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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O SERTÃO


O Sertão é o nervo e o osso do Nordeste. E o Nordeste é o centro do Brasil. Não podemos nos esquecer de que do Nordeste para Minas corre um eixo que, não por acaso, segue o curso do rio da unidade nacional, o São Francisco. E a esse eixo que o Brasil tem de voltar de vez em quando, se não quiser se esquecer de que é Brasil. Então o Brasil é o centro do Terceiro Mundo, o Nordeste é o centro do Brasil e o sertão é o centro do Nordeste.

Ariano SUASSUNA [Entrevista à revista PALAVRA, Ano I, nº 10, Jan.-Fev. 2000]

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ANTIQUÍSSIMA E RARA GRAVURA DO PADRE CÍCERO ROMÃO BAPTISTA


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ESTUDANTES DE DIREITO VISITAM O CAPITÃO JOÃO BEZERRA

Por Coronel Delmiro Gouveia

ESTUDANTES DE DIREITO DO RECIFE, FORAM A MACEIÓ E FIZERAM RELATÓRIO SOBRE CANGAÇO E MORTE DE LAMPIÃO E VISITAM O CAP JOÃO BEZERRA, NO HOSPITAL EM MACEIÓ(FOTOS RARAS).

Compunha-se a caravana de seis acadêmicos: Wandenkolk Wanderley (presidente)1, Elisio Caribé3, Décio de Sousa Valença4, Plínio de Sousa5, Haroldo de Mello6 e Alfredo Pessoa de Lima2. A este incumbia apresentar ao interventor federal em Pernambuco, Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães, o relatório da missão.

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ONDE ESTÃO OS INCÊNDIOS

ONDE ESTÃO OS INCÊNDIOS
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de setembro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.976
FOTO: (JORNAL DO BRASIL).

O incêndio que marcou mais uma tragédia na Cultura Geral funcionou como carro-chefe do alerta brasileiro. Como sempre, em tragédia de grandes proporções a Imprensa fica procurando culpados. E aqueles que trabalharam tanto com dedicação e amor pelas posições chaves lutando todos os dias contra a burocracia que afunda Educação e Cultura, são logo apontados. Nesse país não existe verba para nada de relevante; toda a verba produzida nesta nação, somente acerta com os bolsões sem tampa da corrupção enraizada, desde a menor cidade à maior metrópole que existir.
Os safados levam o dinheiro da Cultura, da Educação, da Saúde, sem a menor dorzinha de cabeça. Tudo vai virando sucata quando existe, pela falta de manutenção. Os nossos pesquisadores, cientistas, cérebros privilegiados, estão sempre a mendigar verbas para seus projetos, mas essas verbas estão nas mansões do roubo descarado, na ostentação da desonestidade protegida, Nas fazendas de luxo onde a Lei não se achega. Abrindo a mente doentia dos gravatas,  museu é um monte de coisas velhas, que deve ser acumulado numa casa velha, espionado por uma velha e tratado com a velha ideia.  
No museu, ratos, baratas, mofo, telhas quebradas, fios descascados e funcionários miseráveis. No palácio, luxo de Salomão, malas colossais de dinheiro manchado com o suor do povo, cafezinhos e gargalhadas em favor dos golpes diários contra o País indefeso. 
O incêndio do Museu Nacional do Rio Janeiro é o mesmo incêndio do todo dia; o incêndio na barriga dos sem merendas nas escolas; o incêndio na dor dos deitados nos corredores dos hospitais; o incêndio na decepção de cientistas, pesquisadores, dos defensores do mundo. É incêndio na alma dos que clamam por Justiça.
Para onde vai este País?



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ARIANO SUASSUNA


Ariano Vilar Suassuna (Cidade da Parahyba16 de junho de 1927 — Recife23 de julho de 2014) foi um dramaturgoromancistaensaístapoeta e professor brasileiro.[1]

Foi Secretário de Cultura de Pernambuco (1994-1998) e Secretário de Assessoria do governador Eduardo Campos até abril de 2014.[2]

Biografia

Ariano Vilar Suassuna nasceu na cidade de Parahyba, atual João Pessoa, no dia 16 de junho de 1927, filho de Rita de Cássia Dantas Villar e João Suassuna.[3] Seu pai era então o presidente do estado da Paraíba.[nota 1] Ariano nasceu nas dependências do Palácio da Redenção,[5] sede do Executivo paraibano. No ano seguinte, o pai deixa o governo da Paraíba, e a família passou a morar no sertão, na Fazenda Acauã, em Sousa.[1]

