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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Lampião e outras histórias - Cabra e cobra no bando

Por Doizinho Quental


José Leite de Santana, que antes de entrar no bando foi apelidado de Jararaca, e nasceu em 5 de maio de 1901, no sítio  Joazinho – antigo Riacho do Juá - em Buíque Pernambuco.

Desde menino, foi muito ágil, fazia malabarismos com facas e punhais que encantavam os amigos e parentes.

Ainda novo, com mais ou menos 26 anos de idade, engrossou as fileiras do cangaço entrando para o bando de Lampião. Era um mulato de estatura mediana, uma figura inexpressiva, porém, de uma valentia e perversidade que muito bem lhe assentava o apelido de jararaca.

Este monstro praticou os mais bárbaros crimes que um indivíduo pode cometer. Ficou na história do bando de Lampião como o maior facínora, um dos mais temíveis cangaceiros.

Rodrigues de Carvalho em seu livro “Serrote Preto”, afirma que ele entrou no bando de Lampião em abril ou maio de 1926. A sua única intenção, ao ingressar no bando, foi a de fazer uma profissão mais rendosa, pois o seu ofício de trabalhador da roça não lhe rendia nada. 

José Leite de Santana serviu o exército no 23 BC do Rio de Janeiro, dando baixa para voltar à sua terra natal. Sem outra alternativa, executava serviços de brota, limpa e destroca, trabalhando de alugado, como ainda fazem muitos dos nossos infelizes homens das terras nordestinas, ganhando uma miséria, que mal dá para suprir as mínimas necessidades pessoais. 

Ele e o outro companheiro estavam neste ofício pesado, debaixo de um sol causticante, à margem de uma estrada, quando por ali passa a quadrilha de Lampião. Os cabras, vendo aquele sacrifício desgraçado, param um pouco para um dedo de prosa. Um deles pergunta:

- Quanto voismicês ganha pra puxá cobra prus pés?

- Home, respondeu José Leite de Santana, nóis ganha uma misera, treis mi réis por dia.

– E quale a hora de pegá no sirviço?

- Ah! Bom! Nóis se lasca no sirviço das sete hora até de tardezinha!

– Arre égua, parece qui voismicês inda tá na era dos iscravo!? Pruque voismicês num acumpanha nóis? Si acabá de fomi e morrê de trabaiá, é mió se acabá  no musquetão. E tem dessa, o home só morri quando é chegada a hora. Nóis faiz um alssaltozim aqui, outro ali e quano chega o fim du dia nóis tem vinte ou trinta mi réis. Vamo mais nóis?

- Ochênte, só se fô agora, disse Zé Leite e imediatamente perguntou ao companheiro: -Vamo caba véi?

– Tu tará doido, home!?

– Intão me dê a tua apragatas, cuma é qui  vô lutá pisando in tôco?

– Nun dô não, disse o outro, ela “custô foi seis mi réis, dois dias de trabáio”.

Então, José Leite de Santana, numa perversidade sem tamanho, puxou a peixeira e, sem dizer palavra, esfaqueou o companheiro depois, com a maior calma do mundo, retirou-lhe as alpargatas e saiu assobiando.

Os cabras da quadrilha gargalhavam como se aquilo fosse um deleite para as suas vistas. Um deles falou rindo:

- Eita jararaca mulestada! Um caba dêsse é qui  nóis precisa! 

Foi nestas circunstâncias brutais e desumanas que José Leite de Santana, de cabra, virou cobra no bando. 

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Claudio Fontana na TV GAZETA


SÀBADO-TV-GAZETA-01hrs da manhã -STEPHANIE JUNQUEIRA recebe em seu Programa o cantor e compositor maranhense CLAUDIO FONTANA, contando tudo sobre sua vida, sua carreira, e comemorando os "40 ANOS DE SUCESSO DE sua canção "O HOMEM DE NAZARETH" - Não Perca - Um Programa ULTRAFARMA.

Cláudio Fontana nasceu em  São Luís, no dia  14 de junho de 1945. É um cantor e compositor brasileiro,

Fez sucesso na década de 1960 com a gravação Adeus Ingrata, pela Copacabana. A música vendeu mais de cem mil cópias.

Foi líder do Grupo Chocolate, ao lado da esposa e dos dois filhos. Participou de muitos programas de televisão da época e se apresentou nos palco.




 http://www.youtube.com/watch?v=hHS0tWi8Hww

As canções de Claudio Fontona

Adeus ingrata
O Homem de Nazaré
Menina de tranças
Não toco mais minha guitarra
Os passos errado de minha vida
Estou amando uma garota de cor
Meus Ídolos
De quem será
Tchau, amore!
Clair
Meu bem
Recordações de Ypacarai
Brasil Tropical
Fim de Baile
Eu penso sempre em você
Eu não lhe telefono mais
Meu desejo
Meu novo amor
A carta
Apaixonado



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Lampião e outras histórias - Misericórdia, na Paraíba, foi salva por um soldado, das garras de Lampião.

