Um belo Vídeo
Continua o depoente: "-Corri até ele, peguei seu mosquetão e com Zé Sereno conseguimos furar o cerco".
Foto do cangaceiro Zé Sereno
Continua Balão: "-Tive a impressão de que a metralhadora enguiçou no momento exato. Para mim foi Deus".
Fala Zé Mendes...
1 - Será que depois da missa ele voltou a se deitar?
2 - Como foi que ele viu que a bala que atingiu o rei foi mesmo no meio da testa, quando ele diz que Lampião estava de costas?
3 - Como foi que no meio de um cerrado tiroteio ele teve coragem de ir pegar o mosquetão de Luiz Pedro que já estava morto?
4 - Como foi que ainda deu tempo para ele contar os mortos, pois no meio de um tiroteio, qualquer ser humano não espera por nada, muito menos para contar quem lá morreu?
5 - Como foi que ainda deu tempo para ele calçar as alpargatas?
6 - Por que Balão caiu quando ele e o policial ambos atiraram, se ele não sofreu nenhum impacto para ser derrubado?
O amigo Balão fantasiou algumas respostas. Muitas verdades, é claro. Mas outras, fantasiadas. Gostaria muito que as suas respostas fossem verdades. Mas pelo que ele disse, não há como eu acreditar em todas. Acredito em partes.
Comentários:
Alcindo Alves da Costa
NOTA CARIRI CANGAÇO: Estimado Zé Mendes, como diz o confrade e Mestre Alcino Alves Costa "Mentiras e Mistérios de Angico!!!!" Com a palavra Alcino, o Caipira do Poço Redondo.
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Severo, Zé Mendes, Juliana, Capitão Bonessi e todos os nossos heróis malucos que temos no blog Cariri Cangaço o porto seguro de nossas conversas e trocas de ideias, a todos vocês o meu carinho e o meu respeito. Graças a Deus, através do Cariri Cangaço, as fantasias, as mentiras e os mistérios que envolvem a Grota de Angico estão sendo cuidadosamente dissecadas por nossos confrades, numa prova que as minhas inquietações tinham fundamentos. Se formos analisar tudo que aconteceu em Angico com cuidado e carinho veremos claramente que não só o testemunho de Balão, mas todos os outros depoimentos são verdadeiras piadas. O tiro em Amoroso, numa distância de quase 100 metros da barraca de Lampião, os dois tiros dados em Maria Bonita quando ela ia apanhar água no mesmo poço em que Amoroso estava enchendo o cantil, o som daqueles estampidos, naquela hora da manhã, até hoje eu estou ouvindo. E porque Lampião e todos os que estavam em Angico não escutaram, não ouviram nada, morreram sem brigar? Tenham paciência! Isto é uma aberração. Convido a qualquer um dos nossos ilustres e sérios pesquisadores a comentar sobre algum registro de Angico que pareça ser verdadeiro, a excessão, é claro, da morte de Lampião. Ou não!!!!!!
Abraços, meus queridos,
deste caipira que ama todos vocês.
Alcino Alves da Costa
Outro comentário do escritor Alcindo Alves da Costa
Severo, Zé Mendes, Juliana, Capitão Bonessi e todos os nossos heróis malucos que vivem a rastejar as pegadas de Lampião pelos tabuleiros e caatingas de nossos sertões, a todos vocês o meu carinho, a minha consideração e o meu respeito.
Não só o depoimento de Balão sobre o que aconteceu em Angico é fantasioso e não merece nenhum crédito, como todos os outros que estão registrados na historiografia do cangaço em relação a tudo que se refere a Angico, desde a preparação do cerco, até o instante final do célebre acontecimento.
Ainda hoje os meus ouvidos doem com a força dos estampidos do tiro que Abdon deu em Amoroso e dos dois tiros que Panta de Godoy deu em Maria Bonita, e para espanto geral nem Lampião e nem seus "meninos" escutaram nada. Ainda mais, logo após os disparos e numa distância de quase 100 metros da barraca de Lampião, Abdon, Panta e Noratinho avançaram e chegaram tão próximo, mas tão próximo da barraca de Lampião que tiveram que recuar, se proteger por detras de umas pedras para, aí sim, atirar em Lampião. Operação fácil, facílima de se realizar.
Tudo isto está registrado no "Assim morreu Lampião", do mestre Antônio amaury. Você acredita neste depoimento?
Meus amigos! Graças a Deus a maioria dos pesquisadores e estudiosos do cangaço e de Lampião estão percebendo que não é nenhum delírio de minha parte quanto a minha inquietude sobre as coisas da Grota de Angico. Este proceder de meus queridos confrades me deixa feliz e muito agradecido.
