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sábado, 20 de setembro de 2025

O CANGACEIRO PITOMBEIRA.

 Por José Mendes Pereira

https://www.instagram.com/p/DQ1xJDgDSIs/

Nesta imagem aparece o cangaceiro Gorgulho à esquerda, e à direita o cangaceiro Pitombeira, este último, estava no ataque aos cangaceiros na Grota do Angico, em Porto da Folha, nos dias de hoje Poço Redondo, no Estado de Sergipe, no dia 28 de julho de 1938, no momento do ataque aos cangaceiros da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia.". Pitombeira Saiu vivo sem ferimentos. 

O outro da foto à esquerda é o cangaceiro Gorgulho já havia abandonado o cangaço em 1937, quando foi atacado juntamente com os cangaceiros Mané Moreno, Área e Cravo Roxo. Ele saiu ferido, mas conseguiu se recuperar e abandonou o cangaço.

LEIA O QUE ESCREVEU DR. ARCHIMEDES MARQUES SOBRE O CANGACEIRO GORGULHO.

Archimedes Marques, escritor e pesquisador do cangaço.

O grupo chefiado por Mané Moreno estava arranchado há três dias na fazenda Jaramataia, em Gararu, propriedade essa pertencente a Antônio Caixeiro, o maior coiteiro de Lampião em Sergipe. Nessa ocasião Antônio Caixeiro ali não estava presente, entretanto, os seus empregados tinham ordem expressa para receber os cangaceiros quando eles bem lhes conviessem, tanto é que a Jaramataia também era um dos portos seguros desses bandoleiros, além de outras tantas fazendas de um lado ou doutro lado do “Velho Chico”, então pertencentes a esse tão importante coiteiro.

Mané Moreno

Assim, provavelmente por conta de informações de moradores circunvizinhos, Odilon Flor ali foi parar no encalço e rastro dos cangaceiros, oportunidade em que os mesmos já tinham “capado o gato”, ou seja, já tinham saído de Jaramataia. Diferente dos policiais sergipanos que não se atreviam a “apertar” os empregados de Antônio Caixeiro em virtude de ele ser o pai do governador Eronides Ferreira de Carvalho, logo, Odilon Flor “pressionou” um vaqueiro e este “vomitou” o trajeto tomado pelos cangaceiros que pararam na casa de Janjão, em Poço da Volta. Neste sentido o mestre Alcino Alves Costa nos ensina que o nome do vaqueiro que delatou a rota dos cangaceiros foi o Pedro Miguel. Tudo ocorreu da seguinte maneira:

Antônio Caixeiro

Era a tarde do dia 23 de junho de 1937, véspera de São João, e na fazenda vizinha, a Palestina, de propriedade de Nezinho Meia Lasca, fazenda essa situada à beira do rio Gararu, logo mais a noite haveria uma festança em homenagem ao santo mais comemorado do mês junino, entre nós, os nordestinos. Nezinho, além de ser um violeiro famoso era festeiro e assim o São João nas suas terras seria de primeira grandeza e o “arrasta-pé” prometia “pegar o sol com a mão”, ou seja, dança e muita animação até o raiar do dia.

A enorme fogueira acesa no meio do terreiro servia ao mesmo tempo para iluminar a para aquecer, pois o frio era intenso. O sanfoneiro não parava o fole, acompanhado de viola, surdo e pandeiro, um bom “Trio Pé de Serra”. Muita bebida, muitas jovens da redondeza e solteironas atiradas, foguetório, bombas, busca-pés. Mané Moreno dançava no alpendre da casa com a sua companheira Áurea.

Era por volta das nove horas da noite quando Odilon Flor guiado pelo exímio rastejador, o cabo Leonídio que também prestava serviços a tropa de Zé Rufino, ali chegou com os seus outros comandados que não se preocupavam em fazer silencio, vez que tudo era abafado pelo calor da festa, ademais a força policial estava em extrema vantagem, pois se encontrava na escuridão da noite enquanto os cangaceiros estavam no clareado da fogueira, alvos fáceis, além dos candeeiros postados na casa sede da fazenda, sem esquecer do fator surpresa, muito importante em qualquer combate, enfim, tudo estava a favor do bravo Odilon Flor naquela bela noite de São João. Assim, todos os policiais se postaram para o ataque surpresa, imprevisto para os animados festejadores, alvos bem visíveis. Alguns escolheram os seus alvos e com a ordem do comandante Odilon Flor “mandaram bala”, tiro que “só o diabo” e “pernas para que te quero” após o pandemônio da nova situação que quase não deu tempo de reação, apenas alguns tiros em revide contra o clarão que vinha da escuridão, enfim, o melhor era fugir e foi isso que o restante do bando fez, principalmente quando viram que o seu chefe já “alçava voo para se entender com São Pedro em pleno São João”, ou seja, o Mané Moreno havia sido atingido mortalmente. E o resultado desse tiroteio foi que ficaram estendidos sem vida cinco cadáveres: três cangaceiros e um casal de convidados que ali se divertia.