Com a Revolução de 1930, João Suassuna foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro, e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de "improvisação" seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.[6]

O próprio Ariano Suassuna reconhecia que o assassinato de seu pai, ocupava posição marcante em sua inquietação criadora. No discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, disse:

Posso dizer que, como escritor, eu sou, de certa forma, aquele mesmo menino que, perdendo o pai assassinado no dia 9 de outubro de 1930, passou o resto da vida tentando protestar contra sua morte através do que faço e do que escrevo, oferecendo-lhe esta precária compensação e, ao mesmo tempo, buscando recuperar sua imagem, através da lembrança, dos depoimentos dos outros, das palavras que o pai deixou.


— Ariano Suassuna, em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, 9 de agosto de 1990.[7].

O assassinato de João Suassuna ocorreu como desdobramento da comoção posterior ao assassinato de João Pessoa, governador da Paraíba e candidato a Vice-Presidente do Brasil na chapa de Getúlio Vargas. Ariano Suassuna atribuía à família Pessoa, a encomenda do assassinato de seu pai, contratando o pistoleiro Miguel Laves de Souza, que atirou na vítima pelas costas, no Rio de Janeiro.[8] Em razão disso, não concordava com a alteração do nome da cidade onde nasceu, de "Parahyba" para "João Pessoa", em homenagem ao governador assassinado.

Formação acadêmica

A partir de 1942 passou a viver em Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano, no Colégio Americano Batista e no Colégio Osvaldo Cruz. No ano seguinte ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1950.[9]

Carreira

Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Commercio do Recife.

Ariano Suassuna, 1971. Arquivo Nacional.

Na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco, em em seguida Os Homens de Barro. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena. No mesmo ano, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar e lá escreve e monta a peça Torturas de um Coração.[10]Retorna a Recife onde, entre 1952 e 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.[6] Em 1953 escreve O Castigo da Soberba, depois vieram O Rico Avarento (1954) e o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, que o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldidiria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema. Em 1956, afasta-se da advocacia e torna-se professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1957 vieram O Santo e a Porca e O Casamento Suspeitoso. Depois vieram O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna(1958) e A Pena e a Lei (1959), premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro. Ainda em 1959, funda o Teatro Popular do Nordeste, também com Hermilo Borba Filho, onde monta as peças Farsa da Boa Preguiça (1960) e A Caseira e a Catarina (1962). No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na UFPE. Ali, em 1976, defende a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira.[6]

De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, por influência de sua esposa Zélia, com quem se casou em 19 de janeiro de 1957. Estas três vertentes influenciariam sua obra de forma significativa.[9]

"... Em quase todo o meu teatro, um pouco por causa da natureza da sátira, mas também um pouco, parece, por causa da minha formação calvinista, eu passo o tempo todo julgando os outros e a mim mesmo, absolvendo ou condenando os bons e os maus.[...] Talvez no supra-moralismo do Deus dos Profetas caibam não só as vítimas, mas os chicotes, as espadas, aqueles que os empunharam e até o chefe de todos eles, o Demônio, cujo papel e cuja missão só Deus pode entender. Em suma, dentro da minha cegueira, o que acho é que Deus, para nós, é um arquejo, uma aspiração..."

— Ariano Suassuna.[9].

Membro fundador do Conselho Federal de Cultura (1967–1973); nomeado, pelo Reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE (1969–1974). Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, no Recife, o “Movimento Armorial”, interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado no Recife, em 18 de outubro de 1970, com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial” e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Foi Secretário de Educação e Cultura do Recife, de 1975 a 1978 e Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes, de 1994 a 1998.[6]

Entre 1956 e 1976, dedicou-se à prosa de ficção, publicando História de Amor de Fernando e Isaura" (1956), O Romance d'A Pedra do Reino", o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971), e História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão (1976). No mesmo ano, defende sua tese de livre-docência, intitulada A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão Sobre a Cultura Brasileira.[6] Ariano afirmava: "Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial." No ano seguinte foi encenada a sua peça O Casamento Suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O Santo e a Porca.

