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sábado, 2 de novembro de 2024

HERÓIS E BANDIDOS

Beto Rueda

A existência de grupos armados que agiam violentamente no interior do Brasil tem raízes nos confins de nossa história política e social. Também vêm de longe escritos que relatam e analisam as ações desses bandidos país afora. Os romances brasileiros desde o séc. XIX retrataram fartamente essa figura típica dos interiores brasileiros. Um bom exemplo é um romance do cearense Franklin Távora (1842-1888) publicado em 1876. O Cabeleira narra a história de dois bandidos do sertão que viveram no séc. XVIII.

Mas a partir das primeiras décadas do século XX que as obras sobre os bandidos do sertão se multiplicariam, época em que também se intensificou a atuação dos cangaceiros.

Em 1917, o político e escritor cearense Gustavo Barroso (1888-1959) publicou Heróis e Bandidos, uma das obras mais importantes da época sobre o tema.

Gustavo Barroso atuou intensamente no jornalismo, política e diplomacia brasileira. Sua carreira de escritor exerceu nas mais diversas modalidades. Com mais de cem títulos, publicou ficção, ensaio, poesia; livros de história, crítica, política, folclore entre outros temas. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, nacionalista convicto, antissemita declarado e militante e divulgador do integralismo, doutrina política de extrema direita inspirada no catolicismo conservador e no fascismo europeu.

REFERÊNCIAS:

BARROSO, Gustavo. Heróis e Bandidos: os cangaceiros do Nordeste. Fortaleza: ABC, 2012.

CARDOSO, João. Heróis e bandidos. < http:// blog.bbm.usp.br/2015/herois-e-bandidos/ >. Acesso em 25 out.2024.

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SERTÃO ORNAMENTAL

 Clerisvaldo B. Chagas, 31 de outubro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.139

A história se repete no Sertão quando se aproxima o Natal, descrito tantas vezes neste espaço. Quase todas as árvores sertanejas prestam tributo ao Criador dos Mundos.  Arbustos, cactáceas, árvores, arvoretas e gramíneas enfeitam parte do sertão diante dos olhos dos animais selvagens, domésticos e do ser humano. É o mandacaru, o facheiro, a coroa-de-frade, a favela, o alastrado o rabo-de-raposa, as margaridas do campo, o pereiro, o jasmim, a craibeira... E vamos nos deleitando com as variadas flores que surgem isolada ou não nas trilhas, nas veredas, nos caminhos, nas baixadas, nos cocurutos dos serrotes, nas beiras das lagoas. Em muitas dessas vezes nos sentimos pequenos, mínimos, sumidos, diante da grandeza da flora e sua homenagem ao Senhor Jesus e às suas criaturas.

CRAIBEIRA NA ANTIGA ESCOLA HELENA BRAGA. FILHA AO LADO QUERENDO FLORAR. (FOTO: B. CHAGAS).

E vamos terminando o mês de outubro numa primavera típica: dias ensolarados e quentes, noites úmidas e ventos frios nos conduzindo para novembro que às vezes nos brinda com trovoadas, primeiras. E como não temos mar, vamos marcando presença nos açudes, nas represas, nas praias do “Velho Chico” em Piranhas, Pão de Açúcar e se aventurando para as bandas de Belo Monte, Olho d’Água do Casado, Delmiro Gouveia...  Novembro, o mês tradicional dos ventos por aqui, há muito os antecipou e ainda continuamos vivendo essa realidade.  E se as matas, no geral ficam crestadas, pontos isolados da caatinga destacam-se com seus preciosos ornamentos ao viajor de olhares perscrutadores.

É por isso que também na paisagem urbana, vamos nos surpreendendo com as maquiagens das nossas damas representativas como a craibeira que surge por cima dos quintais nos pátios de escolas tais como A Francisco Correia e a antiga Helena Braga, já tem adolescente com mais de 15 metros de altura. Lançar um olhar de aprendizado aos vegetais neste período é prazeroso e cultural onde aprendemos com a Natureza a resistir, a acreditar, a ornar a alma e fortificar as virtudes. A aproximação do final de ano é mais um motivo de reflexão, na igreja, no quarto, na varanda, no alpendre, na rede...  Pois, como nos foi ensinado no catecismo da Igreja Matriz de Senhora Santana: “Deus está aqui, aqui, aqui, ali, em todos os lugares”, mas você é quem decide se quer se encontrar com Ele.

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PLANETA MERCÚRIO

 Por Átila Matias

Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e o que está mais próximo do Sol.