Mané Moreno e Áurea foram de logo reconhecidos. Quanto ao outro morto pensaram ser o Gorgulho. Depois o identificaram como sendo o Cravo Roxo. Além dos visitantes mortos, havia muita gente ferida, inclusive Nezinho Meia Lasca, dono da casa. Da força de Odilon Flor ficou ferido sem gravidade o soldado Luís Manoel Santos.


Dia seguinte o sargento Odilon Flor apresentou os seus “troféus”, as cabeças dos cangaceiros abatidos, na cidade de Gararu, onde foram fotografadas e de lá seguiu para Jeremoabo, na Bahia, onde esperava a devida promoção por bravura à patente de tenente.

Entretanto, ao invés de Odilon Flor ser promovido, fora severamente repreendido pelo capitão Manoel Campos de Menezes, comandante das F.O.N.E. (Forças em Operações no Nordeste) situada em território baiano. Odilon Flor fora repreendido por conta de interferência política do Estado de Sergipe com a Bahia, vez que além dos cangaceiros abatidos, sua tropa matara um casal de inocentes e ferira tantos outros que não tinham nada a ver com a bandidagem, apenas estavam em local errado, no horário errado, no dia errado, tão comum naquela época em que os cangaceiros intimavam as pessoas para as suas festas que se não fossem atendidos correriam risco de vingança. Vale ressaltar que o capitão Manoel Campos de Menezes nesse mesmo ano veio a falecer, aos 33 anos de idade, vítima de meningite que assolou aquela região baiana.

Aracaju, 03 de novembro de 2020
Archimedes Marques, Pesquisador
Presidente da ABLA e Conselheiro Cariri Cangaço

https://cariricangaco.blogspot.com/2021/04/a-morte-dos-cangaceiros-mane-moreno-sua.html

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!


Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte. 
Calma! Calma!

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" siga o nosso blog. 

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CANGACEIRO "SANTA CRUZ" - DEPOIMENTO.

 Por Cangaçologia


https://www.youtube.com/watch?v=Cdsdoig67yQ&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Depoimento do cangaceiro "Santa Cruz" cedido ao extinto Jornal carioca "A Noite", cuja matéria foi publicada em sua edição de 14 de novembro de 1938.

O cangaceiro Santa Cruz estava na Grota do Angico, no dia 28 de julho de 1938, em Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, no Estado de Sergipe, quando aconteceu o massacre aos cangaceiros de Lampião. Ele conseguiu salvar a sua vida.

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O CANGACEIRO QUINTA-FEIRA ESTAVA NA GROTA DO ANGICO NA MADRUGADA DO DIA 28 DE JULHO DE 1938....

Foto do acervo do pesquisador do cangaço Geraldo Júnior 

Segundo o saudoso escritor e pesquisador do cangaço Antônio Amaury, o destino trágico do lavrador pacato, vaqueiro destemido e cangaceiro valente Quinta Feira, teve fim no amanhecer do dia 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, Porto da Folha, atualmente terras de Poço redondo. 

Por estranha coincidência uma quinta feira, no coito de Angico, Sergipe. REFERÊNCIAS: ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. Assim morreu Lampião.

