviu para os participantes discutirem os caminhos da criação literária na cidade e homenagear os pioneiros na literatura pombalense nos mais variados gêneros.

O escritor Jerdivan Nóbrega, foi o autor da ideia da organização tendo como iniciativa a troca de opiniões e experiências.

O I Encontro de Escritoras e Escritores de Pombal foi considerado um sucesso pelo número de participantes.

Uma nova edição já está definida para o próximo ano, esperando congregar um número ainda maior de conterrâneos.

Marcelino Neto


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ANGICO 80 ANOS / TOP FIVE 5 PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR



O episódio de Angico continua cercado de mistérios, dúvidas, indagações. Passados oitenta anos daquele frio e sangrento amanhecer de quinta-feira, 28 de julho de 1938, depois de centenas de estudos feitos, dezenas de livros publicados, muitas perguntas continuam sem respostas, por isso, essa pequena lista de apenas cinco perguntas, que até agora nenhum livro ou estudo conseguiu esclarecer de maneira convincente.

Ei-las abaixo, para debatermos:

01 – Por que não havia sentinelas naquela noite?

02 – Por que nenhum dos cangaceiros (nem mesmo os cachorros) escutou nenhum pequeno ruído da aproximação dos soldados?

03 – Por que o comandante João Bezerra, já ali no pé da serra, por algumas vezes, tentou convencer seus oficiais sub-comandados a desistirem da operação?

04 – Por que Pedro de Cândido, depois do ataque, ganhou o emprego de subdelegado de Piranhas, destacando no Distrito de Entremontes?

05 – O que aconteceu com o dinheiro e o ouro que Lampião trazia consigo naquele dia, e que, como se sabe, não era pouco?
*
Imagem:

- A histórica foto das cabeças na escadaria da prefeitura de Piranhas/AL
- Quadrinhos extraídos da excelente HQ "Lampião - Era o Cavalo do Tempo Atrás da Besta da Vida", do cartunista Klévisson (Editora Hedra, 2010)

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CORONEL JESUINO DE SÁ, DE JEREMOABO. ESTOU RECUPERANDO A PROVÁVEL APARÊNCIA A PARTIR DE IMAGEM ORIGINAL RUIM.

Por Rubens Antonio

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PEDRO POPOFF NO CARIRI CANGAÇO POÇO REDONDO



Pedro Popoff, que estará no Cariri Cangaço Poço Redondo 2018, conhecendo de perto a grandiosidade e perfeição do Xaxado na Pisada de Lampião, indescritível orgulho de Poço Redondo. Nos seus integrantes, a verdadeira demonstração de como a arte e a cultura se sobrepõem às dificuldades. E nas suas pisadas, nos seus passos e cantorias, vão descortinando um sertão de rara beleza.

Pedro Popoff disse: Se Deus quiser eu vou sim. É longe, é difícil mas sei que não é impossível. Eu tõ sozinho aqui em Bauru..., mas vou de Jumento se for preciso viu, Manoel Severo Barbosa!!!!

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