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quinta-feira, 31 de março de 2016

TUDO MUDA, TUDO É TRANSFORMAÇÃO

Por Rangel Alves da Costa*

Tudo muda, tudo é transformação. Nada possuiu no passado a feição de agora, nada se mostra ser como um dia de outra forma foi. É próprio do mundo e da vida o dom da mudança e da transformação. Passa-se de um estágio a outro, segue-se por caminhos novos, e assim num percurso que tanto pode degenerar como renovar, dependendo do sentido na vida que cada um deseje para si mesmo.

O fio d’água vai se alargando, correndo cada vez mais forte, transforma-se em rio. E este se torna pujante, caudaloso, imenso, mansamente caminhando seus caminhos, até desaguar no mar e desaparecer. A terra molhada se transforma em barro, que acariciado pelas mãos artesãs vai se transmudando em argila visguenta, e esta vai sendo cuidadosamente moldada para ganhar formas, uma feição totalmente diferente daquele primeiro momento de nascimento. E surgem os utensílios para alimentos, para sustentar a vida, demonstrando que esta jamais se aparta do barro primeiro, do sopro da origem.

Pensamentos e palavras vivem soltos, libertos, mas quando juntados produzem verdadeiras obras-primas. O homem tem a ideia, cata a palavra, escreve uma história bonita e depois entrega ao mundo como uma nova realidade. Tudo nascido do sopro da mente, do pensamento, da criatividade. E assim nascem as tramas, os personagens, os enredos tristes, os finais felizes. Nada diferente com o grão que jaz esquecido no fundo de uma cumbuca. Após um dia de chuva, o velho lavrador lança mão daquela semente e a espalha sobre a terra. Daí os brotos, os frutos, as raízes, a vida.

O jardim tão belo ao amanhecer, de repente vai definhando numa tristeza só. Há um tempo de chuva, há um tempo de sol, um tempo de flores e de folhas secas, frágeis, entristecidas, mortas. Está no outono a linha final do romance da natureza, com consequências profundas também no ser humano. Não há sorriso que se faça na face ante as cores ocres, acinzentadas e melancólicas da natureza em transformação. É como se após o sorriso ilusório viesse uma realidade muito mais contundente da vida. Então chega o instante da aflição, da saudade, da nostalgia, de uma nuvem que vai se formando dentro da alma até irromper nos olhos e fazer chorar. Para o contentamento retornar ao ser.


Assim acontece porque tudo muda, porque tudo é transformação. O ser humano é exemplo maior do verso, reverso e anverso. Os retratos não mentem, as velhas fotografias comprovam as várias vidas no percurso de uma só existência. O menino é apenas parecido com o jovem, este traz consigo apenas alguns traços do adulto, ainda que a essência permaneça a mesma em contínuo aprimoramento. Mas os anos, as experiências, as alegrias e as tristezas, é que verdadeiramente refletem as realidades transformadas pelo espelho chamado tempo.

E como tudo muda. Reconheço que hoje vivo no Livro do Eclesiastes: um tempo de sorrir e um tempo de chorar, um tempo de alegria e outro de tristeza. Mas principalmente reconhecendo que vaidade das vaidades, tudo é vaidade. Ontem eu era outro, e hoje sou diferente. Em noites e dias assim, apenas sair, e agora permanecer. Em noites e tardes assim, apenas beber, e agora somente escrever. O que parece não ter mudado foi minha solidão. Só que agora maior. Imensa como lua cheia no negrume da noite.

Sou filho do tempo, da estação, com primaveras e outonos. Pelo medo da ausência de jardins, então aprendi a cultivar flores de plástico, artificiais. Mas não posso fazer o mesmo com os outonos da solidão. Por isso que colho cada folha morta que passa esvoaçando sobre minha janela e depois escolho uma página de livro para repousá-la. Mas em toda página a mesma escrita:

“Dizem que das cinzas da folha morta não renasce uma primavera nem vingará outro triste outono. Mas não acredito que seja assim. Se a folha for esquecida, o outono terá retornado. Mas se a página for sempre folheada, então uma flor na folha será avistada”.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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CHAPÉU ESTRELADO VEM AÍ!

