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domingo, 9 de abril de 2023

ACESSE O NOSSO BLOG.

 Por José Mendes Pereira


Se você que está visitando  pela primeira vez o nosso blog continue o visitando, pois ele publica cultura sem fins lucrativos. Publicamos desde o primeiro cangaceiro que foi o sanguinário José Gomes, até o último cangaceiro que foi Corisco, que morreu no dia 25 de maio de 1940. 

Veja Lampião desde o ingresso no cangaço até a sua morte na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, em Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, nas terras sergipanas, e lá, ele estava acompanhado da sua rainha Maria Bonita.

Lampião e Maria Bonita

Adquira o hábito de ler cangaço, para você conhecer bem e discutir com segurança no meio dos seus amigos quando solicitado sobre Lampião e o cangaço do nordeste brasileiro. 

As matérias publicadas nele, são escritas por escritores responsáveis e sem invenções. Tudo foi pesquisado por eles nas fontes, isto é, através dos cangaceiros que escaparam da chacina e tudo mais.

Espero que você continue nos incentivando para continuarmos os nossos trabalhos cangaceiros. Não se preocupe, você nunca irá pagar nada. Todas as matérias aqui publicadas são totalmente gratuitas para você fazer boas leituras.

Muito obrigado, leitor!

José Mendes Pereira e todos que trabalham conosco em prol da cultura.

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O ANTIGO BECO DA TAMARINDA.

 Por José Cícero

Em AURORA no passado este local da cidade era conhecido como o "Beco da Tamarinda". Localizado num dos cantos do chamado quadro da matriz, entre o antigo Beco e a igreja. Recentemente estas duas residências em sua entrada foram demolidas para dá lugar a dois prédios modernos, de andares. As duas foram edificadas provavelmente nos primórdios da década de vinte. Uma pena.

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Aos poucos a cidade abre mão do seu rico patrimônio histórico e arquitetônico. Só restando a memória de como eram outrora nossos espaços urbanos. Um pouco mais a frente o velho sobrado de 1915, um casarão onde funcionou a farmácia do saudoso dr. Bastim, também teve o mesmo destino. Foi ao chão, recentemente. Decerto, uma paisagem que desaparece para sempre do nosso alcance visual. Eis a força do tempo e da modernidade.

Você ainda lembra pelos menos?

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NÃO MATEI A SAUDADE

 Por Veridiano Dias Clemente

Fui matar a saudade
Quase ela ia me matando
Meu coração apertando
Batendo desregulado
Não matei nem morri
Tanto chorei que sorri
Com olhos lacrimejados
E nesse meu choramingado
Vou carregando meus prantos
Colecionando os desencantos
Sem nunca ter te encontrado
Nas nuvens sempre te vejo
Será Alucinação ou desejo
De ser de ti enamorado
E nesse meu sonho dourado
Vou vivendo de ilusão
Ignorando sempre o " NÃO "
De nunca ter te achado
Mas cada vez que te procuro
Com a imaginação eu bulo
Te beijando escancarado
POETA VERÍ
DO PAÍS DE CARUARU -PE
Em 10/03/2023

https://www.facebook.com/veridianodiasclemente.clemente

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O TRISTE FIM DO CANGACEIRO CIRILO DE ENGRÁCIA. TEVE SUA CABEÇA DECAPITADA DOIS DIAS DEPOIS RECOLOCADA PARA A FOTOGRAFIA.

 Por Guilherme Machado

Morto por civis, o cangaceiro Cirilo de Engrácia. A cabeça de Cirilo já havia sido decepada, foi recolocada para a foto. 

A partir da esquerda José Ignácio, João Henriques, Agripino Feitosa este era sub delegado, e Cícero Ribeiro. Data em 5 de agosto de 1934 em Mata grande Alagoas.

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ENTERRO DO TENENTE ZÉ DE RUFINA

 Por Guilherme Machado

Amigo leitor, dê crédito ao Sandro Lee, caso necessite desta foto para os seus trabalho - ( A fotografia faz parte do acervo do historiador Sandro Lee, Paulo Afonso Ba). - José Mendes Pereira.

