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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 
gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
152 págs.
Contato para aquisição

gilmar.ts@hotmail.com
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

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ARQUIVANDO - NOMES DE CANGACEIROS


Nomes de cangaceiros:

https://tokdehistoria.com.br/2016/02/03/cangaceiros-alcunhas-e-nomes-proprios/

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PERGUNTAR NÃO OFENDE

 *Rangel Alves da Costa

O simples ato de perguntar realmente não deveria ofender a ninguém. Ora, uma pergunta e uma resposta, e pronto. Tem gente que tanto faz que lhe perguntem ou não, pois também tanto faz responder com a verdade ou não. Outros respondem a tudo e sempre com respostas que vão além do perguntado. Aproveitam a situação para desencavar escondidos. Já outros fogem das indagações, afirmam que não sabem de nada ou simplesmente silenciam de vez.

Não sei por que assim, pois perguntar não ofende. A não ser que a resposta possa provocar uma consequência devastadora, tanto para o questionado como para terceiro. Nesta situação, o silêncio se torna garantia contra o indesejável. Contudo, situações existem onde o silêncio se perpetua pelo simples fato de que não há quem responda, ainda que muitos tivessem a obrigação de responder. Às vezes um questionamento se generaliza na população e absolutamente ninguém de direito faz o obséquio de dirimir a dúvida.

Por exemplo, muita gente quer saber por que após serem eleitos – e geralmente durante todo o mandato – os governantes, principalmente os prefeitos, deixam de andar pelas ruas das cidades para conhecerem de perto seus problemas. A verdade é que após a vitória se aboletam nas cadeiras do poder, ordenam por notas, reuniões ou telefonemas, e simplesmente esquecem que as cidades existem. Mesmo que haja um secretário para cada pasta, creio que seria muito mais respeitoso à população que o os próprios mandatários procurassem conhecer as carências de sua municipalidade.

Por todas as cidades há problemas sérios a serem ainda resolvidos pelo prefeito municipal. O povo quer saber por onde anda aquele candidato do povo, aquele sempre presente junto à população, aquele que noutros idos era avistado por todo lugar. Depois de assentado no poder, só aparece em inaugurações ou em canteiros de obras, abdicando de vez de conhecer de vez como andam as ruas, praças e avenidas, centros de saúde e hospitais. Acaso caminhasse pelas ruas, certamente iria achar um absurdo que a sua administração continue condizente com a lixeira que todo dia toma conta das vias e logradouros. 


Neste aspecto, nem o prefeito nem o secretário da limpeza urbana conhece as ruas da cidade. Acaso conhecesse estaria praticando crime de responsabilidade por dano à qualidade de vida da população e pelo impedimento à livre e segura locomoção pelas calçadas da cidade, vez que a administração tem o dever de não permitir que os proprietários façam uso abusivo e prejudicial de suas calçadas. E permitir que o dono de um restaurante utilize a calçada como depósito de lixo, impedindo a livre locomoção das pessoas, é negligenciar culposamente.

Após eleito, cada administrador parece procurar para si uma redoma, um esconderijo ou coisa parecida. Mas como perguntar não ofende, será que assim faz para não prestar contas dos compromissos assumidos em campanha ou será simplesmente acha que não deve mais satisfação a ninguém? Ledo engano imaginar assim, pois uma gestão passa muito rapidamente e não dura muito para ter de novamente enfrentar a população e o eleitor, afinal de contas precisa fazer o sucessor ou se manter no poder através de seu grupo político.

Sim, perguntar não ofende - ao menos não deveria - e é preciso saber por que os eleitos tanto choram ao assumirem o poder, sempre dizendo que encontraram as prefeituras com cofres vazios e débitos incalculáveis, mas para sentar no trono do mando e desmando gastaram valores muito acima das somas que receberão como gestores durante os quatro anos do exercício do mandato. Será que é para fugir das promessas, das responsabilidades, dos compromissos com o povo e a municipalidade?

