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sábado, 29 de julho de 2017

LAMPIÃO UMA VIDA MARCADA POR MUITAS DECEPÇÕES E GERALMENTE, VINGADAS.

Por José Mendes Pereira
Não disponho do nome de quem a coloriu

Ontem, 28 de julho de 2017, completaram 79 anos que o homem mais procurado do Nordeste Brasileiro e conhecido no mundo inteiro, o pernambucano lá da Villa Bela, atualmente denominada de Serra Talhada, o Virgolino Ferreira da Silva alcunhado “Lampião”, deixou o nosso planeta, depois de tantas crueldades praticadas por ele e seus comparsas.

Grota do Angico

Lampião repousava na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, nas terras da cidade de Poço Redondo, e lá estava no seu coito  e se sentindo seguro, enfiado em sua central administrativa.

Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Os calendários da humanidade marcavam 28 de julho de 1938, mais ou menos às 5:30 da madrugada desse dia, quando ele, sua rainha Maria Bonita e sua cabroeira foram atacados, e 11 deles, mais um volante

Adrião Pedro de Souza é o primeiro da esquerda - Esta foto pertence ao acervo do professor, escritor e pesquisador do cangaço Antonio Vilela de Souza doada a ele por pessoas da família do policial.

de nome Adrião Pedro de Souza formando 12, foram chacinados pelas volantes policiais comandadas pelo tenente João Bezerra da Silva da Polícia Militar do Estado de Alagoas.

Tenente João Bezerra da Silva

Segundo alguns pesquisadores afirmam que, naquele coito, o rei Lampião se sentia seguro, e achava muito difícil que os policias chegassem ali, e que somente, eles, facínoras, sabiam muito bem chegarem lá,  porque habitualmente, eles eram conhecedores de todos os terrenos que ofereciam difíceis acessos nas caatingas do Nordeste Brasileiro.

Com exceção dos que ganhavam dinheiro do rei do cangaço, o nordeste brasileiro vibrou com a sua morte, com o seu fim, porque muitos que estavam marcados para morrerem, e outros que,  mesmo não estando na lista de morrer,  se livraram de passar por suas mãos vingativas.

Mas outros não gostaram nem um pouquinho do seu extermínio, porque viviam exclusivamente dos favores que faziam ao rei e a rainha do cangaço, como também prestavam os seus serviços a toda sua cabroeira, e a recompensa, valia muito mais do que ficarem do lado da polícia militar, porque nada ganhavam, ao contrário (segundo pesquisadores) eram maltratados para que entregassem o rei Lampião a ela.

EM ALGUM MOMENTO NA VIDA TERIA LAMPIÃO SE ARREPENDIDO DO QUE FEZ E CONTINUAVA FAZENDO?


Eu acho que sim. Lampião ainda continuava no cangaço porque era constantemente perseguido pela polícia, e ele como rancoroso, vingativo, não iria se humilhar às autoridades. Se tivessem dado-lhe uma oportunidade, perdoando o que ele tinha feito antes, muitas vidas teriam sido poupadas, porque Lampião iria intercalar-se à sociedade e construído um lá com esposa e filhos, assim como os demais que foram cangaceiros e beneficiados com o indulto do Getúlio Vargas, nenhum deles, voltou ao antigo passado. O que passou, passou, e daquele dia em diante, mostraram que eram capazes de viverem novamente em sociedade.

Não sou analista sobre nada, mas acho que Lampião quando se deitava um pouco em sua central administrava, sozinho no seu “eu”, muitas vezes, pensou que um dia poderia ser um homem da sociedade, e não nômade criminoso e desordeiro como era. Mas o destino foi cruel com Lampião, não lhe deu se quer, uma oportunidade na vida.

