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quinta-feira, 18 de maio de 2023

PRIMEIRA FOTOGRAFIA DE LAMPIÃO COMO CHEFE DE BANDO CANGACEIRO.

 

Por Geraldo Júnior

Em fins do ano de 1922 Lampião e seus aliados foram fotografados na Fazenda Pedra, localizada no município paraibano de Princesa (Paraíba), atual Princesa Isabel, pelo popular Genésio Gonçalves de Lima, pouco tempo depois de ter assumido a liderança do bando herdada do ex-chefe Sinhô Pereira, que por motivo de saúde se viu obrigado a abandonar o cangaço.

Na fotografia estão os cangaceiros:

01 - Antônio Ferreira vulgo Esperança (Irmão de Lampião).

02 - Virgolino Ferreira da Silva vulgo Lampião.

03 - Antônio Rosa vulgo Antônio do Gelo.

04 - Tiburtino Inácio de Souza vulgo Gavião (Primeiro).

05 - José Terto Pereira Brasil ou José Pereira Terto ou ainda Joaquim Araújo da Silva (Nome adotado pós-cangaço) Cajueiro (Primeiro).

06 - José de Souza Ferraz vulgo Baliza.

07 - Antônio Saturnino.

08 - João de Souza Ferraz vulgo Criança I.

09 - Desconhecido.

10 - Desconhecido.

11 - Antônio Augusto Feitosa (Antônio Bagaço) vulgo Meia-Noite (Primeiro).

12 - Chá Preto.

13 - Nezinho Leogivildo.

14 - Salú Leogivildo.

15 - Zéca Leogivildo.

16 - Graveto.

17 - Livino Ferreira da Silva vulgo Vassoura (Irmão de Lampião).

Texto: Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal Cangaçologia.

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CAATINGA

Por Rostand Medeiros

CAATINGA teve seu roteiro e desenhos assinados pelo belga Hermann Huppen e foi lançado em 1997 na Europa e no ano seguinte no Brasil. A história narra as desventuras dos irmãos Diamantino e Mané, que após terem sua família dizimada por matadores, acabam juntando-se ao bando de cangaceiros liderado pelo Capitão Clóvis Mendes (um personagem que age feito Lampião), até conseguirem sua almejada vingança contra os assassinos. O belga Hermann conta, num texto no final da edição, que se interessou pelo tema após assistir ao filme O Cangaceiro, num festival de cinema em Bruxelas. Mas a falta de intimidade do autor com o tema é evidente. Seus desenhos, por exemplo, mostram árvores "verdinhas" em plena caatinga!

Segundo críticos, tecnicamente o desenho de Hermann foi muito bom, mas a caracterização visual dos nordestinos é terrível. Eles mais parecem bandoleiros mexicanos. Apesar de ter se encantado pelo tema, parece que o autor não pesquisou o suficiente sobre os cenários e pessoas da caatinga.

Quando foi lançada no Brasil pela Editora Globo, Caatinga foi um fracasso de vendas. Com preço alto de capa, trazia um roteiro considerado mediano, assinado por um artista europeu absolutamente desconhecido da esmagadora maioria dos leitores brasileiros, e praticamente não teve divulgação. Só mesmo os apaixonados por HQs a compraram. Nem mesmo o belo acabamento gráfico da edição, todo em papel couché, adiantou. 

Fonte - https://universohq.com/reviews/caatinga/ #cangaço #Lampião #nordeste #brasil #historia #cangaceiro #HQ #hqbr

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DE QUEIXO CAÍDO

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de maio de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.886

A Biblioteca Pública de Santana do Ipanema funcionou por um longo período no Centro Comercial, precisamente no 10 andar do “prédio do deus mercúrio”. No andar térreo funcionava a loja de tecidos do comerciante Benedito V. Nepomuceno, assim como estava escrito na fachada da loja. O acesso à biblioteca era pela lateral da loja que podia adentrar à residência aos fundos ou à casa dos livros através de uma escadaria. Era sim, em nossa opinião, um prédio de luxo construído ainda no tempo de vila pelo Cel. Manoel Rodrigues da Rocha. E como quase tudo do coronel vinha da Europa, calculamos que o corrimão da escadaria e os vidros coloridos das portas/janelas do 10 andar, tenham vindo do outro lado do Atlântico. Frequentar aquele ambiente tão simples e ao mesmo tempo tão sofisticado era quase um privilégio divino.