A verdade é que todo prefeito em fim de mandato já está com a conta bancária bem mais polpuda, com o patrimônio bem mais abastado, enquanto que a municipalidade quase sempre devastada, empobrecida, carente de tudo. É a velha história: secar a fonte do povo para encher moringa própria.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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ANTÔNIO MATILDE O TIO DE VIRGOLINO


Antônio Ferreira Lima casou com Maria Francisca Chaga. Dessa união nasceram cinco filhos, três homens e duas mulheres. O nome dos descendentes, do sexo masculino, eram, do mais velho para o mais novo, João Ferreira Sobrinho, o primogênito de apelido ‘João Rola’, José Ferreira, futuro pai de “Vassoura”, “Ponto Fino” E “Lampião”, e Venâncio Ferreira.

Dando um ‘salto’ fora de casa, Antônio Ferreira Lima, pai do pai de Virgolino, apaixona-se pela jovem Matilde, e desse namoro nasce Antônio José Ferreira, que na saga cangaceira ficou conhecido como “Antônio Matilde” ou “Antônio de Matilde’. Mesmo sendo filho bastardo é tio dos filhos de José Ferreira, inclusive de Virgolino. Só excluindo-se Antônio Ferreira, pois, segundo algumas literaturas o mesmo não era irmão legítimo dos demais filhos de Zé Ferreira. Mas, isso é outra ‘gleba’ da história que contaremos mais tarde.

Devido à intriga de sangue entre os componentes das famílias Monte e Feitosa, vindas das terras de Iracema, da qual, o avô de Virgolino, Antônio Ferreira Lima, tinha modificado esse nome. Usou outros, além do mostrado, como Antônio Ferreira de Barros, Antônio Ferreira da Silva e Antônio Ferreira de Magalhães, quando se sabe que seu nome verdadeiro era Antônio Alves Feitosa.

Antônio José Ferreira foi, como tantos, forjado no duro semiárido sertanejo onde, para sobreviver, já significava uma enorme vitória, devido, principalmente, a falta de assistência dos governantes, e as grandes estiagens que assolam aquele chão.

Desde cedo aprende o manejar das armas. Quando de sua adolescência para adulto, já fazia parte do grupo de cangaceiros do chefe cangaceiro Cassimiro Honório, que atuava nas ribeiras do Navio e Moxotó pernambucano, tendo como companheiros os cangaceiros “Marcolino do Juá, o Marcula; Ângelo Carquejo, o Anjo Novo; José e João Davi, os Rajados; João Branco; Vicente Moreira; Cirilo Antão; Joaquim Cariri, (genro do chefe); Pedro Fernandes; Elpídio Freire; Clementino Cordeiro de Morais e Antônio Pereira dos Santos”.

Antonio Rosa

Quando da emboscada armada contra os ‘Ferreira’, por Zé Saturnino e seus ‘cabras’, Antônio Ferreira é baleado na altura do quadril e quem cuida desse ferimento é, justamente, Antônio Matilde, que na época tinha ‘experiência’ em tratamento de ferimentos à bala. Antônio Ferreira fica de ’molho’ mais ou menos uns vinte dias na sede da fazenda de Antônio Matilde.

Sabedor de que Antônio Matilde tinha cuidado do ferimento de Antônio Ferreira, Zé Saturnino denuncia o mesmo às autoridades de Vila Bela. As autoridades designam alguns soldados que acompanham Zé Saturnino e seus homens na busca para prenderem o tio de Virgolino.

Lampião aos vinte anos de idade

A equipe formada por ‘cabras’ de Saturnino, o próprio e os soldados vão dá com Antônio Matilde na sede da sua fazenda Matuta. Lá chegando prendem o dono daquelas terras. Zé Saturnino, insatisfeito ainda desce a ‘lenha’ em Antônio, monta em suas costas e o faz de montaria, usando as esporas. Após ser levado para Vila Bela, dentro da cadeia Antônio passa a levar uma surra por dia, durante uma semana. No final da semana de suplícios ele é ‘liberado’ e profere a frase famosa:

“-Adeus Vila Bela! Até a hora do juízo final!”

Mesmo que os ferimentos na carne tivessem sarado, os internos, a honra e as humilhações, jamais saram, e Antônio Matilde se refugia nas terras da fazenda Cobra, nas Alagoas, sob a proteção do coronel Ulisses Luna.

Primeiro bando comandado por lampião em 1922. esse bando foi 'herdado' do Sinhô Pereira. — com severino barros barros.

