Seguidores

domingo, 29 de setembro de 2019

"O PATRIARCA"

Por Sálvio Siqueira

No dia 3 de setembro de 2016 será lançado, em Serra Talhada - Pe, mais uma obra prima da literatura sertaneja, intitulado 'O PATRIARCA', o livro nos traz a notória história do cidadão "Crispim Pereira de Araújo", que na história ficou conhecido como "Ioiô Maroto", contada pela 'pena' do ilustre amigo venicio feitosa neves

Crispim Pereira de Araújo (Ioiô Maroto) 

Sendo parente de Sinhô Pereira, chefe de grupo cangaceiro e comandante dos irmãos Ferreira, conta-nos o livro, a história que "Ioiô Maroto" foi vítima de invejas e fuxico. Após sua casa ter sido invadida por uma volante comandada pelo tenente Peregrino Montenegro, da força cearense.

Sinhô Pereira

Sinhô Pereira deixa o cangaço, não sem antes fazer um pedido para o novo chefe do bando, Virgolino Ferreira da Silva o Lampião e o mesmo cumpre o prometido.


Além da excelente narração escrita pelo autor, teremos o prazer e satisfação de vislumbrar rica e inédita iconografia.

Não deixem de ter em sua coleção particular, mais essa obra prima literária.

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/675945445902908/?notif_t=group_activity&notif_id=1471274094349578

Peça já o seu:

franpelima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345
E-mail:   
franpelima@bol.com.br

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VISITA DE VERA FERREIRA NETA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA AO PORTAL DO CANGAÇO DE SERRINHA BAHIA. ( RELATO DE HISTÓRIA E RESISTÊNCIA)

Por Guilherme Machado
Guilherme Machado e Vera Ferreira

Vera Ferreira - Neta de Lampião e Maria Bonita

Vera Ferreira construiu sua própria história, independente de ser neta de Lampião e Maria Bonita. Foi a primeira cinegrafista mulher a empunhar uma câmera no Brasil, criou reboliço no Senado Nacional...

Vera Ferreira construiu sua própria história, independente de ser neta de Lampião e Maria Bonita. Foi a primeira cinegrafista mulher a empunhar uma câmera no Brasil, criou reboliço no Senado Nacional e hoje leva, no peito e na raça, o projeto de manter vivo esse momento tão importante da história do Brasil que foi o cangaço. Mas também o que se poderia esperar dessa que é da "raça de Lampião" e tem como avó uma mulher que é exemplo da força feminina... RAÇA DE LAMPIÃO! Quando éramos crianças, ninguém chegava perto da gente. Só brincavamos com os nossos primos... Para as pessoas nós éramos "raça de Lampião" e vivíamos assim. Minha mãe teve quatro filhos, Dejair, Vera, Gleuse Meire e Iza Cristina, além de três bisnetas que são karla que faz faculdade em São Paulo, Cleudi que faz Arquitetura na Unit e Luana que é campeã brasileira de natação. Muita gente acreditava, ou acredita, que descendente de cangaceiro viria a ser bandido; e não se tem nenhuma informação que algum descendente de pessoas que estiveram no cangaço tenham tido problema com a justiça. EXPEDITA AOS 21 DIAS Minha mãe, aos 21 dias de nascida, foi dada para ser criada por um casal, porque todas as crianças que nasciam no cangaço eram dadas, visto que não se tinha a menor condição de se ter crianças no bando. E foi assim que, até os oito anos de idade, minha mãe foi criada por Severo, que era vaqueiro, e sua esposa, Aurora. Depois ela foi para Propriá, para ser criada por João Ferreira, que foi o único irmão do meu avô que, por determinação dele, não entrou para o cangaço para tomar conta das irmãs e do irmão mais novo, que era Ezequiel. Aos dezesseis anos, minha mãe veio trabalhar em Aracaju e aos dezoito anos se casou. VERA AOS TREZE ANOS Aos treze anos de idade eu fui para São Paulo, junto com minha mãe, pela primeira vez, para um encontro de cangaceiros. Até então, eu não sabia nada da vida de meu avô, só sabia que éramos "raça de Lampião", e que as pessoas não gostavam disso. Nesse encontro, em São Paulo, organizado pela autora do livro "Táticas de Guerra de um Cangaceiro", Cristina da Mata Machado, que conheci Dadá, Balão, Criança, Sila, Zé Sereno, Labareda e outros; eu fiquei impressionada como tratavam com respeito minha mãe e eu. Era como se meu avô estivesse presente. Foi então que eu prometi, pra mim mesma, que iria pesquisar e cuidar da memória dos meus avós. DADÁ, MULHER DE CURISCO Era uma mulher fantástica! Foi quem me esclareceu muita coisa sobre meus avós e o cangaço, ela tinha uma memória fantástica e muito detalhista, além de contar realmente os fatos, sem fantasiar, porque hoje em dia, ainda existem cangaceiros que fantasiam. MULHER CINEGRAFISTA Aos dezenove anos, casei e fui morar em São Paulo. Separei, fui para Brasília e comecei a fotografar. 


