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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sertão das Muié Séria e dos Home Trabaiadô

Contribuição: Zé Tavares

O grande Luiz Gonzaga fez alguns Shows na cidade de Pombal (PB), sempre em praça pública, sobre o patrocínio de uma importante empresa de comercialização de fumo, lá de Arapiraca (AL).

Pude presenciar alguns desses shows e viver as emoções do talento desse grande monstro de nossa cultura. Além de cantar, ele contava piadas, fazia críticas aos governos pelo descaso com os nordestinos, contava causos e passagens de sua vida artística. Era um show interativo, onde conversava e ouvia as pessoas que o assistiam.

Lembro que certa vez ele falou de sua emoção quando ouviu pela primeira vez uma música em que o compositor Benito de Paula o homenageou. 

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Neste mesmo show ele contou que logo que fez uma música para Frei Damião foi em Pombal que ele encontrou com o frade capuchinho para presenteá-lo com o disco, até então inédito.


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Pouca gente sabe, mas um dos causos que o velho Lula vivenciou e imortalizou em dos seus discos ocorreu aqui em Pombal. João Queiroga, mais conhecido como Joquinha, pertencia a uma família muito influente na cidade, era característica sua a irreverência e a presença de espírito, sempre fazendo gozações onde quer que estivesse.

Na oportunidade, o velho Lula cantava um dos seus clássicos “A volta da asa branca”, quando chegou na parte que diz “Sertão das muié séria, dos home trabaiadô”, Joquinha Queiroga gritou:

- Faz muito tempo que o senhor não anda por aqui. Isso não existe mais por aqui não, seu Lula.

Luiz Gonzaga deu aquela sua peculiar gargalhada e depois adicionou esta história no seu repertório de causos, inclusive registrando o fato em um dos seus discos.

Contribuição: Zé Tavares

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DAS INCONVENIÊNCIAS DO AMOR

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

Inegavelmente que o amor é um dos mais belos sentimentos existentes no âmago do ser humano. O simples ato de amar já torna a pessoa mais meiga, branda, terna, ornada de contentamento e felicidade. Enquanto sentimento íntimo, o amor humaniza o ser, torna-o compreensivo e compartilhador; enquanto sentimento amoroso, a outro devotado de coração, torna a pessoa esperançosa e tomada de possibilidades boas na vida.

Desse modo, jamais há que se negar a importância do amor na vida de uma pessoa. Somente através deste sentimento afetuoso, somente por meio da sensação de revelar-se através de uma luz no coração, somente na certeza da felicidade existente, a pessoa se torna capaz de enfrentar os desafios e não se deixar abater por míseros problemas tão impeditivos de realizações.

Para muitos o amor é tudo; para outros o amor é a maior expressão que possa existir num ser; para outros, o ato de amar significa acobertar-se do bem contra todo mal e negatividade. Seja como for, verdade é que o amor, ou a busca de sua verdade, é o desejo mais almejado entre os racionais. Viver sem amor, muitos dizem, é conviver com a escuridão e o sofrimento.

Contudo, a primazia do amor não lhe afasta das críticas, das considerações negativas, das muitas inconveniências originadas em seu nome. Já que o amor é tudo, dizem, então seria também tudo aquilo que em seu nome é praticado. Daí ser o gume afiado de muitos males. E certamente muito se pratica com a pecha amorosa e mais tarde é revelado como graves problemas a ser resolvidos.


Pois o amor, segundo também afirmam, é sentimento envolto de tamanha força que tem o dom de cegar, de tirar completamente a razão da pessoa, de deixá-la à mercê das ilusões e das fantasias, até mesmo as mais absurdas. Em tal estágio, agindo assim perante o indivíduo, eis que o amor acaba se transformando numa verdadeira armadilha, num abismo por onde se caminha sem saber.

Não que se revele no amor uma infinidade de tragédias, mas não se pode deixar de reconhecer algumas reconhecidas inconveniências, ou mesmo absurdos praticados e vivenciados em seu nome. Ora, todos sabem que o amor desmedido, afetando a mente a ponto de fragilizá-la, é arma perigosa demais para ser carregada ou manejada. As consequências, pois, do amor doentio, são as mais devastadoras possíveis.

Até que se poderia afirmar que não se pode ter como amor a expressão doentia em seu nome. Não se deve esquecer, contudo, que tudo nasce exatamente da doce e maravilhosa inocência desse sentimento maior. É a forma como ele vai se exteriorizando, ganhando força e se apoderando do ser que poderá transformá-lo numa arma fria e cruel. E até mortal.

