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domingo, 16 de setembro de 2018

MISTÉRIOS DE ANGICO. 80 ANOS DA MORTE LAMPIÃO.



Aconteceu hoje, no CAFÉ PATRIOTA, em Fortaleza. Os debates foram bastantes proveitosos e, reunião dezenas de estudiosos e pesquisadores.

Abs para Manoel Severo Barbosa, Ángelo Osmiro Barreto, Aderbal Nogueira, Cristina Couto e, mais amigos.

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A INDÚSTRIA DO CANGAÇO




A INDÚSTRIA DO CANGAÇO ( Edição- JB - Edição 15/04/2001 e 15.09.2001) -

Uma análise do fenômeno à luz dos estudos da Professora da UFRJ - LUITIGARDE BARROS DE OLIVEIRA.

Matéria compartilhada: Cangaceiro Zecangaço

OBS: Para uma melhor visualização / ampliação do texto, CLIC no mesmo, aumentando o zoom.

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CORONEL JOSÉ ALENCAR DE CARVALHO PIRES (CHEFE DE POLÍCIA VOLANTE NA PERSIGA AOS CANGACEIROS).

Por Valdir José Nogueira

Conhecido por Sinhozinho Alencar, personalidade marcante e grande vulto da historia sertaneja, era filho do Alferes José Leonel de Alencar (sobrinho de dona Bárbara de Alencar e tio do romancista José de Alencar) e de Antônia da Assunção Pires. Nascido em 13/03/1892 na fazenda Várzea, no município de Belmonte, tendo falecido em 19/03/1960, no Recife. Foi casado em primeiras núpcias com Albertina Ferraz filha de João Lopes Gomes Ferraz. Em segundas núpcias, casou-se Sinhozinho Alencar com dona Maria Côrte natural de Triunfo - PE. Sinhozinho Alencar impediu chacinas, ataques à vilas, fazendas e cidades localizadas no Vale do Pajeú.

Dono de extrema coragem na defesa dos seus conterrâneos, aliada a uma boa presença, fina educação e amor as artes. Assim é lembrado o coronel José Alencar de Carvalho Pires.

Este belmontense, que também foi prefeito de Serra Talhada, deixou uma larga folha de bons serviços prestados à polícia pernambucana, comandando por muitos anos o 3º Batalhão.

Na fotografia, em pé ao seu lado a sua irmã Ana da Assunção Pires (Iaiá).

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A FESTA DE LAMPIÃO NO SÁBADO DE CARNAVAL



Em possantes cavalos aparecem os cangaceiros, Lampião montado em um cavalo branco bem arriado, era sábado de carnaval do ano de 1927, descendo a Serra da Colônia, Afogados da Ingazeira, seguindo para localidade de Macacos (hoje cidade de Iguaracy) em Pernambuco, onde solicita ao senhor José Luiz Irmão que o mesmo adquira bebidas e músicos para fazerem uma festa com o grupo em sua casa.



Quando estava tudo pronto, que os músicos começaram a executar as primeiras canções, a vizinhança escutando os instrumentos, começou a chegar se escorando por ali, bebericando um trago e outro, quando perceberam estava a varanda da casa do anfitrião lotada de rapazes e moças, na maior animação, dançando com os cangaceiros. Mandaram comprar todo estoque de bebidas que havia no minúsculo comércio da localidade e entraram na noite festejando o carnaval.

No dia seguinte os cangaceiros chegam à vila Tigre, em São José do Egito, quando são surpreendidos pela Volante do tenente José Alencar e no tiroteio com a polícia entricheirada e Lampião em campo aberto, morre com um tiro no rosto, o cangaceiro Congo. 

O cangaceiro Beija Flor - Arthur José Gomes da Silva - é preso e conduzido à Casa de Detenção, no Recife. Sob tortura, revela ao próprio Dr. Eurico de Souza Leão, Chefe de Polícia do Estado, que quem vende arma e munição para Lampião é o Major Teófanes Torres. Essa declaração causa grande rebuliço no meio político e militar, havendo várias cartas e telegramas da parte de seus amigos do sertão ao governador, se solidarizando com o oficial, desmentindo a afirmação do prisioneiro.

Do livro: LAMPIÃO E O SERTÃO DO PAJEÚ
De: Anildomá Willans de Souza

Na página do pesquisador do cangaço José João Souza

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UM TRISTE ASSASSINATO

Por José Mendes Pereira
Esta arma vai matar

Preservar os verdadeiros nomes dos personagens que figuram neste artigo é preciso.

Foi lá pelos anos 70, não tenho lembrança em que ano isso aconteceu, não em Mossoró, mas em suas terras.