Ariano Suassuna construiu em São José do Belmonte, onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance d’A Pedra do Reino, um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.[6]

Em dezembro de 2017, foi publicada sua obra inédita e póstuma A Ilumiara – Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores. A organização do trabalho foi feita por sua família, reunindo os escritos que Suassuna levou seus últimos trinta anos de vida para escrever. A obra é dividida em dois volumes, O Jumento Sedutor e O Palhaço Tetrafônico e é considerada pela crítica seu "testamento literário", tendo sido finalizada pouco antes de sua morte.[11] O próprio Suassuna considerava a obra como "o livro da sua vida".

Estou acabando um romance que é o livro da minha vida. Ele é dedicado a três pessoas: Miguel Arraes, Luiz Inácio Lula da Silva e Eduardo Campos. Eu exercito três gêneros literários: romance, teatro e poesia. Mas sempre fiz isso separadamente. Nessa nova obra, estou tentando fundir o dramaturgo, o romancista e o poeta num só. Por isso a considero como minha obra definitiva.


— Ariano Suassuna, em entrevista à revista Veja em 14 de julho de 2014, nove dias antes de sua morte.[12].

Movimento Armorial

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.pngVer artigo principal: Movimento Armorial

Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial em outubro de 1970, que teve como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: músicadançaliteraturaartes plásticasteatrocinemaarquitetura, entre outras expressões.[6]

Reconhecimento

Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2000); Universidade Federal da Paraíba (Resolução Nº 10/2001) tendo recebido a honraria no dia 29 de junho de 2002; Universidade Federal Rural de Pernambuco (2005), Universidade de Passo Fundo (2005) e Universidade Federal do Ceará (2006) tendo recebido a honraria em 10 de junho de 2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.[13]

Ariano Suassuna, durante evento pró-equidade de gênero e diversidade, em Brasília, 2007.

Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo no carnaval carioca na escola de samba Império Serrano; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista. Em 2013 sua mais famosa obra, o Auto da Compadecidafoi o tema da escola de samba Pérola Negra em São Paulo.

Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.

Em 2007, em homenagem aos oitenta anos do autor, a Rede Globo produziu a minissérie A Pedra do Reino, com direção e roteiro de Luiz Fernando Carvalho a partir de O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.[14][15][16]

As obras de Suassuna já foram traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.[17]

Em 2011, quando Eduardo Campos, então governador de Pernambuco, foi reeleito presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro - PSB, Ariano foi eleito presidente de honra do partido. Na oportunidade, declarou que era "um contador de história" e que encerraria sua "vida política neste cargo"[18]. Durante o mandato de Eduardo Campos no Governo de Pernambuco, Ariano Suassuna foi seu assessor especial até abril de 2014.[12][19]

Academia Pernambucana de Letras

Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.

Academia Brasileira de Letras

De 1990 até o ano de sua morte, ocupou a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo Ângelo. Foi sucedido por Zuenir Ventura.[20]

Academia Paraibana de Letras

Assumiu a cadeira 35 na Academia Paraibana de Letras em 9 de outubro de 2000, cujo patrono é Raul Campelo Machado, sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira.

http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2014/07/apos-16-horas-de-velorio-e-desfile-em-carro-aberto-ariano-e-enterrado.html

Morte

Ariano morreu no dia 23 de julho de 2014 no Real Hospital Português, no Recife, vítima de uma parada cardíaca. Havia dado entrada no hospital na noite do dia 21, depois de um acidente vascular cerebral (AVC), passando por procedimento cirúrgico com colocação de dois drenos para controlar a pressão intracraniana.[21] Ele ficou em coma e respirando por ajuda de aparelhos.[22] O corpo de Ariano foi sepultado no Cemitério Morada da Paz em PaulistaRegião Metropolitana do Recife em Recife em 24 de julho de 2014.[23]

Ariano Suassuna era torcedor do Sport Club do Recife.[24] O clube o homenageou, dando o nome de Taça Ariano Suassuna a um torneio amistoso internacional de futebol que promove anualmente desde 2015, durante a sua pré-temporada.

