Seguidores

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

LAMPIÃO TINHA SETE FÔLEGOS?

   Por José Mendes Pereira

https://www.youtube.com/watch?v=2ky2K49m6Os&ab_channel=FolhaPE

Não se sabe quantas invencionices ainda serão criadas daqui para frente sobre a morte do famoso, perverso, sanguinário e rei do cangaço capitão Lampião. São histórias totalmente fundidas na mente de quem não tem nenhum compromisso com a verdade, quase sem pé e sem cabeça, assim como diz o dito popular, que Lampião escapou do ataque feito pelas volantes policiais aos cangaceiros na Grota do Angico, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Fazenda Forquilha, em terras de Porto da Folha, hoje denominada Poço Redondo, no Estado de Sergipe. 

Corpo de Lampião na Grota do Angico no dia 28 de julho de 1938

Os criadores de histórias sobre o rei do cangaço capitão Lampião dizem que, ao sair da Grota do Angico  o facínora tomou rumo para o Estado de Minas Gerais, e por lá, morreu de morte natural no ano tal, tal e tal. Todas estas histórias já inventadas são verdadeiras "aberrações", assim como diz o cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira.

Se você quiser adquirir este livro entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

Já falaram tanto da sua morte e que muitos destes não pesquisaram absolutamente nada, inventaram o que bem quiseram, que Lampião morreu ali, acolá, menos na Grota do Angico. Mas nós que estudamos o movimento social dos cangaceiros acreditamos plenamente, que ele foi abatido lá na Grota, naquela madrugada triste do dia 28 de julho de 1938.  

https://g1.globo.com/al/alagoas/arquivo/noticia/2013/09/na-rota-do-cangaco-turistas-fazem-o-trajeto-da-volante-que-matou-lampiao.html

Ninguém mais conta a verdade do que os pesquisadores, escritores e cineastas que fazem os seus trabalhos com seriedades, que enfrentaram e ainda continuam enfrentando os cerrados e a caatinga para fazerem as suas pesquisas, apanhando os dados na fonte, isto é, no meio de quem presenciou todo desenrolar dos perversos e sanguinários bandidos nos sertões nordestinos. 

As datas da morte de Virgolino Ferreira da Silva, o capitão Lampião, apontadas pelos depoentes, nenhuma bate com as outras que foram citadas por outros criadores de histórias fantasiadas, mas isto faz parte  de  qualquer estudo, simplesmente por quererem aparecer no mundo cultural. 

Neli Conceição filha dos cangaceiros Moreno e Durvinha e José Geraldo Aguiar.

O saudoso escritor e fotógrafo José Geraldo Aguiar, que nasceu na Vila do Morro (município de São Francisco), em 16 de outubro de 1949, e escreveu um livro sobre o suposto Lampião que residia em Buritis, no Estado de Minas Gerais, revela que ele morreu no ano de 1993. 

https://www.youtube.com/watch?v=RkOu9sNvA8s

Vamos ler estes pequenos parágrafos que escreveu o autor: 

(...)

"Há quatro anos e meio, Aguiar recolhe dados sobre um fazendeiro, dono de 300 hectares, que se instalou no início dos anos 50 na margem esquerda do rio São Francisco, na cidade que leva o mesmo nome do rio, em Minas Gerais. Alguns fatos estranhos cercaram a vida do fazendeiro. Aguiar identificou pelo menos dez nomes diferentes usados por ele. Tanto que o conheceu como João Lima, os amigos tratavam-no por Luís, na lápide do cemitério está escrito Antônio Teixeira Lima e na certidão de óbito consta o nome Antônio Maria da Conceição.

O fazendeiro morou em pelo menos 15 cidades diferentes com Maria Lima (supostamente Maria Bonita), em quatro Estados (Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Goiás) - além de São Francisco, ele morou em Montes Claros, Irecê e Buritis, entre outros municípios. A tendência foi sempre morar às margens do rio São Francisco. 