Daí para câmera foi um pulo, fui a primeira mulher, no Brasil, a empunhar uma câmera. Trabalhei na Rede Globo, Manchete, Bandeirantes, TV Sergipe e depois em produções independentes. Tenho muito orgulho de ter sido a primeira jornalista cinegrafista. SAIAS, CALÇAS E SENADO Eu fui designada pela Globo para trabalhar como repórter cinegrafista no Senado e lá mulher só podia entrar de saia. E como eu, com uma câmera de quase dez quilos no ombro, tendo que subir em mesa, nos ombros do meu assistente, poderia usar uma saia? Muitas vezes peguei o paletó do meu assistente, outra vez tranquei uma fotógrafa enorme dentro do banheiro para pegar a saia dela e fazer as imagens que eu não podia perder, até que o Moacir Dala me liberou para entrar no Plenário de calça. MUSEU DO CANGAÇO... Em 88 foi comemorado os cinqüenta anos de morte de Lampião e Maria Bonita, além de outros cangaceiros que estavam no momento da tocaia no coito. Então resolvemos criar um museu que seria uma homenagem aos meus avós e ao cangaço em geral. Montamos ele onde fica o Centro de Turismo de Sergipe, e esse museu tinha tudo para dar certo, porque em agosto daquele ano, que não é um mês forte para o turismo, tivemos 3.327 visitantes, que é mais do que tiveram os três museus daqui em três anos. Recebemos a visita de jornalistas da Bélgica, da Romênia e de outros lugares do mundo... Pena que o museu só funcionou 4 meses, em novembro caiu uma chuva forte e choveu através do teto e perdemos muitas coisas. Perdemos documentos históricos, fotos, armas... O NOVO MUSEU! Nós temos propostas de alguns lugares para fazer o museu, Alagoas, Bahia, o Shopping Rio Mar... Aqui a Emsetur nos ofereceu um lugar na Orla, mas já nos tirou, inclusive o Arquiteto Eduardo Carlos Magno, que projetou a planta do museu, disse que se o museu não for na orla, quem sairá perdendo é a própria Orla e, claro, Sergipe... Enfim eu sei que eu vou montar esse museu não sei aonde, gostaria muito que fosse aqui, mas acredito que seja preciso que as pessoas que estão a frente do governo percebam o quanto é preciso valorizar os acontecimentos históricos da sua terra. ENQUANTO ISSO... Uma parte do acervo está no Memorial da UNIT que fica na Av. 13 de julho, e pode ser visitado... MAS NÃO DURA MUITO TEMPO! Nós queremos muito montar esse museu aqui, mas não vou ficar muito tempo esperando que políticos percebam o quanto isso seria importante para o nosso estado. A minha familia não ganha nada com isso, muito pelo contrário, perde, porque temos que botar do próprio bolso para viajar, pesquisar e manter essa passagem histórica do Brasil que foi o cangaço... paciência tem limite. AS QUATROS OPÇÕES DE LAMPIÃO! Ele poderia calar, virar jagunço de um coronel rico, volante (polícia) ou cangaceiro... ele optou pela última, mas só quando o pai foi morto, que era um homem muito pacato e que se mudou quatro vezes para não brigar e foi morto assim mesmo. MARIA BONITA! A revista Desfile Internacional colocou as cem mulheres do século, minha avó estava presente, um encarte da Folha de São Paulo colocou as maiores mulheres brasileiras, minha avó estava presente, saiu agora na revista Cláudia as mulheres mais importantes, minha avó estava presente. Então acho que só isso basta para dizer qual a importância dessa mulher como referencial para as mulheres brasileiras e do resto do mundo. DE VIRGOLINO A LAMPIÃO... Quem escreveu o livro foi eu e Antônio Amaury, que é o maior pesquisador sobre cangaço que existe atualmente, com um trabalho de cinquenta anos dedicado a esse tema. A Dana Corporation foi quem patrocinou o nosso livro juntamente com o Ministério da Cultura, Através da Fundação Augusto Franco. e o que me deixou muito feliz foi que, durante dois meses, ele foi o mais vendido na Livraria Escariz e a saída continua muito boa. Lançamos agora em Porto Alegre, e estaremos fazendo outros lançamentos durante o ano todo... O FILME? Nós já fomos procurados por alguns diretores para comprar os direitos de filmagem do " Virgolino a Lampião" e estamos estudando a melhor proposta, porque chega de filme mentiroso sobre o cangaço... o único trabalho que é um pouco fiel foi um Globo Repórter Especial que se chamou " O último dia de Lampião’’... LAMPIÃO, MENTIRAS E VERDADES... Eu e o Antônio Amaury já estamos trabalhando em outro livro que vai revelar as mentiras que se falam sobre o cangaço... existem coisas absurdas do tipo que meu avô só usava perfume francês e que só escrevia os bilhetes em máquina de escrever, imagina em pleno sertão fazendo bilhetes em máquina de escrever, a pessoa que escreve um negocio desse é um irresponsável.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O INESPERADO FOGO DA CAIÇARA!