Penso eu que isto sempre passou no “EU” de Lampião:

“Eu não sei porque a vida preparou para mim um mundo tão triste, tão cheio de decepções, entregou-me uma agenda só com coisas ruins que eu terei que cumprir. Matar, roubar, odiar, vingar, só horrores terei que fazer. Mas será que eu não sou filho também de Deus? Uma das coisas que mais me irrita, é ser excluído pelos meus irmãos, que nunca me viram com bons olhos. Eu faço parte da mesma comunidade humana, e por que quase todos meus irmãos me odeiam? Enquanto os meus irmãos riem de mim, pelo mundo que recebi da natureza, caladamente eu choro, choro, e choro muito, choro, e choro muito forte, por não ter tido a mesma sorte de todos os meus irmãos que fazem parte da natureza e que fazem o bem. Se me dessem uma oportunidade, eu abandonaria o mundo do crime e me intercalava novamente à sociedade dos homens, e iria praticar só o bem. Mas os meus crimes foram maiores do que o coração da sociedade, e ninguém me ver com bons olhos. Por onde eu ando e tento receber um apoio, pelo menos para o meu cansado corpo repousar, mas todos viram as costas para mim, e com medo da minha pessoa, fogem para as matas, como se eu fosse o maior animal feroz do mundo. Infelizmente, o sol não nasceu para mim. Será que eu sou filho de Deus ou do Diabo?”

Quando você quiser desejar o mal ao seu maior inimigo, deseja que ele herda o mundo de Lampião, porque não tem outro mundo pior do que o que ele ganhou.

Informação ao leitor: O que escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica, e não tem nenhum problema se você discordar. Não tenho domínio sobre cangaço, apenas me divirto com este tema tão polêmico que é “Cangaço”, principalmente quando se trata de Virgolino Ferreira da Silva o Lampião.

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BÁRBARA DE ALENCAR NO CARIRI CANGAÇO EXU

Por Manoel Severo

Bárbara Pereira de Alencar, ou simplesmente "Dona Bárbara" , sem dúvida um dos maiores símbolos da força da mulher sertaneja e nordestina de raiz. Guerreira, idealista, líder da revolução de 1817 no Cariri e no Araripe, nasceu na Fazenda Caiçara em Exu, Bárbara de Alencar terminou sendo presa em nome dos seus ideais libertários. 

Na tarde do último dia 21 de julho de 2017 a Caravana Cariri Cangaço teve a honra de visitar, dentro da Programação do Cariri Cangaço Exu, a Fazenda Caiçara e o Museu de Dona Barbara. Acolhidos e recepcionados pelos descendentes de Bárbara, tendo a frente, Amparo Alencar, os convidados do Cariri Cangaço puderam conhecer mais de perto a história e a personalidade desta que tornou-se um mito depois de mais de 170 anos de sua morte. Bárbara de Alencar;  heroína idealista; morreu no Sítio Touro no estado do Piauí em 1832, uma de suas exigências teria sido ser enterrada como seus amigos: Os escravos; num enterro simples e dentro de uma rede .

Ingrid Rebouças e o Museu de dona Bàrbara na Caiçara
 Leandro Cardoso, Kiko  Monteiro, Manoel Severo, Daniel Walker e Raimundo Araujo
 Alvenir Peixoto, Manoel Severo e Carlos Mendonça
 Wescley Rodrigues
Emmanuel Arruda e Manoel Severo
Luizinha e José Tavares

Para o pesquisador paraibano de Pombal, José Tavares de Araujo Neto, "O Cariri Cangaço é um evento que mexe muito com as emoções, por isso fica muito difícil de descrevê-lo. Só estando presente se pode mensurar a dimensão da sua grandiosidade", já o pesquisador e Conselheiro do Cariri Cangaço Dr Leandro Cardoso brinca,"para todas as outras coisas existe Mastercard,mas participar do Cariri Cangaço, não tem preço".

Amparo Alencar, representante e mantenedora do Museu de Dona Barbara ressaltou a grande e importante visita da Caravana Cariri Cangaço à Caiçara: "É uma grande honra receber pesquisadores de todo o Brasil e o Dr Manoel Severo, o Cariri Cangaço desenvolve um trabalho elogiável e hoje estamos todos 
muito honrados."

 Francisco de Assis, João de Sousa Lima, Amparo Alencar e Manoel Severo
 Manoel Severo e a honra do Cariri Cangaço chegar ao Museu de Dona Bárbara 
 Dr Marcelo Alves e Manoel Serafim entregam o Título ao Museu de Dona Bárbara
João de Sousa Lima, Manoel Serafim, Amparo Alencar, Marcelo Alves e Manoel Severo

Por ocasião da programação, o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo convidou ao Conselheiro Manoel Serafim e ao pesquisador de Teixeira, Dr Marcelo Alves, para passarem às mãos de Amparo Alencar, representando o Museu, o Diploma de "Equipamento Imprescindível para a Perpetuação da Memória do Sertão"; Título conferido pelo Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço. 

