Por José Mendes Pereira
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
JOANA MARIA DO VALE, MINHA BISAVÓ - MÃE DO MULUNGU, COMO ERA CHAMADA PELOS NETOS E BISNETOS.
LAMPIÃO ERA COMO GATO, TINHA SETE FÔLEGOS?
Por José Mendes
Pereira
Não se sabe quantas invencionices ainda serão criadas daqui para frente sobre a morte do famoso, perverso, sanguinário e rei do cangaço capitão Lampião. São histórias totalmente fundidas na mente de quem não tem nenhum compromisso com a verdade, quase sem pé e sem cabeça, assim como diz o dito popular, que Lampião escapou do ataque feito pelas volantes policiais aos cangaceiros na Grota do Angico, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Fazenda Forquilha, em terras de Porto da Folha, hoje denominada Poço Redondo, no Estado de Sergipe.
Os criadores de histórias sobre o rei do cangaço capitão Lampião dizem que, ao sair da Grota do Angico o facínora tomou rumo para o Estado de Minas Gerais, e por lá, morreu de morte natural no ano tal, tal e tal. Todas estas histórias já inventadas são verdadeiras "aberrações", assim como diz o cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira.
Já falaram tanto da sua morte e que muitos destes não pesquisaram absolutamente nada, inventaram o que bem quiseram, que Lampião morreu aqui, ali, acolá, menos na Grota do Angico. Mas nós que estudamos o movimento social dos cangaceiros, acreditamos plenamente, que ele foi abatido lá na Grota do Angico, naquela madrugada triste do dia 28 de julho de 1938.
Ninguém mais conta a verdade do que os pesquisadores, escritores e cineastas que fazem os seus trabalhos com seriedades, que enfrentaram e ainda continuam enfrentando os cerrados e a caatinga para fazerem as suas pesquisas, apanhando os dados na fonte, isto é, no meio de quem presenciou todo desenrolar dos perversos e sanguinários bandidos nos sertões nordestinos.
As datas da morte de Virgolino Ferreira da Silva, o capitão Lampião, apontadas pelos depoentes, nenhuma bate com as outras que foram citadas por outros criadores de histórias fantasiadas, mas isto faz parte de qualquer estudo, simplesmente por quererem aparecer no mundo cultural.
O saudoso escritor e fotógrafo José Geraldo Aguiar, que nasceu na Vila do Morro (município de São Francisco), em 16 de outubro de 1949, e escreveu um livro sobre o suposto Lampião que residia em Buritis, no Estado de Minas Gerais, revela que ele morreu no ano de 1993.
Vamos ler estes pequenos parágrafos que escreveu o autor:
(...)
"Há quatro anos e meio, Aguiar recolhe dados sobre um fazendeiro, dono de 300 hectares, que se instalou no início dos anos 50, na margem esquerda do rio São Francisco, na cidade que leva o mesmo nome do rio, em Minas Gerais. Alguns fatos estranhos cercaram a vida do fazendeiro. Aguiar identificou pelo menos dez nomes diferentes usados por ele. Tanto que o conheceu como João Lima, os amigos tratavam-no por Luís, na lápide do cemitério está escrito Antônio Teixeira Lima, e na certidão de óbito, consta o nome Antônio Maria da Conceição.
O fazendeiro morou em pelo menos 15 cidades diferentes com Maria Lima (supostamente Maria Bonita), em quatro Estados (Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Goiás) - além de São Francisco, ele morou em Montes Claros, Irecê e Buritis, entre outros municípios. A tendência foi sempre morar às margens do rio São Francisco.
Com Maria Lima teve dez filhos, o mais velho hoje com 63 anos. Em uma viagem à Bahia, conheceu Severina Alves Moraes a Firmina, com quem teve uma filha, hoje com 22 anos. Depois da morte de Maria Lima, o fazendeiro passou a morar com Firmina.
Segundo Aguiar, o fazendeiro temia represálias pelos crimes atribuídos a Lampião e, por isso, além de se esconder durante todo esse tempo, só autorizou que sua história fosse contada após sua morte".
(...)