Por Rivanildo Alexandrino

COMBATE ENTRE O BANDO DE LAMPIÃO E A POLÍCIA DO RN...

90 ANOS DEPOIS, COM UM DETECTOR DE METAIS, ENCONTREI BALAS DO GRANDE TIROTEIO…

A passagem de Lampião pelo Rio Grande do Norte em 1927, foi um fato que marcou de forma destacada a história do cangaço no nordeste.

Os cangaceiros adentraram no solo potiguar no dia 10 de junho daquele ano e permaneceram até o dia 14, período em que praticaram toda sorte de desatinos às populações do interior do Estado que estavam no seu itinerário. O início da marcha devastadora deu-se no município de Luis Gomes, e estendeu-se por quatro dias até a incursão dos cangaceiros no Estado do Ceará, depois da tentativa de saquear a cidade de Mossoró.

Com a incursão do bando de Lampião ao território potiguar foram tomadas medidas de segurança pelo governo estadual para conter a marcha da horda assassina. De imediato, organizou-se uma força policial comandada pelo tenente Napoleão de Carvalho Agra. O destacamento policial tinha o objetivo de interceptar os cangaceiros nas imediações de Vitória, (atual Marcelino Vieira).

No intuito de acelerar ao deslocamento da força policial o tenente Napoleão Agra solicitou a aquisição de três caminhões para o transporte dos soldados que iriam ao encontro dos bandoleiros, que, naquele momento, sabia-se que estavam saqueando a fazenda Aroeira, propriedade do coronel José Lopes. Mas na impossibilidade de aquisição dos três veículos no povoado de Vitória, foi solicitado dois caminhões aos senhores Areamiro de Almeida e a Antônio Caetano, residentes na povoação de Alexandria.