Autor Rostand Medeiros

NOVO DOCUMENTÁRIO SOBRE O ATAQUE DE LAMPIÃO E SEU BANDO DE CANGACEIROS AO RIO GRANDE DO NORTE ESTÁ EM FASE DE FINALIZAÇÃO NO RIO DE JANEIRO 


Trago a todos os amigos, leitores do nosso blog TOK DE HISTÓRIA e, principalmente, a todos aqueles que tornaram possível a realização deste maravilhoso sonho, a notícia que o em longa-metragem CHAPÉU ESTRELADO está em fase de finalização no Rio de Janeiro.


Filmado em abril de 2015 no sertão do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, o CHAPÉU ESTRELADO seguiu a mesma rota percorrida por Lampião e seu bando em junho de 1927, quando este buscou atacar a cidade de Mossoró.


Sílvio Coutinho, o diretor deste documentário, captou uma maravilhosa sucessão de imagens dos locais históricos, dos depoimentos das pessoas que guardam a memória daqueles dias intensos e apresenta o quanto esta história é importante para aqueles que vivem ao logo do caminho percorrido pelos cangaceiros.


A finalização do CHAPÉU ESTRELADO está sendo realizada com extremo esmero, visando aproveitar ao máximo a alta definição proporcionada pelo sistema de filmagem 4K. O documentário é uma produção da Locomotiva Cinema de Arte, do Rio de Janeiro.


O Diretor Silvio Coutinho está na expectativa que o documentário CHAPÉU ESTRELADO seja exibido em um circuito de festivais internacionais e nacionais de cinema e está sendo agendada uma pré-estreia em Natal, para acontecer no primeiro semestre de 2017. Vale ressaltar que em 2017 serão comemorados os 90 anos da invasão de Lampião e seu bando de cangaceiros ao Rio Grande do Norte e o famoso ataque a Mossoró.


CHAPÉU ESTRELADO é quase um “Road Movie” com muita poesia, muita ação, bem moderno, dinâmico e com muitas imagens dos locais e dos caminhos reais percorridos pelos cangaceiros de Lampião em 1927.

O filme contou também com um esclarecedor depoimento do historiador Sérgio Dantas, autor de quatro importantes livros sobre o Cangaço, um deles intitulado LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE – A HISTÓRIA DA GRANDE JORNADA, que aborda o tema com grande profundidade e riqueza de detalhes.


Além do diretor Silvio Coutinho a equipe de produção do documentário CHAPÉU ESTRELADO contou com Valério Andrade na produção executiva, Iaperi Araújo como roteirista e Rostand Medeiros na pesquisa.

Silvio Coutinho – Diretor 
Valério Andrade – Produção Executiva 
Iaperi Araújo – Roteiro 
Rostand Medeiros – Pesquisa

O documentário CHAPÉU ESTRELADO também conta com o excelente trabalho do compositor carioca Mário Vivas na criação da trilha sonora original. Durante o Festival das Rádios MEC e Nacional Rio 450, Mário Vivas foi vencedor na categoria de melhor canção com a música intitulada “Quero Ver Amar Assim em Madureira”, cujo vídeo clip teve a direção de Silvio Coutinho.


CHAPÉU ESTRELADO trás para as telas uma memória que se mantém forte nos sertões.


– Veja mais o que foi publicado no TOK DE HISTÓRIA sobre este documentário



Alguns defensores de Mossoró.