CASARÃO DO DEUS MERCÚRIO, EM 2013 (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

Compêndios nas prateleiras envidraçadas e no verniz; livros cuidadosamente assentados, catalogados e numerados; instrução como retirá-los e recolocá-los e amplos catálogos à disposição; Um silêncio civilizado protegendo a leitura dos usuários e consultas em voz baixa à bibliotecária; direito a empréstimo de um livro para quinze dias; cartão/ficha para renovação infinita da concessão. A imensa variedade de Literatura nos transportava para autores russos, franceses, americanos e famosos da Brasil, principalmente. A novela, o romance, o conto a poesia, a história, enciclopédias e dicionários famosos nos deslumbravam e agiam às mil maravilhas nas mentalidades em formação.

E por questões diversas vamos observando esse fenômeno de abandono das mansões e sobrados antigos com amostras, praticamente em todas as cidades e capitais brasileiras. Em nossa terra não poderia ser diferente. É a transformação inexorável do planeta erguendo novos pilares da história física no mundo. Assim são montanhas que se transformam em vales, ilhas que desaparecem, cachoeiras que se somem e rios que não choram mais. Ficamos apenas com receio de que as antigas grandes obras da cidade, por falta de manutenção, não causem tragédias nos seus prováveis desabamentos. Mesmo assim, ainda hoje, ao passarmos pelo casarão do “deus Mercúrio”, os olhos não conseguem fugir da estátua que ornamentou a Biblioteca Pública. Um momento, um passo ronceiro, uma saudade e um queixo caído.

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FRASCO DE PERFUME ENCONTRADO ENTRE OS PERTENCES DOS CANGACEIROS MORTOS EM ANGICO.

Texto e fotografia: Geraldo Antônio De Souza Júnior 

O mestre Antônio Amaury Corrêa de Araújo se foi, mas nos deixou um legado que certamente atravessará as gerações que saberão reconhecer o seu valor imensurável no campo da literatura, estudos e pesquisas sobre o tema cangaço. Foi o mais empenhado e bem sucedido de todos os estudiosos e seus esforços nos proporcionou um maior conhecimento e entendimento acerca do tema. Muitas foram as informações coletadas e materiais históricos localizados por ele através dos anos à exemplo desse interessante frasco de perfume que aparece na fotografia que, segundo Antônio Amaury, foi encontrado pelos soldados no leito seco da Grota do Angico após o encerramento do ataque da Força Policial alagoana que culminou na morte de Lampião e de parte do seu bando na manhã de 28 de julho de 1938.

Lembrando que essa peça pertence ao acervo do saudoso Antônio Amaury Corrêa de Araújo e que hoje se encontra em poder e aos cuidados da família.

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AS SURPRESAS

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de maio de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.885 

“Pesquisadores encontraram as ruínas de uma estrada da Idade da Pedra submersa no Mar Mediterrâneo. A descoberta foi feita no sítio arqueológico de Soline, localizado na costa da ilha de Korčula, na Croácia. Estima-se que a construção tenha cerca de sete mil anos.      De acordo com os arqueólogos, a antiga passagem tem vários metros de largura feita de lajes de pedra. Além disso, os pesquisadores encontraram paredes de um antigo assentamento. Acredita-se que o local tenha sido construído pela cultura neolítica. que ocupava o leste do Adriático. A estrada está situada a cerca de cinco metros abaixo do Mar Adriático, no Mediterrâneo. Os cientistas identificaram ela ao examinar imagens de satélite das águas ao redor de Korčula. Depois, eles confirmaram a descoberta ao fazer mergulhos exploratórios na região.  Pesquisadores também anunciaram a descoberta de um outro assentamento similar durante inspeções na Baía de Gradina, no lado oposto de Korčula. Lá, os arqueólogos encontraram artefatos como lâminas e machados. Além disso, evidências de sacrifícios foram identificadas no local”. FONTE: DOL.

A história sendo recontada. Bem que se diz tudo que estiver oculto nesse mundo, será revelado. Contamos toda uma história e, lá à frente, descobertas desmancham tudo que você ensinou. Isso praticamente ocorre em todas as áreas de conhecimentos. Vimos, então, pela narrativa acima que o mar Mediterrâneo não teve sempre o mesmo nível e que essa região era enxuta a ponto de ganhar uma estrada. Posteriormente o mar se expandiu e inundou a parte em estudo. Assim são muitas regiões que eram antes fundos de mar e hoje aparecem como desertos, vales, montanhas e mais outras formas de relevo.