PELA PRIMEIRA VEZ NA INTERNET E EXATAMENTE AQUI NO GRUPO SERTÃO CANGAÇO. A FOTO DO ENTERRO DO TENENTE ZÉ RUFINO. EM PRIMEIRO PLANO, MORENO LUIZ RUFINO FILHO DE ZÉ RUFINO, DE GRAVATA SEVERINO RAMOS, E O RASTREADOR BEM TE VI E A VIÚVA DO TENENTE DONA MARIA. A FOTO FOI BATIDA NO DIA 20 DE FEVEREIRO DE 1969. NA CIDADE DE JEREMOABO BAHIA.

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AOS CUMPADI CACHACEIROS! NÃO HÁ NARIZ QUE SUPORTE UMA BUFA DE RESSACA

Mote – José de Souza

Glosa – Nivaldo CruzCredo

Arte do Mestre J.Borges.

O cabra pode ter saúde,
‘Taí’ arrotando valentia,
Mas quando chegar o dia
Não é outra a atitude,
Perde toda sua virtude
Por causa da tal inhaca,
O fedor vem feito faca
E no local só dar um corte,
Não Há Nariz Que Suporte,
Uma Bufa De Ressaca.
Pode está ali multidão
Que tudo começa correr,
É mesmo triste de ver
Toda aquela aflição,
É um desespero do Cão,
Corre bezerro e vaca
Até macaco e macaca,
Fica tudo sem Norte,
Não Há Nariz Que Suporte,
Uma Bufa De Ressaca.
Não há cristão que aguente,
Urubu voa de costa,
Vira perfume, até bosta,
Tenho pena do vivente
Que nessa hora temente
O corpo vira uma matraca,
É como surra de taca
Não conheço nenhum forte,
Não Há Nariz Que Suporte,
Uma Bufa De Ressaca.

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O HOMEM QUE FOI QUINTA- FEIRA DEPOIS DE TER PASSADO TERRÍVEL CASTIGO DA VOLANTE DO TENENTE JOSÉ JOAQUIM.

Acervo do pesquisador Guilherme Machado

Jorge Horácio Vilar era o vaqueiro da Fazenda Ipoeira, (os moradores pronunciam Empoeiras) propriedades de Santilio Malta, légua e meia ao leste de Canapi AL. Horácio era considerado o melhor vaqueiro da região de Mata Grande. Sua casa ficava voltada para o Serrote da Mina Grande. Certo dia aí pelo ano de 1934, Lampião pediu que ele matasse um bode a fim de alimentar o bando que estava ali de passagem. A polícia soube do fato pela boca de uma fuxiqueira chamada Ana Rosa, vizinha e comadre de Jorge Horácio. Então ele foi acusado de coiteiro. Jorge foi levado preso para Inhapi AL, pela volante do Tenente José Joaquim o preso foi submetido a um suplício tão desumano, que as pessoas que moravam perto da cadeia tiveram que fecharem as portas para não ouvir os gritos de sofrimento do vaqueiro. Os soldados abusaram sexualmente de sua mulher e espancaram seu filho com apenas 9 anos de idade. O vaqueiro levou tanta pancada que para trata lo tiveram que rasgaram toda a sua roupa do corpo por conta dos inchaços. Horácio passou 5 meses de cama quase morto. Quando melhorou colheu o que restou do roçado, naquele inverno pós tudo em casa e disse a mulher! Dona Zefa Bela, falou em tom Misterioso, Bela eu não vou comer nada disso... Vou fazer uma viagem e não explicou para onde ia. Foi procurar Corisco e pediu que o aceitassem em seu bando. Era uma quinta-feira por isto seu apelido de Quinta Feira. Jorge Horácio tinha 43 anos de idade e toda a sua habilidade de vaqueiro foi incorporada no ofício de Cangaceiro. Imagine que Jorge pegava um touro pelos chifres sozinho e o amarrava deitando o touro e imobilizava as 4 patas do bicho, imagina ele com um soldado de volante em mãos. Portanto o ex vaqueiro e agora Cangaceiro era eficiente em tudo que fazia. Quinta Feira andou uns tempos com Corisco, depois com Ângelo Roque, sua fama chegou aos ouvidos de Lampião que o convidou para o seu grupo. Com a morte de Virgínio Quinta Feira assumiu o seu lugar, como o terceiro homem da hierarquia do bando ficava abaixo somente de Lampião e Luiz Pedro.