Para acelerar a marcha dos combatentes o tenente Agra ordenou ao cabo João Porfírio da Silva que seguisse a pé com parte dos soldados enquanto o mesmo aguardaria a chegada dos outros caminhões em Vitória.

Feito isso, a força policial seguiu a pé em direção à fazenda Aroeira. Os cangaceiros que a esse tempo já haviam deixado a fazenda de José Lopes, seguiam na mesma estrada em que vinha o destacamento policial, só que em sentido oposto. E aconteceu que nas imediações do sítio Caiçara dos Tomás, os bandidos escutaram o barulho crescente de veículos que se aproximavam, rapidamente desceram de suas montarias e entrincheiraram-se para aguardar quem vinha pela estrada.
O barulho ouvido pelos cangaceiros era justamente dos caminhões que seguiam pela estrada com o tenente Agra e o restante dos soldados. Exatamente no local conhecido como Baixa da Canafístula, no sítio Caiçara, onde os cangaceiros estavam entrincheirados, o tenente alcançou o restante da força que tinha seguido na frente. Eram mais ou menos, quatro horas da tarde.

Quando os caminhões pararam para que os soldados subissem nos mesmos, uma saraivada de balas despejadas pelos cangaceiros varreu o campo onde se encontravam os militares. Os mesmos desceram dos veículos apressadamente debaixo de forte tiroteio, e procuraram se proteger de qualquer forma, detrás de árvores ou pedras.

O tiroteio durou uns 45 minutos e terminou com a fuga desesperada dos soldados que tinham esgotado suas munições. Findo o combate, os cangaceiros encontraram, ainda vivo, um soldado que tinha sido baleado durante a fuzilaria. O cangaceiro Coqueiro o apunhalou várias vezes, acabando de matá-lo. O soldado morto chamava-se José Monteiro de Matos.

Na fuga apressada, os policiais não tiveram tempo de retirarem do campo de batalha os dois automóveis que seguiam na frente. Lampião, senhor da situação vitoriosa da luta, mandou que ateassem fogo nos veículos, que, depois de queimados, ficaram totalmente destruídos.

Mas não foi só do lado da força policial que houve baixa, pois um cangaceiro de nome Patrício, que respondia no bando pelo apelido de Azulão, também morreu no confronto. O bandido morto foi enterrado na areia de um riacho que passava próximo ao local do combate, e seu corpo foi encontrado no dia seguinte.

90 anos depois desse episódio, me dirigi ao local desse confronto, conversei com pessoas da região que me indicaram mais ou menos o local. Chegando lá, fiz um levantamento da região, e por saber a maneira tática que os cangaceiros utilizavam em seus combates, logo cheguei ao ponto exato onde os mesmos entricheiraram-se.

Comecei a pesquisar, fazendo uma varredura no local com um detector de metais, e pra minha alegria, consegui encontrar vários projéteis e cápsulas de balas utilizadas naquele tiroteio. Vibrei muito! Foi uma sensação incrível! Poder estar no mesmo local em que estiveram os cangaceiros de Lampião, e, além de tudo, encontrar balas daquele famoso combate...

Foi um presente sem preço pra mim, que tanto admiro essa história desde criança! E vou continuar, se Deus quiser, pois é disso que gosto, é isso que me dá prazer...
Na foto acima, estão os objetos encontrados no local do combate.

As próximas pesquisas serão no Ceará e depois em Pernambuco! E assim irei desenterrando nossa história!