Meu agradecimento especial aos amigos que ajudaram no desenvolvimento desta película 

José Tavares de Araújo Neto (Pombal-PB) 
Junto ao amigo José Cícero (Aurora – CE) 
Aqui com Sousa Neto (Barro – CE) 
Em meio a muitos amigos na Fazenda Aroeira, onde contamos com inestimável colaboração de Romualdo Antônio Carneiro Neto, o segundo da direita para esquerda (Marcelino Vieira-RN).
Com o amigo Rivanildo Alexandrino – Frutuoso Gomes (RN)
Jânio Barra (Felipe Guerra-RN)
Jonathan Halyson (Governador Dix-Sept Rosado-RN)

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros. Natal-RN.

http://tokdehistoria.com.br/2016/03/23/chapeu-estrelado-vem-ai/

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA DE MOSSORÓ IV - 27 DE MARÇO DE 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento

Algumas revistas comemorativas surgiram também em Mossoró, para relembrar alguns eventos e personalidades importantes para a história da cidade. Uma delas foi a “Revista do Primeiro Congresso Eucarístico de Mossoró”. Foi impressa em papel cuochê, de 50 quilos, e circulou em 1946, com 178 páginas, confeccionadas pela Indústria Gráfica Brasileira S.A., do Recife, Pernambuco. Tenho em meus arquivos um exemplar desta revista, muito bem conservada. Apesar de ter sido lançada para perpetuar a história do Primeiro Congresso Eucarístico de Mossoró, foi mais além. Trouxe várias matérias sobre a cidade de Mossoró daquela época, suas principais empresas, sobre o Ginásio Sagrado Coração de Maria, Fábrica de Sabão e Redes Santa Luzia, ou seja, reproduziu como era Mossoró em 1946. Excelente documentário sobre a época.


A “Presença de Dix-sept Rosado” foi outra publicação comemorativa. Não era uma revista nem uma polianteia, propriamente dita, diziam os redatores desta publicação na “Explicação” com que abriram o documentário. Tratava-se de uma homenagem ao ex-governador Dix-sept Rosado Maia, tragicamente desaparecido no desastre de avião ocorrido no rio do Sal, nas adjacências de Aracaju, capita de Sergipe, na manhã do dia 12 de julho de 1951, ao lado de seus companheiros de viagem, entre os quais alguns dos seus auxiliares de governo. A revista foi editada em 30 de setembro de 1953, sendo composta em linotipo, na Tipografia Escóssia, com 62 páginas não numeradas.
               
Com a evolução de nossas pesquisas, vamos descobrindo outros jornais que circularam pela cidade. Temos, por exemplo, o jornal “O Trabalho”, que foi um órgão dedicado aos interesses da Liga Operária, e que tinha como diretor-responsável Raimundo Reginaldo da Rocha e redatores, Manoel Assis, Mário Cavalcanti e Lauro da Escóssia. Não sabemos quando circulou o primeiro número, mas o número 25, ano IV, circulou em 6 de junho de 1926, noticiando as eleições ao Congresso Constituinte do Estado (06/06/1926), e apresentava João Estevão Gomes da Silva como candidato do operariado. Trazia colaboração de Lírio de Rezende, L. Reginaldo, V. Fernandes Lopes, Cícero A. de Oliveira, além de matéria redacional. Era impresso no Atelier Escóssia.
               
O Correio do Povo, era um semanário dirigido pelo jornalista José Octávio, que entrou em circulação no dia 13 de maio de 1926. Tinha como redatores Jeremias Limoeiro e Manuel Rodrigues, além de vários colaboradores. Era um jornal de feições modernas, que fez época nos anais da imprensa mossoroense pelo desassombro de seus artigos em tremenda oposição ao Governador Juvenal Lamartine. Circulou até 1930.
               
O Correio Festivo. Tinho em meus arquivos alguns exemplares do Ano III, datados de dezembro de 1932. Circulava sempre durante a festa da Padroeira Santa Luzia. No número 1, do ano III, que circulou no dia 4 de dezembro de 1932, no editorial dizia: “Surgido da alma cantante, viva, folgazã da mocidade contemporânea, o Correio Festivo se propunha a ser o mesmo garoto brincalhão, volúvel, espirituoso, sem conhecer tristezas, sem prever desfalecimento.
               
Em 19 de novembro de 1933 circulou o jornal “O Caixeiral”, que era um órgão de interesse da classe comerciária de Mossoró.
               
