Seguidores

sábado, 11 de julho de 2015

JESUÍNO BRILHANTE, O HERÓI BANDIDO (2010)


Documentário realizado em 2010 pelos estudantes de jornalismo da UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, sobre a vida do cangaceiro potiguar Jesuíno Brilhante. 

Modesta parte, nosso documentário ficou muito bem produzido. Tentamos mostrar as várias facetas de um herói para uns, e de um bandido para outros. A História de Jesuíno Brilhante precede a história do Cangaço Nordestino. 

O Brilhante nasceu e morreu no império. Diferentemente de Lampião, Jesuíno saqueava as cargas de alimentos que vinha para as cidades da região, mas que só chegava as mãos dos ricos, dos políticos e das famílias abastardas, e entregava aos mais carentes. 

Para muitos foi um herói nordestino. Assim também o vejo. O trabalho de pesquisa que norteou esse documentário foi baseado no livro de Raimundo Nonato, na obra chamada; "Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro Romântico".  


A CAVERNA CASA DE PEDRA DO CANGACEIRO JESUÍNO BRILHANTE, EM PATU - RN
Por Rostand Medeiros

Durante estes mais de dez anos de estudos espeleológicos, nas inúmeras viagens pelo sertão potiguar e nordestino, foi interessante perceber como a nossa região possui na sua gênese situações sociais únicas em relação ao conjunto da nação brasileira. Dentre estes fenômenos um é de especial destaque, que está sempre presente nas conversas dos alpendres das casas simples e acolhedoras do sertão, é utilizado para quebrar a sisudez dos sertanejos, funcionando como um método simplificado para o início de um diálogo que culmina com a fatal pergunta: “tem caverna por aqui?”. Este assunto é o cangaço.
   
O flagelo das secas e as conseqüências deste fenômeno climático criaram ao longo dos séculos acontecimentos que marcaram a região nordeste de forma dramática: os retirantes, a fome, os conflitos sociais (como em Canudos) e, indiretamente, o cangaço.
   
Instigados pelo analfabetismo, pela fome, pelas injustiças praticadas pelos homens poderosos (os coronéis), pela falta do sentido real de justiça e o descaso das autoridades pelos menos favorecidos, fizeram muitos se voltarem para a pratica do cangaceirismo. O palco foi os sertões da Bahia ao Ceará e o tempo ocorreu desde 1765, com o temido Cabeleira em Pernambuco, até a morte de Corisco em 1940.
   
Em meio a estas situações, no ano de 1844, nascia Jesuíno Alves de Melo Calado, no sítio Tuiuiú, a sete quilômetros da cidade de Patu, na fronteira do Rio Grande do Norte com a Paraíba. Homem simples que se tornaria, caçador, tropeiro, vaqueiro, lavrador e, devido ao envolvimento em guerras de família, cangaceiro.
   
Entrou para história do cangaço como o cangaceiro romântico, que rouba dos ricos para dar para aos mais pobres, que mata em defesa do povo oprimido. Contudo, foi o percussor do cangaço como ficou conhecido até hoje. Sobreviveu quase dez anos na ilegalidade por que foi apoiado por ricos fazendeiros e aos quais respondia a este apoio com a força do seu bando.
   
Até 1871 Jesuíno trabalhou como lavrador e vaqueiro, levando vida pacata e sossegada, cuidando de sua família. Era casado e possuía cinco filhos. Porém seus problemas tiveram inicio com o roubo de alguns de seus caprinos, roubo atribuído aos seus vizinhos, a família Limão. Não bastasse o sumiço dos animais, alguns dias após o acontecido, um irmão de Jesuíno foi agredido por um elemento da família Limão na feira da então vila de Patu. Nos sertões do nordeste, até os dias de hoje, um homem de bem que venha a matar um oponente por motivo de vingança ou por buscar salvaguardar a sua honra ou de sua família é, em muitos casos, perdoado ou implacavelmente caçado. Com Jesuíno não foi diferente, ele matou o agressor de seu irmão e com poucas alternativas a sua disposição, tornou-se o cangaceiro mais famoso do Rio Grande do Norte.
   
