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terça-feira, 28 de julho de 2020

LUTO! APRESENTADOR RODRIGO RODRIGUES MORRE AOS 45 ANOS


O Unimed-Rio informou, no começo da tarde desta terça-feira, o falecimento do jornalista, escritor e músico Rodrigo Rodrigues. Segundo o hospital onde ele estava internado desde sábado, foi confirmada a morte encefálica dele. Ele estava em coma induzido e o estado era grave.



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RENATO BARROS DA BANDA RENATO E SEUS BLUE CAPS, MORRE NO RIO

Renato Barros, vocalista do Renato e Seus Blue Caps — Foto: Arquivo Pessoal
Sucesso nos anos 1960

Cantor estava internado havia 10 dias num hospital de Jacarepaguá, depois de passar por uma cirurgia no coração. Ele teve complicações pulmonares e não resistiu.

Por G1 Rio
28/07/2020 13h45  Atualizado há uma hora

Renato Barros, vocalista da banda Renato e Seus Blue Caps, morreu nesta terça-feira (28), aos 76 anos, no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Ele estava internado havia 10 dias, após uma cirurgia cardíaca, e teve complicações pulmonares.

Durante a cirurgia, o cantor já havia apresentado problemas e chegou a ficar 30 minutos sem as funções vitais.


Nos anos 1960, a banda fez sucesso com hits como “Até o fim”, " Menina Linda ", “Não te esquecerei” e “Feche os Olhos”.

O nome "Renato e Seus Blue Caps" foi inspirado em uma banda americana. A banda de rock era a que estava há mais tempo em atividade no Brasil.

Em entrevista à GloboNews em 2012, Renato contou como surgiram os sucessos inspirados nos Beatles. O primeiro grande sucesso da banda, "Menina Linda ", de 1964, é a versão de uma música da banda.

Segundo ele, o produtor musical Carlos Imperial pedia para que eles aprendessem a tocar as músicas da banda inglesa de um dia para o outro.

“A gente não sabia falar inglês e não conseguia decorar as letras, o jeito era inventar em português.. Foi assim que começamos a fazer as versões das músicas dos Beatles”, conta.

Autora do livro "Renato Barros: um mito, uma lenda", Luzinha Zanetti se despediu do amigo em uma rede social.

"Nosso amado e muito querido cantor, compositor e guitarrista não suportou tanto sofrimento e descansou! Foi tocar sua guitarra no plano superior, onde está agora ao lado de seus pais e de sua amada esposa Lúcia Helena."


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LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

franpelima@bol.com.br

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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PUTA MERECE RESPEITO

Por José G. Diniz

Puta merece respeito
É ser humano também
A pobre mundana tem
Da vida o mesmo respeito
Se entrega a qualquer sujeito
A fim de ganhar o pão
E atos de humilhação
É o que mais lhe acontece
Mulher mundana merece
Nossa consideração.

Eu acho uma covardia
De quem usa uma mundana
Que a maltrata e engana
Com a irrisora quantia
Pois apesar de ser fria
Ela também é cristão
Transa mas sem sensação
O ato não lhe estremece
Mulher mundana merece
Nossa consideração

Já tenho visto muitos pais
Bater em mulher da rua
Sem pensar que uma filha sua
Venha a ser uma das tais
Pois o destino é sagaz
Cheio de contradição
A vida é uma ilusão
O tempo nos esclarece
Mulher mundana merece
Nossa consideração.


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SANTANA E A FEIRA DA FARINHA

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.354

Farinha de mandioca sempre foi mercadoria gostosa e sem valor comercial. Nos tempos de muita mendicância nas ruas, era o principal produto para os esmoleres. Aplicava-se a denominação de farinheiro ao cidadão que vendia farinha, deixando bastante gente conhecida com esse falso sobrenome. Em Santana do Ipanema, a farinha era vendida em sacos brancos com bocas arregaçadas, em qualquer lugar das feiras livres. Depois os farinheiros ficaram juntos, pela organização da prefeitura, mas ainda no meio da turba. Assim foi criada pelo povo, a expressão “feira da farinha”.  A aglomeração foi dividida por títulos e lugares: feira da farinha, feira das panelas, dos porcos, dos mangalhos, das frutas, do fumo e assim por diante. Mas foi feita outra mudança na feira e os farinheiros passaram a vender a farinha de mandioca, em casa de esquina no início da Rua Tertuliano Nepomuceno (defronte ao hoje mercadão Todo Dia). Houve estranheza do povo. Todos os farinheiros num salão só, na casa, talvez comprada pela prefeitura e cedida para esse fim. Antes, ali funcionava uma barbearia.

