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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

CASA DE MENORES MÁRIO NEGÓCIO, UMA INSTITUIÇÃO EXTINTA.

 Por José Mendes Pereira

Site Danka Maia

Caro amigo e irmão Raimundo Feliciano:

Há meses que eu nada escrevo sobre a antiga “Casa de Menores Mário Negócio”, mas hoje, resolvi voltar ao tempo, aliás, ao ano de 1965, quando esta instituição deixou de ser “Casa de Menores Mário Negócio”, para ser registrada com o nome de “Instituto Mário Negócio”, ligado ao “SAM – Serviço de Assistência ao Menor”, que posteriormente, passou para “FEBEM”.

Site Tribuna do Norte

Quero apenas lembrar do amigo José Lira (Zé Lira) com menos de 12 anos, que chegou na instituição, neste mesmo ano de 1965, vindo de Natal para Mossoró, na grande passeata política, que fez o então governador Aluízio Alves, tentando angariar votos para eleger o seu candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Norte o Monsenhor Walfredo Gurgel, tendo sido eleito e iniciando o seu mandato no dia 1º. de janeiro de 1966 a 15 de março de 1971.

Site Substantivo Plural

O Zé Lira que ninguém soube o “porquê” de sua saída de Natal para Mossoró, aqui, tinha como residência, embaixo da escada de concreto do prédio do "Cine Cid", onde funcionava a Rádio Tapuio de Mossoró, e que foi encontrado por populares, e assim que o juizado de menores tomou conhecimento daquela criança sem pais e sem familiares, levou-a para ser protegida pela instituição, que lá, nós também éramos internos.

Cine Cid após à estátua.

Lembro o dia em que o Zé Lira chegou àquela instituição, estava mais parecido com um animal, do que com uma criança, de tão sujo, com o rosto caracterizando ferrugens, sem chinelo, camisa toda cheia de buracos e imunda, calção velho e rasgado, o cabelo enorme e bastante arrepiado.

Site Kel Cosméticos

Fui eu encarregado de cortar o seu cabelo, apesar que eu não era funcionário de lá, e sim, interno, mas como o profissional deste trabalho, o Pascoal, havia viajado para Natal, fui incumbido pela diretora Ana Salem de Miranda (dona Caboclinha), para cortar aquele enorme cabelo, com uma tesoura cega e uma máquina antiga, e depois, passei a navalha, que apenas, passeava sobre o couro grosso da cabeça daquela criança.


Acho que ele nunca mais havia tomado banho, pelo tamanho da sujeira, e cheio de piolhos em toda a sua madeixa, calculava-se sem errar, os meses sem banhar o seu corpo.

Apesar de não ter familiares, o Zé Lira foi protegido pela instituição, e o encaminhou para a indústria, passando a aprender a atividade gráfica, deixando-o capacitado para esta nova profissão, que nela, eu já havia embarcado na Editora Comercial S.A.

Cine Caiçara, Rádio Difusora e Editora Comercial

Acredito que você nunca mais teve contato com ele, igualmente eu, mas tenho conhecimento que ele anda meio adoentado, e reside lá para as bandas do Alto do Xerém. 

Assim como nós, já visitamos aos domingos alguns amigos, vamos marcar um dia para tentarmos encontrá-lo lá por aquele bairro, ou adquiriremos informações sobre a sua residência com Railton Melo, ou Jorge Medeiros de dona Maria de Lourdes, para fazermos uma visita ao nosso irmão José Lira.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MARIA BONITA FOI UMA MULHER TRANSGRESSORA, MAS PASSOU LONGE DE SER FEMINISTA, DIZ BIÓGRAFA DA CANGACEIRA.