Grande abraço.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO EM JUAZEIRO DO NORTE





No dia 4 de Março de 1926, acompanhado de 49 homens, Virgulino chegou a Juazeiro pra conferenciar com “o Padre e o Doutor”(Floro Bartolomeu). Assentada a participação do bando na caçada aos revoltosos, os cangaceiros ganharam fardas de mescla azul e trocaram os rifles 44 por fuzis privativos do Exercito – os mesmos fuzis que viriam a ser de extrema valia no ataque a Mossoró, RN, em 1927. 

Lampião que passou três dias em Juazeiro, despertando intensa curiosidade popular, deu o seguinte depoimento ao poeta popular João Mendes de Oliveira, depois de ir a Luta: “Tive um combate com os revoltosos da Coluna Prestes entre São Miguel e Altos das Areias. Depois de uma grande luta e estando apenas com 18 companheiros, vi-me obrigado a recuar, deixando diversos inimigos feridos.” Texto O Padre e o Cangaceiro de Ivan Alves e Nílson Lage em Os Grandes Enigmas de Nossa História.

Dizem alguns especialista que Lampião nunca combateu a Coluna. Como se explica isso?


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO A LENDA VIVA DO IMAGINÁRIO POPULAR.

Por Roseverto Teixeira

O sertão nordestino tem um povo com uma cultura riquíssima e mesmo em meio ao sofrimento e ao descaso permanecem firmes e guerreiros, uma das histórias mais magníficas do sertão é a do cangaceiro Lampião.
Ele nasceu em Serra Talhada e era o terceiro filho de uma família humilde, ao que tudo indicava teria sido um simples vaqueiro, sabia amansar qualquer burro brabo, mas o destino pregou uma peça em Virgulino, quando era adolescente um fazendeiro amigo de um coronel poderoso acusou sua família de roubar alguns animais de sua fazenda, sabemos que a palavra de um pobre não tem vez contra a de um homem poderoso, até mesmo nos dias atuais as coisas continuam sendo assim, com a acusação a policia acabou matando os seus pais, assim Virgulino e seus irmãos ficaram a deriva em pleno sertão e sem muitas opções foram atraídos pelo cangaço, e assim nasceu "Lampião", o homem era tão assustador que a própria policia o temia, foram feitas diversas emboscadas para capturá-lo e ele conseguiu se livrar de centenas de armadilhas, era um grande estrategista. Ele sempre estava a um passo a frente, sofreu diversos ferimentos ao longo de sua vida e conseguiu fugir das autoridades por mais de 20 anos, se Lampião era herói ou bandido eu prefiro não entrar no mérito da questão, dizem que lutava contra os ricos fazendeiros, porém não podemos ignorar que ele cometeu diversas atrocidades, querendo ou não.

Você sabia que ele tinha um lado refinado, o prato preferido dele era passarinho ao molho de vinho, inclusive ele mesmo preparava, a divisão de tarefa entre os cangaceiros era quase igualitária, tanto mulheres quanto homens lavavam e cozinhavam, mas apesar de disso as mulheres eram submissas aos homens, A policia emboscou Lampião e seu bando em 28 de julho de 1938, Lampião estava rezando e Maria preparando o café, a volante chegou de surpresa e invadiu o esconderijo com uma chuva de tiros, os soldados degolaram Lampião e Maria ainda vivos, suas cabeças mais a de nove companheiros foram expostas e foi assim que a lenda de lampião se tornou ainda mais vivo no imaginário popular.

existem muitas controvérsias sobre o papel de Lampião na história brasileira, pra alguns herói, pra outros bandido sanguinário, porém para julgar um caso é preciso ter o conhecimento total dos fatos. Não ouso dizer se era bandido ou herói, deixo o julgamento com vocês.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JURI SOBRE LAMPIÃO..!



Estou repassando, porque Vai ser muito interessante este evento.

Pelo que estou sabendo, irão participar juízes , promotores, advogados, estudiosos, escritores..etc...

UM júri verdadeiro, que irá dá o veredicto (Lampião, culpado ou inocente).

Todos irão se vestir à caráter.