Existem relatos que a família dos Limões eram ligados a políticos poderosos na região. Sendo assim, não sobrando muitas alternativas a Jesuíno Brilhante, viu-se seguindo pelo caminho das armas e utilizando os mesmos estratagemas dos seus inimigos.
   
Vários foram seus feitos na região. Em 1874 assaltou a cadeia da cidade paraibana de Pombal, com a intenção de libertar seu pai e seu irmão, presos de forma injusta.
   
Em uma outra ocasião, no dia 30 de agosto de 1876, ele e seu bando lutaram contra a policia de forma inteligente e corajosa em Imperatriz (atualmente Martins – RN). Tendo ido a esta cidade, por volta das seis da noite, com o intuito de resolver um problema na casa do Sr. Porfírio Leite Pinho, viu-se cercado e passou a resistir tenazmente noite adentro com mais dez companheiros, sempre cantando e fazendo o compasso de seus versos com latas. Finalmente decidem abrir uma passagem de uma casa para outra, através das paredes e surpreendem a polícia. Fogem incólumes por volta das quatro da madrugada aproveitando a escuridão da noite. Todos os fatos ficaram eternizados pela mão do Juiz de Direito José Alexandre de Amorim Garcia.

Jesuíno Brilhante tinha como seu principal refúgio uma caverna na Serra do Cajueiro, em Patu, que se tornou conhecida com Casa de Pedra de Jesuíno Brilhante. Ali habitavam Jesuíno, sua mulher e seus filhos, pois sua família sempre o acompanhou, exceto nos combates. Esta caverna teria sido descoberta pelo seu tio materno, José Brilhante, conhecido como “Cabe” (1824-1873). Sendo bastante provável que Jesuíno Brilhante já deveria conhecer o local muito antes de ter entrado no cangaço.
   
O que a pouca bibliografia existente nos conta, é que o velho cangaceiro José Brilhante, teria cortado um grande matagal para facilitar a sua entrada na caverna e decidiu ocupa-la por ser um esconderijo muito bem localizado no aspecto de defesa, devido à visão da região (a caverna situa-se em uma altitude média de 260 metros) e ao fato de encontrar-se próximo uma fonte de água potável.
   
Esta caverna foi vária vez visitada por estudiosos do fenômeno do cangaço, principalmente com a intenção de avaliar os elementos da paisagem, da utilização da caverna como área de esconderijo e sua potencialidade como baluarte de defesa.
   
No ano de 1877 ocorreu a mais trágica seca que o nordeste brasileiro já sofreu, Vários comboios de alimentos foram destinados aos necessitados, tendo Jesuíno Brilhante assaltado alguns deles. Ficou a fama que distribuía os alimentos entre os mais pobres e necessitados. Entretanto, outras versões afirmam que estes alimentos eram exclusivamente para a sua “gente”. 

A família materna do ilustre escritor potiguar Luís da Câmara Cascudo foi contemporânea do cangaceiro e o escritor, levado pelas histórias narradas em sua própria casa, pesquisou sobre a sua vida do cangaceiro no ano de 1942. O mestre Cascudo ficou particularmente impressionado com o depoimento, na cidade de Caraúbas - RN, da então octogenária Maria Umbelina de Almeida Castro, ouvindo-a dizer, convicta: “Jesuíno foi um homem, homem de caráter e de vergonha, homem de palavra. No tempo de Jesuíno honra de moça donzela e de mulher pobre tinham defesa“.   

Jesuíno Brilhante tombou lutando contra seus inimigos em dezembro de 1879, na localidade de Riacho dos Porcos, em Brejo do Cruz, na Paraíba. Para o povo ele morreu como um bravo.

Foi como uma lembrança longínqua, trazidas pelos colonizadores portugueses, das antigas narrativas de lutas medievais que eram cantadas em verso e prosa nas feiras e fazendas do arcaico sertão nordestino. Criando de forma prática, um tipo de código de honra, que empunha entre aqueles que o conhecia, que muitas situações só poderiam ser resolvidas com sangue. Foi como o herói de “Carlo Magno e os doze pares de França” ou da incrível historia contada nos versos de “Roberto Bruce e a princesa Mangalona” que Jesuíno Brilhante seguiu a tradição do seu tempo, a desonra seria perder as armas ou render-se.
Tinha apenas 35 anos.