 Maria Bonita e o bando de LampiãoMaria Bonita e o bando de Lampião : ela era considerada a "rainha" do cangaçoArticle Information

Author, Luiza Franco - @luizavmf

Role,Da BBC News Brasil em São Paulo

1 setembro 2018

Dona de uma "personalidade espevitada", Maria Bonita - que, em vida, era conhecida como Maria de Déa - era uma mulher empoderada, transgressora, bem-humorada e "um tipo meio canalha". Mas apesar de estar "à frente do seu tempo", não se incomodava com a opressão em que viviam suas colegas de cangaço e apoiava que mulheres adúlteras fossem assassinadas.

É assim que a jornalista Adriana Negreiros retrata a cangaceira, que acaba de biografar em Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço (Objetiva). O livro conta a história do cangaço dando destaque às mulheres e aos relatos que fizeram sobre como era a vida no bando de Lampião. "Fui percebendo em conversas com pesquisadores do tema como as histórias delas eram desqualificadas", diz Negreiros.

Maria Gomes de Oliveira (1910 - 1938) era uma dona de casa casada quando começou a namorar Lampião, em 1929, e decidiu juntar-se ao bando no ano seguinte, tornando-se a primeira mulher do grupo. Seria uma das poucas a tornar-se cangaceira por vontade própria - muitas foram raptadas.

Ela acabou morta junto com Lampião e outros membros do bando num ataque das forças de segurança a um acampamento onde pernoitavam. Foi decapitada e, assim como os demais, sua cabeça foi exposta diante da Prefeitura de Piranhas (AL).

O livro também se esforça para desfazer a imagem de Lampião como o "Robin Hood do sertão", disseminada na mídia e por movimentos de esquerda da época. "Ele era aliado dos grandes latifundiários do Nordeste e era amigo de um interventor. O fato de ter passado impune tantos anos se deve à relação que tinha com o poder. Os grandes prejudicados eram os mais pobres."

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45304399

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ISSO É COMIDA DE COMER COM A MÃO

 Por José Mendes Pereira

André da Mata é um grande sambista do Rio Grande do Norte. Nasceu na capital natalense, no dia 31 de maio de 1985. Desde os 14 anos de idade que se interessou pela música, principalmente o samba, que é a sua paixão musical. 

André da Mata mantém uma forte conexão entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Norte. Apesar de ser natural da capital, mas vive em Mossoró no mesmo Estado, com grande paixão pela cidade que fez o capitão Lampião sair às pressas sem nada levar, quando veio no dia 13 de junho de 1927. 

Lampião e Maria Bonita 

"Lembrando ao leitor que, quando Lampião invadiu Mossoró em 13 de junho de1927, Maria Bonita ainda não fazia parte do seu bando". Ela só se juntou ao cangaço em 1930, após se tornar amante de Lampião. Ela deixou seu marido para viver com o bando e se tornou a primeira mulher a fazer parte do grupo de forma voluntária".

Segundo ele me falou que viveu alguns anos na capital maravilhosa (RJ), mas foi obrigado a voltar para Mossoró, por ser uma cidade de muitos assaltos, e preferiu vir fazer seus show aqui mesmo no nosso Estado.

VEJA ALGUNS VÍDEOS DO SAMBISTA:

https://www.youtube.com/watch?v=jHBtJkwSOuw&ab_channel=Andr%C3%A9daMata

https://www.youtube.com/watch?v=GT70rUYf94o&list=RDEM1yNcT68LxUtQ_kEyhq6tcg&start_radio=1&rv=jHBtJkwSOuw&ab_channel=Andr%C3%A9daMata

https://www.youtube.com/watch?v=cQYTnkXwu1E&list=RDcQYTnkXwu1E&start_radio=1&ab_channel=Andr%C3%A9daMata

https://www.youtube.com/watch?v=5pqY0FLooPU&list=RD5pqY0FLooPU&start_radio=1&ab_channel=Andr%C3%A9daMata

https://www.youtube.com/watch?v=GEBAdBAavRw&ab_channel=Andr%C3%A9daMata

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MUSEU DO SERTÃO DE MOSSORÓ: VALE A PENA VISITAR.