Antônio Amaury era Paulista. Um dos maiores pesquisadores da vida de Lampião e da história do cangaço, há mais de 60 anos em busca de informações sobre o assunto realizou muitas entrevistas (com pessoas da sociedade, do cangaço e das forças policiais da época e familiares remanescentes). Suas pesquisas minuciosas, diretas, imparciais, fazem-no um autêntico mestre, criterioso e honesto. Nos anos 70, tornou-se conhecido em todo o Brasil ao participar do "Programa 8 ou 800", da TV Globo, respondendo sobre o assunto. Tem vários livros publicados sobre o assunto, entre eles:

“Lampião: Segredos e Confidências do Tempo do Cangaço”; “Assim Morreu Lampião”; “Lampião: As Mulheres e o Cangaço”; “Gente de Lampião: Dada e Corisco”; “Gente de Lampião: Sila e Zé Sereno”; “De Virgolino a Lampião”; “O Espinho do Quipá” (estes dois últimos em coautoria com Vera Ferreira, neta de Lampião); “Lampião e Maria Fumaça” (coautoria com Luiz Ruben F. de A. Bonfim, de Paulo Afonso – BA); “A Medicina e o Cangaço” (em coautoria com Leandro Cardoso Fernandes, de Teresina – PI).

Seu trabalho mais recente é “Lampião e as Cabeças Cortadas”, também em coautoria com Luiz Rubem Bomfim (Graf Tech Editora). Sócio fundador da União Nacional de Estudos Históricos e Sociais – UNEHS.

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MACELA - CANGACEIRO RSTAVA NA GROTA DO ANGICO EM 1938 EM SERGIPE....

 Por José Mendes Pereira

Não tenho maiores informações sobre o cangaceiro Macela, ele foi assassinado juntamente com o capitão Lampião, sua rainha Maria Bonita e mais 8 cangaceiros, num total de 11, incluindo ele, além do volante Adrião Pedro de Souza, em 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, em Porto da Folha, atualmente pertencente a Poço Redondo, no Estado de Sergipe.


Este local  é a Grota do Angico onde os cangaceiros da Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia. foram surpreendidos, e alguns deles assassinados pela metralhadora comandada pelo tenente João Bezerra da Silva. Esta chacina ficou registrada na história do combate aos cangaceiros no nordeste brasileiro.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1935123533305454&id=472994219518400&set=a.472996196184869

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CANGAÇO: UM SEGUNDO CANGACEIRO "VOLTA SECA"?

 Por Fatos na História - Cangaço e Nordeste

https://www.youtube.com/watch?v=38_Gnm2s0jc

Aqui você encontrará os principais personagens e fatos históricos sobre o cangaço e sobre o nordeste, de forma geral. Sejam todos bem-vindos!

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OS 10 MAIORES CANGACEIROS DA ERA LAMPIÔNICA.

 Por Cangaço Eterno.

https://www.youtube.com/watch?v=07fXtT4y9SU

VÍDEO PRODUZIDO EMBASADO NA MINHA OPINIÃO SOBRE QUEM FORAM OS 10 MAIORES CANGACEIROS NA ERA LAMPIÔNICA. CONHEÇA A LISTA EM ORDEM E VEJA QUEM SÃO OS CANGACEIROS. LEVEI EM CONTA A LONGEVIDADE NO CANGAÇO SE O MESMO SOBREVIVEU AO CANGAÇO SE FOI CHEFE DE BANDO OU ERA DE EXTREMA CONFIANÇA DE LAMPIÃO CORAGEM E CRUELDADE

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QUEM ESTAVA NO ANGICO EM 38? | O CANGAÇO NA LITERATURA | #254.

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=ISn1AzuERc8

Relação dos cangaceiros que estavam na Grota do Angico dia 28/07/38. Vamos acrescentar, extrair, debater? Esta é a primeira prévia! E aí? 1- Lampião @ 2- Maria Bonita @ 3- Luiz Pedro @ 4- Sila @ 5- Zé Sereno @ 6- Dulce @ 7- Criança @ 8- Santa Cruz @ 9- Enedina @ 10- Zé de Julião @ 11- Luiz de Thereza 12- José Ferreira @ 13- Juriti @ 14- Maria de Juriti @ 15- Vila Nova @ 16- Pitombeira 17- Candeeiro @ 18- Chá Preto @ 19- Elétrico @ 20- Mergulhão @ 21- Amoroso @ 22- Balão @ 23- Azulão III @ 24- Sabonete II @ 25- Marinheiro @ 26- Quinta-Feira @ 27- Macela @ 28- Delicado 29- Moeda 30- Colchete II 31- Alecrim 32- Caixa de Fósforo 33- Cajarana 34- Diferente 35- Novo Tempo @ 36- Barreira @ 37- Cruzeiro @ 38- Zé de Vera 39- Cobra Verde @ 40- Tempo Duro.

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