MERCADO DE CEREAIS PRECISANDO REPAROS, EM 2013.
(FOTO: LIVRO 230/B. CHAGAS)

Mais tarde foi construído pela gestão do prefeito Adeildo Nepomuceno Marques, o Mercado de Cereais, em terreno baldio no bairro monumento por trás do, então, Hotel Santanense, de Dona Beatriz, entre 1960 e 1970. O povo estranhou mais ainda, por ficar o lugar muito distante do centro de compras. Mas, o próprio Mercado ajudou a estirar a feira de baixo para cima chegando à sua calçada e ruas próximas. O Mercado de Cereais passou a negociar também feijão e arroz. Depois foi criado um compartimento para vender peixe.  Muitos farinheiros deixavam seus boxes para colocar a mercadoria no corredor de entrada do Mercado, na ambição de vender, dificultando o tráfego de pessoas.
Vários farinheiros se destacaram pelo tempo na profissão, entre eles, os irmãos Camilo: Valdemar, Agenor, José e seu filho Bilola (ô) que depois virou soldado de polícia. O Mercado continua de pé, sofrendo desgastes, mas resistindo ao tempo vendendo farinha.
A mandioca não dá em todo tipo de terra. Mas, dos agricultores que trabalhavam com esses roçados, muitos deixaram o plantio da mandioca e até casas de farinha modernas, cerraram suas portas. Entretanto, vindo dos quatro cantos do mundo, a farinha continua chegando à cidade. E quando o sujeito não presta é chamado no sertão, de farinha: “Aquilo é um farinha”.
E o terreno baldio em que se armavam os circos que chegavam à cidade, passou da alegria temporária ao mister de matar a fome dos seus antigos espectadores.
                                                             
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2020/07/santana-e-feira-da-farinha.html

