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sábado, 3 de dezembro de 2016

AS MULHERES CANGACEIRAS


Num levantamento de mais de 1000 títulos, a maioria no acervo pessoal, são poucas as Mulheres Cangaceiras que foram contempladas pelo ‘Jornal do Povo’: Os folhetos ou romances de cordéis. Logicamente, a mais ‘biografada foi MARIA BONITA, em seguida DADÁ e pronto... Afora SILA e LÍDIA, praticamente mais nenhuma teve ‘direito’ a uma biografia não autorizada. 


Este trabalho apresenta os nomes de 86 Mulheres que, por qualquer motivo (amor, aventura, ilusão ou rapto) ingressaram no cangaço a partir de 1930. Foi baseado nas fontes de pesquisas seguintes: 

AMANTES E GUERREIRAS Geraldo Maia Do Nascimento. Mossoró - RN, Coleção Mossoroense, 2016; CANGACEIROS. Élise Jasmin. Terceiro Nome, 2006. DADÁ. José Umberto Dias. Salvador - BA, 1989. DICIONÁRIO BIOGRÁFICO: CANGACEIROS & JAGUNÇOS. Renato Luís Bandeira. Salvador. 2ª ed. 2015; GUERREIROS DO SOL. Frederico Pernambucano de Mello. Recife, 1985; LAMPIÃO: AS MULHERES E O CANGAÇO – Antônio Amaury Correia de Araújo. São Paulo - SP, 1984; LAMPIÃO ALÉM DA VERSÃO: MENTIRAS E MISTÉRIOS DO ANGICO. Alcino Alves Costa. Aracaju – SE. 1999; MARIA BONITA: A TRAJETÓRIA GUERREIRA DA RAINHA DO CANGAÇO. João De Sousa Lima. Paulo Afonso – BA. 2005.

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INFORMAÇÃO DO DR. LIMA ADMINISTRADOR DO BLOG DR. LIMA

Itarema - Dr. Lima, Professor José de Fátima,  e Radialista Reginaldo Silveira.

Prezados Senhores Leitores deste Blog,

Informamos aos nossos leitores que, por motivo de doença, estive ausente neste blog por um período bastante longo, mas, doravante estarei aqui, a partir de janeiro de 2017, trazendo notícias, novidades e assuntos variados de interesses dos nosso seguidores.

Pedimos desculpas pelo transtornos que, eventualmente, podemos ter causado aos nossos seguidores, mas esperamos contar com a compreensão de todos vocês.

O nosso propósito é interagir com os nossos seguidores da melhor forma possível.

O Professor José Mendes tem sido um grande colaborador na alimentação deste blog e esperamos poder continuar com a sua colaboração para prestigiar os nossos colaboradores, principalmente com a História do nosso cangaço, da qual é um profundo conhecedor e estudioso do assunto.

Meu carinhoso abraço a todos vocês que sentiram a minha ausência por todo este período.

Em um trágico acidente de moto ocorrido no dia 21/12/2016, saí com fraturas de perna e punho, motivo pelo qual tive que me afastar da rádio ww.seisdeabrilfm.com.br, jornal A FOLHA e Blog por um longo período. Foi um longo período de dificuldades que me impossibilitaram de desenvolver as minhas atividades na área de comunicação.

Espero retornar o mais breve possível.

Praia do Preá, Distrito de Caiçara, Município de Cruz, Litoral Norte do Ceará
03 de dezembro de 2016.

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima

E-mail: franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo 


Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 


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ANIVERSÁRIO - ENTRANDO NO CLUBE

Por Clerisvaldo B. Chagas, 2 de dezembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.601

Graças ao proprietário do Site SantanaOxente, onde começamos a nossa trajetória de crônicas pela Internet, chegamos ao trabalho 1.601. Foi uma dura jornada comentando todas as áreas do Saber, iniciadas com o convite do Waltinho. O site noticioso SantanaOxente, de Santana do Ipanema, continua sendo fiel e publicando nossas crônicas no compartimento BLOGS, embora precise clicar em cima do indicativo várias vezes, mas todos os escritos aparecem.