A “Voz do Estudante” era um órgão do Centro Estudantil Mossoroense, que tinha como diretor José Augusto Rodrigues e gerente-secretário Renato Costa. O primeiro número desse jornal circulou no dia 10 de outubro de 1935. Foi impresso no Atelier de Mossoró e tinha colaboração de Rubens Vasconcelos, Floriano Antunes, Vingt-un Rosado, Esmaelita, Damasceno Neto, além da matéria redacional. O que se percebe nesse jornal é que, se ele circulou em 1935, deve ter sido o primeiro veículo a receber colaboração de Vingt-un Rosado, que na época tinha apenas 15 anos.
               
O “Sempre Alerta” foi outro jornal que circulou por Mossoró. Vimos apenas o número 22 desse jornal, que foi impresso em 5 de dezembro d 1965. Tinha como colaboradores J. B, Junípero, O Urso, Irmão Betânia de Maria Imaculada, além da matéria redacional. Foi impresso em seis páginas e tinha como diretor Bosco Afonso, redator-chefe Hermógenes Nogueira e secretário Francisco Delgado.
               
Na próxima semana continuaremos com essa coletânea de informações sobre a imprensa de Mossoró.
                
Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:

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PRECONCEITO DE ORIGEM...

Por Marcos Damasceno

Há de ser observado que o preconceito de hoje, é o de sempre. Foi inoculado desde a colonização. Durante séculos, a maioria do povo, sem saber ou sabendo, tem vergonha de sua origem (de vaqueiro, de índio, de sertanejo, de cangaceiro). Porque vive a versão e a visão do colonizador, do bandeirante, que depois se tornou o coronel político. Essa impostura tem efeito negativo, porque há a negação, a desqualificação, a desarticulação e a ridicularização implícitas nesse gesto.

Ao negar sua origem, tal povo perde sua essência e seu ideal de vida; perde toda a originalidade. Foram negados os pilares básicos e mais nobres: o compromisso estético e o senso psicológico. Quando negamos nossa origem, automaticamente perdemos nossa identidade. E quando um povo sente vergonha de sua origem, passa a se anular e abandona sua cultura, para viver a submissão imposta. Por isso, admiro inciativas como o Cariri Cangaço.

Pesquisador e Escritor Marcos Damasceno
Teresina, Dom Inocêncio, PI


  

 Ex-cangaceira Durvinha e sua filha, Neli Conceição

Obrigada por abordar esse tema, é verdade querido amigo Marcos Damasceno, sinto isso no meu seio familiar, Sinto isso na pele, quanto a mim, sou filha de dono de cabaré, filha de cangaceiro, sou caipira, falo errado, nasci pobre, aos 10 anos calcei a minha primeira alpercata que meu pai mesmo fazia. Mas sou muito... Sou descriminada por muitos da minha família, mas o Cariri Cangaço me adotou, fui recebida com muito carinho por todos os membros, obrigada querido Manoel Severo, por hoje eu ter vocês como a minha verdadeira família. Estou com vocês pro que der e vier.... Amo amar vocês. Abraços de Lili Cangaceira.

Neli Conceição
Funcionária Pública, Belo Horizonte, MG
Filha dos ex-cangaceiros, Moreno e Durvinha

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PELAS RUAS DE JUAZEIRO DO NORTE/CEARÁ.


Padre Cícero e seu “secretário particular” Benjamin Abrahão em uma de suas andanças pelas ruas da cidade cearense de Juazeiro do Norte/CE.

Após a morte do “santo padre” do Juazeiro ocorrida no ano de 1934, Benjamin Abrahão decide investir tudo em uma ousada e arriscada aventura, filmar e fotografar o cangaceiro mais procurado de todo o Nordeste e seu bando.

Benjamin Abrahão convence o empresário Ademar Albuquerque da empresa ABA Filmes (Fortaleza/CE) e adquiri os equipamentos necessários para concretizar o seu projeto. A aproximação de Benjamin Abrahão com o padre Cícero facilitou o encontro e o consentimento por parte de Lampião, para realizar as filmagens e fotografias do cotidiano do bando cangaceiro.