Com Maria Lima teve dez filhos, o mais velho hoje com 63 anos. Em uma viagem à Bahia, conheceu Severina Alves Moraes, a Firmina, com quem teve uma filha, hoje com 22 anos. Depois da morte de Maria Lima, o fazendeiro passou a morar com Firmina.

Segundo Aguiar, o fazendeiro temia represálias pelos crimes atribuídos a Lampião e, por isso, além de se esconder durante todo esse tempo, só autorizou que sua história fosse contada após sua morte".

(...)

Uma pergunta que jamais será respondida vez que o escritor já faleceu: Por que o fotógrafo José Geraldo Aguiar não pediu às autoridades mineiras o direito de exumação dos restos mortais do suposto Lampião de Buritis, quando seria bem mais fácil colher o material necessário para o "DNA" com a filha de Severina Alves Moraes a Firmina, que é era também filha do Lampião de Buritis? Confira clicando no link abaixo:

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/11/13/brasil/22.html#:~:text=Segundo%20Aguiar%2C%20o%20suposto%20Lampi%C3%A3o,%2C%20em%20Buritis%20(MG).:


Para fazer o "DNA" dos restos mortais deste senhor que foi enterrado em Buritis, no Estado de Minas Gerias, não seria tão difícil, porque, a filha do suposto Lampião com Severina Alves de Morais, a Firmina que por lá reside, tem o material necessário, sem necessidade de abrir túmulo para fazer a exumação da ossada dele. 

Mas até hoje a gente não sabe o que é que impede que as autoridades não têm interesses para colocarem um ponto final nesta dúvida, que o cangaceiro capitão Lampião teria morrido em Buritis, e não no Sertão nordestino, no Estado de Sergipe. 

Colorida por Rubens Antonio

Este outro senhor abaixo, ex-volante que aparece no vídeo acima, no início do texto, de nome Andrelino Pereira Filho, que serviu entre o ano de 1922 e 1938, na Corporação policial do Estado de Pernambuco (não sei se já faleceu, porque a entrevista foi em 2018), do período da chacina aos cangaceiros na Grota do Angico, afirma que o capitão Lampião morreu no ano de 1963, numa  propriedade denominada "Fazenda São Francisco", lá no Estado de Minas Gerais.

Andrelino Pereira Filho, único policial ainda vivo com 104 anos em 2019.

No vídeo, o sargento aposentado Andrelino Pereira Filho, diz que foi um amigo seu que falou da morte de Lampião, e que  naquele momento, ele estava vindo do seu enterro.

As suas informações não têm segurança, porque elas não detalham o lugar do sítio da fazenda onde supostamente o capitão Lampião teria falecido, e nem tão pouco a cidade deste sítio. Toda fazenda pertence a um sítio, e todo sítio está localizado nas terras de uma cidade, e qualquer cidade tem o seu Estado. O Estado foi dito que era em Minas Gerais. E por que o sítio e a cidade não foram revelados?

O seu Andrelino fala também que Lampião passava em sua casa para tomar café, e chamava a sua mamãe de comadre. Mas depois ele percebe que foi muito além da verdade, e tenta se livrar do que disse ao cineasta sobre o capitão, e fala que eram os cangaceiros que passavam por lá, não Lampião, porque ele só andava sozinho. 

Colorizada pelo saudoso Rubens Antônio - escritor e pesquisador do cangaço.

Pelo o que eu sei e aprendi no estudo sobre os cangaceiros, o capitão Lampião não andava sozinho, sempre estava rodeado de facínoras, como vive uma abelha-rainha de uma colmeia, que ali está segura pelas suas comandadas. Assim era o rei do cangaço, que em todos os lugares que estava, ou mesmo nos locais que fazia o seu amado coito, no intuito de descansar da fadiga e fazer seus planejamentos de invasões aos sítios, propriedades e até mesmo em pequenas cidades, o capitão permanecia rodeado de desordeiros.

https://revistacontinente.com.br/edicoes/265/banditismo-no-nordeste-brasileiro

Por respeito ao senhor volante policial, pela sua idade além dos 100 anos vividos, e principalmente pela respeitada e gloriosa corporação da polícia militar do Estado de Pernambuco, que ele pertenceu, e não quero aqui tirar os méritos do seu Andrelino Pereira Filho, mas tenho a dizer que, me parece ser invencionice as informações que ele cedeu ao cineasta que fez as suas gravações.  