Sem terem sarados as chagas ‘íntimas’, estavam sempre ‘vivas’ e sanguinolentas, Antônio Matilde sempre remoía no juízo uma forma de vingar-se das humilhações que Zé Saturnino o fizera passar. Mesmo se não o matasse, causaria grandes prejuízos ao fazendeiro. Na segunda metade de 1919, Antônio Matilde chama os sobrinhos Higino, Antônio, Livino e Virgolino, isso já quando os Ferreira estavam tentando morar em terras alagoanas, e vão falar com o chefe cangaceiro Sinhô Pereira, pedindo-lhe ajuda para a desforra. Sinhô Pereira lhes ‘empresta’ seis cabras comandados pelo valente cangaceiro Baliza, que era José de Dedé.

José Dedé o cangaceiro Baliza

Esse grupo causa grandes arruaças na região de Vila Bela. Escolhem um setor para fazerem seu ponto de apoio e atacam por diversas vezes e maneira, mesmo diariamente, as fazendas Pedreira e Serra Vermelha. Devido a esses ataques é que Zé Saturnino recorre ao tio, o famoso chefe cangaceiro Cassimiro Honório.

Sebastião Pereira e Silva (ou da Silva) - o chefe cangaceiro 'Sinhô Pereira"

Recebendo ordens de Antônio Matilde, os homens iam esperar que as reses aparecessem para beber e as abatiam. Em certa ocasião, Cassimiro ouvindo os disparos, já sabe do que se trata e arma uma emboscada para os cabras que estão a abater o gado. Dessa vez eram dois, Higino e José Benedito, que quando aparecem à bala come solta. Higino tomba morto e Benedito é salvo pela posição que levava sua arma, pois a coronha do rifle ficou despedaçada pelos tiros que vinham em direção ao seu corpo, com isso, ele salva-se da armadilha.

Os emboscadores, sabedores de que os tiros foram escutados pelos outros cabras e mesmo pelas notícias dada pelo ‘fugitivo’ que escapou, se amoitam novamente, levam uma bala na agulha da arma e esperam...

Zé Saturnino

Virgolino tendo escutado o som dos disparos, sabe que alguma coisa está acontecendo de errado. Resolve ir investigar. Na nova emboscada, um cabra de Zé Saturnino, Tibúrcio, que era negro, pede ao patrão para atirar antes dos demais, no que é permitido por ele ter uma mira afamada. Tibúrcio atira de ponto em Virgolino, não a referência do porque que o pistoleiro erra o tiro. Durante esse dia foram vários os combates ocorridos. Terminando pelo agressor, Antônio Matilde, ser ferido.

Alguns homens do bando de Matilde, depois dele estar baleado, vão alojarem-se na Vila de São Francisco. Virgolino, Baliza e outros seguem para as Alagoas, e o tio Antônio para fazenda Carnaúba, cuidar dos ferimentos. Após a recuperação, também retorna para terras alagoanas... Outras e outras façanhas e brigadas Antônio Matilde realizou em sua vida conturbada de fora-da-lei.

Fonte
“De Virgolino a Lampião” (Vera Ferreira e Antônio Amaury)
“Lampião – Entre a Espada e a Lei” (DANTAS, Sérgio A. de Souza.)
“Lampião – a Raposa das Caatingas” ( José Bezerra Lima Irmão)

Fotos lampiãoaceso.com
Jornal A Noite
Tokde história.com

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?ref=ts&fref=ts

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JOAO FERREIRA DA SILVA IRMÃO DO REI DE TODOS OS CANGACEIROS, O ÚNICO QUE NÃO ENTROU NO CANGAÇO.

Por José Mendes Pereira
Foto do acervo do pesquisador Virgulino Ferreira DA Silva

João Ferreira da Silva irmão de Virgolino Ferreira da Silva o Lampião, o rei de todos os cangaceiros, foi o único dos Ferreiras que não entrou para o cangaço. 

Apesar de não ter entrado para "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia", do seu irmão Virgolino Ferreira da Silva o perverso e sanguinário Lampião, o seu olhar, na fotografia, a gente percebe que também foi um homem que não teve vida fácil. O seu olhar lembra muita tristeza, sofrimento, decepcionado com o que aconteceu com sua família, a perda da mãe e do pai, a rejeição que receberam de uma boa parte dos seus vizinhos, que antes fazia parte das suas amizades. 