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ariano_Suassuna

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A FORÇA DE SÃO JOSÉ DE BELMONTE E O CARIRI CANGAÇO 2018


O Cariri Cangaço tem se notabilizado por uma de suas caraterísticas ímpares: É o mais espetacular exemplo de um empreendimento que renova suas forças e sua capacidade de realização na mais absoluta e inegável força da construção coletiva. Mais e mais estamos convencidos de que, dentre nossos legados, um dos mais preciosos será essa constatação, e isso mais uma vez se confirma em São José de Belmonte. O último sábado, dia 01 de setembro de 2018, marcou a terceira e última reunião de trabalho antes da realização do esperado Cariri Cangaço na terra dos Pereira e Carvalho, nos próximos dias 11 a 14 de outubro. "Estamos novamente em São José de Belmonte para mais um encontro de trabalho acompanhando Manoel Severo para darmos os retoques finais ao grande evento, sem dúvidas será um encontro memorável" revela o Conselheiro Cariri Cangaço Professor Pereira, da cidade de Cajazeiras.
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Edízio Carvalho, Cícero Aguiar, Louro Teles, Clécio Novaes, Manoel Severo, Manoel Serafim, Professor Pereira, Sousa Neto, Robério Bezerra, Bosco André e Clênio Novaes: Reunião do Cariri Cangaço no Castelo Armorial
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A agenda da visita foi composta inicialmente por reunião para definição dos últimos detalhes da infraestrutura necessária para o evento, que aconteceu nos salões do Castelo Armorial de São José de Belmonte e contou com as presenças da Comissão Local Organizadora que tem a frente Valdir Nogueira Filho, Clênio Novaes, Clécio Novaes, Edízio e Ernesto Carvalho, além do pesquisador Cícero Aguiar; do representante do prefeito municipal de São José de Belmonte, Secretário Robério Carvalho Bezerra e de representantes do Conselho Alcino Alves Costa; Manoel Severo, Sousa Neto, Louro Teles, Manoel Serafim, Professor Pereira e Bosco André. "Participar de uma reunião de trabalho deste nível e ainda por cima num cenário tão extraordinário como o Castelo Armorial, mostra o realmente o que o publico do Cariri Cangaço pode esperar... Sem dúvidas faremos mais uma grande festa da integração do nordeste" confirma o Conselheiro Bosco André da cidade de Missão Velha.
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"O mais incrível é testemunhar que até reuniões de trabalho e visitas de preparação do Cariri Cangaço acabam sempre em momentos inesquecíveis" revela o Conselheiro Louro Teles da cidade de Calumbi que conclui:"Realmente será um evento imperdível". Passo a passo cada ponto da programação foi repassada aos presentes; os detalhes e a preocupação de proporcionar um evento de qualidade foi a tônica de todas as discussões. "Vamos mostrar o que São José de Belmonte tem de melhor, a força de sua história, sua memória e suas tradições, sem dúvidas estamos muito felizes em receber o que já nos acostumamos a falar no Cariri Cangaço, o Brasil de Alma Nordestina" fala o Presidente da Comissão Local, pesquisador e escritor Valdir Nogueira.
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  Cícero Aguiar, Sousa Neto, Manoel Serafim, Edízio Carvalho, Ernesto Sávio, 
Clênio Novaes e Manoel Severo
Valdir Nogueira, Robério Bezerra, Professor Pereira e Bosco André
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Manoel Serafim, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de Floresta reforça, "pelo que estamos acompanhando em cada visita e pelo tamanho da história de São José de Belmonte, quero dizer que não perdemos por esperar e a programação deverá sair dentro de cinco a seis dias". Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de Barro, pesquisador Sousa Neto provoca:"Esse será um evento ao qual não se perde por dinheiro nenhum nesse sertão..."
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Na ocasião do encontro foi firmada a parceria final de realização do Cariri Cangaço São José de Belmonte: Realização do Instituto Cariri do Brasil, Castelo Armorial e Prefeitura Municipal; apoio da SBEC, do IGHP, do ICC, do GECC e do GPEC. "Hoje sairemos daqui com as questões de infraestrutura definidas, estamos visitando os meios de hospedagens  e  por todo o dia estaremos realizando visitas técnicas por todos os cenários que estarão na programação, dessa forma nossos convidados podem aguardar mais uma grande realização com a marca Cariri Cangaço", diz Manoel Severo, curador do evento.
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Ruinas da Fazenda Cristóvão, casa de Ioiô Maroto