Embora as fotos e filmagens tenham sido apreendidas pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) órgão de censura do Governo ditatorial de Getúlio Vargas e boa parte terem sido destruídas, foram resgatados cerca de 14 (Quatorze) minutos de filmagens e algumas dezenas de fotografias.

Benjamin Abrahão deixou a sua parcela de contribuição para a história ao registrar e documentar as melhores fotos e a única filmagem existente do bando de Lampião.

Fonte: facebook
Grupo: O Cangaço
Página: Geraldo Júnior (Administrador do Grupo)

Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=566281153535785&set=gm.1195449963801453&type=3&theater

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ANATHÁLIA CRISTINA QUEIROGA PEREIRA ESTÁ COMPLETANDO 26 ANOS HOJE NA CASA DO SENHOR DEUS.


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ASSIM MORREU LAMPIÃO


De: Antônio Amaury Corrêa de Araújo

Entre em contato diretamente com o autor através do e-mail: aamaurycangaceiro@gmail.com e adquiram esse sensacional trabalho que trata exclusivamente dos momentos finais da vida do Rei do Cangaço.

O livro custa apenas R$ 50,00 (Valor Promocional) com entrega garantida para qualquer localidade do país.

ADQUIRAM!!!
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)


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NOTA DE FALECIMENTO!


É com extremo pesar que comunico aos amigos o falecimento do meu querido irmão Antônio Remígio Neto por motivos de complicações cardíacas. Pessoa resignada, de um senso de humor invejável, e que vai deixar muita saudade. Vai em paz, meu mano!!!

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quarta-feira, 30 de março de 2016

ALCINO ALVES COSTA FALA SOBRE ARTIGO DO CAP. ALFREDO BONESSI

Publicado no cariricangaco em 23 de dezembro de 2011
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2011/12/um-pouco-mais-de-luis-pedro-poralfredo.html

Estimado Alfredo Bonessi,

Lendo o seu artigo sobre Luís Pedro eu fiquei ainda mais convicto de minhas razões e impertinências em relação as mentiras e mistérios de Angico.

O amigo diz em sua postagem, e esse dizer é baseado em versões que a produndidade de suas pesquisas conhece, razão de seus dizeres registrados cuidadosamente e com alta responsabilidade em seu artigo.

Em seu rastejar a história encontrou fundamentos, aqueles em que quando Maria Bonita recebeu o primeiro tiro Lampião já estava ferido, caído ao chão e nos estertores da morte.

Pois bem! Os depoimentos de Panta de Godoy e Abdom, registrados no livro "Assim morreu Lampão", de Antônio Amaury, os dois afirmam, o primeiro dizendo que após o tiro que Abdon deu em Amoroso, ele Panta de Godoy deu dois tiros em Maria Bonita e Abdom acrescenta que daí, depois dos três tiros, avançaram e chegaram tão próximo a barraca de Lampião que foram obrigados a recuar, amparar-se por detras de uma pedras e aí atirar em Lampião.

Mais do que isso, eu tenho em mãos e Severo e Aderbal conhecem, um vídeo gravado com Panta de Godoy onde ele afirma ter havido os três tiros, um em Amoroso e dois em Maria Bonita. E tem mais, Panta diz que a distância do poço para a barraca de Lampião tinha quase 100 metros.

Eu, acompanhado de Vicente, aquele que levou a máquina juntamente com Mané Félix para Maria Bonita, fui do local aonde está a cruz até o poço aonde Abdom atirou em Amoroso e aí sou quem estou dizendo porque fiz esse trajeto, tem seguramente mais de 50 metros.

À versão de que Lampião foi atingido primeiro do que Maria Bonita e a versão dada por Panta de Godoy e Abdom servem para mostrar o quanto eu tenho razão em minhas desconfianças em tudo que se diz sobre a Grota de Angico.

