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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

NOVO LIVRO SOBRE O CORONEL DELMIRO GOUVEIA

A UNIASSELVI nos campos dos Coronéis: Jeremoabo, Bahia

Por: João de Sousa Lima

O curso de História da UNIASSELVI- Polo Paulo Afonso esteve visitanto  as fazendas do Barão Cícero Dantas e do coronel João Sá.
Na fazenda "Caritá" do senhor Cícero Dantas, Barão de Jeremoabo, ainda existe um dos mais portentosos e interessantes engenhos do nordeste brasileiro.
A fazenda Caritá que foi uma das mais produtivas de toda Bahia pertenceu também ao coronel João Sá e essa fazenda serviu muitas vezes de coito de Lampião e seus cangaceiros.
Os alunos do curso de história puderam conhecer  um patrimônio histórico e cultural do nosso recente passado.


A casa sede da fazenda Caritá ainda encontra-se em seus aspectos originais.


O maquinário portentoso do engenho da fazenda Caritá.


Uma vista da moenda do engenho.


A família Sá, vendo-se em último plano, à direita, o coronel João Carvalho Sá, proprietário de muitas terras na Bahia e um dos maiores coiteiros de Lampião nesse estado.
Ele foi um dos deputados constituintes na época que o cangaço reinava em terras baianas.
Em sua moradia, na fazenda Espaduada, em Jeremoabo, Lampião passava sempre.


Outro aspecto da moenda do engenho.

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço:
João de Sousa Lima

Enquanto não vem cangaço - FORMATURA DA MINHA FILHA PRYCYLA

Por: José Mendes Pereira

Como diz o escritor Honório de Medeiros, "orgulho de pai"


ADMINISTRAÇÃO
Pela UnP - Universidade Potiguar


Luzia Paiva, sua tia, à esquerda. Prycylla Paiva, à direita


Luzia Paiva, à esquerda. Prycylla Paiva, à direita


Prycylla Paiva, à esquerda. Luzia Paiva, à direita


Da esquerda para direita:
Ana Luzia Paiva, prima. Luzia Paiva, tia. Prycylla Paiva. Clédina Paiva, prima.


Luzia Paiva Fernandes


David esposo, ..., Prycylla
 A formatura foi realizada no dia
11 de Fevereiro de 2011

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2011/09/formatura-da-minha-filha-prycyla.html
http://blogdodrlima.blogspot.com/2011_09_01_archive.html 

Quem foi Leonardo da Vinci?

Por: Adinalzir Pereira Lamego

Leonardo da Vinci viveu entre 1452 e 1519 e foi um dos maiores pintores italianos do Renascimento, além de um dos mais importantes gênios que a humanidade já teve. 


Foi também inventor, músico, filósofo, anatomista, engenheiro, arquiteto, escultor e um estudioso da matemática, pesquisando áreas de figuras e o desenho em perspectiva. 

mona lisa moving the eyes. Monalisa movendo os olhos
Mona Lisa, olhos de Chinesa

Os esboços que deixou, em blocos de anotações, mostram sua capacidade de inventar máquinas, que só foram construídas muito tempo depois, como helicóptero, capacete para escafandrista, máquinas de cunhar moedas, macaco de automóvel, bomba de poço e roda hidráulica, entre outros. 

Monalisa mostrando um peito. Imagem gif animada.
Gioconda moderna, bem atual

A pintura foi o campo em que Leonardo da Vinci mais se destacou. Seu quadro mais famoso, "Mona Lisa", é também a pintura mais conhecida do mundo. Outra obra importante, 

Fonte: artebrasilis.blogspot.com

"A Última Ceia", exerceu poderosa influência sobre várias gerações de artistas.

Mona Lisa sorrindo

Podemos dizer que nenhum homem conseguiu, até hoje, dominar tantos conhecimentos e tantos ramos das ciências e das artes como Leonardo da Vinci.
Fontes:
Blog: "Saiba História", do ProfessorAdinalzir
Blog: "Plataforma Superior"

Vai um filminho aí?

Pra quem não troca o aconchego do lar pela folia de Momo!

A morte comanda o cangaço, 1961.