O disse me disse é uma expressão que se relaciona a boatos não verdadeiros. Assim fez o policial seu Andrelino Pereira Filho, que acreditou cegamente no seu amigo, que disse que vinha do enterro do capitão Lampião. O policial ouviu um chocalho tocando, mas não procurou saber bem o local que estava o animal chocalhado.

Suposto Ezequiel Ferreira da Silva

O caso do suposto Ezequiel que morava no Piauí, e que em 1984, chegou à Serra Talhada, antiga Villa Bella, no Estado de Pernambuco, se dizendo ser o verdadeiro Ezequiel Ferreira da Silva, irmão mais novo dos Ferreiras, e que tinha ido lá tirar seus documentos para uma possível aposentadoria, disse que Lampião morreu no ano de 1981, mas lamentavelmente, as suas informações, para mim e para todos aqueles que pesquisam, nada verdadeira, tudo mentira. 

O cineasta José Geraldo Aguiar escreveu em seu livro Lampião, O Invencível..., que a data do falecimento de Lampião foi em 1993, em Minas Gerais. O seu Andrelino confirma a morte do capitão em 1963, também em Minas. Já o suposto Ezequiel Ferreira diz que o seu irmão faleceu no ano de 1981. Mas os cangaceirólogos afirmam com convicção que Lampião morreu na Grota do Angico-SE, no amanhecer do dia 28 de julho de 1938, que realmente a data é esta última, e é pura verdade.

O saudoso fotógrafo e pesquisador do cangaço, pelo que vi, ele não leu nada sobre a morte do Padre Cícero Romão Batista de Juazeiro. Veja o que ele fala sobre o suposto Lampião que não morrera em Angico no Estado de Sergipe: 

"- Tive acesso também à identidade, certidão de nascimento, ele usou 13 anos em Minas Gerais para permanecer na clandestinidade. Tive acesso a vários objetos de Lampião. Ele estava com 41 anos de idade. Fugiu do cerco da Polícia de Sergipe com apoio de Padre Cícero e outras pessoas. Eu tive essa dádiva de encontrá-lo".

Padre Cícero Romão Batista

O fotógrafo pisou na bola, quando aceitou o que disse o Lampião de Buritis, afirmando que quem o ajudou a fugir do cerco da Polícia de Alagoas foi o Padre Cícero e outras pessoas. Outras pessoas, tudo bem, mas padre Cícero ter ajudado o capitão fugir do cerco policial, é invencionice, porque quando o grupo de Lampião foi atacado na Grota de Angico, pelas volantes do tenente João Bezerra da Silva, na madrugada de 28 de julho de 1938, padre Cícero já estava descansando no seu túmulo desde julho de 1934, pois ele faleceu no dia 20 deste mês.

Cabeça do capitão Lampião. Você acha que não é?

E de quem seria esta cabeça que foi arrancada do corpo de um indivíduo  e levada para Alagoas, no dia da chacina feita contra aos cangaceiros que se encontravam na Grota do Angico? Já que insistem em dizer que ele não foi morto lá na Grota, teria sido assassinado um outro indivíduo, digamos assim, um infeliz sósia do capitão Lampião, levaram e lá amarraram para aguardar o momento certo do ataque aos facínoras? 

Lampião e Maria Bonita

Mas é assim mesmo. Cada um cavaleiro com o seu cavalo no hipódromo em posição de corrida. E quem lá não estiver presente, não será famoso em lugar nenhum. 

Assim foi seu Andrelino Pereira Filho, que levou o seu cavalo e o posicionou para participar das corridas dos cangaceiros. Mas o mais importante é se apresentar aos jornalistas e pesquisadores como um volante que era mesmo da época de Lampião. 

Acredite quem quiser o que ele falou a este cineasta. Eu não sou nenhuma autoridade no assunto, mas foram mais palavras fantasiadas que saíram da boca do seu Andrelino Pereira Filho, do que vocábulos verdadeiros.