O meu abraço caipira a todos vocês.
Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo
Outro comentário do escritor Alcindo Alves da Costa
Severo, Zé Mendes, Juliana, Capitão Bonessi, Paulo Gastão e todos os nossos heróis malucos que vivem a rastejar as pegadas de Lampião pelo tabuleiros e caatingas de nossos sertões, a todos vocês o meu abraço, a minha admiração, o meu carinho e o meu respeito. É certo que a entrevista de Balão está repleta de fantasias. Não foi somente o seu depoimento que assim pode ser considerado. A grande maioria, para não dizer todos, são repletos de fantasias e sem nenhum crédito. Na verdade, e isto eu venho afirmando por muitos anos, a preparação, o cerco e o momento final da Grota de Angico, tudo isto, está envolto em uma grandiosa mentira e um tremendo mistério. Os meus ouvidos ainda hoje doem com os estampidos dos três primeiros tiros de Angico. O de Abdom em Amoroso e os dois de Panta de Godoy em Maria Bonita. Não se compreende como em uma distância de quase 100 metros do poço para a barraca de Lampião, acontecer naquela hora da manhã três tiros e nem Lampião e nem os seus "meninos" não escutaram os tiros. Ainda mais. Abdom, Panta e Noratinho ao avançarem chegaram tão próximo, mas tão próximo da barraca de Lampião que tiveram que recuar, se proteger em uma pedras para, aí sim, atirar e matar Lampião. Foi uma operação muito fácil, fácil até demais para quem estava cercando e enfrentando justamente o célebre rei dos cangaceiros. Vocês acreditam nesta versão? E o chapéu e o mosquetão que estão no inventário como se fossem de Lampião e não pertenciam a ele? Mistérios e mais mistérios. Graças a Deus, eu me sinto feliz em perceber que muitos de nossos historiadores e pesquisadores estão me dando razão quanto aos mistérios e as mentiras de Angico. Naquele riacho Lampião construiu uma cerca de labirintos que os coitados dos historiadores não conseguem chegar a lugar nenhum.A todos vocês o meu abraço
Caipira Alcino Alves Costa.
O Caipira de Poço Redondo
Comentário do amigo Demontier Lima Tavares
Prezados senhores, não sou historiador e também nunca realizei pesquisa de campo com relação ao cangaço, apenas estive nas duas edições do Cariri Cangaço, como estudante de pedagogia da URCA, como o sou; mas gostaria de tecer alguns comentários de um leigo sobre o assunto.
1 - É claro que em aconteceimentos como esse do Angicos e a morte de Lampião, teríamos uma infinidade de versões, principalmente por se tratar de dois lados, os policiais vencedores podem colocar de uma forma, já os cangaceiros que saíram vivos colocam de outra forma, e cada um com certeza vai falar o que lhe for mais vantajoso, penso assim.
2 - é interessante notar por exemplo nesta matéria do senhor Mendes e Mendes, a entrevista de um cangaceiro de nome Balão, dizendo que no meio da locura do tiroteio ainda teve tempo de contar quem tava morto e o pior: ver Lampiao "de costas" com um tiro "na testa"... Não dá para levar a sério esse depoimento
3 - A hsitória sempre vai ser contata pelos vencedores, não sei se falam toda a verdade, mas a história mostra com poucas exeções que na maioria das vezes MAQUEIAM de acordo com o que desejam.
Caro Severo e senhores pesquisadores, me perdoem "meter a colher" numa seara que não conheço profundamente, mas me permitam apenas esse comentário.
Abraços e até 2011 com o Cariri Cangaço
Demontier Lima Tavares
Comentário do amigo Fernando Cesar Lima Verde
Caro Mendes, acho que a discussão é por demais salutar. Há tempos estamos vendo a "teimosia" do senhor Alcino, pesquisador e escritor que não conheço pessoalmente, mas pelo qual tenho grande respeito; com relação às suas famosas "mentiras e mistérios de Angico"; talvez para a maioria dos curiosos ou mesmo leigos, seja bobagem voltar a este assunto, mas penso o contrário, devemos sim, continuar dando força à investigação histórica, mesmo sabendo que não há mais muito o que fazer (As fontes secaram), mas o mínimo que podemos fazer é "espernear" como o Senhor Alcino e agora seu comentário te feito: Temos que no mínimo provocar reflexões...sempre e sempre. Não é só porque foi publicado "isso ou aquilo" que devemos balançar a cabeça como "fato consumado".
Aos amigos da SBEC os meus parabéns por estarem conseguindo tornar essa temática atual e contemporânea. Grande abraço amigo Severo, Mendes e Alcino.Fernando Cesar Lima Verde