Entenda o ideal de Bárbara...
O Crato projetou-se no cenário político da colônia com as lutas pró-independência, quando representante da aristocracia agrária — principalmente a família Alencar — engajaram-se na Revolução Pernambucana de 1817 e envolveram a Vila Real do Crato e Jardim, no projeto revolucionário de 1817: Independência de Portugal e instituição de um sistema republicano de governo. Apesar da repressão sofrida, o espírito de luta desta elite local a faz proclamar antecipadamente a independência, em 1º de setembro. Igualmente ocorre em 1824, quando essa mesma elite liberal se engaja na Confederação do Equador, contrária a política absolutista de Dom Pedro I e favorável à idéia de uma República Separatista. 

O aumento abusivo dos impostos e da dominação política exercida pela Coroa Portuguesa no país, gerou insatisfação das províncias. Estas organizaram um movimento contra Dom Pedro I. A Revolução Pernambucana de 1817 lutava pela Independência do Brasil de Portugal. O ato espalhou-se por todo o Nordeste e chegou ao Crato. José Martiniano, após missa no púlpito da igreja da Sé catedral, proclamou a independência do Brasil no dia 03 de Maio de 1817. Foi apoiado por sua mãe; Bárbara de Alencar, e pelo irmão Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, que tinham ideais republicanos. Esta atitude deixou muitas personalidades influentes da época insatisfeitas; dentre elas Leandro Bezerra Monteiro, o mais importante latifundiário da região, católico e cheio de ideais monárquicos; mandou prende-los..

Tristão Gonçalves,Bárbara de Alencar (aos 57 anos de idade) e José Martiniano são encontrados e presos em Jardim, em 05 de maio de 1817, pelo Capitão Mor José Pereira Filgueira, quando buscavam apoio do tio Leonel Pereira de Alencar, para a causa republicana. Enviados às masmorras de Fortaleza, depois para Salvador e Recife onde foram humilhados e torturados. Posteriormente receberam anistia da coroa e foram soltos. Os presos políticos foram denominados de “Infames Cabeças”. Enviados para Icó, no Ceará, em seguida para Fortaleza; de lá transferidos para Recife, em Pernambuco e finalmente para a Bahia. Dentre eles estava D. Bárbara, a primeira mulher presa por motivos políticos no Brasil.
José Tavares, José Bezerra Lima Irmão e Givaldo Peixoto

 Grande Família Cariri Cangaço no Museu de dona Bárbara 
 Luizinha, Maricô, Diana, Gilka, Gerlane, Glícia, Aparecida e Ingrid Rebouças 
Ranaise e Junior Almeida, Noádia Costa e Aline Melo
Carlina Alencar, Cícero Marcelino e Manoel Severo

Para Juliana Pereira; Conselheira do Cariri Cangaço; "está hoje testemunhando a entrega desse importante Título ao Museu de dona Bárbara, é reconhecer toda a representatividade dela na historia não só do nordeste, mas de todo o Brasil. Hoje é um dia histórico para nós que fazemos o Cariri Cangaço." Para Alvenir Peixoto, também descendente de dona Bárbara, "O Cariri Cangaço trouxe ares novos para a cultura do Exu e do Araripe, que maravilha receber a todos nesta grande festa que muito nos honra".

A Dor da Separação...
Durante os três anos e meio que passou na prisão, D. Bárbara foi afastada de sua família, tratada com crueldade e submetida a diversos tipos de humilhações, porém nunca desistiu de seus ideais. Foi libertada em 1820. Veio à óbito em 1832, aos 72 anos, .em na fazenda Touro, no Piauí.