Não só se vestir, mas um completo júri com direito a tudo previsto na lei. Juiz, acusadores, defensores, réu e, o corpo de jurados, além a plateia...!

Local: Petrolina..PE


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FOI BOM OU MAL LAMPIÃO TER EXISTIDO?


Por Raul Meneleu


No meu entendimento a importância do cangaço se deu no confronto de uma classe desprestigiada e humilhada em busca de justiça com aqueles que os injustiçavam. Eram em sua grande maioria, pobres que foram injustiçados de alguma forma e por não terem amparo da justiça pois esta, estava invariavelmente nas mãos do coronéis e políticos. Na questão de lampião, eles não eram pobres assim como os pobres que aderiram a Antônio Conselheiro, que em sua maioria, eram pessoas de religiosidade fanática.

No caso de Lampião, sabemos que a índole belicosa da mãe, teve uma influência desastrosa nos filhos e estes por serem rapazes de boa aparência, despertava a inveja de seus vizinhos, ao ponto de virar rixas.
Quando essas rixas foram parar na Justiça o outro lado foi mais contemplado por questões de parentescos com as autoridades e como eram mais bem situados financeiramente, foram contemplados com as decisões. Conto mais abaixo em comentários de dois livros.

Nestas decisões de autoridades os irmãos Ferreira foram tomando ódio e começaram a pender para tomarem o lado da vingança que geralmente posso dizer, quase sempre, quem se vinga de forma violenta ou não, transgride as leis. Não foi diferente. Os irmãos Ferreira, principalmente Virgulino Ferreira, deixou de trabalhar tanto na propriedade do pai quanto na pequena empresa de almocrevia que o pai tinha, com um plantel de mulas onde carregava itens dos vários negócios de sua clientela.

Largou tudo isso, pois a família empobrecida pelos conflitos, teve que mudar-se algumas vezes por conta destas violentas perseguições de seus inimigos. Então chego à conclusão que, realmente os irmãos foram injustiçados, juntamente com os familiares. Por conta disso mesmo antes dos pais morrerem, já estavam no cangaço.

Mas analisemos mais um pouco, indo ao início da República.

Lampião cresceu na crise da República Velha. A negação da justiça e a persistência dela traz a revolta para os oprimidos. Isso se deu no passado e se dá hoje no presente. Lá naqueles anos, o país saindo de uma Monarquia e entrando na República surgiram as autoridades dos coronéis.

Na proclamação da República em 1889 em diante foi implantado no Brasil o regime federalista, e este veio a favorecer a uma grande autonomia às províncias, fortalecendo as oligarquias regionais.

O poder dessas oligarquias regionais de coronéis veio a ser mais fortalecida com a política dos governadores iniciada pelo Presidente Campos Sales, o quarto presidente da República. Através da Política dos Estados, obteve o apoio do Congresso através de relações de apoio mútuo e favorecimento político entre o governo central, representado pelos presidentes da república e os estados, representados pelos respectivos governadores, e municípios, representados pelos coronéis.
O poder de cada coronel era medido pelo número de aliados que tinha e pelo tamanho de seu exército particular de jagunços.

Nos estados mais pobres, como Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas os coronéis não eram suficientemente ricos e poderosos para impedir a formação de bandos armados independentes. Foi nesse ambiente que nasceu e prosperou o bando de Lampião, nos anos 1920, coincidindo o seu surgimento com a crise da República Velha.

Todos conhecem a história de Lampião. Mas nem todos entendem a política daquela época e o que levou tanto a ele quanto a muitos outros, enveredarem pelo caminho fora da lei.

Houvesse "Justiça" não haveria Lampião...

Leiam esse artigo que fiz em 2014, onde analiso dois livros e comento as historias, onde vemos que os mais abastardos perseguiram Virgulino Ferreira para ele se transformar em Lampião.