Sinopse: 

Em 1929, um cangaceiro é protegido por um coronel latifundiário, o homem forte da região. Mas é dado como morto por seu bando, que organiza uma desforra. O filme mostra com impressionante realismo o cenário de horror e ódio pelo qual passou o Nordeste brasileiro na época do cangaço.

Elenco:

Alberto Ruschel, Milton Ribeiro, Aurora Duarte, Ruth de Souza, Leo Avelar, Edson França, Lyris Castellani. - Faustão, 1971.


Sinopse:

Henrique, filho do coronel Pereira, é salvo pelo cangaceiro Faustão, um negro feroz e generoso, beberrão e amante das mulheres, quando o rapaz é atacado pelos jagunços do Coronel Araújo, inimigo tradicional de sua família. Faustão estipula um resgate para o rapaz, mas desiste, resolvendo adotá-lo. Henrique desenvolve o conhecimento da vida de cangaceiro no bando de Faustão. Os companheiros deste são todos dizimados pelo Coronel Araújo e por seu capanga Anjo Lucena. Sobram apenas Faustão, Henrique, Silêncio e Ponto Fino. A chance da desforra surge com o ataque do coronel Araújo à fazenda do coronel Pereira. Faustão luta ao lado deste, mata o coronel Araújo, mas perde, para sempre, seus amigos Silêncio e Ponto Fino. O coronel Pereira também morre, e Henrique assume o controle da fazenda e casa com sua antiga namorada, Vaninha. Os caminhos dos dois ex-amigos agora são diversos. Faustão forma novo bando e é perseguido pela volante do agora coronel Henrique. No final, os dois têm de se enfrentar em duelo, onde nenhum pode sair vitorioso.

Direção: Eduardo Coutinho
Produção: Leon Hirszman

Elenco: 

Eliezer Gomes, Jorge Gomes, Anecy Rocha, Gracinda Freire, José Pimentel, Valquíria Mamberti, Roberto Ney, Antônio Albuquerque, Taise Costa, Cosme dos Santos, Valquíria Mamberti, Roberto Ney, Rubens Teixeira, Samuca, Leandro Filho, Cleiton Feitosa, Chico Couro, Damião José, Josué Euzébio, Laércio Alves, Paulo Guimarães, Kátia Mesel, Maria Áurea, José Cláudio, Walter Mendes, Rafael dos Santos...

Fonte: 
TV Cangaço, YouTube

Créditos para: 


Adquiri no "Lampião Aceso"

A DENGUE DA “BORBOLETA” ME PEGOU!

Por: Rostand Medeiros
]

Amigos e amigas peço desculpas por ter deixado o nosso TOK de HISTÓRIA meio de lado. Foi devido a estar acometido desta tão antiga doença chamada 


dengue, que ninguém dá jeito na nossa carcomida e bela Natal. Para provar como a situação anda nesta bela terra do sol, vejam logo abaixo esta já antiga notícia da Tribuna do Norte.

Mas isso não é nenhuma novidade por aqui, pois afinal de contas somos uma cidade dominada por insetos, no caso da ordem dos insetos lepidópteros (as borboletas).
O risco de dengue em Natal

Fonte-Tribuna do Norte - Publicação: 27 de Janeiro de 2012

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou ontem um alerta, acompanhado de um mapa, mas sem informações de infestação predial, sobre o risco de epidemia de dengue no Rio Grande do Norte neste período de sol e chuva. O que chamou atenção foi a inclusão de Natal entre os municípios com “risco muito alto” de epidemia. E por que chamou atenção? Porque no apagar das luzes de 2011, a prefeita Micarla de Sousa chegou a comemorar o fato de Natal ter ficado fora da lista dos desafortunados. Dizia o rilize enviado pela Assessoria de Imprensa para todos os jornais no dia 28 de dezembro: “A prefeita Micarla de Sousa, ao ser informada pelo Ministério da Saúde de que Natal está fora do risco de epidemia de dengue, creditou os bons índices ao trabalho preventivo realizado pela Prefeitura do Natal, com ênfase ao apoio concedido à categoria dos agentes de combate às endemias e à contratação de mais 100 agentes temporários para trabalhar na prevenção do mosquito.”