Mercúrio é considerado o menor planeta do Sistema Solar desde o rebaixamento de Plutão a planeta anão. A proximidade de Mercúrio com o Sol (é o planeta mais próximo dessa estrela) torna o desenvolvimento da vida nesse planeta bastante difícil, pois há altas e baixas temperaturas, instabilidades climáticas, atmosfera fraca e uma superfície escura, talvez devido à presença de grafite ou mesmo pelas altas temperaturas, que “carbonizam” as paisagens.

Mesmo com todas as adversidades, é um planeta intrigante e que chama a atenção dos astrônomos por conter água, tanto em estado sólido quanto líquido (em menores quantidades).

Leia também: Por que não sentimos a Terra girar?

Mercúrio é um planeta que possui a superfície escura.

Tópicos deste artigo

1 - Dados gerais de Mercúrio

2 - Características de Mercúrio

3 - Mercúrio na cultura

4 - Curiosidades sobre Mercúrio

5 - Exercícios resolvidos

Dados gerais de Mercúrio

Diâmetro equatorial: 4.879 quilômetros.

Área da superfície: 7,5 x 107 km².

Massa: 3.302×1023 kg (330 bilhões de bilhões de toneladas).

Distância do Sol: 57.910.000 de quilômetros.

Satélite natural: não possui.

Período de rotação: aproximadamente 59 dias.

Período de translação: aproximadamente 88 dias.

Temperatura média: devido à alta variação térmica, o planeta possui uma temperatura média de 179 ºC.

Composição atmosférica: por estar tão próximo do Sol, a atmosfera de Mercúrio é bem instável e fraca, se comparada com a da Terra. Em geral, possui gases como héliosódio e oxigênio, com predomínio dos dois primeiros.

Características de Mercúrio

Graças às duas sondas espaciais que visitaram Mercúrio nas últimas décadas (Mariner, nos anos 1970, e Messenger, em 2011), muito já se sabe sobre Mercúrio, mas ainda há muito o que se explicar e várias perguntas sem respostas, muitas com suposições e estimativas. Tal mistério é perfeitamente aceitável, haja vista a dificuldade de acessar o planeta, que conta com instabilidades climáticas, baixas e altas temperaturas e uma órbita peculiar.

A órbita de Mercúrio, por exemplo, é uma das menos circulares do Sistema Solar. Durante o periélio, o planeta chega a uma distância do Sol de 47 milhões de quilômetros. Já no afélio, essa distância atinge 70 milhões de quilômetros.

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol.

Mercúrio é um planeta que não possui uma inclinação semelhante à da Terra. Sem essa inclinação e com uma translação curta, não há existência de estações do ano. Essa baixa inclinação explica também o gelo encontrado nas crateras desse planeta. Segundo os estudos da sonda Messenger, o fato de não estar bem inclinado em relação ao Sol faz com que a iluminação não atinja o fundo das crateras, possibilitando a formação de gelo durante a noite.

Sua composição atmosférica é instável e fraca quando comparada com a nossa. A proximidade com o Sol faz com que Mercúrio sofra com os ventos solares, dificultando a presença de atmosfera, satélites naturais e anéis. Com isso, o planeta é suscetível aos meteoros, que constantemente se chocam com o planeta, abrindo enormes crateras.

A estrutura física de Mercúrio também chama a atenção. Os estudos das sondas indicam que o núcleo do planeta seja maior do que o da Terra, correspondendo a 75% de Mercúrio. Isso é bem desproporcional, haja vista que se trata do menor planeta do Sistema Solar, mas com um núcleo de quase 4000 quilômetros de diâmetro.

Uma das possíveis explicações é que Mercúrio era um planeta enorme, localizado bem distante de onde está hoje, há bilhões de anos. Com seu movimento orbital, foi sendo transportado para próximo do Sol. Durante esse “transporte”, choques com outros corpos celestes afetaram sua estrutura, diminuindo sua massa rochosa. Esse passado turbulento também pode ajudar a explicar a densidade de Mercúrio, que é o segundo planeta mais denso do Sistema Solar, atrás apenas da Terra.

Em 2018, uma terceira sonda espacial partiu em busca de mais respostas sobre Mercúrio, a sonda BepiColombo, cuja parceria se deu entre a agência espacial europeia ESA e a agência japonesa JAXA. A expectativa é conhecer ainda mais o menor planeta do Sistema Solar.

Leia também: Por que o homem ainda não voltou à Lua?

Mercúrio na cultura

O nome do planeta está relacionado às culturas mitológicas grega e romana. Segundo esses dois povos, Hermes (para os gregos) e Mercúrio (para os romanos) são considerados os deuses dos mensageiros, atuando de forma rápida na comunicação entre os povos.