Da esquerda para a direita da foto. Vila Nova, ao fundo não identificado, Luiz Pedro, Amoroso, Lampião, Cacheado, Maria Bonita, Juriti, outro não identificado e por último Quinta Feira no estado maior do bando.

Fonte: do Livro Lampião a Raposa das Caatingas. Autor: José Bezerra Lima Irmão.

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LAMPIÃO BOTA TODOS PARA DANÇAR PELADOS NO FORRÓ EM UMA FAZENDA NA ZONA RURAL DE JUAZEIRO NA BAHIA.

 Acervo do pesquisador Guilherme Machado

(Todos dançam Nu! a mando de Lampião! No Forró no Salitre Povoado de Juazeiro Bahia)

No ano de 1929, quando Lampião soube por um catingueiro, que nesse dia iria haver um baita de um forró na Fazenda Jurema Preta, de Propriedade do Sr, Manuel de Anja... Celebração do Casamento de sua filha; A notícia agradou Lampião, que estava pela região e queria se divertir um pouco, coisa que não faziam a muito tempo, por falta de oportunidade e opressão da força Policial do Nordeste... Mandou avisar o dono da casa que iriam ao casamento com paz e muita alegria, e que pusesse água no feijão para ele” Lampião e seus meninos, que queriam brincar a noite inteira... O fazendeiro Mané de Anja, fingindo-se satisfeito com a notícia agradou de sob modo a Lampião, e respondeu ao Capitão que era uma honra recebe-lo com seu bando em sua casa e que o esperava. Mais sem perder tempo, guardando reserva da notícia, enviou imediatamente uma carta ao Delegado de Juazeiro, avisando da presença de Lampião e seu bando na festa, e pedindo urgente providencia, e que a Polícia evitasse que ele e família passassem por momentos vexaminosos... Mais o destino conspirava contra o velho fazendeiro, e para a sua desgraça Lampião interceptou o mensageiro e lhe tomou a carta! Meio desapontado com o comportamento do fazendeiro Mané de Anja, Lampião ficou calado e se dirigiu com o bando para o local da festa! Chegando a Fazenda no finalzinho da tarde, quando a festa já ia bem animada. Dividiu o seu pessoal e dois grupos, ficando metade na malhada da Fazenda e a outra Parte com o Capitão. A presença de Lampião foi um terror para os convidados que não o esperavam, mais para o dono da casa era uma expectativa não menos perigosa, pois até aquele momento não sabia se o mensageiro havia entregue ou não? E vez por outra dava uma olhada na estrada, e nada? Lampião tranquilo animava a festa fingindo a inexistência da carta, ao Delegado de Juazeiro... Lampião certo estava de possuir a chave do enigma, nem por isso deixou de seguir os movimentos do velho! Ao anoitecer quando o Forro estava no maior do seu auge, Lampião subiu em uma cadeira e falou!!!