No Rio Grande do Norte, a lembrança de Jesuíno Brilhante, provoca atualmente uma situação que coloca a visão do fenômeno do cangaceirismo com características diferenciadas de outros estados nordestinos.

Enquanto em Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe, o mais comentado cangaceiro brasileiro, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (1899 - 1938), é alvo de intensas controvérsias. No estado potiguar, grande parte da população, lhe aplica apenas uma denominação: bandido.

“Se Lampião foi ou não uma boa pessoa“, “se ajudou ou não os mais pobres“, “se era um bandido ou um injustiçado”, são temas dos inúmeros debates que ocorrem nestes estados. Criando, muitas vezes, uma imagem quase positiva deste controverso homem. Gerando margem para a criação de variadas interpretações de sua saga.

Entretanto, em Mossoró - RN, o povo comenta com orgulho a derrota do bando no propalado ataque realizado por ele e seu grupo de cinqüenta cangaceiros no dia 13 de junho de 1927.

Nas nossas pesquisas espeleológicas, principalmente quando trabalhamos nas áreas rurais das cidades de Felipe Guerra e Governador Dix-Sept-Rosado (região por onde o bando de Lampião passou em direção a Mossoró), comenta-se muito a série de atrocidades, roubos e sequestros cometidos por este cangaceiro.

A rápida passagem de Lampião pelo Rio Grande do Norte criou, através de sua violência, uma situação muito diferenciada em relação às lembranças deixadas por Jesuíno Brilhante e a sua relação com a população local. Desde variados escritores, até as pessoas mais simples da região oeste do sertão potiguar, reconhecem Jesuíno Brilhante como uma pessoa extremamente cordial, homem de palavra, honrado. Que fazia o que fazia por que não havia justiça para os mais pobres.  

Este foi um dos principais vestígios deixado por um cangaceiro, morto há cento e vinte e três anos.

A realidade é sempre cruel nos seus fatos, podendo toda esta historia não ter sido tão romântica como está escrito nos livros. Contudo, persiste até hoje, lenda do cangaceiro romântico.

Não existem registros fotográficos de Jesuíno Brilhante, contudo a sua caverna-esconderijo esta muito bem conservada e é o símbolo mais importante de suas aventuras e desventuras.

A primeira literatura publicada que faz, inúmeras vezes, alusão a esta caverna, é a do escritor cearense Rodolfo Teófilo (1853-1932). Com o seu romance, “Os Brilhantes” de 1895. Depois vieram outros literatos, escritores e pesquisadores como Eloy de Souza (1873-1959), Gustavo Barroso (1888-1959).
   
Em 19 de janeiro de 1969, o escritor mossoroense Raimundo Nonato (1907-1993) visitou a caverna com a intenção de coletar dados mais fidedignos para a realização do seu livro “Jesuíno Brilhante - O Cangaceiro Romântico”. O escritor relata o quanto foi difícil o acesso e compreende a razão do cangaceiro haver resistido a várias incursões de forças do governo, dentre estas uma comandada pelo então oficial de policia e futuro senador e ministro Amaro Bezerra Cavalcanti.
   
O escritor comenta o aspecto assustador da caverna e sobre a existência de cobras cascavéis no seu interior. Várias pessoas estiveram presentes e a caminhada da sede da fazenda Cajueiro até a gruta, que durou três horas por razão da mata fechada.
   
A literatura de cordel versa muito pouco sobre o assunto, já que os poetas populares, fixaram-se na figura do cangaceiro e sua vida de lutas, deixando muitas vezes de referir-se ao seu esconderijo.
   
Em 1997, uma equipe espeleológica da SEPARN (na época ainda não constituída juridicamente) e membros da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (dentre eles o escritor e folclorista Gutenberg Costa e o jornalista Cid Rosado), realizaram uma visitação a área da caverna.
   