 Por Maluma Marques 

http://www.malumamarques.com.br/2022/05/museu-do-sertao-de-mossoro-vale-pena.html


O Museu do Sertão de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, possui cerca de 2 mil peças, que mantém viva a memória do povo potiguar. O espaço foi idealizado pelo engenheiro agrônomo, professor e escritor cearense, Benedito Vasconcelos Mendes. 

A instituição não faz parte de nenhum órgão público. É uma associação pública de direito privado a qual todos podem ter acesso em visitação e pesquisas.

Dentre as peças existentes no Museu do Sertão está a “Cabeça do Gigante”, nome da gigantesca obra de arte feita em concreto armado, pelo excelente artista plástico potiguar “Bibiu de Lajes”. 

Esta escultura tem cerca de 7 toneladas e mede 3 metros e dez centímetros de altura por 3 metros e 50 centímetros de diâmetro do chapéu. A Cabeça do Gigante é considerada a maior e a mais importante obra de arte do Museu do Sertão.

Por sua imponência e magnitude, o Museu tem inspirado pessoas de todos os recantos do País, inclusive compositores. É o caso do compositor e empresário Jadilson Ferraz, que compôs uma “Canção para o Museu do Sertão”. Foi feito também um “Hino do Museu do Sertão”. A letra é da poetisa Susana Goretti Lima Leite e tem interpretação da Juíza de Direito e Cantora, Welma Maria Ferreira de Menezes.

Benedito Vasconcelos Mendes, além de engenheiro agrônomo, é Mestre e Doutor. Professor Aposentado da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA) e da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), também é Membro Efetivo da Academia Norte-rio-grandense de Letras.

O acervo é composto por peças que remetem à cultura nordestina, incluindo a pega de boi, a vegetação e apetrechos de vaqueiro como, por exemplo, gibão-de-couro de veado-catingueiro, as perneiras, o guarda-peito, os guarda-pés, as luvas, as esporas e o chapéu de couro, além de outras. 

Visitar o Museu do Sertão de Mossoró é, sem dúvida, uma experiência incrível. Vale muito a pena conferir!




A SEDIÇÃO...

 

Por: Aderbal Nogueira

Quando fui convidado a participar como Co-produtor da mini série "Sedição de Juazeiro" me senti lisonjeado com o convite. Porém, quando assistimos ao primeiro capítulo da série já editado no teatro do SESC em Juazeiro do Norte, foi que tive a real noção de quão grandiosa ficou a Minissérie.

Trabalho com audiovisual há mais de 20 anos e sou um cinéfilo de carteirinha. E ali pude comprovar o que sempre disse: "Santo de casa faz milagre sim". A prova estava ali na nossa frente. Sem deixar a desejar absolutamente nada às grandes produções globais ou até mesmo hollywoodianas. Com um roteiro muito bem elaborado por Jonasluis, com assessoria dos renomados Renato Cassimiro, Daniel Walker e Renato Dantas a trama estava consistente e muito bem contextualizada.

Padre Alencar Paixoto se prepara para entrar em "cena"...

Pausa nas gravações para "Floro, Conde e Cícero"

Jonasluis, de Icapuí, Ângela, Daniel Abreu e Aderbal Nogueira

Contando ainda com a primorosa direção de Daniel Abreu, que soube como ninguém dar forma e vida à Minissérie de uma maneira única e peculiar, a obra está simplesmente "MÁGICA". Além de tudo passou com louros pelo crivo dos maiores pesquisadores do Brasil que estavam presentes no 3º Cariri Cangaço e que tiveram a oportunidade de assistir e comentar as suas impressões sobre a Série. Só fica uma lamentação: essa magnífica obra era para ir coroar as salas de cinema Brasil afora, inclusive 'além mares', pois para mim a TV é pouco para uma obra tão importante do ponto de vista Histórico e, porque não dizer, cinematográfico.

Aderbal Nogueira
Documentarista e Pesquisador
Sócio da SBEC
Diretor do GECC
Conselheiro Cariri Cangaço