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LIÇÃO DA NOITE

*Rangel Alves da Costa

Anoitecer normal, noite com seu percurso de jantares ou arremedos, noticiários, novelas e proseados, até o passar das horas e chegar o instante dos recolhimentos. Preces, orações, leituras por cima da cama, uma música ao ouvido, tantas vezes tristeza e solidão. Insônia em uns, cochilos em outros, adormecimento total na maioria.
A noite se prolonga com seus intervalos de saudades, lágrimas, amores, sonhos, fome e sede, inusitados e pesadelos. Na madrugada adentro é que o sono parece chegar mais pesado. Contudo, não demorará muito para o galo cantar, o relógio da igreja despertar, a primeira alva do dia surgir pela fresta da janela ou no telhado quebrado lá em cima. Também nos relógios, despertadores, nos instintos próprios de cada um.
Contudo, aquela noite foi longa demais. Até eterna, como afirmaram depois. Gente que abriu o olho no meio da escuridão achou tudo de uma estranheza sem igual. Tudo escurecido, puro negrume. O relógio havia parado sem qualquer explicação. Adormeceu novamente na expectativa de já despertar com os primeiros sinais da manhã.
Dormiu profundamente e acordou num pulo. Não deveria ter dormido tanto, mas olhou de canto a outro e a mesma escuridão da noite mais fechada. O relógio não saía do lugar, o galo não cantava, não havia nenhum barulho próprio do amanhecer. Quem abriu a janela só avistou a lua brilhando lá em cima. Os grilos continuavam com seus barulhos noturnos.
Com todo mundo estava acontecendo o mesmo, com essa noite que parecia não ter fim e uma manhã que nem dava sinais que logo mais iria surgir. Muita gente, porque já havia dormido o suficiente ou porque tinha certeza que já devia levantar, saiu da cama quase que para acordar a manhã, chamá-la, fazê-la existir.
Mas nada da luz da manhã aparecer. E o pior que a escuridão parecia ainda mais fechada e noturna. Em todo lugar, a madrugada vem trazendo consigo uma cor diferente, um sombreado que aos poucos vai clareando. Contudo, era noite sem madrugada e sem qualquer sinal que a manhã teria de acontecer.
E realmente não aconteceu. Os relógios recomeçaram seu funcionamento normal, os minutos passavam, a hora matinal já sendo marcada, porém nada de qualquer luz do alvorecer. Um desespero total entre todos, pois todos já haviam despertado e levantado e agora procuravam, espantados e amedrontados, uma explicação para aquilo tudo.
Queriam saber por que a noite não ia embora, porque aquele negrume fechado não se findava de vez, porque a escuridão continuava tomando o lugar do despertar da natureza, do canto dos pássaros, das janelas abertas, dos primeiros de sol. Queriam principalmente saber se aquele acontecimento logo passaria ou seria prolongado. E se a noite não fosse mais embora e a manhã jamais voltasse a brilhar?
Então começaram as preocupações mais acentuadas, as lágrimas, os desesperos, as tristezas, as agonias, as aflições. Gente ajoelhada orando, de mãos dadas em rogos e promessas, debruçada pelos cantos imaginando o pior. Uns diziam que era o fim dos tempos, outros afirmavam que o pecado do homem havia provocado aquele eclipse eterno.
Uma multidão nas portas, janelas, calçadas, no meio das ruas, nas praças, em todos os lugares. Palavras, gritos, murmúrios, soluços, um desespero total. Olhando para o alto, implorando por um pouco de luz da manhã, gritavam e repetiam que juravam jamais deixar de aproveitar o melhor que as manhãs pudessem oferecer e a luz do dia permitisse realizar para o bem de todos.
Uns falavam em regar os jardins todas as manhãs, em fazer as orações matinais, em colher frutos para distribuir com os pobres, em semear a terra e fazer o bem desde o amanhecer. Outros diziam que iriam transformar totalmente suas vidas, aproveitando cada instante de luz que a vida lhes oferecesse. Já outros, em total desespero, revelavam abertamente seus pecados e crimes, e ajoelhados afirmavam que nunca mais trairiam, roubariam, mentiriam ou injustamente difamariam o próximo.
O alvoroço era tanto que quase ninguém percebeu quando uma nuvem se abriu e um pedaço da luz da manhã começou a brilhar. Depois disso foi uma festa só. E quando o amanhecer surgiu completamente, lindo e inspirador, cada um tomou o seu rumo, deixando para trás as promessas feitas.
E tudo voltou à normalidade entre as pessoas, com os mesmos ódios, pecados e desperdícios da grandiosidade da vida.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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MORRE O PROFESSOR E ECONOMISTA CARLOS ESCÓSSIA


Por Ismael Sousa

Faleceu nesta segunda-feira (27 de julho) o economista e professor universitário Carlos Escóssia.

Ele era filho do ex-prefeito do município de Mossoró João Newton da Escóssia, e irmão do ex-vereador e presidente da Câmara dos Vereadores Júnior Escóssia.

Carlos foi diagnosticado há alguns meses com câncer no fígado. Com o avanço da doença, ele dedicou seus últimos momentos de vida aos filhos e amigos mais próximos do bairro Doze Anos.


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GROTA DO ANGICO, FEVEREIRO DE 2020.

Por Ronaldo Oliveira

Ha exatos 82 anos, ao amanhecer do dia 28 de Julho de 1928, sucumbiu nesta local, Virgulino Ferreira da Silva o famigerado Lampião, sua amásia Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita, 9 de seus asseclas, como também o jovem Soldado Adrião Pedro de Sousa da Força Pública Alagoana.


Comandada pelo Tenente João Bezerra da Silva, esta volante interrompeu um ciclo de terror e violência imposto ao povo Nordestino por aquele que por aproximadamente 20 anos foi chamado de: O Rei do cangaço.


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AS MENINAS DOS MEUS OLHOS


Por Veridiano Dias

As meninas dos meus olhos
Foram embora te buscar
Já não lembro em lembrar
Quanto tempo eu espero
Eu não sei porque razão
Sofre tanto o Coração
Nessa vida desespero

Cada vez mais te quero
Prá poder te abraçar
Já não posso mais chorar
Meu olhar é muito incerto
Sem ter você aqui agora
É como um disco sem vitrola
É um céu sem ser aberto

É um choro bem discreto
Sem ter lágrimas prá pingar
É um amor sem se amar
É um sonhar sem ter retina
Feito uma eclipse na lua
É uma vida bela e tão crua
Sem ter nos olhos as meninas.