Nesta ocasião, os pesquisadores da SBEC, comprovaram sobre vários aspectos as características defensivas desta caverna. Em particular, a visão privilegiada que os cangaceiros possuíam da região a partir do topo da caverna, possibilitando o tempo necessário para uma adequada reação armada aos ataques das forças policiais. Dentro da caverna, é possível verificar que pedras foram deslocadas para melhor proteger a entrada e dar uma melhor visualização da área externa, visando uma melhor condição de disparo. O teto da caverna está com fuligem negra proveniente da utilização de fogueiras.
   
Outro aspecto interessante relativo à maneira de sobrevivência do grupo de cangaceiros é a existência da antiga fonte de água em uma resurgência no granito a poucos mais de 200 metros da caverna.
   
Atualmente a fazenda Cajueiro pertence ao Sr. Jorge Pereira de Castro (popularmente conhecido como “Josa Baiano”) e fica localizada às margens da rodovia que liga Patu - RN a Catolé do Rocha -PB. A propriedade localiza-se a 5,6 Km da área urbana de Patu e durante o ciclo do algodão no Rio Grande do Norte (1860 a 1950) chegou a empregar 150 pessoas na produção algodoeira. Atualmente ainda existem no local benfeitorias desta época. Da sede da propriedade para a caverna percorre-se uma distância de 1.800 metros.
   
Com relação à geologia da área ela é formada de rochas magmáticas, ou seja, rochas formadas pelo resfriamento e solidificação do magma. No caso de Patu, por não haver uma comunicação com a superfície, o magma cristalizou-se quando ainda estava em sub-superfície, formando as rochas conhecidas como granito, no período geológico conhecido como proterozóico superior, que varia de 570 milhões de anos a 1,1 bilhões de anos atrás. Com o passar do tempo, a cobertura rochosa que recobria os granitos, sofreu processos erosivos e foi retirada, de tal forma que estas rochas altamente resistentes à erosão permaneceram com sua forma pouco alterada, justificando a formação das serras da região, que possuem altitudes variáveis de 500 metros a 800 metros, com relação ao nível do mar. Na Serra do Cajueiro, desde a base até as altitudes mais elevadas, existem abrigos criados pelo rolamento de blocos de granito. Estes blocos são formados devido ao intemperismo e falhamentos que atuam na rocha. Um destes abrigos é a caverna de Jesuíno Brilhante.
   
Durante a visita conjunta SEPARN - SBEC, em 1997, foi realizada uma topografia preliminar que definiu como área total de progressão da caverna de 60,46 metros, desnível de 6,72 metros, extensão norte-sul de 14,64 metros, extensão leste-oeste de 14,22 metros e altura média de 2 metros. Sua localização em coordenadas geográficas em UTM ficou definida em: área 24 648736E 9319399N.
   
Dentro de critérios estritamente espeleológico a caverna de Jesuíno Brilhante seria classificada como um abrigo de rolamento de blocos de granito. Contudo creio ser positivo, pelo menos neste trabalho, manter o nome como o local é conhecido pela população nativa.
     
Em recente visita realizada pelos membros do CECAV-RN e SEPARN pode-se comprovar que já ocorrem visitações desordenadas, existindo algumas pichações a base de carvão e alguma quantidade de lixo. Este dado é preocupante, pois a caverna possui poucas dimensões e qualquer atitude depredatória acarretará em uma perda irreversível deste patrimônio.
   
As cavernas são recursos naturais não-renováveis, por esta razão é muito importante que, para uma melhor utilização deste patrimônio histórico-espeleologico dentro do âmbito do turismo ecológico, sejam realizados  estudo mais abrangente, não apenas na área especifica da utilização da caverna como produto turístico, mas realizar toda uma gama de pesquisas nas encostas da Serra do Cajueiro buscando novos abrigos relacionados ou não com a caverna de Jesuíno Brilhante.


Ficha Técnica:

Roteiro, decoupagem e finalização: Allan Erick; 
Entrevista: Rodolfo Paiva e Stenio Urbano; 
Imagens: Bruno Soares; 
Edição de imagens: Cícero Pascoal. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CANGAÇO NA BAHIA MINI-CURSO - Instituto Histórico da Bahia

Por Rubens Antonio

Vem aí, a pedido do público, a segunda edição do Curso sobre o Cangaço na Bahia, que será coordenado pelo historiador Rubens Antonio. O encontro acontece de 28 a 31 de julho, das 14h às 17h, no auditório do IGHB. A inscrição, GRATUITA, e com vagas limitadas, pode ser feita no site www.ighb.org.br.

