Clerisvaldo B. Chagas, 3 de fevereiro de 2025
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica: 3.181
Geralmente o
deserto é descrito como uma zona árida, com precipitações atmosféricas
irregulares ou escassas, vegetação inexistente ou rara e relevo formado por
determinadas rochas. O maior deserto do mundo é gelado que é a Antártida. Mas
vamos falar no deserto quente. Na linguagem popular deserto é um lugar
desabitado ou com raríssimos moradores humanos. Os solos costumam ser arenosos
e grosseiros e esses lugares possuem uma grande amplitude térmica, isto é, são
enormes as diferenças de temperaturas entre o dia e a noite. A fauna do deserto
é bem diversificada, mas cada deserto no mundo tem suas características
própria. Pode ser encontrado animal que existe em um tipo de deserto, mas em
outro não.
Obs. Na
crônica costumamos economizar espaço, sem obedecer parágrafos em mudança de
assunto.
No sentido
abrangente podemos encontrar nos desertos, animais como o Camelo, o dromedário,
o antílope, a cabra, ratos, lagartos, cobras, aranhas, insetos, aves
migratórias, gazelas, hienas ursos, marsupiais, lebres, cangurus e escorpiões.
Um deserto pode ser muito extenso e ser conhecido por um nome geral, porém, por
onde ele vai passando, vai recebendo nomes locais. Se no deserto,
pouco chove, se o deserto é pouco habitado, mas sempre tem aquela pessoa, cuja
natureza pede muito pelo seu isolamento. Pessoas que sentem o prazer da
solidão, assim como outras que da solidão têm medo. E as primeiras vão viver no
deserto, numa caverna, numa loca de pedra, num ranchinho feito de lata, de
terra, de qualquer coisa assim. Sentem um prazer enorme nessa condição de
eremita.
Muito pior do que o deserto físico, é o deserto do coração humano. Quando o coração da pessoa se torna árido, seco, duro, sem amor, sem compaixão, sem o mínimo de afeto, pode concorrer com o Saara, com o Kalahari, com o Atacama que por também sentem certo não será negado o merecido troféu. Com certeza já estamos vivendo a Nova Era, tão falada lá atrás, porém, devido a influência forte dessa divisória, difícil fazer comparações entre os seres humanos, com tantos absurdos por eles provocados. O psicólogo, o analista, o observador atento, também sentem intensa dificuldade em decifrar essa mentalidade nova das últimas encarnações, para o bem ou para o mal. Mas um deserto é sempre um deserto.
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