Não são poucas as notícias dando conta das atrocidades cometidas tendo o amor - ou a paixão desenfreada, como estágio amoroso irracional - como elemento ou força propulsora de desvarios e aberrações. O noticiário sensacionalista diz que alguém matou por amor; a manchete estampa que a paixão provocou mais uma tragédia; as delegacias estão repletas dando conta de ocorrências envolvendo ciúmes.

Mas não só de sangue vive tal inversão amorosa. Ora, mesmo em situações rotineiras, sem violências ou agressões, o amor é causador de males reconhecidamente profundos. O fato de ser abandonado por alguém que tanta ama se constitui num exemplo clássico de indescritível sofrimento. Até mesmo as brigas corriqueiras e as separações rotineiras acabam se tornando em instantes tortuosos. Sem falar na saudade, na tristeza da recordação, na dor da espera, na crueldade do pensamento martelando o nome e a feição.

Talvez seja pelo dom de açular intensamente os extremos, ou o amor amado e correspondido e também o amor doloroso e violento, é que tal sentimento se torna único e tão instigante. Contudo, mesmo que mais tarde desande e se revele em obsessão doentia, a verdade é que nasce sublime e esperançoso. E porque surge assim, tão doce e encantador, que toda pessoa quer amar.

Querer amar, eis o sonho maior; encontrar um amor, eis uma possível realidade. Daí em diante é que os campos floridos se estendem em meios a pedras e espinhos. Felizes aqueles que conseguem vencer os desafios e seguir cada vez mais distantes. E ainda de braços dados.
  
Poeta e cronista

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FUTEBOL DE SALÃO

POR: FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.
Pitágoras

É importante registrar de que a cidade de Santa Rita e seu povo, especialmente a juventude sempre sofreu com a falta de equipamentos comunitários do tipo quadra e ou ginásios de esportes desde sua emancipação política ocorrida em 9 (nove) de março de 1890, tal situação permanecendo até o final do ano de 1982, quando o então vice prefeito Aureliano Olegário da Trindade, no exercício do mandato de prefeito, concluiu a construção do Ginásio de Esportes Renato Ribeiro Coutinho, o “Renatão”, localizado no Bairro Nova Esperança. Ressaltamos que Santa Rita mesmo ficando a doze quilômetros de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, naquele tempo já tinha uma população acima de sessenta mil habitantes, inclusive era a terceira cidade da Paraíba em renda percapta e/ou seja, por pessoa aqui residente e além do mais já tinha mais de dez mil estudantes distribuídos ns redes oficiais (estaduais e municipais) e particulares. Naquele tempo funcionava a todo vapor os colégios: Estadual de Santa Rita (atual Enéas Carvalho), o Américo Falcão (pertencente à CNEC, foi extinto), o Augusto dos Anjos (pertecente a Fundação Padre Ibiapina, foi extinto), o COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar (particular e continua funcionando desde 05/01/1964 aos dias atuais, no mesmo endereço: Rua Eurico Dutra, nº 64 – Bairro Popular - Santa Rita/PB, com Educação Básica (Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Técnica Profissionalizante), inclusive em 1996, construiu o seu Ginásio de Esportes que continua incentivando a juventude as práticas esportivas internas e acolhendo a comunidade externa), a Escola Normal de Santa Rita (continua funcionando em Tibiri Fábrica no prédio do extinto grupo escolar da CTP), o Francisco de Assis ( particular e extinto há mais de dez anos), dentre outras escolas de ensino primário estadual, municipal e particular.
                      
Entendemos que o talento educa-se na calma, o caráter no tumulto da vida, assim sendo, a juventude atual, mais que ninguém precisa com urgência de acolhimento, inclusão social, educacional e esportiva em nossa cidade de Santa Rita, para ponte para tirar-lhe da ociosidade, caminho que leva ao nada em todos os sentidos da vida humana, ex-vi Sócrates, ao afirmar que “aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará”, cujo pensamento é auto-aplicável em qualquer lugar do mundo. Os presídios estão superlotados, os cemitérios também e as escolas estão ficando vazias de alunos, fisicamente falando e de ideias de futuro também, pois, sabemos que a Educação é um direito de todos, porém no tocante aos deveres, “[...] a família aparece em primeiro lugar, enquanto o Estado (Governos: Federal, Estadual e Municipal) está em segundo”, de modo que “muitos acreditam que seja um enfraquecimento, uma retirada das obrigações do Estado, colocando ênfase na responsabilidade da família e da sociedade” (LOCCO, 2009, p.36).
                     