"O Cangaço foi um movimento que agitou o Nordeste, com reflexos que se estenderam desde então. Estes se afeiçoaram a elementos que ainda se erguem como partes da própria identidade nordestina. Muito daquilo que é verdadeiro, que é fato, está, atualmente, deturpado, obscurecido, por camadas e camadas de recontares, lendas, especulações, facciosidades. O conhecimento dos principais eventos a ele relacionados, porém, é ainda muito limitado. Daí este curso, revisando e ampliando o anterior, buscar não só esclarecer como apontar elementos que referenciem o estado de arte do conhecimento. Assim, será retrabalhado o sabido e documentado de eventos como combates, abrangências, disposições várias que constituem, muitas vezes, pontos-de-partida para o verdadeiro entendimento enquanto fenômeno histórico", esclarece o professor Rubens Antonio.

Veja a programação:

28 de julho - 1924 a 1929 – Cangaço em ascensão - Alvorada lampiônica - As primeiras notícias - O crescendo do temor - Reações pomposas e inúteis - A chegada efetiva à Bahia- As primeiras sagas e tragédias - Perplexidades.

29 de julho - 1929 a 1932 – Cangaço tonitruante - O apogeu do Cangaço na Bahia - A melhor percepção - Menos perdas - Subgrupos e domínios - Início do contra-ataque - Violência de lado a lado.

30 de julho - 1932 a 1938 – Derrocada do Cangaço - Perdas crescentes dos cangaceiros - Marcando passo nos coitos - As portas do fim - Lá, apaga-se o Lampeão.

31 de julho - 1938 a 1940 e posteridade – Cangaceiros resistentes - Cá, apaga-se o Corisco – Policiais resistentes - Descangaceirização – Punições – ex-cangaceiros – De bandidos a heróis: A Mitificação, quando olhando para frente – O Todo, quando olhando para trás.

Inscrição: www.ighb.org.br
71 3329 4463
Avenida Joana Angélica, 43 - Piedade
Salvador - BA

Fonte: facebook
Página: Instituto Histórico da Bahia

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CORISCO A SOMBRA DE LAMPIÃO


Pela grandeza da Obra e pelo inconfundível talento do autor, Corisco - A Sombra de Lampião é mais do que recomendável, é imprescindível! 

Palavras do Manoel Severo do http://cariricangaco.blogspot.com

Vendas através de Francisco Pereira
Valor de R$ 50,00 (com frete incluso). 
Pedidos através do e-mail: 

http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

DADÁ A CANGACEIRA DE CORISCO

https://www.youtube.com/watch?v=erqW8bJUX8o&feature=youtu.be

Fonte: facebook

http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
http://sednemmendes.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

QUE VENHA O CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015

 Por Manoel Severo
Arte de Carybé

Nos aproximamos de mais um grande momento Cariri Cangaço. A iniciativa com berço no cariri do Ceará, nascido ainda em 2009, acabou tomando conta do Nordeste. Hoje concretizamos mais um grande desafio. Nos próximos dias 25 a 28 de julho, próximos, em uma das mais belas cidades do Brasil; Piranhas, em Alagoas estaremos realizando o Cariri Cangaço Piranhas 2015.

Este evento marca a chegada do município de Poço Redondo, consolidando a participação de mais um estado: Sergipe. Dessa forma já estamos presentes em 5 estados e em 17 municípios, sendo Ceará; com Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Barro, Porteiras, Lavras da Mangabeira e Brejo Santo; Paraíba, com Sousa, Nazarezinho, Lastro, Princesa Isabel e São José de Princesa; Alagoas, com Piranhas; Pernambuco, com Floresta e por fim, Sergipe com Poço Redondo.