Mas essas ciências sobre rochas, escavações e afins, parecem não interessarem à grande quantidade de pessoas: Geografia, Geodésica, Arqueologia, Paleontologia, contam com poucos estudantes seguidores, porém, formam profissionais altamente apaixonados pelo respectivo trabalho. São atrações da vida à parte se se pode dizer assim. Tantos músicos no mundo, mas bem poucos atraídos pela música clássica. É coisa mais ou menos semelhante no pendor das ciências.

Aplaudamos a quem merece.

MAR MEDITERRÂNEO (FOTO: STOCK).

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EXEMPLO DE PROFESSORA

Autor José Di Rosa Maria


Nasci da luz da coragem
E da força da vontade.
Filha de dum simples guerreiro
Morador duma cidade
Regida pela política
Que desconhece a verdade.
1
Na Ferreira Itajubá
Abri os olhos pra o mundo.
Leandro meu pai, meu tudo,
Tinha um orgulho profundo
De mim, por não separar-me
Dos meus sonhos um segundo.
2
Numa casa muito simples
Sem brilho de burguesia,
Muito cedo comecei
Repassar sabedoria,
Preludiando o destino
Que mais tarde seguiria.
3
Por ali via passar
Grandes profissionais
E também autoridades
Representando sinais
De superação e garra,
Atributos pessoais.
4
Nos áureos tempos do útil
Exame de admissão,
Para cursar o ginásio
Preparei meu coração
Pra mostrar como se voa
Sem tirar os pés do chão.
5
Conclui o científico
Num colégio estadual.
Nesse tempo escola pública
Tinha futuro e moral
E qualidade também
Para o bem do pessoal.
6
Olhando os céus do futuro
Feito uma águia real,
Em Mossoró comecei
Minha luta genial
E terminei nas entranhas
Do Atheneu de Natal.
7
Com alunos abastados
Estudei economia,
Tirando as melhores notas
Que na escola existia.
Para mostrar que dinheiro
Não pare sabedoria.
8
Ali cantava de rei
O poder aquisitivo,
Mas a minha inteligência
Superava todo crivo
Não permitindo ninguém
Vencer meu objetivo.
9
Cola na hora da prova
Cheguei até a vender.
No curso de matemática
Vi desmando acontecer
E vi que pobre se forma
Pela força do querer.
10
Com um caderno amarelo
Vi professor exibido,
Dando aula todo dia
Dando uma de sabido,
Porque político corrupto
Tinha lhe favorecido.
11
Em três anos terminei
O curso, graças á Deus.
Uns passaram nove anos,
Fervendo os miolos seus,
Enquanto com três, apenas
Eu tinha esfriado os meus.
12
Mas quem custou terminar
Foi quem se deu muito bem,
Porque teve proteção
Presenteada por quem
Pode ter tudo na vida
Mas bom caráter não tem.
13
O Eco noventa e dois
Me deixou muito animada,
Fiz Pós em meio ambiente
Mas também não deu em nada...
Mais um sonho na gaveta
Desta guerreira educada.
14
Hoje sou aposentada
Mas tendo oportunidade
Ainda dou formação,
Não tendo fico à vontade
Viajando mundo á fora
Só conhecendo cidade.
15
Adoro França e Holanda,
De vez em quando visito.
Pelas praças de Bruxelas
Já andei sem ver conflito.
Já posso dizer pra o mundo
O quanto o mundo é bonito. FIM


Mossoró-RN, 18 de maio de 2015.
Trajetória educacional da professora Rita Santos.

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O CANGACEIRO VOLTA SECA

 Acervo do Ivan Almeida

O famigerado ex-cangaceiro de vulgo Volta Seca, lendo a revista O Malho, no presídio de Salvador-BA.

Fonte: Revista O Malho, RJ, 28 de maio de 1932.

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CANGACEIRO ARVOREDO

A madrugada mal acabou, o novo dia de súbito nasceu no cume da  Serra da Conceição nas terras de Jaguarari, município do norte da Bahia. Num dia agora distante, do mês de maio de 1934, o cangaceiro  Hortêncio Gomes da Silva (Arvoredo) seguiu na direção do novo dia, e do seu último sol. 

Ele desceu a serra nas proximidades do povoado de Barrinha em busca de água. O destino não avisou aos  dois jovens o João Biano e Cicero José Ferreira (Xisto), que madrugaram procurando uns jumentos que haviam desaparecidos da propriedade rural da família.