E mais adiante reforçava: “Trabalhamos muito a prevenção. Concedemos estabilidade funcional aos nossos agentes. E contratamos mais 100 temporários. Além disso, realizamos uma série de ações preventivas.” O texto lembrava que aquela era a primeira vez que o município não corria risco de epidemia de dengue por apresentar índice abaixo de 1% no Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypt (Liraa).

E era mesmo. O Mapa da Dengue, divulgado pelo Ministério da Saúde em dezembro, indicava  infestação de 0,8 circundado por uma tarja verde, que indicava índice satisfatório. O problema agora é saber o que houve. Se o número anterior do Ministério da Saúde estava errado; se o atual da Sesap não reflete a realidade ou se o Aedes aegypti tem mesmo capacidade de proliferação relâmpago. Entre um Liraa e outro a diferença é de um mês.

Extraído do blog: "Tok de História", 
do historiógrafo e pesquisador do cangaço, 
Rostand Medeiros

Caravana Cariri Cangaço: Desafio de Carnaval - Personagens


Aderbal Nogueira, documentarista, produtor, pesquisador. Foi um dos  idealizadores da Caravana; sairá com o grupo de Fortaleza; Alcino Alves Costa, o festejado Decano Caipira de Poço de Redondo, se integra à Caravana Cariri Cangaço- GECC, em terras sergipanas...


Família que pesquisa unida... Tomaz e Afrânio estarão na Caravana desde a sua saída em Fortaleza, já em terras baianas, o anfitrião será 


João de Sousa Lima e os amigos de Paulo Afonso, ali, a Caravana passará tres dias e teremos uma reunião de toda Família Cariri Cangaço daqueles lado do nordeste.


O advogado e pesquisador Lívio Ferraz, como não poderia ser diferente, estará também desde a largada em Fortaleza... 


ao lado do confrade Valentin Antunes, sempre presente nas jornadas de nosso Cariri Cangaço-GECC.


Em Piranhas certamente ao lado do Conselheiro Cariri Cangaço Jairo Luiz e ainda dos amigos Cacau e Inácio Loiola, 


teremos a oportunidade de juntamente com Antônio Vilela, percorrermos novamente Angico e definir o local da Placa em Homenagem ao soldado Adrião.


Os Conselheiros, Juliana Ischiara e Pedro Luiz Camelo, se integram a Caravana desde seu início, Juliana nos espera em Quixadá e 


Pedro Luiz já estará "no ponto" quando estivermos saindo do Ceará e entrando em Pernambuco, para a primeira cidade: São José de Belmonte... 


Múcio Procópio será o representante do Grupo de Natal na Caravana Cariri Cangaço-GECC, também saindo de Fortaleza, mostrando a intregação desta grande família que possui uma coisa em comum, o amor pela sua terra e pela sua gente, 


confirmados por nossos últimos anfitriões: José Cícero e Bosco André em terras do nosso Cariri.


Tudo pronto; amanhã por volta das cinco da manhã estaremos saindo de Fortaleza e da capital alencarina vamos percorrer os mais de 3.500km da Caravana, serão 22 cidades visitadas num estirão quase de sol a sol, mas, ao final, a certeza de mais um momento inesquecível e do fortalecimento dos laços que norteam o convivio desta grande família de vaqueiros da história. Para ficar sabendo de tudo dessa Caravana Cariri Cangaço-GECC, continue acompanhando através do www.cariricangaco.com, certamente por onde andarmos, estaremos imediatamente colocando você, nosso leitor, em contato com essa aventura.

Manoel Severo

Extraído do blog: "Cariri Cangaço"

Tenente Pompeu

Por Aderbal Nogueira

Amigo Mendes.

Segue trecho do depoimento do Ten. Pompeu Aristides de Moura, um dos responsáveis pela morte de Virgínio, cunhado de Lampião.

Ficheiro:Virgínio Fortunato e bando NH.jpg
Virgínio está no centro da foto

Ten. Pompeu sempre foi de um realismo preciso. Nunca contou vantagens em nada, pelo menos nos depoimentos que gravou comigo em aproximadamente 8 vezes que estive com ele.