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"Hoje, tivemos essa importante reunião da comissão organizadora do Cariri Cangaço, que será realizado no período de 11 a 14 de outubro, aqui em São José do Belmonte.A reunião, presidida pelo Sr. Manoel Severo, presidente do Cariri Cangaço teve como objetivo concluir a programação e realizar visitas técnicas aos locais que serão visitados durante o evento: Ruínas da casa de Ioiô Maroto, na Fazenda Cristóvão, Casa de Pedra do Sítio Batinga, onde Lampião se alojou para tratar de um tiro, a Pedra do Reino, a Ilumiara Pedra do Reino, o Castelo Armorial Reino Encantado e a casa de Gonzaga.Tenham certeza, a nossa cidade terá um grande evento, que marcará o município como rota do turismo do cangaço no Nordeste." Complementa Edízio Carvalho da Comissão Organizadora Local.o
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 Valdir Nogueira e o episódio da fazenda Cristovão: "Daqui saíram os cangaceiros para o ataque a Gonzaga em Belmonte, era o amanhecer de 22 de outubro de 1922"
 Louro Teles e a caravana Cariri Cangaço 
Clênio Novaes:"O grande responsável pelo ataque foi Ioiô Maroto, os cangaceiros 
saíram exatamente desta casa"
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Encerrada a reunião no Castelo Armorial a caravana da organização seguiu para os principais pontos de visitação. Em principio a fazenda Cristovão, emblemático cenário e terra dos Pereiras. Aqui morou Crispim Pereira de Araujo, famoso Ioiô Maroto, personagem principal da trama e do ataque dos cangaceiros a Casa de Gonzaga em 1922, da casa da fazenda Cristovão partiu o bando que levaria terror a Belmonte no amanhecer de 20 de outubro de 1922.
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 Professor Pereira, Cícero Aguiar, Louro Teles, Sousa Neto, Valdir Nogueira, Manoel Severo, Manoel Serafim e Bosco André
 Ruínas da casa de Ioiô Maroto na fazenda Cristovão
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Dali a Comissão Organizadora seguiu rumo a famosa Serra do Catolé; não sem antes passar pelo simpático e histórico povoado do Carmo. O deslocamento de cerca de  10 km de estrada de terra com momentos de subidas ingrimes nos levaria a uma das paisagens mais belas e impressionantes  de todo Pernambuco. Com altitudes que chegam até os mil metros a imponente Serra do Catolé impõe a sua grandeza; quando se tem uma vista enebriante de vales distantes entre os estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba, dali vislumbra-se ao longe o par enigmático das "duas torres", logo logo estaríamos também chegando na Pedra do Reino.
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Caravana Cariri Cangaço no Platô da Casa de Pedra
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A caravana parou à beira do caminho... Seguindo a pé por entre a "floresta de Catolé" por cerca de 180 metros, chegaria ao cume de uma elevação e a um vasto platô. Ali se apresentou de forma magnânima o conjunto de cavernas que veio a se perpetuar como a "Casa de Pedra". Ali, Virgulino Lampião, rei dos cangaceiros, recorreu ao esconderijo natural por ocasião do balaço que levou ainda em 1924 em refrega com a volante de Teophanes Ferraz. 
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Esse conjunto de monólitos se coloca próximo de outro monumento natural que teria seu nome também ligado a literatura cangaceira: A "Pedra de Dé Araujo". Todo esse conjunto de cavernas espetacularmente dispostas em forma de casas também receberam por diversas vezes as visitas de Sinhô Pereira e Luiz Padre.
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Manoel Serafim, Sousa Neto, Professor Pereira, Manoel Severo, Cícero Aguiar, 
Bosco André, Valdir Nogueira e Clênio Novaes
 Manoel Serafim e Manoel Severo:Aqui Virgulino Ferreira se escondeu no episódio em que foi baleado pela volante de Teophanes Ferraz em 1924
 Louro Teles
Manoel Severo e Cícero Aguiar
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O sol alto no firmamento foi testemunha da chegada da Comissão Cariri Cangaço à Serra Formosa e ao majestoso e mistico cenário da Pedra do Reino. O conjunto de torres e rochas rasgando o horizonte guardam um dos episódios mais fortes e marcantes da história do Sebastianismo no Brasil: A Pedra do Reino. Ali entre 1836 e 1838 em nome de Dom Sebastião, auto-proclamados profetas formaram essa comunidade que aguardava a sua ressurreição. 
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Os adeptos a esse movimento esperavam a ressurreição do santo sob a crença de que os males seriam convertidos em alegrias, o mal se tornaria bom, o velho se tornaria jovem, e assim por diante. A crença na ressurreição de Dom Sebastião foi o marco inicial para esse grande movimento messiânico que traria morte e dor ao sertão pernambucano e seria inspiração para o Mestre Ariano Suassuna criar um de seus mais festejados romances.o