Poeta VERÍ do país de Caruaru-PE
25/07/20
DIA DO ESCRITOR


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JOSÉ FELIPE DE OLIVEIRA PAI DE MARIA BONITA NÃO SE AFINAVA COM O SEU GENRO CAPITÃO LAMPIÃO

Por José Mendes Pereira

Parece que o que dizem sobre Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião que era bem recebido na casa do José Felipe de Oliveira, seu sogro, não tem muita credibilidade. Aqui eu apresento aos amigos o trabalho abaixo do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros. O natalense fala claramente sobre a recusa de José Felipe de Oliveira com o seu novo genro que era Lampião, companheiro da sua filha Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita. 

Se você quiser saber tudo sobre o que disse o pai da Maria Bonita ao repórter A. C. Rangel do periódico carioca “O Jornal”, que era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, e tinha como poderoso chefão o paraibando de Umbuzeiro o jornalista, empresário e político brasileiro Francisco Assis Chateaubriand, clique no link abaixo e faça uma boa leitura. É bem redigido pelo o Rostand Medeiros. Gostosa e prazerosa leitura.

Vamos ouvir em segredo o que o historiógrafo diz sobre eles: 

Historiógrafo Rostand Medeiros

(...) Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”.

Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dos profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita o José Gomes de Oliveira mais conhecido como Zé Felipe.

O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.
"Se ele passou oito anos fora de casa possivelmente não estava nem um pouco satisfeito com aquela união".

Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.

(...) O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho. Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação. 

Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2]
Em outra parte da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante Lampião. (...)

Não deixa de fazer uma visitinha ao Rostand Medeiros. Basta clicar no link abaixo. Seus trabalhos são excelentes, tanto faz cangaço como aviação e outros.

https://tokdehistoria.com.br/

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CANGAÇO & BANDITISMO NO NORDESTE BRASILEIRO - O "Corisco Preto"


Por Francisco Aleluia*

Em meio às minhas pesquisas sobre o cangaço, deparei-me com a figura de MANOEL LUIZ DE JESUS, este nascido a 3 de janeiro de 1897 na cidade de Frei Paulo, município localizado na região do agreste e sertão do estado de Sergipe. Figura até então, por mim, desconhecida - talvez até pela minha condição de iniciante nos estudos do Banditismo e do Cangaço no Nordeste Brasileiro sendo que, o único CORISCO de que tinha ciência foi o "Diabo Loiro", cujo nome era Cristino Gomes da Silva Cleto, também conhecido como O VINGADOR de Lampião.

Segundo pesquisa de Petrônio Domingues, da Universidade Federal de Sergipe, em artigo intitulado O "CORISCO PRETO": Cangaço, raça e banditismo no Nordeste Brasileiro, o nosso personagem Manoel Luiz ganhou fama no Sertão sergipano como uma espécie de "lampiãozinho" que, com sua astúcia, buscou pegar carona na fama de Virgulino Lampião e Corisco, tirando proveito em suas andanças criminosas na cidade de Frei Paulo e região circundante.

O que fica evidente é o fato, segundo o autor, que o nosso "lampiãozinho" tenha buscado inspiração no Diabo Loiro para incorporar o cangaço em sua vida saindo, dessa forma, do anonimato. Assim escreve Petrônio Domingues: "Manoel Luiz talvez tenha gostado de ter recebido a fama dos 'feitos do Diabo Loiro ou pelo menos nele se inspirou quando decidiu ingressar na criminalidade. Prova disso é que, em algumas ocasiões, passou a se autointitular Corisco Preto, ..." (DOMINGUES, 2017, p. 13).

Mas essa fama lhe trouxe um inconviniente: os tentáculos da lei transformaram -se em sombras indesejadas ao ponto de, em 21 de janeiro de 1931, após meses de ter a polícia e volantes em seu encalço, após abertura de inquérito pela polícia, Manoel Luiz, o "Corisco Preto", teve decretada sua prisão preventiva decretada, sendo preso a 16 de março de 1931 e "recolhido à Penitenciária do Estado, em Aracaju". (DOMINGUES, 2017, p. 19).

Assim resume o autor: "Acabava assim o drama de um negro que - acoimado pelo aparato policial, condenado pelo poder judiciário e apreendido como objeto de laboratório pelos ditames da antropologia criminal -, viveu como poucos as aventuras, desventuras e encruzilhadas relacionadas ao cangaço, à raça e ao banditismo rural". (Idem, p. 36).