Depois que você ler o artigo do link, veja se não concorda comigo, pois finalizando, digo aos leitores deste apanhado de palavras em dois livros, sendo que os floreios entre ela são minhas. Lampião e seus irmãos, juntamente com seus familiares, foram vítimas sim. Se tivesse havido justiça não teria havido Lampião. Claro que Lampião não foi bom para o sertão nordestino. Tornou-se desalmado pelas perseguições sofridas e teria sido talvez um cidadão íntegro, um padre, um oficial do exército, um bispo, prefeito ou até mesmo governador. Um poeta, um artista, sei lá!

Foi mal ter existido? Afirmo com toda veemência: SIM!

Raul Meneleu.
28 de setembro de 2019



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NO DIA QUE O CANGACEIRO ANTÔNIO SILVINO MANDOU DESTRUIR AS CERCAS PARA O GADO BEBER ÁGUA NA FAZENDA PITOMBEIRA...



A história a seguir foi relatada pelo Senhor Zacarias, um conhecedor de muitas histórias sobre Antônio Silvino que lhe fora repassado pelos seus antepassados O fato sucedeu na Fazenda Pitombeira, o ano? Por volta de 1877 onde na ocasião uma ceca assustadora assolava a região. Ao passar com seu bando notou várias cabeças de gados morrendo de sede, a poucos metros uma cerca feita pelo então proprietário da citada fazenda. Foi então que o temível cangaceiro mandou que seu comandado verificasse o que estava acontecendo. Foi até a fazenda e falou com o capataz que disse que o seu patrão se encontrava numa fazenda em Serra Negra, RN participando de um casamento. 

Antônio Silvino ordenou que o capataz fosse urgentemente no local e comunicasse que o patrão retirasse imediatamente a cerca para que seu gado fosse beber e que preparasse um almoço, matasse um carneiro para alimentar ele e seu bando. Assim o fez, comunicou ao patrão o ocorrido e ele ordenou que assim obedecesse a Antônio. O cangaceiro chegando no local encontrou o gado da vizinha bebendo na cacimba e assim agradeceu demonstrando amizade e parceria.

Foto Wikipedia


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FERRO, FERRUGEM, VIDA...

*Rangel Alves da Costa

As lições estão por todo lugar. Nos mínimos detalhes das coisas, muitas vezes um livro aberto de sabedoria. Uma pedra lançada às águas pode provocar ondas, tsunamis, tragédias. O sopro das asas da borboleta pode provocar uma grande devastação. Um olhar, apenas um olhar, pode abrir uma terrível ferida. A palavra, esta então tem o poder da fúria de uma furação. E mais e mais.
As lições estão por todo lugar, mas ainda assim poucos querem avistar. Ora, basta saber que toda causa possui uma consequência, toda ação possui uma reação, nada acontece ao acaso. O Livro do Eclesiastes é bem claro quanto a isso. O que se tem hoje, amanhã já será de outra forma. Mas há gente, contudo, que insiste no erro de avistar tudo como o agora. A importância de tudo está somente no agora. E o amanhã? Será, por exemplo, que vai esperar o bem amanhã se faz o mal agora?
Não precisa ser sábio para entender o âmago das coisas, para compreender a realidade da vida, para encontrar a certeza naquilo que se tem como incompreensível. Basta querer, repita-se. O que falta, muitas vezes, é se espelhar no espelho na própria existência. Avistando o ontem, certamente compreenderá o hoje. Os erros do passado são meios mais que suficientes para que sejam reparados em ações futuras. Mas para muitos, para uma grande maioria, torna-se até difícil saber que a morte - ainda que destino certo - pode ser muito antecipado pela vida humana.
Há que mirar-se nos exemplos da vida, do mundo, da realidade. Uma janela aberta ensina, uma porta averta ensina, uma estrada é uma grande lição, um desatino na caminhada servirá como página jamais esquecida. Nada é eterno, nada terá sempre a força que mostra ter. Um dia, as aparências vão revelando as fragilidades. Assim acontece com a ferrugem e o ferro, ou o ferro e a ferrugem, que são o próprio homem na sua jornada de tudo e nada ser.