Uma pergunta que jamais será respondida, vez que o escritor já faleceu: Por que o fotógrafo José Geraldo Aguiar pediu às autoridades mineiras o direito de exumação dos restos mortais do suposto Lampião de Buritis, quando seria bem mais fácil colher o material necessário para o "DNA" com a filha de Severina Alves Moraes a Firmina, que é ou era também filha do Lampião de Buritis? Confira clicando no link abaixo:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/11/13/brasil/22.html#:~:text=Segundo%20Aguiar%2C%20o%20suposto%20Lampi%C3%A3o,%2C%20em%20Buritis%20(MG).:
Este outro senhor abaixo, ex-volante que aparece no vídeo acima, no início do texto, de nome Andrelino Pereira Filho, que serviu entre o ano de 1922 e 1938, na Corporação policial do Estado de Pernambuco, e é o único policial ainda vivo (não sei se já faleceu, porque a entrevista foi em 2018), do período da chacina aos cangaceiros na Grota do Angico, afirma que o capitão Lampião morreu no ano de 1963, numa propriedade denominada "Fazenda São Francisco", lá no Estado de Minas Gerais.
No vídeo, o sargento aposentado Andrelino Pereira Filho, diz que foi um amigo seu que falou da morte de Lampião, e que naquele momento, ele estava vindo do seu enterro.
As suas informações não têm segurança, porque elas não detalham o lugar do sítio da fazenda onde supostamente o capitão Lampião teria falecido, e nem tão pouco a cidade deste sítio. Toda fazenda pertence a um sítio, e todo sítio está localizado nas terras de uma cidade, e qualquer cidade tem o seu Estado. O Estado foi dito que era em Minas Gerais. E por que o sítio e a cidade não foram revelados?
O seu Andrelino fala também que Lampião passava em sua casa para tomar café, e chamava a sua mamãe de comadre. Mas depois, ele percebe que foi muito além da verdade, e tenta se livrar do que disse ao cineasta sobre o capitão, e fala que eram os cangaceiros que passavam por lá, não Lampião, porque ele só andava sozinho.
Pelo o que eu sei e aprendi, no estudo sobre os cangaceiros, o capitão Lampião não andava sozinho, sempre estava rodeado de facínoras, como vive uma abelha-rainha de uma colmeia, que ali está segura pelas suas comandadas. Assim era o rei do cangaço, que em todos os lugares que estava, ou mesmo nos locais que fazia o seu amado coito, no intuito de descansar da fadiga e fazer seus planejamentos de invasões aos sítios, propriedades e até mesmo em pequenas cidades, o capitão permanecia rodeado de desordeiros.
Por respeito ao senhor volante policial, pela sua idade além dos 100 anos vividos, e principalmente pela respeitada e gloriosa corporação da polícia militar do Estado de Pernambuco, que ele pertenceu, e não quero aqui tirar os méritos do seu Andrelino, mas tenho a dizer que, me parece ser invencionice as informações que ele cedeu ao cineasta que fez as suas gravações.
O disse me disse é uma expressão que se relaciona a boatos não verdadeiros. Assim fez o policial, que acreditou cegamente no seu amigo, que disse que vinha do enterro do capitão Lampião. O policial ouviu um chocalho tocando, mas não procurou saber bem o local que estava o animal chocalhado.
O caso do suposto Ezequiel que morava no Piauí e que em 1984 chegou à Serra Talhada, antiga Villa Bella, no Estado de Pernambuco, se dizendo ser o verdadeiro Ezequiel Ferreira da Silva, irmão mais novo dos Ferreiras, e que tinha ido lá tirar seus documentos, para uma possível aposentadoria, disse que Lampião morreu no ano de 1981, mas lamentavelmente, as suas informações, para mim e para todos aqueles que pesquisam, nada verdadeira, tudo mentira.
O cineasta José Geraldo escreveu em seu livro Lampião, O Invencível..., que a data do falecimento de Lampião foi em 1993 em Minas Gerais. O seu Andrelino confirma a morte do capitão em 1963, também em Minas. Já o suposto Ezequiel Ferreira diz que o seu irmão faleceu no ano de 1981. Mas os cangaceirólogos afirmam com convicção que Lampião morreu na Grota do Angico-SE, no ano de 1938, que realmente é a pura verdade.
Mas é assim mesmo. Cada um cavaleiro com o seu cavalo no hipódromo em posição de corrida. E quem lá não estiver presente, não será famoso em lugar nenhum. Assim foi seu Andrelino, que levou o seu cavalo e o posicionou para participar das corridas dos cangaceiros. Mas o mais importante é se apresentar aos jornalistas e pesquisadores como um volante que era mesmo da época de Lampião. Acredite quem quiser, o que ele falou a este cineasta. Eu não sou nenhuma autoridade no assunto, mas foram mais palavras fantasiadas que saíram da boca do seu Andrelino, do que vocábulos verdadeiros.