Ingrid, Paulo Gastão e Mabel

Paulo Gastão estava presente na primeira parte desse vídeo e ficou muito encantado com a pessoa do Ten. Pompeu.

Pessoa que temos muitas Saudades.

Aderbal Nogueira


http://www.youtube.com/watch?v=FibxGuprcmc

Enviado pelo cineasta e pesquisador do cangaço:
Aderbal Nogueira

O Cangaceiro JURITI


O cangaceiro baiano Manoel Pereira de Azevedo, oriundo do lugarejo Salgado do Melão, chegou ao bando de Lampião, com o nome de guerra JURITI, mas LAMPIÃO, de imediato, quer trocá-lo por Maçarico, mas o recém chegado cangaceiro rejeita o novo nome por considerá-lo afeminado e impõe a sua vontade de permancer sendo chamado de JURITI.

O capitão, que sempre admirou homens de personalidade e temperamento fortes, não colocou obstáculo ao preito de seu novo comandado e a partir daquele momento passaria para o esquecimento o nome Manoel Pereira de Azevedo para surgir, com todo fulgor, o perverso JURITI.

Era um rapaz de corpo atlético, esguio, louro, cabelos finos, gestos elegantes, boas maneiras, apesar de genioso e perverso ao extremo. A conta criminosa e maldita do cagaceiro de Salgado do Melão foi vasta e adubada com muito sangue e muitas dores.
Tempos depois, já famoso e comentado, JURITI leva para a sua companhia a jovem 

O escritor João de Sousa Lima e Maria de Juriti

Maria, uma filha de Manoel Jerônimo, vaqueiro da fazenda Picos. Vamos encontrar JURITI e sua companheira Maria no coito de Angico, junto com Virgulino Ferreira, no fatídico 28 de julho de 1938. Naquele dantesco acontecimento muitos bandidos, atônitos e sem saber o que estava acontecendo, só pensavam em fugir daquele inferno. Milagrosamente muitos conseguiram sair daquele inesperado abismo que se abateu sobre o grupo bandoleiro. Milagre que não foi possível para onze companheiros, incluindo o maioral, o grande chefe, LAMPIÃO. Do contingente que conseguiu se salvar alguns foram baleados. A luta para transportar os enfermos foi titânica. Os que tinham condições de carregar os feridos não pouparam esforço, mostraram que faziam parte de uma família verdadeiramente unida. Foi com admirável boa vontade e coragem que transportaram seus doentes para locais seguros, onde os mesmos pudessem ser tratados.

ADENDO 
José Mendes Pereira

Esse cangaceiro, foi um dos que pagou caro pelas perversidades que praticou contra seres humanos. É claro que não devemos elogiar pessoas que vivem das maldades. Mas também não podemos aceitar que esses cruéis assassinos, sejam maltratados de forma desumana. É o caso do Juriti, um assecla cheio de delinquências. Ninguém sabe o porquê de seu pensamento adverso em fazer somente o mal. Coisa que só o pai celestial é quem sabe explicar.

O perverso não veio ao mundo marginal. Dedicou-se à marginalização por falta de opção: escolas musicais, escolas de teatro, atletismo, cursos profissionalizantes, incentivo à leitura etc. Se isso um dia tiver franco, o jovem que não tem o que fazer, irá procurar participar da sociedade, juntando-se aos demais que pretendem ser alguém na vida. 


O escritor Alcindo Alves, afirma em seu livro: "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angicos", que o primeiro cangaceiro conhecido por Juriti, foi o João Soares. Um assecla do bando dos marinheiro, agregado mais ou menos na década de vinte.

Na madrugada do dia 28 de julho de 1938, no momento da chacina lá em Angicos, em Sergipe, Juriti e a sua companheira Maria, tiveram a sorte de se livrarem dos estilhaços de balas, e conseguiram ludibriar o cerco. E sem condições de reagirem contra os policiais, embrenharam-se às matas, para ver se conseguiam uma distância e não serem pegos pelas volantes. Onze cangaceiros foram abatidos, inclusive o rei Lampião e a sua rainha Maria Bonita. Após três meses do combate de Angicos, o cangaço fora enterrado juntamente com o rei Lampião. E cada um tomou o seu destino, e a maioria foi para Jeremoabo, na Bahia, para se entregar às autoridades.