João Ferreira da Silva não viveu para o cangaço, mas o cangaço dos seus irmãos o fez triste, deixando-o decepcionado com o rumo da vida de cada um, inclusive, sua, que não teve o prazer de sentar ao lado de um dos seus irmãos para conversar, prosar, lembrar a juventude,  as festas, os banhos de rios ou lagoas, porque, com exceção de Lampião, eles foram assassinados ainda muito novos. 

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=690007261156532&set=a.140771209413476.30624.100004417929909&type=3&theater

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ARTHUR JOSÉ GOMES DA SILVA, O CANGACEIRO CONHECIDO BEIJA FLOR

Por Rostand Medeiros
O cangaceiro Beija-Flor

Clique no link abaixo para você ler o texto completo do escritor Rostand Medeiros

https://tokdehistoria.com.br/2014/09/12/cangaceiros-atras-das-grades-fim-da-ilusao/

Dos cangaceiros capturados pela ação do governo pernambucano, antes do episódio de Mossoró, sem dúvida que a maior “estrela” foi Arthur José Gomes da Silva, o conhecido Beija Flor. Ele havia sido capturado na região de Jatobá de Tacaratu pela volante do tenente Amadeu[2].

O cangaceiro Beija Flor

Chegou ao Recife em 13 de março fortemente escoltado por dez policiais, desembarcando em um trem da Great Western. Os jornais propalavam que ele falava desembaraçadamente e com tranquilidade, apesar de analfabeto. Jovem, tinha cabelos claros e foi pessoalmente interrogado por Eurico. Afirmou que era chefe de um bando de cangaceiros independentes, que ocasionalmente se reunia com Lampião para realizar assaltos, sendo considerado responsável por “mais de 30 mortes” e assaltos ao longo de sua vida como bandoleiro. Finalizou informando que desde janeiro não se encontrava com Lampião e sabia que este tinha ido “para o norte”[3].

Segundo os pesquisadores Frederico Bezerra Maciel e Bismarck Martins de Oliveira, o cangaceiro Arthur José Gomes da Silva, o Beija Flor, era pernambucano, filho do ex-praça da polícia pernambucana Arsênio José Gomes e de Maria Tereza da Conceição, além de ser irmão de Euclides José Gomes, o cangaceiro Cacheado. Ele teria acompanhado seu irmão e o bando de Lampião durante a ida deste a cidade cearense de Juazeiro, quando em 6 de março de 1926 houve o encontro de Lampião e Padre Cícero. Os autores apontam que os irmãos Gomes participaram da maior batalha da história do cangaço, a da Serra Grande, próximo a Vila Bela, em 26 de novembro de 1926.

Bando de Lampião em Juazeiro, 1926

Beija Flor sempre andava com uma ostensiva medalha de Nossa Senhora das Graças no peito, tendo sido preso no dia 3 de fevereiro de 1927, aos 21 anos de idade. Devido à ação mais enérgica da polícia pernambucana, tencionava seguir para a região de Uauá, na Bahia.

Dias depois da sua chegada a capital de Pernambuco, os jornais locais divulgavam, até com certa surpresa, que Beija Flor havia constituído um advogado para ser libertado. Seu causídico logo requereu um habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça. Através do Desembargador Arthur da Silva Rêgo, solicitou ao Chefe de Polícia Eurico Sousa Leão maiores informações sobre aquele prisioneiro que tinha a alcunha de um pequeno pássaro e estava doido para “bater asas” de novo. A resposta de Eurico não utilizou palavras positivas. Informou que o cangaceiro era “perigoso”, sendo considerado “um problema seu livramento”.

Beija Flor havia cometido crimes em Água Branca, Alagoas, onde estava pronunciado nos artigos 294 e 356 (assassinato e roubo), do Código Penal de 1890, então vigente na época. Já no município pernambucano de Vila Bela, atual Serra Talhada, ele também estava pronunciado no mesmo artigo 294 e nos artigos 136 (incêndio a edificação) e 304 (lesão corporal). Para complicar a situação de Beija Flor, o Chefe de Polícia ainda aguardava novas comunicações do major Ferraz sobre outros crimes que ele havia cometido. Dias depois o pedido de habeas corpus foi negado[4].

