Seguidores

sábado, 15 de janeiro de 2022

DAS CORES DAS VESTES

Por Rubens Antonio

Uma questão que se elevou é em relação às cores das vestes dos cangaceiros.

Afirmou-se muito pelo kaki e muito pelo azul.
Um mergulho na documentação da época, aponta, finalmente, uma luz para o caso, sendo este o estado atual do conhecimento documental da época.
Ambas cores foram usadas, conforme as conveniências e necessidades.
Os registros da década de 1920, em fases de caatinga predominantes, seguem este padrão:
.


Já um registro de um momento da década de 1930, quando o grupo estava encoitado nas matas de Sergipe e Alagoas, surge este registro:

As antigas vestes dos cangaceiros, em suas fases baianas, foram guardadas pelos auxiliares do professor Estácio de Lima, quando das suas prisões, no final da década de 1930 e início de 1940.
Mais tarde, estiveram expostas no Museu Estácio de Lima, no Instituto Lima Rodrigues.
O professor Lamartine de Andrade Lima, testemunha que eram todas bege - kaki.
O que parece ser a melhor referência a ser seguida, neste momento, é que
- para os momentos e as ações nas áreas de caatinga, o kaki era o registro dominante.
- para os momentos vividos em Alagoas e Sergipe, quando em matas de outras características, o azul emergiu como opção mais camufladora, muitas vezes superando o antigo padrão.
- para os momentos das ações na Bahia, predominantemente em áreas de caatinga, sempre o kaki permaneceu como o registro dominante, mesmo nos estertores com Cangaço.
.
E esta adaptação às matas de Sergipe e Alagoas, profundamente diferentes da caatinga do Raso da Catharina, também passou a ser seguida pelas volantes. Em jornal de 1933:


http://cangaconabahia.blogspot.com/2015/07/das-cores-das-vestes.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Álbum LEITORES DA OBRA LEVITIKUS

 

Gratidão para com a Ilustríssima professora de Língua portuguesa da Escola Estadual de Tempo Integral Governador Dinarte Mariz e da Escola Estadual Waldemar de Sousa Veras em Alexandria-Rn, Neri Ferreira @neriferreira01 , pelo apreço e apoio ao presente poeta (no ato de adquirir a obra Levitikus - Sons de uma poesia). 

Para mim é motivo de muita honra e satisfação caminhar ao lado de cada um de vocês! Que o Deus de Abraão abençoe a sua vida e que Êle seja a glória deste projecto!

https://www.facebook.com/photo/?fbid=996718424523216&set=a.987071398821252

Apenas uma solicitação: Colocar o e-mail para futuras demandas.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

GUERRA DE CANUDOS.

 Canudos, uma comunidade que desafiou a ordem vigente.

A Guerra de Canudos é tida como um dos principais conflitos que marcam o período entre a queda da monarquia e a instalação do regime republicano no Brasil. No entanto, antes de sabermos maiores detalhes sobre a formação do Povoado de Canudos e o início das batalhas, devemos contemplar algumas passagens da vida de seu principal líder: Antônio Conselheiro.

Nascido na vila de Quixeramobim, no interior do Ceará, Antônio Vicente Mendes Maciel cresceu em uma família de padrão de vida mediano. Durante sua infância teve uma educação diversa que lhe ofereceu contato com a geografia, a matemática e as línguas estrangeiras. Aos vinte e sete anos, depois da morte de seu pai, assumiu os negócios da família. Não obtendo sucesso, abandonou a atividade. Na mesma época, casou-se com uma prima e exerceu funções jurídicas nas cidades de Campo Grande e Ipu.

Com o abandono da mulher, Antônio começou a vaguear pelo sertão nordestino. Em seguida, envolveu-se com uma escultora chamada Joana Imaginária, com quem acabou tendo um filho. Em 1865, Conselheiro abandonou a mulher e o filho e retornou à sua peregrinação sertaneja. Nessas andanças, começou a construir igrejas, cemitérios e teve sua figura marcada pela barba grisalha, a bata azul, sandálias de couro e a mão apoiada em um bordão.

Nessa época, sob a perspectiva de alguém influenciado pelas contrariedades pessoais e os problemas socioeconômicos do sertão, Antônio Conselheiro iniciou uma pregação religiosa defensora de um cristianismo primitivo. Defendia que os homens deveriam se livrar das opressões e injustiças que lhes eram impostas, buscando superar os problemas de acordo com os valores religiosos cristãos. Com palavras de fé e justiça, Conselheiro atraiu muitos sertanejos que se identificavam com a mensagem por ele proferida.