Esse é mais um personagem que se soma ao complexo e fascinante universo do Cangaço no Nordeste Brasileiro.

(*) Graduado em História.


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PRESENTE DE DEUS


Por Hélio Xaxá

Deus
Enviou um presente para mim
Porque o Amor é mesmo assim
Dá-nos a felicidade ao dar-se...

E eu
Agradeço em oração todos os dias
Essas pequenas grandes alegrias
Cuidar de um sonho é cuidar-se...

Quem diria que um sorriso me bastasse...
Para ser feliz me basta olhar-te...

Deus foi muito amoroso comigo
Deu-me de presente um futuro amigo...

Já fico imaginando-o
Correndo livre sob o sol
Dois garotos jogando
Aos domingos, futebol
Nada será mais gostoso...

Nas nuvens, desenhando
Bichos, castelos e sereias
Com o cachorro brincando
Pés descalços na areia
Meu Deus, que maravilhoso!

De noite, uma historinha
Depois uma grata oração
Pegar suave sua mãozinha
E cantar uma bela canção
Para o Senhor Grandioso.

Hélio Xaxá


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HISTORIADOR BILLY JAYNES CHANDLER

Por José Mendes Pereira

O autor deste livro é historiador Billy Jaynes Chandler que havia desaparecido dos escritos sobre cangaço. É um dos mais importantes escritores do cangaço e coronelismo, fenômenos estes ligados entre si e característicos de uma certa época da história do Brasil. Duas belas obras o "Lampião o Rei dos Cangaceiros" e "Os Feitosas e o Sertão dos Inhamuns. Quantas pessoas gostariam de adirir este livros agora. Mas se você tem interesse faça contato com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

Em 2019 o Billy foi encontrado nos Estados Unidos pela escritora Bárbara de Medeiros que é filha do professor, escritor e pesquisador do cangaço Honório de Medeiros. 

Leia o que escreveram Bárbara de Medeiros e Honório de Medeiros sobre o Billy Jayner Chandler.

WHERE IS BILLY JAYNES CHANDLER?
* Bárbara de Medeiros * Honório de Medeiros 
Honório, Bárbara e Manoel Severo

Era hora do almoço quando papai pediu que eu traduzisse uma reportagem pra ele. Nessas horas, os quatorze anos de estudo de inglês geralmente se pagavam, e foi com prazer e uma certa confusão que li para ele uma reportagem policial de uma criança, Billy James Chandler, que fora assassinada por um de seus pais. O mistério estava em qual dos dois fora o responsável pele monstruoso ato, mas os testemunhos levavam a crer que o pai, William Chandler, tinha sido o verdadeiro algoz do pequeno ser de apenas seis meses.


Claro, a minha curiosidade não podia permitir que eu realizasse tal trabalho sem perguntar o quê papai queria com aquele casal louco e seu falecido filho. Balançando a cabeça com uma expressão de decepção, ele me disse que não era isso que ele procurava, e começou a me contar acerca de Billy James Chandler, o pesquisador, que teria escrito alguns dos livros mais importantes acerca do cangaço. Era ele quem meu pai procurava.

Bastou uma rápida procurada no Google pra descobrir que o nome do historiador era, na verdade, Billy Jaynes Chandler, e obviamente ficou claro que não havia nenhuma relação entre esse homem e a notícia que ele me colocara para ler.

Eu ainda não tocara na comida.

Fui atrás do meu computador para procurar mais acerca do homem que meu pai queria encontrar na rede social. Mas uma rápida pesquisa do seu nome apenas indicava sites onde os seus livros mais conhecidos estavam disponíveis para compra.

Foi aí que meus conhecimentos das ferramentas do Google vieram a calhar. Tirando as palavras chaves relacionadas às suas obras, sobraram poucos sites disponíveis, mas que aparentemente seriam mais importantes na minha pesquisa.

O primeiro deles foi o da editora Record, responsável pelos livros de Chandler (doravante denominado BJC) aqui no Brasil. Ela mantém uma página com informações de todos os escritores que publicam pelo seu selo. Obviamente, fui para a página do historiador, mas qual não foi a minha surpresa ao descobrir que nela não havia qualquer palavra. Nenhuma. Só o nome inteiro do americano como título, o resto era completamente branco. 