Antiga Cadeia Pública de Recife – Fonte – ideiasembalsamadas.blogspot.com

Logo outros cangaceiros foram chegando para a grande Casa de Detenção do Recife[5]

Parte do todo extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

https://tokdehistoria.com.br/2014/09/12/cangaceiros-atras-das-grades-fim-da-ilusao/

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A CHEGADA DE CORISCO NO INFERNO. ( CORDEL)

Por cabo francisco Carlos (Paraná Brasil)

Meus amigos deste grupo, vamos fazer uma brincadeira, o intento é testar vossos conhecimentos sobre " O Cangaço" e o teste é o seguinte. 



Eu sou do norte do Paraná, sou poeta e pesquisador do cangaço, e estudando com alguns amigos nordestinos as técnicas do cordel, eu criei um com o título "A chegada de Corisco no inferno", e retirei desta obra quatro estrofes de sete versos contendo rimas com 64 nomes de cangaceiros. 



Então eu quero que os amigos leitores leiam com atenção e digam se os nomes citados são todos falsos ou verdadeiros, ou se há alguns fictícios, porém relate dando um parecer da sua opinião. Para ajuda-los aqui vai nas postagens, com exceção das mulheres; alguns dos cangaceiros citados nas estrofes do cordel. Boa sorte!


A CHEGADA DE CORISCO NO INFERNO. (CORDEL)

Reconhecendo seus cabras.
Corisco chamou então:
- Por Gato, Canário e Sabino.
Pó Corante e Mergulhão.
Zé baiano e Zé Sereno.
Balão e Mané Moreno.
Jararaca, Diferente e Azulão.

Pancada, Tempo Duro e Faísca.
Cobra Preta e Damião.
Antônio e Cirilo de Ingrácias.
Português e Mansidão.
Labareda e Bronzeado.
Moita Braba e Cacheado.
Meia Noite, Deus te Guie e Devoção.

Serra Branca, Mourão e Barra Nova.
Criança, Luiz Pedro e Chumbinho.
Chá Preto mais Limoeiro.
Cravo Roxo, Jurema e Roxinho.
Catingueira e Mão Foveira.
Zabelê mais Quinta feira.
Cabeleira e Sabonete e Passarinho.

José Roque, Gavião e Rouxinol.
Benevides, Arvoredo e Marinheiro.
Elétrico e Caixa-de-Fósforo.
Borboleta, Vassoura e Coqueiro.
Atividade e Ventania.
Velocidade e Pontaria.
Bom Deveras, Canabrava e Candeeiro.

**Cabo Francisco Carlos.

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MOSSORÓ - 146 ANOS COMO CIDADE - 09 DE NOVEMBRO DE 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 9 de novembro de 1970 a Vila de Mossoró era elevada ao predicamento de cidade pela Lei Provincial nº 260, graças a um projeto do Deputado Provincial Vigário Antônio Joaquim Rodrigues, com assento pela sexta vez na Assembleia do Estado. É uma data pouco lembrada pelo povo e pelo poder público, sem desfiles, sem carros alegóricos, sem nenhuma comemoração; mas foi nessa data que a vila fora elevada ao predicamento de Cidade, título máximo do crescimento político da época. E já se vão 146 anos.
               
No início, era apenas a Fazenda Santa Luzia, que pertencia, antes de 1739, ao Capitão Teodorico da Rocha. Por volta de 1770, a posse da Fazenda estava com o português Antônio de Souza Machado, e foi por essa época que a fixação demográfica foi iniciada pela criação de gado, oficina de carnes e extração do sal. A 5 de agosto de 1772, a Provisão das Dignidades do Cabido de Olinda concede a Antônio de Souza Machado, Sargento-Mor da ribeira do Mossoró e sua mulher Rosa Fernandes, autorização para construir uma capela na Fazenda Santa Luzia, de sua propriedade, em cumprimento de promessa feita por sua intercessão. E a capela foi construída com os cruzados do Sargento-Mor e o auxílio dos devotos circunvizinhos, sendo o primeiro ato litúrgico celebrado em 25 de janeiro de 1773, quando foi batizada uma criança do sexo feminino, cerimônia essa oficiado pelo padre José dos Santos da Costa. A capela permaneceu sobre as ordens da freguesia de Apodi por 70 anos. Em 13 de julho de 1801 dona Rosa Fernandes, viúva do Sargento-Mor Antônio de Souza Machado, faz doação do patrimônio da Capela de Santa Luzia.
               