Bando de Lampião

Ser famoso pelo menos por um momento, não é qualquer um que poderá ser, porque, precisa imaginar o que será o bicho do dia seguinte, para jogar na roleta da fama. A fama faz o individuo feliz e conhecido no país que mora, ou mesmo em outros países, mas para ser famoso tem que ser bom com as suas invencionices.

Mesmo eu discordando de algumas informações do volante seu Andrelino Pereira Filho, eu desejo a ele mais e mais anos de vida! Felicidade para o senhor, seu Andrelino! 

Informação ao leitor: 

O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica, e nem tão pouco prejudicará o que os cineastas gravaram e o que os pesquisadores e escritores escreveram. Apenas eu apresentei as falhas do depoente e não de quem fez a gravação. Não quero aqui menosprezar o trabalho do Aguiar, mas apenas ter aceitado o que disse o depoente, porque, muitos fatos contados por ele, não batem com o que os escritores pesquisaram, e os cineastas gravaram. 

Não usem as minhas opiniões na literatura lampiônica.

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte. 
Calma! Calma!

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" siga o nosso blog. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A CANGACEIRA ÁUREA DE MANÉ MORENO E OS PUNHAIS DA MORTE.

 Por Rangel Alves da Costa

Morena de pele tingida de sol, rosto cheio, cabelos negros e descendo até os ombros, altura mediana, olhar fundo e distante, boca que esboça sorriso. Um lenço vasto enlaçado ao pescoço lhe proporciona uma feição majestosa. Assim era a mocinha um dia atraída por um amor cangaceiro e, a partir daí, passando a ser ora uma flor e ora uma cobra peçonhenta em pessoa. Filha de Antônio Nicácio e Dona Josefa, da família Soares do Maranduba, em Poço Redondo, e tia (e não prima!) de duas irmãs também cangaceiras: Rosinha e Adelaide, Áurea foi uma das mais destemidas e aguerridas do feminino cangaço, mas certamente também a mais cruel e vingativa entre todas que eram companheiras de chefes de subgrupos. Sua atuação em meio à cangaceirama e às vinditas é pouco destacada e analisada, mas certamente foi além do que normalmente se descreve acerca do papel desempenhado pela mulher cangaceira. Ora, comumente afirmam que mulher cangaceira nunca estava na linha de frente de combate, não guerreava, que sempre ficava protegida na retaguarda, não tinha voz nem vez de comando, não avançava de arma na mão como faziam os homens, dentre outras especulações. Com Áurea foi diferente. E os exemplos são muitos como se verá adiante. Fato é que a companheira de Mané Moreno, líder de subgrupo, por seu destemor e altivez de luta, era muito diferente da maioria das cangaceiras, mas principalmente das sobrinhas Rosinha e Adelaide, duas irmãs. Filhas do afamado vaqueiro Lé Soares da Maranduba, as irmãs também tiveram seus destinos chamados pelo cangaço. Rosinha - talvez a mais bonita dos Soares do Maranduba - se apaixonou pelo cangaceiro Mariano, ex-companheiro da cangaceira Otília. Quando em outubro de 37 Mariano é morto pela volante de Zé Rufino, no Fogo do Cangaleixo, entre Porto da Folha e Gararu, no sertão sergipano, então a sina de Rosinha se desanda em rosário de sofrimentos. Estava grávida quando seu companheiro Mariano foi morto. Teve que doar sua criança e buscar refúgio no bando de Lampião. Sozinha, desprotegida e sempre entristecida, passou a ser um problema para o bando. De tanto pedir para visitar e passar uns dias com sua família, um dia Lampião atendeu seus rogos, mas exigindo que logo retornasse. Mas ela foi atrasando, e atrasando mais o retorno, até o rei cangaceiro se enfurecer e ordenar sua morte. Foi morta em 37 pelas mãos dos cangaceiros Zé Sereno, Luís Pedro, Quinta-Feira, e Juriti. Uma tropa de elite para matar covardemente uma inocente, e pelo simples fato de não