Ser famoso pelo menos por um momento, não é qualquer um que poderá ser, porque, precisa imaginar o que será o bicho do dia seguinte, para jogar na roleta da fama. A fama faz o indivíduo feliz e conhecido no país que mora, ou mesmo em outros países, mas para ser famoso, tem que ser bom com as suas invencionices.
Mesmo eu discordando de algumas informações do volante seu Andrelino Pereira Filho, eu desejo a ele mais e mais anos de vida! Felicidade para o senhor, seu Andrelino! O senhor viver mais alguns anos, independente das suas informações sobre o cangaço.
Informação ao leitor:
O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica, e nem tão pouco prejudicará o que os cineastas gravaram, e o que os pesquisadores e escritores escreveram. Apenas eu apresentei as falhas do depoente, e não de quem fez a gravação. Não sou nenhuma autoridade no que diz respeito ao estudo cangaceiro.
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MANOEL CUNHA MOURA - NEQUIM
Por Luis Bento
Manuel Cunha Moura, mais conhecido como Neco Cunha ou Seu Nequin, foi uma figura histórica de grande relevância para o município de Jati. Suas ações e contribuições deixaram um legado marcante na memória local, consolidando sua importância para a história da região.
Um dos
episódios mais significativos de sua trajetória foi a passagem de Virgulino
Ferreira da Silva, o lendário cangaceiro Lampião, por sua residência. Além
disso, Neco Cunha desempenhou um papel crucial como mensageiro, ao entregar uma
carta de Sebastião Pereira da Silva, conhecido como Senhor Pereira, a Lampião.
A mensagem, recebida em sua casa no dia 2 de março de 1926, convidava o rei do
cangaço a buscar refúgio nos confins do estado de Goiás.
Mas a história
de Neco Cunha não parou por aí. Em 1946, ele alcançou mais um marco em sua
trajetória, ao ser nomeado subdelegado do Distrito de Jati, reforçando ainda
mais sua posição de destaque e liderança na comunidade.
Neco Cunha era mais que um homem de seu tempo: ele era conhecedor profundo de todos os acontecimentos de sua terra. Participava ativamente da história não apenas de Jati, mas também da nação, sendo respeitado por sua relevância e sabedoria. Prova disso é o documento que guardo em mãos, enviado diretamente pelo então Presidente da República Federativa do Brasil, Juscelino Kubitschek, em reconhecimento à figura ilustre de Manuel Cunha Moura.
O texto,
datado de 31 de junho de 1960, traz as seguintes palavras:
“Senhor Manuel
Cunha Moura,
Tenho o prazer
de enviar-lhe o discurso por mim pronunciado nesta data, acompanhado de um
documentário no qual o prezado cidadão poderá tomar conhecimento das
realizações do meu governo durante o período de 1956 a 1959.
Cordialmente,
Juscelino
Kubitschek.”
Esse gesto
revela o respeito e o reconhecimento que figuras de grande importância nacional
tinham por Neco Cunha, um homem cuja trajetória e dedicação transcenderam as
fronteiras de sua cidade natal. Seu nome permanece vivo como um símbolo de
coragem, sabedoria e contribuição histórica, iluminando as memórias do
município de Jati e do Brasil.
https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=2638875459654715%2C2635272510015010¬if_id=1736982667880729¬if_t=group_activity&ref=notif
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NOSSA PROPRIEDADE RURAL NO PORTO DA SERRA NAS BARRANCAS DO VELHO CHICO
Por Gilmar Teixeira
Hoje Domingo, voltando às origens, em nossa propriedade rural no Porto da Serra, nas barrancas do velho Chico, lugar de nascimento do meu pai, Neco Miguel e meus tios, hoje é nosso cantinho quando estamos na casa de nossa mãe, Liô, é prá lá que vamos!
https://www.facebook.com/profile.php?id=100082770702296
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MEMORIAL DO CANGAÇO MANOEL BAPTISTA DE MORAES.
Julierme
Do Nascimento Wanderley
O dia 17 de janeiro de 2025 entrou para a história do cangaço na Paraíba como a data em que foram dados os primeiros passos para a criação do Memorial do Cangaço Manoel Baptista de Moraes, na cidade histórica de Cabaceiras, Paraíba.