Como a sua órbita atinge até 180 mil km/hora, o planeta recebeu esse nome, pois tem um movimento muito rápido no Universo.

Na astrologia, Mercúrio é considerado o planeta do signo de Gêmeos, que está ligado, por sua vez, à comunicação e à inteligência, algo típico de um deus mensageiro.

Nos nomes dos dias da semana, a quarta-feira é um dia dedicado ao planeta. Para os romanos e gregos, esse era o dia do deus mensageiro. Nesse dia, atividades comerciais e viagens são facilitadas na crença mitológica, daí o nome Miércoles (em espanhol) ou Mercoledì (em italiano). Ambos os nomes significam “Dia de Mercúrio”.

Curiosidades sobre Mercúrio

Seu nome deriva do deus Mercúrio, o deus mensageiro da mitologia romana.

As primeiras observações com telescópio datam de 1610, e Galileu Galilei fez as primeiras constatações.

Um dia em Mercúrio dura 59 dias na Terra.

Um ano em Mercúrio dura 88 dias na Terra.

A velocidade de rotação de Mercúrio pode atingir 180 mil km/hora.

Mesmo estando próximo do Sol, sondas espaciais encontraram gelo em Mercúrio.

As temperaturas no planeta podem atingir 420 ºC de máxima e -173 ºC de mínima, sendo o planeta com a maior oscilação térmica do Sistema Solar.

Devido a sua fraca atmosfera, Mercúrio é bem suscetível a choques com meteoros, meteoritos e cometas. Dessa forma, é o planeta com a maior quantidade de crateras entre os oito do Sistema Solar.

Em toda a história espacial, três sondas já visitaram Mercúrio: Mariner 10, em 1975; Messenger, em 2004; e BepiColombo, em 2018. Os anos citados foram os anos em que as sondas saíram da Terra.

O núcleo do planeta ocupa 75% de toda a sua massa.

Uma viagem da Terra até Mercúrio levaria, em média, 7 anos.

Não há indícios de placas tectônicas em Mercúrio.

Veja também: 8 curiosidades sobre o Sistema Solar

Exercícios resolvidos

Questão 1 – (UEPG 2010 - adaptada) Sobre o Sistema Solar, seus astros componentes e os movimentos desses astros, assinale V para o que for verdadeiro e F para o que for falso.

I – ( ) Os planetas, quanto mais distantes do Sol, mais rapidamente descrevem o seu movimento de translação, enquanto os mais próximos do Sol mais vagarosamente descrevem as suas órbitas.

II – ( ) Todos os planetas do Sistema Solar possuem movimentos de rotação, sendo que uns giram muito lentamente em torno de seu eixo, a exemplo de Júpiter, e outros giram rapidamente, a exemplo de Vênus. Todos eles praticam sua rotação no mesmo sentido, de oeste para leste.

III – ( ) Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são os planetas gigantes do sistema e são de constituição gasosa. São considerados planetas exteriores, pois orbitam o Sol além do cinturão de asteroides.

IV – ( ) Plutão deixou de ser considerado um planeta dos nove que compunham o Sistema Solar e passou à categoria de planeta anão.

V – ( ) Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são planetas sólidos, de constituição rochosa e, por isso, denominados planetas terrestres. São considerados, ainda, planetas interiores, pois suas órbitas se localizam aquém do cinturão de asteroides.

A ordem correta, de cima para baixo, é:

A) F F V V V

B) F V F V V

C) V V F F V

D) V F V F F

Resolução

Alternativa A.

I – F – Quanto mais distantes do Sol, maior será o tempo gasto para um planeta completar sua translação.

II – F – Nem todos os planetas têm sua rotação no mesmo sentido que a Terra. Vênus, por exemplo, gira ao contrário.

III – V

IV – V

V – V

Questão 2 – No Universo, muitos planetas possuem satélites naturais que giram ao seu redor, ou seja, que os orbitam. É o caso do planeta Terra, que possui a Lua como satélite natural. Dentre os planetas do Sistema Solar, aqueles que não possuem satélites naturais girando ao seu redor são:

A) Vênus e Marte.

B) Urano e Netuno.

C) Mercúrio e Vênus.

D) Mercúrio e Netuno.

Resolução

Alternativa C. Por estarem mais próximos do Sol, Mercúrio e Vênus não possuem satélites naturais devido às tempestades solares, que impedem a presença orbital desses corpos celestes.

Átila Matias
Professor de Geografia

 https://brasilescola.uol.com.br/geografia/mercurio-1.htm

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