Infelizmente, existem aqueles que dizem que essas versões, muitas delas mentirosas, não acrescentam nada e também não mudam a história. O que é uma lástima assim pensar, pois nós os vaqueiros da história não temos o direito de aceitarmos que mentiras se tornem verdades e assim vermos aberrações se espalhando e sendo aceitas por todos, inclusive por nós.

Lástima maior só essa de dizer que Lampião era gay.

Abraços meu querido Bonessi. A sua seriedade e inteligência nos enche de alegria e orgulho.

Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2011/12/um-pouco-mais-de-luis-pedro-poralfredo.html

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TÂNIA ALVES... A FAVORITA DO GRANDE PÚBLICO.


Sempre que fazemos uma enquete em nosso grupo para saber qual a atriz que melhor interpretou a “Primeira-Dama do Cangaço” nas telas da TV e do cinema até o presente momento, só dá TÂNIA ALVES na cabeça.

Não tirando o mérito das outras atrizes que concorreram na enquete, mas o trabalho apresentado por Tânia Alves (Maria Bonita) na minissérie Lampião e Maria Bonita (Rede Globo – 1982), quando fez par com Nelson Xavier que interpretou na ocasião o Rei do Cangaço, foi impecável e até hoje é reverenciado pela grande maioria daqueles (as) que já tiveram a oportunidade de conferir a sua interpretação.

Outro detalhe que também pode ter influenciado no resultado da enquete é o fato de que a “Minissérie Lampião e Maria Bonita” é o trabalho mais recente em relação àqueles que as outras atrizes participaram, mas eu tenho certeza que aqueles (as) que votaram assistiram os demais trabalhos e votaram convictos de suas decisões.

E para abrilhantar ainda mais essa postagem encontrei em meus arquivos agora a pouco essa preciosidade fotográfica (abaixo) que foi registrada durante o decorrer das gravações da Minissérie Global que ocorreram no ano de 1982, ano em que comecei a me interessar pelo assunto.

Olhar essa fotografia é como poder voltar no tempo, mas precisamente à inesquecível década de 1980.

Bons tempos...
Geraldo Antônio de Souza júnior (Administrador do Grupo)
Fonte: facebook
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=565817270248840&set=gm.1194705270542589&type=3&theater

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QUEM INFLUENCIAVA PADRE CÍCERO ?

Por Sousa Neto
Padre Cícero e Benjamin Abraão

Quem tinha mais influência sobre o Padre Cícero, 
O secretário particular Benjamin Abraão, 
ou a beata MOCINHA ?

"Penso que eram duas formas distintas de influência. A beata Mocinha, apesar de ser a grande administradora da "Casa" do Padre Cícero e certamente possuir um grau de ligação forte com o mesmo, não era a única. O mascate árabe possuía uma sagacidade incomum e um olhar mais periférico e global, saindo da "aldeia" , daí ter ocupado também espaços no rol daqueles a quem o Padre ouvia.... Além deles ainda poderíamos citar; observados determinados períodos: Zé Marrocos, Alencar Peixoto e o grande Floro Bartolomeu....

E digo mais: Padre Cícero, como grande líder que o era, tinha uma habilidade preciosa, tão preciosa quanto seu poder de conduzir toda uma "nação romeira", que seria a sua inegável habilidade e capacidade de ouvir as pessoas... Isso fazia dele um líder com muito poder de influência, mas por outro lado, como um homem atento ao que se passava a seu redor, também tinha muito zelo com as "opiniões" de seus "próximos".

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço

Benjamin Abraão, Secretário Particular do Padre Cícero

Fotogramas inéditos… Neles, vê-se os dois passeando nas ruas da cidade do Juazeiro. Abraão tirou grande proveito comercial de sua amizade com o famoso padre, inclusive, para se aproximar do bando de Lampião, e, poder fotografá-lo / filmá-lo...e, ganhar muito dinheiro.
Cortesia dos fotogramas: Renato Cassimiro / Daniel Walker

Codinome Volta Seca, Grupo Lampiao, Cangaço e Nordeste

"O Padre Cícero, em quanto político, era o mais resoluto "nas mãos" de Dr. Floro Bartolomeu da Costa, pois os laços do dileto reverendo eram com a espiritualidade e não com a materialidade, para isso, teve ao seu lado o próprio Dr. Floro Bartolomeu da Costa (Na política) e a D. Joana Tertuliana de Jesus, a Beata Mocinha (No financeiro), o Libanês Benjamim Abraão (Secretário).