A pedra dura, inflexível e impenetrável, vai se tomando de musgos, vai sendo açoitada pelo tempo, vai, imperceptivelmente, sendo carcomida. O diamante, com sua solidez petrificada, ainda assim vai sendo alquebrado pela ação humana. E o que dizer do ferro, o tão conhecido metal que sempre aparenta força, durabilidade e resistência? O ferro e o ser humano vivem de aparências.
Este, o ser humano, sempre querendo se mostrar inflexível e inatacável, não suporta sequer o sopro do vento. A dureza humana é desfeita com simples ações. Quando sua máscara cai, tudo desmorona. Quando seu segredo é revelado, então todo o seu interior pode ser avistado. Quando desce do pedestal, então sente que tem de suportar os espinhos. Ainda assim muito ser humano se mostra com inexistente altivez.
Quanta ilusão em fingidas fortalezas que não suportam sequer um sopro de verdade. Os cemitérios, as sepulturas e as covas rasas, estão cheios de pedreiras humanas em pó transformadas. Fantasmas vagueiam achando que levam escudo e coroa. Apenas um nada sob a forma humana. Triste ouvir “Eu sou!”. És o que? Nada mais que uma ilusão. Bem assim aconteceu com o ferro. Imponente, inatacável, indestrutível, mas baixou a cabeça quando a maresia soprou.
Começou a sentir nas entranhas a fragilidade. Ainda assim se mostrou mais inflexível e mais arrogante. Então a ferrugem acariciou sua pele, dizendo: “Mostrarei o que és!”. E hoje do ferro nada mais resta. A ferrugem do tempo destruiu o ferro da vida.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DE LAMPEÃO

Por Antônio Filemon Rodrigues Pimenta

(O autor não fala o ano, mas foi em 1927 período  da tentativa de assalto de Lampião à Mossoró no Rio Grande do Norte).

O nosso chefe de Polícia acaba de mandar regressar o Tenente Laurentino e sua força; em vista de achar improfícua a perseguição a Lampeão presentemente. 


O bando esteve até hontem no serrote "Moitinha" município de Aurora. Das forças Parahybanas e Cearense ignorava-se paradeiro.

Fonte: O Cangaço na Imprensa Mossoroense
Tomo II
Antônio Filemon Rodrigues Pimenta
(Pesquisa e Organização)
Fundação Vingt-un Rosado
Coleção Mossoroense
Série "C!, número 1104,
Outubro 1999
Página 56
Livro doado a mim pelo pesquisador Kydelmir Dantas
Digitado por José Mendes Pereira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MASSILON NO BREJO?

Por Antônio Filemon Rodrigues Pimenta

(O autor não fala o ano, mas foi em 1927 período da tentativa de assalto de Lampião à Mossoró no Rio Grande do Norte).

Dizem que Massilon se acha há dias, nos arredores do Brejo do Apody, com alguns bandoleiros seus, tendo deixado Lampeão no município de Limoeiro ou immediações. Certo ou não o boato, é caso para o Governo tomar sérias medidas.


Colabora esta notícia uma exigência que Massilon fez ao Sr. Avelino Bessa nas immediações de Pereiro e Pau dos Ferros, pedindo dez contos de réis com dia e hora marcada. Mas afinal isso não se realizou, tendo seguido para ali uma força à ocultas, antes da data aprazada.

Fonte: O Cangaço na Imprensa Mossoroense
Tomo II
Antônio Filemon Rodrigues Pimenta
(Pesquisa e Organização)
Fundação Vingt-un Rosado
Coleção Mossoroense
Série "C!, número 1104,
Outubro 1999
Página 56
Livro doado a mim pelo pesquisador Kydelmir Dantas 
Digitado por José Mendes Pereira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com