 Caravana Cariri Cangaço na Pedra do Reino
Louro Teles
"Ariano construiu o Santuário denominado Ilumiara da Pedra do Reino, em São José do Belmonte, em frente à conhecida e mítica Pedra do Reino, inspiração de seu Romance. E prossegue dizendo: "Então eu resolvi erguer, e conclui, as dezesseis esculturas gigantescas em granito, feita por um grande escultor de origem popular, Arnaldo Barbosa. [...] As duas pedras que já existiam ficam sendo as torres da igreja". Uma fica do lado da Paraíba, no município de Misericórdia; a outra fica do lado de Pernambuco, no município de São José do Belmonte. Então, Ariano conta que resolveu fazer lá o santuário, dizendo que fez "um círculo dividido em dois hemisférios: o hemisfério do sagrado e o do profano [...]; no centro tem um marco, que eu coloquei ali e na frente tem [a inscrição] 'Ilumiara Pedra do Reino' e atrás tem 'Uma homenagem a Aleijadinho'." 
Caravana Cariri Cangaço na Pedra do Reino
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A Serra Formosa, em São José do Belmonte, continua magnífica guardando sua beleza e seus mistérios, ali todas as terras pertenciam à família Pereira, ali Sinhô Pereira e Luis Padre tinha guarita garantida e ali Luis Padre acabaria mantendo um romance com Ana Maria de Jesus e teria duas filhas; Emília e Agostinha Pereira da Silva. Fomos recebidos pelo casal Valdinho e Quininha; ele, morador e guardião do local e bisneto de Luis Padre, ela, nossa cozinheira e anfitriã do almoço do Cariri Cangaço na Pedra do Reino.
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A magia do lugar acaba envolvendo todo o ambiente, os moradores da pequena vila, a floresta de catolés, o clima típico da serra e o fantástico acolhimento do casal Valdinho e Quininha nos davam a certeza do grande encontro do Cariri Cangaço no "Tempero do Reino" em pleno império da Pedra do Reino.
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 Manoel Severo, Bosco André, Valdinho e Cícero Aguiar
Manoel Severo e a casa de Valdinho e Quininha; anfitriões do almoço do 
Cariri Cangaço no "Tempero do Reino" em plena serra da mágica Pedra do Reino...
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A almoço: Coco catolé cozido, galinha caipira, feijão com farofa de cuscuz, angu e girimum nos transportaram no tempo e nos traziam o verdadeiro tempero dos sertões de antigamente. Quininha revela:"Vou preparar um cardápio pra lá de especial para o pessoal do Cariri Cangaço que pode ter certeza que vai provar uma comida sertaneja muito especial aqui na nossa casa". A visita do Cariri Cangaço à Pedra do Reino será no sábado, dia 13 de outubro e o almoço será no terraço da maravilhosa casa do casal Valdinho e Quininha no "Tempero  do Reino".
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A majestosa Ilumiara da Pedra do Reino recepcionou a Comissão Cariri Cangaço. No cenário do místico e trágico episódio sebastianista de 1838 o gênio inquieto de Ariano Suassuna criaria um conjunto magnifico de dezesseis estátuas em granito, dispostas em círculo e tendo como figuras centrais a sagrada família; as obras confeccionadas pelo escultor popular Arnaldo Barbosa; retratam a partir de dois hemisférios o sagrado e o profano. "A visita do Cariri Cangaço à Pedra do Reino contemplará o dia inteiro do sábado, onde teremos além da visita a esse esplendoroso cenário e do almoço sertanejo em cima da serra e em casa de taipa com fogão a lenha, conferencias especialmente preciosas com a participação do filho do Mestre Ariano; o amigo Manuel Dantas Suassuna, realmente uma agenda imperdível sob todos os aspectos" confirma Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço.
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O Cariri Cangaço São José de Belmonte 2018 está pronto para receber o Brasil de Alma Nordestina. O Conjunto de Conferências, o alto nível de todos os palestrantes e os respectivos debatedores, os temas palpitantes, as visitas igualmente históricas e a imensa tradição do lugar nos dão a certeza de mais uma vez realizarmos, juntos, um evento inesquecível e marcante. Avante !
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Cariri Cangaço
Visita e Reunião a São José de Belmonte
01 de setembro de 2018
Fotos de LOURO TELES
E vem ai...

https://cariricangaco.blogspot.com/2018/09/a-forca-de-sao-jose-de-belmonte-e-o.html

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