Em 1824 Tristão Gonçalves, aderiu ao movimento da Confederação do Equador e foi aclamado pelos rebeldes presidente da Província do Ceará. Faleceu em combate com as forças contrárias ao movimento em 31 de outubro de 1825.O Crato ficou dividido entre monarquista e republicanos. Merece destaque o monarquista que ordenou a prisão dos revolucionários: Capitão Joaquim Pinto Madeira, chefe político da Vila de Jardim. Com a renúncia de D. Pedro I em 07 de Abril de 1831, inimigos da monarquia aproveitaram para se vingar de Pinto Madeira, que, na ocasião, armou dois mil Jagunços, com ajuda do vigário de Jardim, Antônio Manuel de Sousa e invadiu o Crato em 1832. Sua tropa Começou vencendo a batalha, porém sucumbiu.
Pinto Madeira e Padre Antonio foram presos e Enviados à Recife e ao Maranhão. Em 1834 Pinto Madeira foi condenado a forca, em Crato. Porém, alegando patente de coronel, morreu fuzilado.Fechando um parêntese da história do cariri, faleceu em 15 de março de 1860, o Senador José Martiniano de Alencar, sem nunca ter desistido de lutar pelas causas republicanas .
 Francimary Oliveira e Carla Mota
 Manoel Severo, Múcio Procópio, Kydelmir Dantas e Leonel Alencar
 Manoel Severo e Maciel Silva
 José Irari e José Tavares
 Ivanildo Silveira e Junior Almeida
 Yasmim, Ranaise e Junior Almeida
 Louro Teles e Ana Lúcia
Marcelo Alves, Rivaldo e Cícero Aguiar e Junior Almeida

Mas não paramos por aqui, ali, também na Fazenda Caiçara haveria de nascer outros dois vultos da historia de Exu e do nordeste: Gualter Martiniano de Alencar, o Barão de Exu e o grande Rei do Baião, Luiz Gonzaga do Nascimento; eita Caiçara abençoada! A Caravana Cariri Cangaço esteve visitando o "marco" onde estava a casa que nasceu o maior embaixador do baião e do sertão.  

José Tavares no marco da Casa onde nasceu Luiz Gonzaga

"Por essas coisas que parecem uma bela articulação do destino, Luiz Gonzaga nasceu em uma propriedade muito especial, em torno da Casa Grande da Fazenda Caiçara, hoje museu da heroína Bárbara de Alencar.
Talvez tenha sido sua presença na cozinha da casa onde nasceu a primeira presa política brasileira, que tenha lhe dado tanta audácia." Mariana Albanese.
Cariri Cangaço Exu
Visita a Fazenda Caiçara, Museu de Dona Bárbara
21 de Julho de 2017, Exu, Pernambuco

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"O GRANDE ENCONTRO"


Nós aqui ao lado de dois descendentes de personagens importantes da história do Nordeste. 

Cyra Britto e Tenente João Bezerra da Silva

Meu dileto amigo Paulo Britto filho do lendário João Bezerra, o homem que deu cabo a Lampião e minha amiga e ciclista Vera Ferreira a neta de Lampião. 

Maria Bonita e Lampião avós de Vera Ferreira - Casal bem informado – Lampião com um exemplar de A Noite Ilustrada, de 1936, - Tok de História

Essa foto tem um valor muito significativo para mim, pois mostra que a paz foi selada há muito tempo e que o estudo de um tema tão complexo pode e deve ser tratado com serenidade e responsabilidade.

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VIAGEM CULTURAL - ETAPA V - PARTE I -VISITA A HIDRELÉTRICA DE PAULO AFONSO

Por Benedito Vasconcelos Mendes

O Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso é um conjunto de usinas, localizado na cidade de Paulo Afonso, formado pelas usinas de Paulo Afonso I, II, III, IV e Apolônio Sales (Moxotó).

Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso

A primeira hidrelétrica do Rio São Francisco foi inaugurada em 1913, pelo empreendedor cearense (natural de Ipu-CE) DELMIRO AUGUSTO DA CRUZ GOUVEIA, que importou e montou a CACHOEIRA DE PAULO AFONSO, a primeira hidrelétrica do nordeste e uma das primeiras do Brasil, que tinha como finalidade fornecer energia elétrica para sua indústria de linhas para cozer construída em Pedra (Alagoas), atual cidade de Delmiro Gouveia- AL. Em 1859, o Imperador Dom Pedro II visitou a Cachoeira de Paulo Afonso.



Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso

(Prof. Benedito Vasconcelos Mendes)

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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POR QUE DEUS PERMITE QUE A FOME ACONTEÇA NO PLANETA?


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso 

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