A Prefeitura Municipal de Piranhas através da Secretaria de Cultura e Turismo, com a secretária Patrícia Brasil Rodrigues, desde o primeiro momento, de forma decisiva assumiu o desafio de realizar dentro da tradicional "Semana do Cangaço" nossa terceira edição do Cariri Cangaço Piranhas. O evento Cariri Cangaço, com a chancela do Instituto Cariri do Brasil, traz as assinaturas da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e do GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço. Particularmente neste Cariri Cangaço Piranhas 2015, temos como parceiro a Sociedade do Cangaço, com a jornalista Vera Ferreira, neta de Virgulino Ferreira.

O zelo e o cuidado com o Cariri Cangaço Piranhas 2015; desde a formatação do evento, sua programação, os temas, as conferências, painéis, debates. A atenção com todos os detalhes, a logística das movimentações, adequação do tempo à visita aos principais cenários, as apresentações artísticas, enfim, mantêm a marca da responsabilidade e seriedade, próprias dos eventos com a marca Cariri Cangaço. Nosso desafio e nosso legado: A preocupação em proporcionar um evento de qualidade e o mais agradável possível tanto para quem nos visita, como e principalmente para nossos anfitriões.

Criação de Edinaldo Leite

Durante dois meses nos dedicamos à construção desse que sem dúvidas será mais um grande evento. Através dos meios de divulgação, notadamente as redes sociais; Blogs, Facebook, What zap; acabamos por nos surpreender com a imensa repercussão. Pesquisadores, Escritores, amantes da temática, curiosos, professores, universitários, artistas, enfim, de todo o Brasil, confirmam suas presenças, cristalizando uma credibilidade fruto do compromisso, do talento e do esforço de muitas mãos.

O Cariri Cangaço é na verdade uma enorme e consolidada construção coletiva. Nos acostumamos a denominar de Grande "Família Cariri Cangaço", todos os bem-intencionados que resolveram assumir esse desafio, colaborando de forma importante e vital na construção não só de um evento de palestras, conferencias, visitas técnicas, enfim, mas acima de tudo, na construção de um sentimento. Sentimento de respeito e amor às nossas raízes, nossa memória, nossa história, às nossas origens, à cor de nosso coração: Sertão.

A arte de Eduardo Lima

Mais uma vez, durante quatro dias teremos a oportunidade de reunir pessoas de todo o Brasil, vindas de norte a sul, todos compromissados com o aprofundamento da história, em Piranhas e Poço Redondo fragmentos da verdade histórica serão debatidos sob as bênçãos do Velho Chico. Teremos João Bezerra, Aniceto, Liberato, Mané Neto, teremos fazenda Patos, Pulgas, Angico, Canindé, teremos Virgulino, Gato e Corisco, sim, teremos todos eles, mas o principal personagem de nosso Cariri Cangaço Piranhas será você, nosso convidado especial. Até lá. Acompanhe a Programação Completa visitando o link:

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2015/04/programacao.html

Manoel Severo Barbosa
Curador do Cariri Cangaço
Diretor da SBEC
Diretor do GECC

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A CANGACEIRA DULCE MENEZES

Por Ruas Menezes Ruas
Martha filha da cangaceira Dulce e o genro Tião Ruas

Olá!

Sou Tião Ruas, casado com Martha, filha de Dulce. 
Fui o responsável pela reportagem feita pela Record, no dia 1º de maio deste, sobre ela.

Sou Professor de História, poeta e compositor. Vivi minha infância dentro da casa de dona Dulce, com os filhos dela.
Senti-me no dever de resgatar para o Brasil, a história de Dulce Menezes dos Santos, e colocá-la como mito vivo da tragédia de Angicos. A verdadeira história dela, após angicos, é Jordânia, onde residiu e criou seus filhos com seu marido João Anastácio Filho (Jacó). Criança, é outra história. Falo com ela sempre. Está vivinha da silva, tá? Rsrsrsrs!

Abraços.
Fonte: facebook


Pouco se sabe sobre Dulce, uma bela moça nascida em Sergipe e que conseguiu escapar da morte em Angico. A exemplo das demais contribuiu para amenizar a violência do bando, sendo a fiel companheira, enfrentando perigo, fome, sede e demais sofrimentos nas caatingas em pé de igualdade com os homens. Ela ainda está viva e provavelmente morando em São Paulo. Com a idade avançada, as recordações devem ser mínimas. Dulce, já foi personagem aqui, mas retorna devido à informação de que ela está viva. A única viva, assim como a história do Cangaço.