querer mais continuar naquela vida terrível e medonha vida. Já sua irmã, a cangaceira Adelaide, não teve destino mais feliz. Tendo se juntado ao cangaceiro Criança e engravidado nos rincões catingueiros, a filha de Lé Soares acabou morrendo por problemas na gravidez, enquanto era conduzida numa rede – e com o filho já sem vida no ventre – pelos sertões de Canindé de São Francisco. Sua tia Áurea reinou - na condição de primeira-dama do subgrupo de Mané Moreno, até o ano de 37, quando foi morta, ao lado do companheiro e mais o cangaceiro Cravo Roxo, em Porto da Folha, num memorável combate. O episódio ficou conhecido como “Fogo do Poço da Volta”, mas o combate tendo acontecido mesmo na fazenda Palestina, vizinha ao Poço da Volta. Depois do cerco ao bando, a bala da volante de Odilon Flor começou a zunir e só restaram retratos das cabeças decepadas. Com efeito, as cabeças cortadas foram levadas para Gararu, exibidas e fotografadas, e de lá seguiram para Jeremoabo, na Bahia. Não seria outro o fim esperado para um subgrupo tão bárbaro e perverso como o de Mané Moreno. Na linha de frente, no passo a passo junto ao companheiro, Áurea participava de toda empreitada de sangue. No momento da bala zunindo, do cano de fogo pipocando, a filha dos Soares não procurava se esconder atrás de pedras ou se distanciar dos companheiros. Ajudou a matar e a sangrar, escolheu vítimas e exerceu a vingança de forma fria e brutal. Dadá era a mais valente e destemida, mas Áurea preferia o lado mais tempestuoso da brutalidade. Seria uma espécie feminina de Zé Baiano ou Gato. Diversos relatos dão conta de sua sanha cruenta e de sua ferocidade no ataque, com especial gosto pela punhalada, por sentir prazer pelo sangue espargindo nas vítimas, pela pinicação dos corpos ainda vivos ou já mortos, dentre outras atrocidades. Uma vingança muito conhecida foi a perpetrada pela cangaceira contra Badu, um conterrâneo seu que queria entrar para o cangaço, mas que foi reconhecido pela própria cangaceira e logo teve o seu fim anunciado. É que Badu havia chicoteado e ferido a punhaladas as nádegas de Tonho Nicácio seu pai, e tal fato jamais foi esquecido. Também pelo fato de que Badu havia servido à volante de Zé Rufino como contratado. A hora da desforra havia chegado, então ordenou que o angustiado rapaz fosse seguro por outros cangaceiros e ali mesmo morto a punhaladas. A ordem da sangria foi repassada, pois a própria Áurea disse que não ia sujar suas mãos de sangue com um imprestável daqueles. Mas sujou suas mãos quando da morte de Antônio Canela, um sertanejo que falava demais e dizia que andava armado para matar Lampião. Encontrado e cercado pelos cangaceiros, açoitado e torturado, Canela enfim perguntou a Áurea se ia morrer. Ela disse apenas “sim”, e com um gesto de mão sentenciou o seu fim. Estes e outros feitos aterrorizantes fazem parte do histórico cangaceiro de Áurea. Morreu de bala e foi decepada, mas participou ativamente de muitas mortes pelos rincões sertanejos. Na foto abaixo, a primeira é Áurea, e a segunda é sua sobrinha Rosinha.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=7325254390827643&set=a.476409229045561

http://blogodmendesemendes.blogspot.com

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte. Calma! Calma!

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" siga o nosso blog. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ACALANTO

Por Hélio Xaxá

Adormeça
Sem deixar o coração adormecer...
Sonhe sem medo de despertar...
Desperte
Como se fosse o sol no amanhecer...
E viva como se voltasse a sonhar.
Boa noite
Meu benzinho.
Boa noite
Com carinho
A paz seja seu manto...
Boa noite
Meu anjinho.
Deus vele
Teu soninho
Num terno acalanto.

https://www.facebook.com/helio.xaxa

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FREI DAMIÃO.