A nossa cidade de Santa Rita tinha um futebol de salão respeitado em toda Paraíba e quiçá no Nordeste brasileiro, pois, o maior obstáculo que envolvia a nossa juventude que praticavam os esportes: futebol de salão, voleibol, dentre outras modalidades era justamente a falta de um ginásio de esportes, devido a falta de interesse das autoridades estaduais e municipais competentes no assunto. Isso era o pensamento dominante nas décadas de 40 a 80 do século XX em nossa cidade. Por analogia e segundo a visão de Paulo Freire “não há vida sem correção, sem retificação”. É preciso e urgente corrigir e retificar a vida da nossa juventude, o que casa muito bem com a o pensamento de Immanuel Kant ao afirmar que “é por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias”. De modo que cabe aos adultos e aos gestores de todos os níveis de governos, sic, essa obrigação constitucional, legal e ética, se não querem investir na construção mais cadeias, penitenciárias, etc., bem como aumentar as milhares e ou milhões de valas (sepulturas) comuns nos cemitérios do Brasil e do mundo, todos os anos da era da civilização da cibernética, maior império da ignorância humana que o mundo já viu, alimentado através das drogas que envolvem a juventude de todos níveis ou naipes sociais da face da terra.
                      
Enfocamos de que na década de 60 do século XX, Santa Rita teve um grupo de jovens, constituído por: José Pereira da Costa Filho (Pereira da SAELPA), Bebé, Oíldo Soares, Geraldo Lucindo, Reginaldo Pereira (atual Prefeito de Santa Rita), Dominguinhos, Napo e tantos outros igualmente valorosos na prática esportiva, todos foram motivados e encabeçados pelo professor João de Deus Diniz, então Diretor do Colégio Estadual de Santa Rita (atual Enéas Carvalho), que com luta e sacrifício conseguiu criar a quadra esportiva daquele colégio para dar maior motivação aos atletas e torcedores, pois, até então a única quadra de esportes que existia em nossa cidade era a quadra do Santa Rita Tênis Clube,  com péssimas condições para a prática de esportes, até porque fizeram várias promoções e conseguiram arrecadar o dinheiro que deu para fazer a construção da primitiva quadra do Colégio Estadual de Santa Rita, sem ajuda financeira por parte das autoridades estaduais e municipais. Assim sendo, o futebol de salão, por exemplo, entre nós conseguiu manter a tradição, com um local adequado para a prática de esportes em suas diversas modalidades. E foi assim que o nosso futebol de salão foi evoluindo e conseguiu ser o “Vice Campeão Nordestino” do ano de 1972 (foto 1), 

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disputado com honradez pelo então Colégio Américo Falcão, via os jogos patrocinados naquele ano pela Companhia Nacional de Escolas da Comunidade, atual CNEC.
                   
E as vitórias do futebol de salão de Santa Rita foram grandes, de modo que o Barcelona, equipe constituída por Gena, Oíldo Soares, Pereira, Geraldo Lucindo, 

Foto

Napo (foto 2) dentre outros, conseguiram ser o Vice Campeão da Paraíba nesta modalidade.
                  
Atualmente, infelizmente o futebol de salão, dentre outras modalidades igualmente importantes, encontra-se acabada, tendo em vista a falta de um olhar motivador e incentivador das autoridades políticas e educacionais envolvidas com o processo de enriquecimento da juventude nos esportes, especialmente da juventude vinda do meio do povão e ou das classes menos favorecidas. É uma questão de inclusão educacional e social, até para livrar a juventude ociosa das drogas, dos assaltos, dos assassinatos, etc. Éramos felizes e não sabíamos, pois, Immanuel Kant menciona que “o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”, pensem nisso...

Referência:

A TRIBUNA – Jornal da Cidade – Santa Rita – Pb – março de 1977.

BRASIL – Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial da União, Brasileira, 17/07/1990. Acessada em 15/02/2013: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>
BRASIL – Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.94/96, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, 23/12/1996 – Acessada em 15/02/2013: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.
LOCCO, Leila de Almeida. In.: Direito Aplicado à Educação. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.

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Enviado pelo escritor Francisco de Paula Melo Aguiar

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1977, Na Estrada

Contribuição Arievaldo Viana Lima
Luiz Gonzaga e Dominguinhos

EM 1977, Luiz Gonzaga estava divulgando seu excelente LP "CAPIM NOVO" por todo o Nordeste, sem apoio de gravadora nem nada.

Passou num lugarejo, no interior de Canindé-CE, chamado VILA CAMPOS, no entroncamento que vai para Quixadá.

Sem chapéu, sem gibão, não foi reconhecido de imediato... Até que um curioso, meio tímido, aproximou-se e perguntou:

- O Senhor é Luiz Gonzaga???

- Seu criado...

Era um botequim desses de beira de estrada, que vende bolo, café e paçoca... Luiz passou a tarde todinha conversando com os matutos e ainda deu uns LP's para alguns fãs. Ô Cabra arretado, o Seu Luiz!!!
Contribuição Arievaldo Viana Lima


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