O capitão Aníbal Vicente Ferreira, comandante geral das forças de combate ao banditismo, resolveu o problema dos remanescentes de Lampião com o coração, enterrando a razão juntamente com o cangaço. Ofereceu uma nova vida aos cangaceiros, assinou documentos, dando-lhes garantia de liberdade, encaminhando-os para se incorporarem à sociedade.

Juriti foi um deles, que juntamente com Maria e o cangaceiro Borboleta (este sendo irmão do assecla Sabonete), entregaram-se as autoridades, sendo liberado. Mas o Juriti não sabia que alguém o procurava.

Na década de quarenta, por má sorte de Juriti, o delegado de Canindé era o Amâncio Ferreira da Silva, um militar mais famoso daquela região, o sargento Deluz. Mesmo ele sabendo que o movimento social de cangaceiros havia se acabado, procurava com prazer os remanescentes de Lampião, só para exterminá-los.

Em 1941, Deluz era proprietário de uma fazenda denominada Araticum. E nessa madrugada, Juriti estava em Pedra Dágua de rede armada e cachimbo aceso, na casa de um amigo, o Rosalbo Marinho.

Assim que tomou conhecimento da presença de Juriti em Pedra Dágua, Deluz resolveu ir aprisionar o pássaro humano.

Juriti lhe disse que era um homem já liberado pela justiça, e não podia ser preso, uma vez que o capitão Aníbal havia lhe dado documento de soltura. Mas o delegado Deluz não quis saber disso. Prendeu-o e juntamente com os seus capangas, levaram o assecla com destino a Canindé, nas terras do Estado de Sergipe, arrastando o pássaro humano que logo iria morrer. Juriti sabia que não havia milagre, e não se cansava de chamá-lo de covarde.

Ao chegarem a uma fazenda denominada Cuiabá, Deluz deixou a estrada e entrou na caatinga. Em uma capoeira, chamada Roça da Velhinha, fizeram uma fogueira. Fogo pronto, os perversos jogaram o ex-bandido dentro do língua de fogo. As chamas famintas principiaram pelas vestes. Juriti sentindo as labaredas assando o seu corpo gritava de dor e ódio. Mas continuava dizendo: “Covardee!... Covarde!... Covard...! Cov...!” A sua voz foi sumindo como um eco bem distante. Em pouco tempo, o fogo assou o Juriti consumindo as suas carnes vivas.

Fontes de pesquisas: 

Lampião além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angico 
Alcindo Alves da Costa.

Carnaval em Mossoró - 17 de Fevereiro de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento
Geraldo Maia e Dr. Vingt-un Rosado

Um dos primeiros clubes que marcou época foi à agremiação “Condoleiros Mossoroenses”, entidade que foi extinta porque as pessoas começaram a denominá-la, pejorativamente, de comboieiros mossoroenses.
               
Do jornal O Mossoroense


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Autor:

Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:


VOU FAZER VOCÊ CHORAR (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

VOU FAZER VOCÊ CHORAR

Tem nada não, deixe o tempo passar. Tem nada não, vento batendo à porta avisa que quer entrar. Quem faz sempre esquece, mas jamais esquecerei e vou fazer você chorar.

Não moverei minha mão, não darei um passo sequer, não pedirei a ninguém nem tecerei por encomenda nada que te faça sofrer, mas sou amigo do tempo, sou fiel companheiro dos dias, quase convivente com as horas. A estes vou revelar o que sofri e fazer você chorar.

O tempo, os dias, as horas, até os imperceptíveis segundos, de repente se encontram no mesmo calendário para formar a vida. Nada na vida se move sem um impulso chamado destino. E qual o destino de quem planta no outro a angústia, o sofrer, a aflição? Eu não, mas com minha dor o destino fará você chorar.