Desde o início, autoridades eclesiásticas e setores dominantes da população viam na renovação social e religiosa de Antônio Conselheiro uma ameaça à ordem estabelecida. Em 1876, autoridades lhe prenderam alegando que ele havia matado a mulher e a mãe, e o enviaram de volta para o Ceará. Depois de solto, Conselheiro se dirigiu ao interior da Bahia. Com o aumento do seu número de seguidores e a pregação de seus ideais contrários à ordem vigente, Conselheiro fundou – em 1893 – uma comunidade chamada Belo Monte, às margens do Rio Vaza-Barris.

Consolidando uma comunidade não sujeita ao mando dos representantes do poder vigente, Canudos, nome dado à comunidade por seus opositores, se tornou uma ameaça ao interesse dos poderosos. De um lado, a Igreja atacava a comunidade alegando que os seguidores de Conselheiro eram apegados à heresia e à depravação. Por outro, os políticos e senhores de terra, com o uso dos meios de comunicação da época, diziam que Antônio Conselheiro era monarquista e liderava um movimento que almejava derrubar o governo republicano, instalado em 1889.

Incriminada por setores influentes e poderosos da sociedade da época, Canudos foi alvo das tropas republicanas. Ao contrário das expectativas do governo, a comunidade conseguiu resistir a quatro investidas militares. Somente na última expedição, que contava com metralhadoras e canhões, a população apta para o combate (homens e rapazes) foi massacrada. A comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosos e crianças. Antonio Conselheiro, com a saúde fragilizada, morreu dias antes do último combate. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabeça e a enviaram para que estudassem as características do crânio de um “louco fanático”.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Guerra de Canudos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/canudos.htm. Acesso em 15 de janeiro de 2022.

 https://brasilescola.uol.com.br/historiab/canudos.htm

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VOCAÇÃO DE CANUDOS...

 Por Rubens Antonio.

Os dois capuchinhos ao centro da primeira fileira, sentados, são o frei Evangelista, de Monte Marciano, e o frei Caetano, de S. Léo.
Foram estes dois os enviados a Canudos, em maio de 1895, para tentar dispersar a povoação... e que foram "ignorados" pelos conselheiristas.
Freio João, muito incisivo, provocou, na verdade, a ira dos conselheiristas.
Foram praticamente obrigados a uma fuga, para escaparem à ira daqueles.
Retornados a Salvador, o relatório chamou o que viram de "seita" e "Estado dentro do Estado".
Acabou este sendo um dos mobilizadores que levaram à guerra.
.
Foto do acervo do Convento Capuchinho de Salvador, Bahia.

http://cangaconabahia.blogspot.com/2015/07/evocacao-de-canudos.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

POETA 'ZÉ LAURENTINO' MORRE EM CLÍNICA PARTICULAR DE CAMPINA GRANDE

 Do G1 PB

Poeta Zé Laurentino enfrentava câncer e teve complicações na últimas semanas (Foto: Leonardo Silva / Jornal da Paraíba )

Morte foi confirmada pela família no início da tarde desta quinta-feira (15).
Aos 73 anos, Zé Laurentino enfrentava câncer no fígado.

O poeta paraibano José Laurentino, mais conhecido como 'Zé Laurentino', morreu aos 73 anos em uma clínica particular de Campina Grande, no Agreste paraibano, nesta quinta-feira (15). A morte foi confirmada por parentes dele no início da tarde. O escritor enfrentava um câncer no fígado e estava internado há algumas semanas depois de começar a sentir fortes dores.

Ainda de acordo com a família, desde a semana passada, Zé Laurentino foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) depois que foi constatada uma inflamação no pulmão e confirmado que o fígado e rins dele pararam de funcionar. O corpo do poeta vai ser velado em uma central de velórios no bairro Velame. O enterro está marcado para às 10h desta sexta-feira (16), no cemitério do bairro Cruzeiro, em Campina Grande.

'Zé Laurentino' era natural de Puxinanã, mas morava  há décadas em Campina Grande. Ele foi autor de vários livros, entre os quais “Sertão, humor e Poesia” (1990) e “Poemas, prosas e glosas” (1988), entre outros. Membro da Academia de Letras de Campina Grande, 'Zé Laurentino' também fez várias parcerias ao longo de sua carreira. Com Tião Lima gravou dois CDs e com o poeta Edvaldo Perico escreveu “Dois poetas, dois Cantares”.  No começo dos anos 2000, representou o Brasil em um congresso sobre latinidade em Santiago de Compostela, na Espanha.

O câncer no fígado não foi seu primeiro grave problema de saúde. O poeta chegou a passar três anos cego e havia recuperado a visão em dezembro do ano passado, quando fez uma cirurgia.

tópicos: Campina GrandePuxinanã

http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2016/09/poeta-ze-laurentino-morre-em-clinica-particular-de-campina-grande.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar&fbclid=IwAR3y02a37I9NPS1g_yADU_6a8dBvzk51IOSW4VRg_8tpefK3_ftWBbrkCxU

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CORISCO... UM MERGULHO NO PERPÉTUO FUGAZ

Por Rubens Antonio.