Dulce é exemplo de que o Cangaço lateja, para inquietação de alguns e que pede um maior estudo e não suposições. História se faz com fatos, documentos.

A história do Cangaço está a dever a verdadeira importância da mulher nesse movimento que durou anos seguidos em todo Nordeste sendo odiado e temido por uns e aplaudido por tantos. A contradição ainda há.

Se, o cangaceiro ainda é enquadrado como bandido (76 anos depois da morte de Lampião), a mulher dele, não passa de uma bandida, bandoleira e até criminosa.

Elas chegaram a somar 40, após 1936, já nos últimos anos. Mas poucas ficaram famosas. Existiram aquelas que, mesmo no anonimato, tiveram importância reconhecida pelos historiadores. É o caso de Dulce, a doce a segunda companheira de Criança. Assim era chamado João, que entrou no bando quase menino…

Reconstruir essas vidas, a exemplo de Dulce, é uma tarefa quase impossível diante da ausência de informações, como era o costume da época que nada registrou. Mesmo que se restaure o passado, a história não será a mesma. Esse tributo à mulher cangaceira ainda está por vir.

Fonte: http://www.mulheresdocangaco.com.br/dulce-ainda-vive/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

SÍNTESE DO DOCUMENTÁRIO SOBRE O CORONEL JOÃO BEZERRA E A MORTE DE LAMPIÃO

Por Antonio José de Oliveira
Pesquisadores Antonio de Oliveira, Archimedes Marques e Guilherme Machado

Não poderia deixar de agradecer ao companheiro José Mendes pela divulgação de matérias tão importantes que tratam da história do nosso Nordeste e, em especial a saga do cangaço.

https://www.youtube.com/watch?v=0XI_sxGev44
      
Mas, quero manifestar os meus parabéns ao nobre e dedicado pesquisador Charles Garrido por mais um importante documentário sobre o tema cangaço.

Charles Garrido
      
Agradecido também aos ilustres entrevistados Ângelo Osmiro, 

Pesquisador Ângelo Osmiro
Aderbal Nogueira, Dr. Leandro Cardoso, Antonio Amaury, Paulo Britto e Alcino Alves Costa

doutor Antônio Amaury e Paulo Britto, através de quem presto as minhas homenagens póstumas à sua senhora mãe, 

Cyra Britto e João Bezerra da Silva

Dona Cyra Britto pela sinceridade das suas equilibradas palavras no tocante ao cangaço e ao seu querido e saudoso esposo, Coronel João Bezerra.
      
O referido documentário dirimiu algumas dúvidas, creio que nem só para mim, mas para outros neófitos pesquisadores de uma saga tão complexa e de difícil conclusão.
      
Concordo plenamente com o ilustre pesquisador Paulo Britto quanto a ilógica de um comandante de volantes que está à procura de um grupo de cangaceiros, enviar para eles um saco de balas no dia anterior ao enfrentamento. Seria por certo uma tentativa de suicídio para ele e seu grupo. Só uma coisa não concordo meu caro pesquisador Paulo Britto: ali em Angico não foi realizado um confronto bilateral, como aconteceu em Serra Grande, onde Lampião, após preparar suas estratégias por entre a caatinga, levou ao conhecimento da polícia que estava pronto para brigar, chegando a deter alguém como refém por alguns dias no esconderijo. Portanto, a batalha de Angico foi uma completa surpresa, quando apanhando os cangaceiros ainda com resto de sono, acredito eu.
      
Mas, se assim o Tenente Bezerra não o fizesse, Lampião e seu grupo teria escapado, logo que foram aproximadamente vinte anos de escapadelas por entre as caatingas dos sertões de sete Estados.

Repetindo: os meus agradecimentos por um documentário tão perfeito, caro Charles Garrido.

Antônio José de Oliveira - Serrinha - Bahia.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif

CONVITE


http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
http://sednemmendes.blogspot.com

SEM SINAL

Estávamos sem sinal