“Atenção pessoal! Parou tudo!!! Instantaneamente o silencio tomou conta do lugar, continua Lampião, Vocês vão conhecer agora quem é este véio safado! Traidor! Que é o dona da casa, os convidados ficaram a se olharem entre se, atônitos e preocupados com aquela Exclamação! De Lampião! Imobilizados aguardavam as avalanches de violência por Lampião e seu grupo... Continua Lampião. Ele mandou dizer que eu podia vim brincar com meus meninos, e tirando a carta do bolso, disse este safado mandou para o Delegado para que tivesse tiroteio entre vocês e meus meninos sem se preocupar com vocês” agora me digam isto é papel de homem, me respondam gente” todos por uma só voz, não senhor Capitão... E continua Lampião, então vocês vão escolher morrerem todos ou vamos todos dançarem nu, que é para este valho descarado tomar vergonha na cara! Escolham! E o povo escolheu a nudez sem depravação se algum gaiato ficar alterado será capado na frente dos demais, que é para respeitarem as mulheres presente, assim falou Lampião. Lá pelas altas madrugada depois de muitos bêbados homens e mulheres no bacanal proporcionado por Lampião! Dois rapazes libidinosos e alterados foram retirados da festa e capados por gente de Lampião. Amanheceu o dia e antes de finalizar a esbornia de pelados Lampião deu ordem que capassem o velho traidor...!!!

Fonte: Derrocada do Cangaço, Felipe de Castro, 19 de Setembro 1977 Pàgina 167. Observação a fotografia da festa é uma ilustração, não sendo da época do forró do Salitre.

https://www.facebook.com/groups/893614680982844/?multi_permalinks=1950156361995332%2C1948865795457722%2C1948299415514360%2C1949987665345535&notif_id=1680706631765436&notif_t=group_activity&ref=notif

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MULHER A FÊMEA MAIS LINDA E FEITA DE UMA SÓ COSTELA

Por José G. Diniz

Sou filho de uma mulher
E sou casado com uma
Minhas irmãs muito soma
Por não ser um qualquer
Faça o que você quiser
Não chega aos pés dela
É meiga, amorosa e bela
Igual não encontrei ainda
Mulher a fêmea mais linda
E feita de uma só costela
Minha mãe foi carinhosa
Sustentáculo na minha vida
Por mim jamais esquecida
Mulher firme e corajosa
Minha lembrança saudosa
Sempre dedico mais a ela
Sinto bastante a falta dela
E ciente que não tem vinda
Mulher a fêmea mais linda
E feita de uma só costela
Toda mulher é para mim
Um símbolo de segurança
Que seja brava ou mansa
Eu vou gostar mesmo assim
Vou cuidar do seu jardim
Vou temperar sua panela
Vou zelar bem sua cadela
Com champanhe ela brinda
Mulher a fêmea mais linda
E feita de uma só costela.

https://www.facebook.com/josegomesd

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PASSOS

 Por Hélio Xaxá


Como estou?
Vou indo...
Sei quem sou
E isto basta-me.
Como eu sou?
Sou lindo!
Em mim estou
Deus abraça-me.
Deixa-me passar
Como passa o vento...
No meu passo lento
Vencerei esse caminho...
Não vim passear
Passo com o tempo
E sem contratempo
Eu irei mesmo sozinho.
No meu passo
Sob um sol bonito
No compasso
De Deus ao Infinito.

https://www.facebook.com/helio.xaxa

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VISITANDO O TÚMULOS DOS CANGACEIRO SILA E ZÉ SERENO.

Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Em visita ao túmulo do casal cangaceiro Sila e Zé Sereno no Cemitério da Paz na cidade de São Paulo/SP.

A visita foi realizada no dia 28 de julho de 2020, ou seja, há exatos oitenta e dois anos da morte de Lampião.
Fica o registro.

https://www.facebook.com/stories/create

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CONTANDO HISTÓRIAS.