De todos os empregados da “Firma & Cia” João Capistrano era um dos mais responsáveis, e até apostava no crescimento galopante da firma, cumprindo tudo que era necessário pelo crescimento da empresa, e como desejava o seu bom andamento produtivo, nada lhe era difícil, até chegava ao trabalho 1:00 hora antes do início das atividades para todos.

João Capistrano tinha uma boa conduta, motorista de primeira categoria, amigo do patrão, do pessoal administrativo, dos colegas de trabalho, enfim, João não era qualquer um, e apesar de não ter participação nos lucros da empresa, João era considerado um dos seus dirigentes.

Mas o João há meses ou talvez anos que vinha traindo os seus superiores. Não prestava contas de acordo com o que recebia dos fregueses, alegava que o restante seria pago na próxima entrega. E assim continuava enganando os seus superiores.

Já não tendo mais condições de fornecer mercadorias aos comerciantes, os sócios entraram em acordo que, na próxima viagem para entregar mercadorias, um deles iria acompanhar o João, só assim, este, conversaria com a freguesia, explicando o motivo da suspensão de mercadorias, vez que a empresa não tinha mais condições para fornecer aos mesmos, pois estava faltando recursos para a compra de matéria prima para a sua fábrica.

Ao tomar conhecimento da reunião que aconteceu entre os dirigentes da empresa, o João não gostou, alegando que eles deixaram de acreditar na sua palavra. E como o grupo de dirigentes da empresa tinha o João como um operário exemplar, talvez padrão, disse-lhe que nada era pessoal, apenas que a empresa não tinha mais condições de continuar fornecendo mercadorias aos clientes, por falta de recursos para compra de matéria prima.

O dia seguinte, o João viajaria para Baraúna, (cidade que já pertenceu à Mossoró), em companhia de um dos dirigentes da empresa, o Carlos Couto, sócio minoritário da empresa, e agora o João teria que se virar, pois o seu feito de desonestidade, estava preste a ser descoberto. Na noite anterior, o João não dormiu, só pensando como iria se livrar da situação que ganhara, por sua culpa, por sua máxima culpa.

Ao amanhecer do dia, o João dirigiu-se até à fábrica, e lá já encontrou o Carlos Couto, que seguiria com ele até à cidade de Baraúna, um dos lugares que a empresa abastecia mercadorias aos comerciantes, e lá, era onde estavam os seus maiores devedores.

O carro já estava carregado, mas com poucos produtos. O Carlos Couto ocupou a cabine do carro. O João entra no automóvel e liga o carro, e toma direção ao lugar de destino. No percurso, nenhuma palavra saiu da boca do João, salvo quando o Carlos Couto lhe perguntava algo. E geralmente as respostas eram em tom de abuso.

Finalmente chegaram ao município de Baraúna. O João estava nervoso. Logo no primeiro comerciante, Carlos Couto já começou a notar a desonestidade do João Capistrano. Apresentada a nota de dívida, o comerciante disse-lhe que não estava devendo nada ao João. E tudo que ele comprava, era o dinheiro. Mais outros, todos confirmaram que não eram devedores à empresa.

O João estava inquieto, não tinha mais como se defender. Ninguém lhe devia. O Carlos Couto já não entendeu mais nada. O homem que sempre foi de confiança, agora era um verdadeiro ladrão, caloteiro, safado...

O João aceitou todas as palavras grosseiras que o Carlos Couto disse contra si. Não tinha como reverter esta situação desonesta. O Carlos Couto resolveu voltar logo para Mossoró, porque seria inútil acusar os seus fregueses de devedores. Comprovada a desonestidade do João, o empresário pediu que seguisse a estrada de Mossoró.

João Capistrano tomou a estrada, e durante o percurso, nenhuma palavra saiu da sua boca, apenas remoía a decepção da sua desonestidade dentro de si. Já rodado alguns quilômetros, o Carlos Couto pediu para o João parar o carro, pois estava com a bexiga cheia. Precisava esvaziá-la. João obedeceu e logo parou o carro no acostamento. O sócio da empresa desceu e afastou-se um pouco da estrada. Dá início a sua necessidade fisiológica.


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João desceu e dirigiu-se ao patrão. E sem mais imaginar, atirou nas suas costas.

O Carlos Couto dá um enorme grito, e vendo o João com uma arma na mão, coisa que ele jamais esperava isso dele, disse-lhe:

- Você enlouqueceu João? Você me matou, João!

João quer terminar o serviço, apontando a arma para o homem que já estava morrendo.

O homem ainda lhe implorou:

- Não atire mais, João! Eu...

E com o ódio na sua mente, apertou o gatilho outra vez, disparando o segundo tiro fatal. Ao vê-lo morto no chão, João arrependeu-se. Matou um homem que muito lhe ajudou.