 Preparação para entrega do crânio de Corisco a Dadá:


Dadá zelando pelo sepultamento dos restos, finalmente, integrados de Corisco, em 13 de julho de 1977, no Cemitério da Quinta dos Lázaros, em Salvador, Bahia:



http://cangaconabahia.blogspot.com/2015/07/corisco-um-mergulho-no-perpetuo-fugaz.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FOTO DE LAMPIÃO EM 1926.

 Do acervo da Thaina Dias.


https://www.facebook.com/photo/?fbid=2179360622223959&set=gm.1817997931742476

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

" RESIDÊNCIA DE ANTÔNIO PEREIRA ARAÚJO, ANTÔNIO MAROTO ".

Por Luís Bento

Túmulo de Antônio Pereira Araújo, família Pereira - JATI Ce. ( Foto Luís Bento ).

No Sítio Queimada Grande, divisa de município Jati, Penaforte-Ce, morava o sertanejo Antônio Maroto. Aqui foi palco de violentos confrontos armado entre vizinhos próximos, ou até mesmo parentes. Antônio Quelé de Carvalho do sítio Santo André, e Antônio Maroto do sítio Queimada Grande, em tempos passados.

Residência de Antônio Pereira Araújo, Antônio Maroto - Sítio Queimada Grande.

Nessa residência ( foto ), Virgulino ferreira da Silva o Cangaceiro do Pajeú Lampião, por várias vezes esteve a essa residência. Aqui o Cangaceiro era recebido com bastante cordialidade, tratado como se fosse um Pereira, em respeito da amizade próxima do seu ex-chefe Sebastião Pereira da Silva, Senhor Pereira o qual Lampião por muito tempo fez parte de seu grupo cangaceiro.

Antônio Pereira Araújo, Antônio Maroto é sepultado no cemitério Municipal São Joaquim em JATI-Ce.

14/01/22/.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

 

COLORIZANDO PARA MELHOR APREENDER.

Por Rubens Antonio. 


A colorização de imagens adentra os espaços de estudo como recurso.
Dá-se o realce como aplicado reforçando a sensação de "eco temporal", facilitando, com a introdução de uma concepção de resgate visual, a percepção do fato em sua dimensão precisa.
.
Lampeão, em 1926:



Arvoredo e Calais, em 1929:
Arvoredo e Calais, versão estendida, complementada por mim:
Cabeças dos cangaceiro na antiga escada da Prefeitura de Piranhas, Alagoas:


Corisco e Dadá, em foto de Benjamin Abrahão Boto:

Tenente Geminiano José dos Santos, da Força Pública do Estado da Bahia. Morto em combate, em 1930:


 Moradora de Canindé do São Francisco, em Sergipe, ferrada pelo cangaceiro José Bahiano:

Cangaceiros mortos. Da esquerda para a direita, Marianno, Pae Velho e Pavão.
Este último, em uma indicação antiga, aparece como Zepellin, entretanto, foi um erro de quem efetuou a identificação.

Abatidos Serra Branca, Eleonora e Ameaço:


Crânio exumado do cangaceiro Zé Bahiano:
Jararaca ferido:

Rosto de Jararaca. detalhe:
Gato e Inacinha:

Cangaceira Inacinha:

Rosto de Inacinha. detalhe:

Cangaceira Nenê:

Bando na Fazenda Jaramataia:

Bando na Fazenda Jaramataia. Versão estendida, através de complementação, por mim:

Chico Pereira:

Volta Secca aprisionado:

Recorte:

Bando, em 1936:

Maria Gomes de Oliveira, conhecida no bando como Maria do Capitão, Dona Maria ou Basé, transformada pela imprensa em Maria Bonita:

Detalhe:



Virgulino Ferreira da Silva, o Lampeão, em 1929:

Dona Maria e Lampeão:

Sub-grupo de Zé Sereno:

Zé Sereno, Azulão e Manoel Moreno, à frente, com Canário, ao fundo:


Durvinha:

Colorização a partir de instantâneo retirado do filme de Benjamin Abrahão Boto:

Antônio Ferreira, em 1926:
.
Maria e Dadá:
.
Cangaceiro Barreira com a cabeça do cangaceiro Atividade, por ele assassinado:
.
Bando em Pombal, Bahia, 1928:

Imagem de tema afim. Coronel Zé Pereira e os líderes dos seus comandados, em Princesa, Paraíba:
.
Volante de Zé Rufino:

Manoel de Souza Neto:

Imagem de tema afim. João Pessoa morto:

http://cangaconabahia.blogspot.com/2014/05/colorizando-para-melhor-apreender.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com