Por Doizinho Quental


 (História contada por Edmar Alves de Lucena)

Em março de 1926. Lampião foi nomeado capitão do Batalhão Patriótico, em Juazeiro do Norte CE. Esse título fajuto foi formalizado pelo agrônomo Pedro Albuquerque Uchoa, funcionário público federal, que exercia o cargo de Inspetor Agrícola do Ministério da Agricultura, a mando do Padre Cícero Romão Batista, na falta de uma autoridade competente. Nesta oportunidade, além do referido título, foram-lhe concedido dinheiro, bastantes armamentos modernos, como o mosquetão 1908, americano, e também fardamentos para ele e todo o seu bando. 

Portanto, o maior e mais temido cangaceiro do sertão ficou munido de todos os apetrechos necessários para assaltar cidades, como já vinha fazendo há muito tempo. Neste ínterim, Lampião resolveu tomar de assalto a pequena cidade de Misericórdia, na Paraíba. 

Apesar de muito bem armado, o cangaceiro era bastante prevenido. Para isto, enviou um “pombeiro,” elemento de sua inteira confiança, para saber com quantos policiais a cidade estava guarnecido. O investigador, disfarçado, entrou em Misericórdia e indagou de um bodegueiro local:

- Moço, quantos soldados estão patrulhando a cidade? 

– Aqui só tem um cabo e Duzentos! 

O emissário saiu mais que depressa e contou a novidade a Lampião. Este, muito admirado, disse: 

- Vamo negrada, nóis só temo trinta cabra, num dá mode infrentá um bataião desse! 

E afundou danado dentro do garranchal.

A verdade é que Duzentos era o apelido de um soldado, até por nós conhecido, visto que o mesmo, tempos depois, comprou uma “marinete” carro com boleia, e transportava passageiros para Juazeiro do Norte.

Esta história nos foi relatada por Edmar Alves de Lucena, proprietário do Posto JK, em Brejo Santo CE.
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João Silva, compositor parceiro de Luiz Gonzaga, faleceu no dia 6 deste mês de Dezembro.


Amigos e familiares prestaram homenagens ao parceiro musical de Luiz Gonzaga no velório que aconteceu na Câmara de Vereadores do Recife, na Boa Vista, sábado, 7 de Dezembro de 2013.

João Silva foi encontrado morto na última sexta-feira (6), no quarto do apartamento onde morava em Boa Viagem. Ele deixou cinco filhos e uma vasta herança artística com mais de 2 mil composições, como Adeus a Januário (com Pedro Maranguape) e A Mulher do Sanfoneiro.

De acordo com a declaração de óbito emitida pela equipe do Instituto de Medicina Legal (IML) na tarde de sábado, João Silva morreu em virtude de uma “hemorragia interna do abdômen devido a um aneurisma de aorta abdominal”. No momento da morte, ele estava sozinho no apartamento. A atual companheira, Benilde Nogueira, tinha viajado para acompanhar a apresentação da filha, que também é cantora, em Aracaju, Sergipe. “Na quinta-feira à noite, liguei e ele não atendeu. Fiquei com um pressentimento ruim e liguei no dia seguinte. Ele costumava acordar às 8h30 para tomar café da manhã em um supermercado próximo, mas não foi visto por lá. Pedi que os amigos fossem até o apartamento”, contou Nogueira.


Biografia

Nascido em Arco verde, a 259 quilômetros do Recife, João Silva foi agraciado com o título de Cidadão do Recife e inscrito na história da cultura pernambucana como um dos grandes compositores de forró. Autor de mais de duas mil composições, tem sua biografia publicada pelo escritor José Maria de Almeida Marques. 

O livro Mestre João Silva, pra não morrer de tristeza registra sua importante participação na criação de Danado de Bom, o primeiro disco de ouro - 1,6 milhão de cópias vendidas - da carreira de Luiz Gonzaga. Em 2009, recebeu homenagens, inclusive do canal Sons de Pernambuco, do portal Pernambuco.com, que inseriu três músicas do álbum João Silva Canta Mais Gonzaga no streaming do portal.

João Silva se preocupava com a preservação do baião. “O problema do forró de hoje é que, a cada quinze músicas gravadas, catorze são xotes e uma é baião”, declarou em entrevista ao Diário, quando preparava o álbum de inéditas Sertão Puro, atuando também como arranjador e produtor. “Só baião é forró puro.” 

Marcaram sua história sucessos como Adeus a Januário (com Pedro Maranguape), homenagem ao pai de Luiz Gonzaga; dentre outras como A Mulher do Sanfoneiro, A Puxada, Pagode Russo e Sequei os Olhos, sobre a seca que assolou o Nordeste entre 1979 e 1983 (com Luiz Gonzaga); Amei à Toa (com Joquinha Gonzaga); Aí Tem e Amigo Velho Tocador (com Zé Mocó), afora parcerias com João do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Pedro Cruz e Dominguinhos, dentre outros. 

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