 Por Rangel Alves da Costa

Não é fácil escrever e descrever percursos históricos. Não é fácil contar histórias. Não é fácil narrar fatos acontecidos nos tempos idos. Não é fácil ir buscar os episódios, os grãos que depois de recolhidos formam uma só colheita de informações. Não é fácil catar nas entranhas das memórias as revelações tão necessárias ao conhecimento. E depois de tanto ouvir sobre o mesmo fato, ainda assim precisar ouvir mais testemunhos ainda sobre o mesmo episódio. Eu faço sempre assim nas pesquisas sobre o cangaço e sobre as sagas sertanejas. Repito: não é fácil. Não é fácil enveredar pelos matos, caminhar debaixo do sol e da chuva, abrir porteira atrás de porteira, repetir “oi de casa” como um eco já impregnando na voz. Não é fácil vencer pontas de espinhos, mutucas, urtigas e as surpresas surgidas nos tufos do mato e em meio a macambiras. Não é fácil ir além, e muito mais além, perante cada situação encontrada. Ao invés do contentamento com o encontrado, o trabalho maior surge no instante seguinte, a partir de indagações: quando, por que, como, e muitas outras. Mesmo que a pessoa já leva consigo o conhecimento, ainda assim impossível não se intrigar com o encontrado. Ora, uma cruz do cangaço não é só uma cruz, pois possui todo um contexto histórico de seu surgimento, causas e motivações. Um coito do cangaço não é só um coito, um local de refúgio e repouso de cangaceiros, mas uma moldura estratégica e geográfica que envolve muitas outras análises. Não, realmente não é fácil testemunhar pelo olhar e tocar com as mãos o passado ainda sangrando, pulsando, querendo levantar das sepulturas para contar as “verdades verdadeiras”. De repente ouço e me espanto com as folhagens das catingueiras se abrindo em frêmito. Ouço passos, ouço sons vindos das entranhas das matas. Vozes inaudíveis, sussurros, bramidos. As aves carnicentas rondam pelos arredores. Cangaceiros e volantes estão por perto. Um pipoco, um disparo bem ao lado, um grito, um “corre, corre, fuja, fuja, ataca, ataca...”. Sangue espalhado, gemidos de dor. A pólvora sufoca os espaços catingueirentos. Mas como, se eles não estão mais ali, se as armas de guerra já se calaram? Nada disso. Cangaceiros, soldados volantes, coiteiros e coronéis, todos continuam vivos. E bem vivos. Por isso mesmo que tanto são procurados. E sempre são achados nos confins dos sertões.

https://www.facebook.com/rangel.alvesdacosta

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PÁTRIA SEM PATRIOTISMO

Autor: José Di Rosa Maria


Sou filho de um país
Mísero de patriotismo
Onde a voz do civilismo
Não retumba por justiça;
Onde as tetas da preguiça
Nutrem quem rege o poder...
Devendo a vida ao dever,
Traindo a lei do amparo
Onde o menor, paga caro
Pra respirar e viver.
*
Sou parte de uma pátria
Onde a voz do patronato
Brada pelo peculato
Guilhotinando a razão;
Onde o justo pelo pão
Todas às vezes sem vez
Come o pão que o diabo fez
Sempre das piores formas
Sufocado pelas normas
Dos criadores das leis.
*
Sou de onde se endeusa
Com regalia e destaque
Jogador que vira craque,
Ladrão que discursa bem...
Presidente que não tem
Orgulho de governar
Que faz tudo pra reinar
Porque sabe que enrica
Ao contrário de MUJICA
Que reinou sem enricar.
*
Nasci onde a injustiça
Zomba da honestidade
Porque a impunidade
Filha da demagogia
Perante a democracia
Reina com força de sobra
Arquitetando manobra
Pra mandar de qualquer jeito
Como dona do direito
Que o povo tem, mas não cobra.
*
Na pátria mãe do meu ser
A falta de probidade
Governamental invade
Os gabinetes urbanos,
De onde os maléficos planos
Se erguem como tornados
Tirando dos desgraçados
A dignidade digna
Gerando a sorte maligna
Dos seres pisoteados.
*
Nada é mais absurdo
Que trair seu próprio povo
Usando um discurso novo
Recheado de maldade;
Isso com facilidade
Acontece onde eu nasci
Tanto, tanto que esqueci
Infelizmente o total
Da conta descomunal
Dos votos que já perdi.
*
Lamento ver meu Brasil
Nas mãos de gente corrupta
Na sujeira ininterrupta
Ser aos poucos destruído
E lá fora defendido
Por quem aceita derrotas
E troca a gente por notas
Pensando que a gente é gado,
É ruim ser representado
Por falsos compatriotas.

Enviado pelo o autor.

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