  Por Robério Santos

Uma foto incrível da década de 90 em Nossa Senhora Aparecida-SE. No lado esquerdo, Pedro Francisco (que nos deixou recentemente), Frei Damião e Madrinha Vânia (que já partiu também). Foto provavelmente dentro da igreja Matriz. Vocês viram pessoalmente Frei Damião? Eu vi! Um santo em vida.

https://www.facebook.com/groups/893614680982844/?multi_permalinks=2191126007898365%2C2190751674602465%2C2190701034607529%2C2190610091283290%2C2189859401358359%2C2189989588012007&notif_id=1714592875493047&notif_t=group_highlights&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VOLTA SECA - ANTES E DEPOIS.

 


Volta Seca, antes e depois!

https://www.facebook.com/jose.mendes.pereira.52603

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DANDARA: A PROFESSORA MIRIM!

 Por José Ribamar Alves


Havia numa pequena comunidade do interior,
Uma criança de um QI admirável, a qual se chamava Dandara.
Ela costumava chamar atenção das pessoas, pela diferença que fazia perante as demais crianças.

Ao lado da casa de Dandara, havia um terreno cercado apenas por cercas de varas, o qual pertencia ao seu próprio pai.
E, certo dia pela manhã, Dandara chupando uma acerola e enterrou um pequeno caroço num lugarzinho do referido terreno.

Dias depois, ela percebeu que daquele carocinho havia brotado uma plantinha e parecia viçosa e agradecida.

Nessa hora, Dandara ficou tão feliz, mas tão feliz, que sorriu como se tivesse visto um anjo à sua frente.

E, daquele dia em diante, Dandara sentira nascer no seu peito um profundo amor pela vida de tudo que a terra cria.

Então, ela começou a plantar outras espécies de plantas frutíferas, como por exemplo: Pitanga, amora, uva, maracujá, seriguela, limoeiro, cajaraneira, tamarindo, cajazeira, goiabeira, laranjeira e outras mais de serventia igualitária. Mas, com a bondosa ajuda do seu pai e seus irmãos, é claro!

E, no período da safra, Dandara colhia muitos frutos e mais frutos e distribuía com as pessoas carentes da sua vizinhança.

Não queria Dandara, outra coisa a não ser mostrar para as pessoas da comunidade, a bondade da terra e a grandeza de Deus.

E como se não bastasse, ela resolveu criar um pequeno jardim na frente de sua casa, para contemplar as flores e sentir gratuitamente a essência delas.

Dandara, dos oitos até aos dez, já servia de exemplo  para todos. Mas, o mais interessante, é que ela se comportava como se tivesse quinze anos.

Costumava dar bom dia aos conhecidos e desconhecidos, respeitando os mais velhos e os mais novos e ainda ensinando as crianças de sua idade a fazerem o mesmo.

E assim, Dandara foi crescendo, crescendo e se tornando, a cada dia, uma espécie de professora mirim.

Ensinava aos amiguinhos como não desperdiçar água potável, a não judiar dos animais, não atirar pedras nas aves, não machucas as flores, não cortar as plantas e nem jogar lixo na rua.

Mas, porque ela fazia isso ainda tão criança?

Eis a resposta correta! Seus pais faziam essas mesmas coisas na sua presença, provando que o bom exemplo educa mais do que todos os ensinamentos pagos.

Ao completar doze anos de idade, Dandara resolveu dar uma de professora-criança e começou a brincar de educar amiguinhos e amiguinhas da sua comunidade. 

Vez por outra, Dandara se expressava dessa forma:

“O homem é do tamanho do seu próprio exemplo”.
O que se contrai não pode superar o que vem de dentro.
As pessoas boas são como árvores frutíferas, salvando vidas e semeiam caridade.

Ah, Dandara! Você veio ao mundo assim como vem uma chuva duradoura, criadora e satisfatória.

E, diz a história que Dandara tornou-se uma brilhante professora, uma inigualável filósofa e o maior exemplo de ser humano da sua época.
Que Deus salve todas as DANDARAS do mundo!

José Ribamar Alves / 27-04-2018

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com