No entanto, e ainda, Ralph Della Cava aborda a seguinte apreensão do Patriarca de Juazeiro quanto à política, ou seja, uma declaração de sua aversão aos acordões políticos, gabinetes e querelas partidárias. “Qualquer tentativa de explicação deve começar pelo exame da própria confissão do Patriarca de que “nunca desejei ser político” e da sua contradição formal ao tomar posse no cargo de primeiro prefeito de Joazeiro, no final de 1911. Explicou, naquela oportunidade, que, anteriormente à elevação de Joazeiro à condição de Vila, viu-se” forçado a colaborar na política... (a fim de) evitar que outro cidadão, por não saber e ou não poder manter o equilíbrio de ordem até esse tempo por mim mantido, comprometesse a boa marcha dessa terra (Joazeiro)...” (CAVA, 159/160. 1979).

Portanto, se finda nessa expressão que o Padre Cícero era avesso as questões políticas. Atividade contrária ao seu dom e de fácil compreensão, pois a seara política partidária é uma mal fadada inversão de valores e submetimento, no entanto, caprichos indignos para um homem coeso do diálogo desinflamado e sem paixões, atitudes muito comum nas assembleias estaduais e municipais. Quando se dirige ao plano político, Padre Cícero, tem a preocupação na preservação do Lugar (Joazeiro), esforçando-se para não deixar cair em mãos desligadas dos desvalidos, confiança dada em Sonho ao Padim Ciço - E você Cícero, tome conta deles." Portanto, e ainda. Tais influencias não significavam a falta de força do Padre Cícero sobre os tais, por exemplo, ou que os mesmo o dominavam, mas, estas pessoas foram necessárias para o andamento do projeto do Padre Cícero em emancipar a cidade. 

Provavelmente o libanês tenha feito maior proveito, pois através do Patriarca conquistou notoriedade social, além de se aproximar de Lampião, que também lhe renderam bons ganhos. Vejo que Dr. Floro e a Beata Mocinha, tiveram papeis importantes, suas opiniões eram válidas para a concretização do Juazeiro com a lei nº 1028." 

Pesquisador e Professor Laílson Feitosa de Juazeiro do Norte, CE.

 
Beata Mocinha

"Concordo com Severo. Eram formas distintas de influência. Particularmente acredito que Padre Cícero se deixava influenciar e absorvia influências múltiplas como dos citados por Manoel Severo, porém ele sabia filtrar as conveniências, o que era bom retinha e ao contrário deixava para lá. Uma coisa é certa: Meu Padim adorava novidades."

Pesquisador e Escritor Sousa Neto de Barro, CE

Transcrição de Parte de Postagem
Facebook: Grupo Lampião, Cangaço e Nordeste

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VÍDEO...CORONEL CHICO HERÁCLIO....UM DOS ÚLTIMOS CORONÉIS.!.

https://www.youtube.com/watch?v=QZ1YAATsSv0

VÍDEO...Coronel CHICO HERÁCLIO um dos últimos coronéis.
Nesse vídeo, inicialmente, vê-se um pouco da vida do MESTRE NOZA 
(um dos maiores artesão do NE); Pinto de Monteiro (um grande violeiro) etc.
IMAGENS: Thomas Farkas TEXTO: Escritor João Guimarães Rosa. 
FRASE DO CORONEL, está no vídeo:
"...Meu pai dizia que três coisas no mundo fazia barulho/confusão, POLÍTICA, TERRA e CARNE MIJADA (Mulher)."...kkk

Publicado em 4 de jun de 2012
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