A primeira crônica, após as 1.600 publicadas, coincide com o dia 2 de dezembro que marca a nossa entrada no clube dos SETENTÕES. E por ter tido as graças de Deus de ingressar no clube, chega à lembrança anedota já publicada. Não nos custa repeti-la para reflexão septuagenária:
     
Um sujeito empertigado vestido de branco com chapéu de explorador, alugou uma canoa para atravessar um rio largo, profundo e perigoso. No momento estava tudo tranquilo e o veículo deslizava com suavidade sob as remadas do canoeiro, pobre, simples e trabalhador. O homem de branco, estampando empáfia, indagou ao profissional do remo: "O amigo sabe falar inglês?". O canoeiro respondeu: "Não, senhor". O explorador disse: "Ah! Não sabe! Perdeu 1/5 da sua vida. Mas francês o amigo fala..." Novamente o pobre homem respondeu negativamente: "Não senhor, não sei falar francês". O pernóstico desdenhou: "Nesse caso, perdeu 2/5 da sua vida. Mas tenho certeza que o cidadão pelo menos fala corretamente o espanhol". Quase sem paciência o homem simples afirmou pela terceira vez: "Não senhor, não sei falar estrangeiro". O homem de branco, então, colocou as mãos nos quadris e disse; "Bem, dessa maneira o amigo já perdeu 3/5 da sua vida". A canoa estava no meio do rio, quando de repente um vento súbito e forte fez rodopiar o frágil veículo. Como o vento insistia, o canoeiro indagou ao passageiro apavorado: "O senhor sabe nadar?" E diante da resposta negativa, o vento aumentou o rugido separando canoeiro, canoa e explorador. O canoeiro não viu mais nada e desceu nadando na correnteza. Ao chegar à margem, perscrutou e mais uma vez nada pode identificar nas águas agitadas. Nesse momento exclamou: “Coitado, perdeu a vida toda!”.

Diante de tantos percalços, coisas inéditas, sujas ou dificultosas da vida, lembram-me que foram importantes as orientações dos meus pais, da minha religião cristã e das primeiras escolas frequentadas.  

Entro no CLUBE DOS SETENTA sem "inglês", "francês" ou "espanhol", mas entrego a SENHA correta ao porteiro: EU APRENDI A “NADAR”.

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REDE DE DORMIR E DE SOLIDÃO

*Rangel Alves da Costa

A rede de dormir se constitui numa invenção nativa destes os tempos mais antigos. Sem cama, sem colchão, sem qualquer tipo de estrado que desse um mínimo de conforto ao corpo na hora do repouso, os cordames de cipó foram sendo juntados para formar um leito esticado: a rede.

Rede de muitas feições e funções. Sua serventia vai desde local único de dormida à simples espreguiçadeira para deleite do corpo. O índio gosta de nela deitar enquanto o fogo aceso espanta mosquitos bem ao lado. Macunaíma (aquele mesmo herói sem nenhum caráter de Mário de Andrade), preguiçoso que só, não pensava noutra coisa senão em cima dela se espreguiçar.

Redes de viagem, esticada entre árvores, como o meio mais seguro e deleitoso para repousar o cansaço. Rede de varanda, de mero fazer nada a qualquer hora do dia. Rede de madornar depois de um regabofe ou à luz poética do entardecer. Lentamente balançando, preguiçosa, gostosa demais.

E também a minha rede, eis que sou usuário e amigo inseparável de seu vagaroso balanço. E ela vai e vem, como remanso de leito de rio, até aportar estática comigo dentro. Então fecho os olhos para adormecer e sonhar as ilusões tão merecidas ao corpo lanhado de luta e realidade. E é como se repousando nas asas de um passarinho em voo leve.