Meu primeiro instinto foi encontrar a página de contato da editora e escrever pedindo informações sobre Mr. Chandler. Embora sabendo que a maioria das companhias brasileiras têm o péssimo hábito de ignorar seus leitores, não custava nada pedir. Feito isso, prossegui na minha pesquisa. Nada obtive.

O próximo passo foi procurar a editora americana responsável pela primeira impressão dos seus trabalhos. Depois de pesquisar na Amazon, descobri que era a Texas A&M University Press, e foi para o site dela que parti. Não consegui achar nenhuma informação na página deles, mas me atrevi a lhes mandar um e-mail pedindo alguma informação que pudessem me conceder. Até o presente momento, nada.

Ainda mexendo nas páginas da web descobri o site da faculdade onde Billy Jaynes fez seu bacharelado em história: a Austin Peay State University. Na parte da Alumni, seu nome consta na lista de “perdidos”, e pede-se que qualquer pessoa que tiver alguma informação a seu respeito (e outros que também se encontram na lista), favor entrar em contato. Lá consta que o ano da sua graduação foi 1954. E agora eu sabia pelo menos mais uma pequena informação sobre esse homem que agora começava a me fascinar (mais pelo seu mistério, devo admitir, que pelo seu trabalho).

O próximo passo foi olhar no site da Universidade onde ele lecionou história - a Texas A&M University - Kingsville. Foi lá que descobri que o homem por quem procurávamos havia se tornado professor emérito em 1995. Dez anos atrás. Escrevi um e-mail pedindo informações, sem maiores expectativas. De todos os que eu enviara, esse era o que eu menos esperava que fosse respondido.

Historiador Billy Jayner Chandler

A única outra menção a Billy Jayne Chandler na história da Universidade na qual fora professor era em um livro de Cecilia Aros Hunter e Leslie Gene Hunter, contando a história da universidade. Algumas páginas estavam disponíveis no Google Books e foi lá que eu encontrei o nome do professor, no último parágrafo da página 155, contando que ele fizera circular uma petição para uma associação dos professores universitários americanos pedindo que um tal Robins explicasse a crise financeira que a escola enfrentava. A petição dele, segundo consta no livro, dizia que a secretaria da administração estava causando um sério declínio na moral da instituição.

Avisei papai do estado da minha pesquisa e agora só me restava esperar pelas respostas aos meus e-mails. Honestamente, a expectativa não estava alta.

Até hoje somente recebi uma resposta, um e-mail, surpreendentemente do único órgão do qual não esperava resposta: a universidade onde Chandler trabalhara. Robert C. Peña, diretor assistente de serviços da web, me respondeu dizendo que não fora possível encontrar nenhum tipo de informação de contato de Mr. Chandler, já que registros pessoais eram mantidos apenas por alguns anos. Ele sugeriu que eu tentasse contactá-lo pela Amazon (e anexou o fórum online do autor) ou pela editora que publicava seus livros.

Como já disse antes, eu já tentara essa segunda alternativa, e o fórum de Billy Jayne Chandler é constituído por duas pessoas tentando encontrá-lo: algum brasileiro, aparentemente, e alguém denominado Elizabeth, representando um antigo colega de trabalho (também ex-professor de história). Após uma conversa com papai, decidimos mandar um e-mail para essa mulher pedindo qualquer informação que ela pudesse nos repassar.

Os dias se passaram e eu não obtive retorno, mas para a minha surpresa o Robert C. Peña, da antiga faculdade onde Billy trabalhou entrou em contato novamente comigo, para me avisar que ele tentara encontrar no campus alguém que tivesse alguma informação a respeito do historiador, mas que ninguém parecia saber onde ele se encontrava.

Tendo agradecido a informação, só me restava aguardar alguém mais responder, quem sabe Elizabeth, do fórum de BJC na Amazon. E talvez por julho ter sido um mês tão bom, os meus pensamentos positivos se concretizaram e em dois ou três dias recebi uma resposta dela.

O e-mail não trazia grandes informações. Informou que ela trabalhava com esse tal professor que trabalhara com Chandler e que ele estava muito interessado em retomar o contato. Ela me avisou que não havia muito a ser dito sobre BJC, que estava na Europa, e quando voltasse responderia meu e-mail com as poucas informações às quais tinham eles acesso.