Agora não era mais as contas que os seus fregueses lhe deviam, aliás, nenhum lhe devia. Tinha que organizar a sua defesa. João arrastou um canivete do bolso e cortou a sua própria testa, para fingir que fora assaltado. Em seguida, deu um tiro em sua coxa. Mesmo sangrando, seguiu a estrada de Mossoró, dirigindo com dificuldade. O sangue que saía da coxa o incomodava muito. As dores eram cruéis. A testa estava toda banhada de sangue.

Lentamente vem ele tangendo o carro para Mossoró, devagar, com cuidado. Sentiu um mal-estar, e ao longe, avistou um veículo que vinha em sua direção. João resolveu parar o carro para ser socorrido pelo motorista que guiava o automóvel. Tinha que sair da sua cabine antes do carro que se aproximava. Do contrário, ele não pararia.

Já bem próximo, o condutor do carro observou que a sua cara estava banhada de sangue. Mesmo temendo, resolveu parar para saber o que estava acontecendo.

João disse que fora assaltado, e que vinha fugindo. Os assaltantes mataram o seu amigo, no caso, o Carlos Couto. Como ele ainda estava dentro do carro, os assaltantes não conseguiram matá-lo.

O homem resolveu colocá-lo dentro do seu automóvel e voltou para Mossoró, deixando-o internado em um dos hospitais da cidade.

 
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A polícia tomou conhecimento do suposto assalto. E foi de encontro ao corpo do Carlos Couto que estava à beira da estrada. As emissoras de rádio e jornais chegaram lá. A perícia também estava lá. Depois de feitos os ajustes no cadáver, removeram-no para o ITEP de Mossoró.

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João continuava hospitalizado, mas não iria demorar. O ferimento que sofreu na testa não foi grave, apenas o tiro sofrido na coxa, precisava de uma pequena cirurgia.

No leito hospitalar João preparava a sua defesa. E ao sair do hospital, foi prestar o seu depoimento à polícia. João caiu em contradições várias vezes. Após tudo, João confirmou que matou o seu patrão, com vergonha, ao saber que ele tomou conhecimento do dinheiro que vinha desviando da empresa.

João vai a júri, Infelizmente João foi condenado a passar 30 anos na cadeia, na Colônia Penal de Natal.

João era um preso exemplar, e após alguns anos, ganhou o direito de ficar o dia fora da cadeia, mas à noite, era obrigado a dormir lá.

Mas o João ainda tinha que enfrentar outras circunstâncias na vida. Alguém, irmão do assassinado, o Carlos Couto, estava de olho no João. Era uma irmã que não se conformava com a sua liberdade. E de imediato, contratou um pistoleiro para executar o João.

João estava ali bem próximo da Colônia Penal. O pistoleiro acompanhado de outro comparsa, aproximaram-se do João, e no meio da conversa, almoçaram, beberam, jogaram sinucas..., e com este aparato todo, o pistoleiro e seu comparsa conseguiram embriagá-lo.

Já embriagado, prometeram dar uma voltinha pelas ruas de Natal. Mas a finalidade era tirar o João dali, e fazer o que para eles era o mais importante. Matar o João.

Ao saírem da capital, pegaram a estrada que segue para Mossoró, e em meio estradão, entraram em um matagal. João estava incomodado, e ainda não sabia de nada, mas já desconfiava, e não sabia para onde estavam caminhando.

O pistoleiro parou o carro. Os três desceram do automóvel. João pergunta:

- Por que estamos nestas matas?

Um dos pistoleiros pergunta:

- Você está lembrado que matou o Carlos Couto da Firma & Cia?

Com esta, João já descobriu que iria morrer, e se defendeu dizendo-lhe:

- Lembro-me, mas já faz muitos anos.

O pistoleiro arrastou o revólver e apontou para o João, dizendo-lhe:

- Você já estava sabendo que vai morrer agora mesmo, cabra safado?

João se acovarda, pedindo por todos os Santos que não o mate.

O pistoleiro apertou o gatilho, e o João Capistrano caiu morto como um passarinho. Em seguida, tirou uma faca da cintura, cortou-lhe as duas orelhas, entraram no carro, e tomaram a estrada para Mossoró. As duas orelhas eram a comprovação do assassinato do João Capistrano, as quais, tinham que ser entregues a irmã do Carlos Couto.

Finalmente João estava morto no meio daquelas árvores verdejantes. De viventes que viram a execução do João, com exceção dos dois pistoleiros, apenas as árvores e alguns pássaros que sobrevoavam a pouca vegetação, presenciaram aquela triste morte de outro ser humano.

  Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro. Não é fictícia.

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