Rede que é minha amiga, minha namorada, minha companheira, minha doce mulher. Aconchega-me no seu seio, espalha-me sobre o seu corpo e depois me faz carinho e ninar. Deito-me com a cabeça no seu ventre e ouço o murmurar de um rio que vai escorrendo manso aos horizontes noturnos.

Rede que me encanta e me embala desde a infância interiorana, seguindo comigo pela capital e outros caminhos da vida. Aonde chego há de ter uma rede. Do contrário não descanso nem adormeço de jeito nenhum. A cama, mesmo em cima de mil e macios colchões, deixa-me o corpo todo alquebrado.


Já se fazem antigos os tempos que todas as noites cumpro o sagrado ofício de armar minha rede de dormir. Como dito, na cama nunca, sempre na rede. E se for numa varanda refrescada pela aragem da noite então não há maior prazer. Desde os treze anos. Significa dizer que já se vão quarenta anos.

Minha devoção pela rede é tamanha que nela dormia mesmo nos tempos que vivia com companheira. E desde que o convívio acabou que novamente passei a viver exclusivamente para o pano grosso estendido de cadilho a cadilho.

Na rede sinto prazerosa solidão, aconchego meus pensamentos e sonhos sem ninguém incomodar. E alguém já disse – e com razão – que a rede deixa a solidão induvidosa. Acaso a pessoa não se deite nela juntinho de alguém, certamente que haverá o pleno convencimento que se está só.

Neste aspecto, a rede diferencia muito da cama. Nesta, por exemplo, quando a pessoa procura outra pessoa no outro lado e nada encontra, nem a mão nem o corpo, sequer sente a respiração ofegante, então se dana a sofrer pela ausência. Na cama, o convívio de dois, e quando há a falta de um então tudo entristece e faz sofrer.

Mas na rede não. Não há como ir procurando a presença ao lado, pois ou está juntinho, quase um por cima do outro, ou não há que duvidar da solidão. A solidão na rede acaba sendo a mais verdadeira que possa existir. E também aquela que mais deixa o corpo entregue a si mesmo, sem nenhum outro calor ou presença.

Daí a solidão mais profunda na rede de dormir. Não há ninguém para abraçar, para olhar ao lado, para chamar para o beijo, para trocar carinho e carícia. O olho olha somente a parede, o teto, o vazio. E por isso mesmo se fecha para se sentir como viajando sobre águas mansas.
Remansa, navega, lentamente vai em solitário percurso. E na solidão adormecer para solitário acordar. Sem ilusões.

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
blograngel-sertao.blogspot.com

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RESIDÊNCIA DO ACADÊMICO AURÉLIO DE ALBUQUERQUE (1912 - 1981), NA RUA RODRIGUES DE AQUINO N°486, CENTRO, JOÃO PESSOA/PB

Por Edson Alencar

O professor, promotor, desembargador e cronista (sua coluna Flagrantes apareceu primeiro em A União; depois migrou pro Correio da Paraíba e finalmente para O Norte) Aurélio residiu ali até falecer. O óbito deu-se no Hospital Santa Isabel às 5h da manhã de 09/07/81, e ele teve a vida ceifada pelo câncer. Foi sepultado no Cemitério Senhor da Boa Sentença. 

Aurélio de Albuquerque e Lícia Smith de Almeida

Era casado com Lícia Smith de Almeida e não tiveram filhos. Ingressou na Academia Paraibana de Letras em 15/09/1973 na Cadeira n°23. 


Lícia, postumamente, reuniu em livro mais de uma centena das crônicas do marido e intitulou a antologia Passagens, Pessoas e Cidades, datada do ano do falecimento.


Numas dessas crônicas, Estrelas do Sertão, Aurélio nos revela sua amizade com dr. Nelson Nóbrega: "E ali (em Pombal) eu tenho um santo da minha antiga devoção. Nelson Nóbrega, que soube dignificar o Ministério Público da Paraíba. 