E de repente o destino lhe tira do sério, lhe traz aperreio, lhe dá um aperto no coração. Destino às vezes malvado, silenciosamente age para surgir a lembrança, a saudade, a recordação. Um olhar, um sentir, um cheirar, qualquer coisa que faça despertar, e eis a ação do destino.

Destino mexe com tudo. Uma frase, uma música, uma fotografia, uma tarde, uma lua, uma noite, uma folha, um vento, uma poesia. Em tudo isso o pensamento no passado, o pensamento em mim e uma vontade danada de chorar. E por isso mesmo mais cedo ou mais tarde vou fazer você chorar.

Nem pense que sou eu, mas o destino agindo por mim. Quando pensar que é apenas o acaso, e lá estará ele fazendo você ouvir a música que eu cantava pra você. Lembra de “Todo Azul do Mar”, de Flávio Venturini? Pois é, você vai ouvir e chorar:

“Foi assim como ver o mar/ A primeira vez que meus olhos/ Se viram no seu olhar/ Não tive a intenção/ De me apaixonar/ Mera distração/ E já era o momento de se gostar/ Quando eu dei por mim/ Nem tentei fugir/ Do visgo que me prendeu/ Dentro do seu olhar/ Quando eu mergulhei/ No azul do mar/ Sabia que era amor/ E vinha pra ficar/ Daria pra pintar todo azul do céu/ Dava pra encher o universo da vida/ Que eu quis pra mim/ Tudo que eu fiz/ Foi me confessar/ Escravo do teu amor/ Livre para amar...”.

Nem pense que forçarei o mar nos teus olhos, mas sei que não suportará quando o destino lhe açoitar ao abrir despretensiosamente um livro retirado casualmente da estante e lá estiver o poema “Fumo”, de Florbela Espanca:

“Longe de ti são ermos os caminhos/ Longe de ti não há luar nem rosas/ Longe de ti há noites silenciosas/ Há dias sem calor, beirais sem ninhos!/ Meus olhos são dois velhos pobrezinhos/ Perdidos pelas noites invernosas.../ Abertos, sonham mãos cariciosas/ Tuas mãos doces, plenas de carinhos!/ Os dias são Outonos: choram... choram.../ Há crisântemos roxos que descoram.../ Há murmúrios dolentes de segredos.../ Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!/ E ele é, ó meu Amor, pelos espaços/ Fumo leve que foge entre os meus dedos!...”.

E o destino, esse mesmo tão senhor do destino, colocará à tua mão um alvíssimo lenço para levá-lo aos olhos todas as vezes que passar por um mercado de flores, diante de uma floricultura, perto de um jardim florido. Quantos ramalhetes, buquês e rosas avulsas levadas à mão eu já entreguei. Da primeira vez, tímido ainda, deixei na janela junto com um bilhetinho: “Empresta a estas flores o teu perfume!”.

Fizeste o que não deveria, talvez pensando em mortificar hoje porque amanhã seria outro dia. Mas quanto dói sofrer sem merecer, sabes muito bem. Talvez nem saiba por que eu não soube oferecer outra coisa senão amor. E amor escrito na folha seca, na carne da árvore do jardim, desenhando letras pelo espaço, no silêncio do olhar que dizia amar mais que tudo. Em tudo o amor e tanto amor. Mas de repente...

De repente a porta se abriu e você me disse que tivesse cuidado porque a estrada era muito longa e eu seguiria sozinho. Depois fechou a porta sem um adeus. Parti levando à sombra o meu destino. Segui adiante, porém meu destino achou de voltar.

E vive pertinho de você. E diz que vai fazer você chorar...


Rangel Alves da Costa* 
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Sem você (Poesia)


Sem você

 Por: Rangel Alves da Costa



Da noite
tirando a lua
fica a escuridão
mas sem você
não há mais nada...

da voz
tirando a palavra
fica o silêncio
mas sem você
não resta nada...

da roseira
tirando a flor
fica o espinho
mas sem você
não fica nada...

do tempo
tirando os anos
ficam os dias
mas sem você
não há mais nada...

da vida
tirando o ser
fica a saudade
mas sem você
não resta nada...

do amor
tirando a paixão
fica o desejo
mas sem você
não fica nada...

do que sou
tirando você
não sou mais nada...



Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com