No meio da mata: a surpresa, o medo, um grande  pesadelo, pela frente o temível cangaceiro Arvoredo, que os obrigou à segui-lo, e  ordenando  os dois reféns a adentrar  pela mata fechada. No temor de serem levados ao acampamento e serem mortos pelo bando, os dois irmãos não encontraram outra alternativa a não ser enfrentar o bandoleiro,  

Segundo Rubens Antônio João Biano, e não João Biana.

João com um canivete e Xisto com um facão entraram em luta corporal e rolaram pelo chão, Xisto tentou fugir, mas foi ameaçado de morte por João.  

Cícero Ferreira - Xisto

Durante a luta o cangaceiro estava pesado, todo aparatado. levou a pior e acabou dominado e desarmado e levando várias perfurações de canivete. Os rapazes abandonam o cenário da luta, porém, precisavam levar alguma prova para polícia. Quando voltam encontram Arvoredo de joelhos, suplicando a Nossa Senhora para não morrer. Mas, depois de arrancar-lhe o patuá que carregava no pescoço, ele foi sangrado a golpe de facão. 

Como prova cortaram a mão do cangaceiro e levaram para a tropa da polícia que se encontrava no povoado de Barrinha. Na companhia dos dois rapazes a polícia foi até o local do crime e lá encontrando o corpo, levaram até a estação do povoado e em seguida  a sede do município em Jaguarari a bordo de um alto de linha(Troller) da Companhia Ferroviária Leste Brasileiro. 

Sepultura do cangaceiro Arvoredo, em Jaguarari - detalhe - AC = Arvoredo Cangaceiro:

O corpo de Arvoredo foi sepultado no cemitério velho de Jaguarari(Próximo ao cruzeiro). Com a morte de Arvoredo, os matadores receberam uma recompensa de 4 contos de réis.

Fonte: 

http://blogsolvermelho.blogspot.com/

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UM PEQUENO RELATO SOBRE ZÉ CADETE DE MV E OUTRAS HISTÓRIAS

Autor Professor José Cícero

Que agradável surpresa encontrar esses dias no livro AO CAIR DA TARDE do renomado jornalista Lustosa da Costa uma bela referência ao perseguido e preso político de Missão Velha, o idealista - ZÉ CADETE, que nos anos 60 após ser pego no seu local de trabalho foi recambiado no trem da RVC para um presídio em Fortaleza. Enquanto o dr. José Ribeiro outro adepto das ideias marxistas, após enterrar seus livros no sítio Cupim, foi também aprisionado, sendo levado para o Crato onde ficou detido.

Única imagem do idealista de MV - Zé Cadete. Era vendedor de loterias e tb sapateiro. Consegui esta foto com a filha dele em Fortaleza.

Ao que se sabe, Cadete já era um velho conhecido, inclusive na capital como idealista convicto e pragmático do partidão. De modo que o jornalista Pompílio Filho, do então renomado jornal "o Democrata", ao saber da prisão, segundo Lustosa, ironizou a repressão com a seguinte manchete de capa: " Zé Cadete de MV é preso mais uma vez, por ordem expressa de Truman"... o então presidente dos EUA.

Obra do jornalista Lustosa da Costa ...

Ainda em 2007 produzi uma matéria inédita para o meu Blog e para a "Revista Aurora" sobre este memorável e triste episódio. Quando a repressão militar atuou no Cariri e sobre Cadete e Zé Ribeiro de Missão Velha, bem como Biró Ribeiro, Gonzaga Monteiro, Elias do Trapiá e Vicente Ricarte de Aurora. Ambos os aurorenses, à exceção de seu Gonzaga Alfaiate, tiveram que fugir e se esconder para não serem presos. Uns no povoado de São Francisco(atual Quintaius), outros no sítio Tunga. Sem esquecer ainda: o sr. Joaquim Simões de Brito (seu Quilô pescador).

Um dos fragmentos de referência encontra no livro de Lustosa da Costa sobre o idealista Zé Cadete de mv.

Gonzaga ainda foi interrogado por um Cel. do exército na antiga cadeia pública de Aurora. Teve sorte, ao conseguir convencer o censor da sua minina participação, como apenas entregador do jornal revolucionário por "alguns trocados".

Cadete nunca mais retornara à MV. Depois morou por muitos anos na cidade de Iguatu onde falecera, mas sem antes, no leito de morte, pedir para ser sepultado em MV. O que devidamente fora feito por seus familiares.

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