Só para efeito de ilustração - fonte da foto: Para Sempre Cinderela

Posso ir à Roma e não beijar o pé do Papa. Nem sei se esse costume ainda existe... Mas uma visita, quando passo por Pombal, a Nelson e sua nobre esposa, nunca deixei de fazer. 


Que casal feliz! Completaram, recentemente, cinquenta (sic) anos de casados, gostando ainda mais um do outro..."

Edson Alencar

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CANGAÇO MO PIAUÍ?


É fato que não ocorreu Cangaço no Piauí, mas mesmo assim o Estado não ficou totalmente de fora desse fenômeno; serviu de rota para alguns cangaceiros que se deslocavam para o Estado de Goiás. Também é conhecido que João Ferreira irmão de Lampião viveu por algum tempo na cidade de Picos, é possível encontrar cartas do famoso cangaceiro dirigidas ao irmão. 

Na cidade de Campo Maior, que dista 80 km de Teresina, temos informações extraoficiais que um cangaceiro que participou do Combate de Angico, residiu na mesma. É possível que outros tenham fixado residência na "Filha do Sol do Equador" .

Há uma história envolvendo Ezequiel Ferreira, irmão caçula de Lampião. O mesmo teria forjado a morte deste, e enviado para o Piauí. 

Ezequiel Ferreira está atrás de Lampião, sendo o número 3

No entanto, essa versão foi totalmente contestada por muitos pesquisadores, entre eles 


Frederico Pernambucano e Antônio Amaury, depois de verificarem contradições no suposto Ezequiel. É um fato que mereceria uma melhor análise. Alguns pontos podemos destacar, vejamos:

Suposto Ezequiel Ferreira e o verdadeiro Ezequiel Ferreira irmão dos Ferreiras

1) Se Lampião realmente planejou e executou esse plano, não tenho dúvidas que não deixaria nenhum rastro. 

2) A cidade que esse suposto Ezequiel viveu, é muito próxima a cidade de Picos, onde João Ferreira morou por algum tempo. Seria apenas coincidência? 

João Ferreira da Silva irmão de Lampião

4) O fato dele não lembrar com exatidão alguns fatos, é compreensível, devido a idade avançada que o mesmo se encontrava na época.

5) Não é descartável, que, se caso tenha ocorrido a farsa de sua morte, o mesmo tenha adquirido algum transtorno psiquiátrico.

6) A vida no Cangaço não era fácil, e o medo de ser capturado pela polícia, pode ter desenvolvido nele alguns mecanismos de defesa, como por exemplo: "esquecimentos".

7) É preciso analisar com cuidado as cartas de Lampião a João. Não sei se algum pesquisador já teve contato com as mesmas. Pode haver algo sobre isso. 

Fonte: facebook
Grupo: O Cangaço
https://www.facebook.com/groups/ocangaco/?hc_location=ufi

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DOCUMENTÁRIO: HISTÓRIAS DO CANGAÇO - A MORTE DE LÍDIA.

https://www.youtube.com/watch?v=qCrTSeO2QTM&feature=youtu.be

Lídia Pereira de Sousa esse era o nome daquela que é apontada como a mais bela mulher à fazer parte do cangaço em todos os tempos. Infelizmente, não existem fotografias ou imagens que comprovem o que dizem e afirmam em relação a beleza incomum dessa mulher que trilhou no cangaço ao lado de seu "companheiro" o temido cangaceiro Zé Baiano até o dia de sua morte, ocorrida de forma prematura.


O envolvimento da jovem baiana Lídia Pereira de Sousa "Lídia de Zé Baiano" com o cangaço aconteceu durante o segundo semestre do ano de 1931, quando conheceu o afamado e temido cangaceiro Zé Baiano. Sem pensar nas consequências a jovem sertaneja decide abandonar a casa dos pais para seguir pelas veredas do cangaço em companhia do temível cangaceiro.