Eu preferi não responder nada por alguns dias, pois meu longo conhecimento em troca de e-mails assegurava que quase sempre as pessoas tendiam a esquecer de responder uma pergunta quando diziam que fariam isso depois. Então eu deixei para enviar um e-mail agradecendo sua prontidão em compartilhar suas informações praticamente uma semana depois, quando eu ainda não tinha recebido qualquer o retorno dela.

Foi o que fiz. E, até agora, nada.

Oh, my God, where is Billy Jaynes Chandler?

P.S. Billy Jaynes Chandler é um dos mais importantes escritores acerca do cangaço e coronelismo. Suas obras “Lampião, o Rei dos Cangaceiros”, e “Os Feitosas e o Sertão dos Inhamuns”, são canônicas, seminais. Tentando localizá-lo para uma entrevista via internet, esbarrei nessa dificuldade relatada acima, a meu pedido, por minha filha Bárbara de Medeiros. Ficou uma imensa curiosidade acerca de onde anda Chandler. Terá morrido? Por que se esconde? 


Billy Jainer Chandler com a idade avançada.

Encontrei no blog http://estoriasehistoria-heitor.blogspot.com.br/2012/12/livros-em-que-familia-feitosa-e-tema.html um artigo de Heitor Feitosa Macêdo que publico abaixo, parte dele, acerca de Chandler:

“O norte americano Billy Jaynes Chandler era um doutorando em história pela Texas A & University, tendo despertado seu olhar para o Brasil, como campo de estudo, em 1963, durante o curso de Introdução à Língua Portuguesa na Universidade da Flórida, pois era pré-requisito para o doutorado pretendido.

Inicialmente o autor cogitou o México para servir-lhe de objeto para a dissertação, contudo, durante um curso de Sociologia ministrado pelo Dr. José Arthur Rios, professor visitante da Universidade da Flórida, Chandler fora dissuadido, e terminou optando pelo Brasil.

Segundo o próprio autor, o Brasil oferecia outros tópicos de maior relevo do que os Inhamuns, porém Chandler queria familiarizar-se “com um aspecto mais amplo ou pelo menos diferente da vida brasileira.” Sendo seu objetivo estudar “uma comunidade fiel às tradições”, isolada ou isenta dos avanços do século XX, “onde tudo fosse como antigamente”.

Logo, em face desse anseio por um corpo social que fosse culturalmente mumificado, o Ceará apresentou-se bastante adequado, segundo a indicação do professor Rios.

A região dos Inhamuns foi escolhida depois de leituras adicionais, porque, conforme Chandler, esse espaço sertanejo caracterizava-se por ser uma “área rural, isolada e tradicional”, além disso, também era “a terra de uma numerosa família que mais de uma vez atraíra a atenção local e até do País inteiro”.

Desta forma, depois da escolha, partiu para aquele rincão, chegando em novembro de 1965, onde foi ciceroneado gentilmente pelos filhos daquele sertão. Por isso ficando o autor admirado e agradecido pela gente que o hospedou e conduziu pelas sendas dos Inhamuns, citando-se Antônio Gomes de Freitas, Antônio Teixeira Cavalcante, Lourenço Alves Feitosa, Aramando Arrais Feitosa etc.

A obra, publicada no Brasil no ano de 1981, é considera a segunda[17]a ser forjada em moldes de verdadeira ciência, pois, em sendo tese de doutoramento em história, consubstanciou a aplicação do método científico frente a antigos fatos registrados nos alfarrábios e na oralidade. O estudo é considerado suficientemente amplo por compreender aspectos administrativos, econômicos e políticos.

A análise recai sobre o início da colonização em 1700, e vai até o ano de 1930, considerado como marco final da perda do poder hegemônico dos Feitosa sobre grande parte dos Inhamuns.

Paralelamente sob a ótica do conflito entre o público e o privado, esquadrinha as instituições sociais, sobretudo a família, e a sua relação com o poder estatal. Igualmente identificando causas e consequências, do apogeu ao declínio político-econômico, dos Feitosa no seu feudo continental.

Assim, parece que o declínio relativo dos Feitosas foi acelerado por dois fatores: a importância que davam às prestigiosas atividades pecuárias, mesmo quando outros haviam conseguido constituir uma base econômica mais sólida através da agricultura, e a destruição periódica de seus únicos recursos produtivos – os rebanhos de gado – pelas secas (Billy Jaynes Chandler)”.

Encerro fazendo minhas as palavras de Bárbara de Medeiros: “where is Billy Jaynes Chandler?
  

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