Muitos foram os movimentos para tornar a Capela de Santa Luzia em Matriz. Mas finalmente, no dia 27 de outubro de 1842, através da Resolução 87, Mossoró passa a possuir a sua igreja Matriz, desvinculando-se da cidade de Apodi e assumindo a posição de freguesia. A autonomia religiosa era o primeiro passo para a autonomia política que daria ao povoado a condição de responder sobre as suas ações pela instalação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Umas sérias de acontecimentos vieram culminar com a sua autonomia política. Em 13 de fevereiro de 1852 foi lida na Assembleia Provincial uma representação dos habitantes da freguesia de Santa Luzia do Mossoró, pedindo que se elevasse a Povoação à categoria de Vila e município. A lei n. 246 de 15 de março de 1852 elevou o povoado a categoria de vila, como o título de Vila de Santa Luzia de Mossoró. Em 9 de novembro de 1870, graças a um projeto do Vigário Antônio Joaquim Rodrigues, então Deputado Provincial, a Lei n. 620 do mesmo ano, conferiu-lhe as honras de cidade, com a denominação de Cidade de Mossoró.
               
Quanto ao topônimo Mossoró, existem algumas correntes divergentes: Para o historiador Luís da Câmara Cascudo, Mossoró provém dos cariris Monxorós ou Mossorós. Para Antônio Soares, Mossoró é corrutela de mô-çoroc, vocábulo indígena que significa fazer roturas, o que rasga, rompe ou abre fendas. \"Aplica-se bem ao rio Mossoró, que rasgou ou rompeu a terra marginal em diversos pontos, formando camboas\". Antônio Soares cita Miliet de Saint Adolfhe para quem o nome teria vindo de uns índios aldeados nas proximidades da foz do Apodi, que seriam os Macarus (ou Maçarus). Cita ainda Saldanhas Marinho, para quem \"Mossoró\" era corrutela de mororó, árvore muito flexível, resistente e vulgar no Norte. Quem tem razão não sabemos. Sabemos sim que Mossoró ficou sendo desde 9 de novembro de 1870.
               
Ao longo dos anos, Mossoró tem sido palco de grandes manifestações populares, como a Libertação dos Escravos em 30 de setembro de 1883, cinco anos antes da famosa “Lei Áurea”, o movimento que ficou conhecido como “A Revolta das Mulheres”, movimento popular contra a obrigatoriedade do alistamento militar e a defesa da cidade contra o ataque dos cangaceiros chefiados pelo lendário “Lampião” a 13 de junho de 1927. Não devemos esquecer também da grande conquista alcançada pela professora Celina Guimarães Viana, quando conseguiu na justiça o direito de ser a primeira mulher a exercer o direito do voto na América Latina. E todas essas manifestações foram registradas pelo jornal “O Mossoroense”, que desde 17 de outubro de 1872 vem servindo de testemunha ocular da história de Mossoró. 

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO


O LIVRO O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO ESTARÁ NESTE SÁBADO, 12 NOV, NA FLIPIRI - FEIRA DO LIVRO DE PIRENÓPOLIS, presença do autor Luiz Serra para autógrafos.

No estande da ARCO-ÍRIS

Elenco de escritores Dad Squarisi, Íris Borges, Clara Arreguy, Maurício Lemos Júnior, Lucília Garcez, Margarida Patriota, Vera Lúcia Dias, com suas obras intensas, apreciadas pelos inúmeros leitores e admiradores.

Leidi Silveira, jornalista.

A FLIPIRI CHEGOU A SUA 8ª EDIÇÃO!


Com a missão de difundir o livro, a leitura e a literatura em cidades de interior e em zonas rurais, o Instituto Casa de Autores e a Prefeitura de Pirenópolis realizam a 8ª Festa Literária de Pirenópolis, contando com as presenças de autores regionais e nacionais como Ziraldo, Ignácio de Loyola Brandão, Elder Rocha Lima, Tiago de Melo Andrade, Nurit Bensusan, Ailton Krenak, dentre outros.


Após sete anos de trabalho, já possuímos um público fiel ao evento, professores qualificados como mediadores de leitura, alunos em constante contato com os livros e com o hábito de ler, além de termos formado acervos nas escolas.

Foto Pôr do sol no sertão....Recanto das Letras.

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