Arrependida da decisão tomada de forma impensada, Lídia tenta voltar atrás, porém já era tarde demais.

Decorre o tempo e Lídia permanece infeliz e angustiada, por estar ao lado de um homem por quem não mantinha sentimentos amorosos, pensando certamente em livrar-se da situação vivida, Lídia comete outro grande erro ao se envolver em um caso amoroso com outro cangaceiro de alcunha Bem-Te-Vi III (Ademórcio) o que veio a ocasionar o seu assassinato praticado por seu companheiro traído... Zé Baiano.

A história completa vocês conhecerão nesse documentário acima cuja cena foi extraída do Filme “CORISCO – O DIABO LOIRO” (1969) de Carlos Coimbra.

Adendo / Edição: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)


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VÍDEO...O MASSACRE DE " PAU DE COLHER "


https://www.youtube.com/watch?v=oxoZOR_qhS0

VÍDEO O MASSACRE DE "PAU DE COLHER"

Movimento messiânico de janeiro de 1938, que teve sua sede no sertão da Bahia, perto da divisa com o Piauí.

Ali, centenas de pessoas foram mortas por policiais e, dentre os matadores, o bravo Tenente OPTATO GUEIROS (perseguidor de Lampião), que sujou a sua biografia nesses acontecimentos.

Esse fato, quase não é estudado nas escolas, a exemplo, também, dos movimentos do CALDEIRÃO e CANUDOS.

Publicado em 3 de dez de 2015

Há 77 anos, a comunidade de Pau de Colher, no município de Casa Nova, na Bahia, foi palco de um massacre durante o governo de Getúlio Vargas. Cerca de mil pessoas morreram em confronto com as volantes e de fome e sede na caatinga. Hoje, no local, que abriga 38 famílias, ainda é possível encontrar resquícios da guerra e resgatar essa história que raramente é contada nos livros didáticos e nas escolas.

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Fonte: facebook
Página: Volta Seca
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste

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O CANTOR JOÃO MOSSORÓ FARÁ SHOW HOJE, DIA 03 DE DEZEMBRO NO RIO DE JANEIRO


O cantor João Mossoró fará show hoje, dia 03 de dezembro, no Rio de Janeiro, no bairro Benfica no"Mercadão Cadeg", no "Cantinho das Concertinas".

Será uma festa bastante animada, quando o artista cantará as mais lindas canções.

Você que mora no Rio de Janeiro e é nordestino prestigie o artista, participando do seu show.

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RELATOS DO CANGAÇO


..."Lampião sabia que estava perto de morrer". — "Uma tarde, chamou seus "cabras" de maior confiança e mandou matar seu filhinho de menos de um mês de idade. Não queria deixar nenhum descendente no Mundo - era o que dizia. Fomos todos, um de cada vez ao berço do menino e ninguém teve coragem de matá-lo. O "bichinho" sacudia as pernas e os braços. Cheguei a levantar o punhal, mas, na hora de sangrá-lo, Êle sorriu para mim. Lampião irado, ordenou a Maria Bonita que executasse o filho. Ela respondeu: "Você que o fêz, você que o mate!" E Lampião, sem pestanejar, foi ao berço, jogou o menino para o alto e espetou-o no punhal. Deu o punhal para a gente lamber: "Vejam como é doce..." Ninguém aprovou isso, mas o filho era dêle..."

O ex cangaceiro Antenor José de Lima (Foto) vulgo "Beija Flor" falou a revista O CRUZEIRO, 18 de Agosto de 1962, reportagem de Guaracy Oliveira. Foi mantida a grafia da época
Pedro Ralph Silva Melo (Administrador)


Nota do blog: Não podemos dizer que isto aconteceu ou não, apenas registramos o depoimento do ex-cangaceiro Beija-flor à revista "O Cruzeiro" em 18 de Agosto de 1962.

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O DESAFIADOR DE PEDRA


Recife, 09 de outubro de 1977
Editorial

A sessenta anos do desaparecimento, por assassinato, do coronel Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, ainda impressionam depoimentos como o de Oliveira Lima, por exemplo, de que nas brenhas de muito antes da atual Paulo Afonso, agora distribuindo energia para o Nordeste quase todo, Delmiro Gouveia “realizou o ideal democrático do ensino gratuito, leigo e compulsório”. A figura monumentalesca deste nordestino determinado e turbulentamente inovador ainda hoje se permite impelir para o futuro como anúncio das benesses que a civilização e a técnica alcançam promover através de individualidades exceção, como certamente foi aquele fabuloso sertanejo.

Coronel Delmiro Gouveia

Colocando-se à parte certos resíduos míticos em torno de suas modestíssimas origens – a sediça história, usada sempre com respeito a triunfadores, do amarelinho que escondia turuna, e do menino paupérrimo que se fez governador – Delmiro trouxe forças dentro do seu ego inteiramente extraordinárias para a época em que, logrou desempenha-las e exercita-las. Para atingir ou desfrutar o máximo de sua capacidade pioneira e realizadora é claro que não se improvisou. Ganhou dinheiro, viajou, conheceu as coisas importantes das sociedades que se adiantam, foi um “rei dos courinhos” – como escreveu o nosso citado OL – comparável aos reis industriais do petróleo, do aço, do trigo, do açúcar – os Rockfeller, Schwab, Leiter, Hevemeyer, entronizados no fascínio e no declínio da chamada “belle époque”. Mais até: um permanente desafiador, foi romântico e espadachim.


Em Pernambuco – no Recife – em fase agitadíssima alarmou pela ousadia de empreendimentos nem sempre considerados ou julgados por aquela unanimidade ideal. Mas desfilou indiferente e decidido nos altos círculos do comércio, da política, do mundanismo, ou “society”.

Quando se destinou a Alagoas para aventura insólita de edificar uma indústria moderna e modernizante – como chegou a ser sua fábrica de linhas na famosa Pedra – em meio a “coronéis” e rurais proprietários absolutamente ligados à rotina e cegueira patriarcal, Delmiro já se armara de lúcida vontade e tinha coisas e modelos na cabeça com pretensões irreversíveis de execução.


Invulgar como tipo, ele acreditava não apenas nos seus próprios desígnios, mas também no milagre do potencial do homem quando dirigido com sabedoria, equidade, justiça e respeito humano e social. Sua experiência na Pedra – a maneira e sistema dotados para levar a cabo um modelo de comunidade capitalisticamente produtiva e armada de relacionamentos sociais disciplinados e tendentes ao mais justo equilíbrio – pode ser adotada domo uma exemplar tentativa de conciliação para os conflitos ainda persistentes em nossa filosofia ocidental de organização de trabalho, não fossem certo acento reconhecidamente feudalista com que impunha a sua autoridade de comando. Ele era, ao mesmo tempo, juiz e polícia, governo e senhor, numa comunidade em que até missionários ou religiosos tinha dia e hora marcados para penetrar e pregar às gentes de sua empresa.

Está fazendo 60 anos que tombou fulminado por um tiro de emboscada. Em torno de sua morte têm circulado lendas e versões até hoje, porém, de discutíveis confirmações. Pois é sobre estes derradeiros aspectos de sua edificante vida de trabalhador e crente dos valores humanos, que o DIÁRIO publica em sua edição de hoje reportagem a respeito – do mesmo Tadeu rocha.

Vale conhece-la, lê-la. É mais um documento sobre a existência exemplar de um nordestino assassinado pela ambição de desenvolvimento de que todos ainda nos tomamos em nossa região.

http://memo-delmirogouveia.blogspot.com.br/2008_11_16_archive.html

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