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segunda-feira, 14 de março de 2016

SOLIDÃO, SOLIDÃO...

Por Rangel Alves da Costa*

A solidão é terrível, é dolorosa, é cruel. Na solidão há distância, desencontro, todo impossível.

Aflige, afeta, corrói, assim é a solidão. E vem a vontade, e vem a saudade, e vem todo alarde.

Quanta dor na solidão em noite de chuva, na ventania na janela, na palavra que chega na brisa.

Desilude, apavora, dói, assim é a solidão. E vem o rosto, e vem todo gosto, depois o desgosto.

Atormenta ainda mais quando o pensamento só quer relembrar. E pensando se põe a chorar.

Dá vontade de encontrar, de beijar, de abraçar, de dizer coisas bonitas, de amar e mais amar.

Em noites assim, tão costumeiras em mim, faço do lábio amado uma presença tocando ao meu.

Desejando tocar, desejando sentir, desejando beijar, eis que acabo beijando a boca da solidão.

Assim, pensando, querendo beijar, já tanto beijei que agora não sei o que com meu lábio toquei.

Beijei a boca da noite, beijei o lábio da lua, beijei vaga-lume na escuridão. Solidão, solidão...

Beijei a mão da estrela, beijei o cometa distante, beijei toda vaguidão. Solidão, solidão...

Beijei sua boca em sonho, beijei o seu corpo em espasmo, beijei com veneração. Solidão, solidão...


Beijei o lábio na sombra, beijei a boca que não toquei, beijei a alucinação. Solidão, solidão...

Beijei retrato e poema, beijei a saudade sentida, beijei toda magia e ilusão. Solidão, solidão...

Beijei a vidraça embaçada, beijei a planta molhada, beijei raio e o trovão. Solidão, solidão...

Beijei o silêncio e o nada, beijei o próprio lábio na boca, beijei a desilusão. Solidão, solidão...

Beijei ventania e vento, beijei, beijei o varal e o pano, beijei da vida o desvão. Solidão, solidão...

Beijei seu nome aflorando, beijei seu rosto distante, beijei dentro do coração. Solidão, solidão...

Beijei o orvalho e a flor, beijei a pétala e o espinho, beijei do jardim a canção. Solidão, solidão...

Beijei seu pelo e suor, beijei sua nudez e seu sexo, beijei com sofreguidão. Solidão, solidão...

Beijei o cálice, beijei o copo, beijei o vinho, beijei a mais dolorosa canção. Solidão, solidão...

Quantos beijos, quantos bocas, quantos lábios, não sei, não sei. Só sei que na solidão beijei.

Eis a dor do impossível. Amar e não ter, querer e não possuir. Imagina-se encontrando e beijando.

Para acordar com o lábio ressequido de solidão e a saudade ainda açoitando, querendo beijar.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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ALIMENTAÇÃO - BODE ENTERRADO X CANGACEIROS (VOCÊ COMERIA?)


O grupo de cangaceiros comandando por Virgulino Ferreira da Silva, que entrou para história como Lampião, foi o mais famoso e polêmico de todos, estes, desenvolveram técnicas e táticas para sobreviver na caatinga.

Além dos métodos de deslocamento e progressão nessa vegetação, eles também criaram um modo peculiar de cozinhar alimentos sem utilizar utensílios, entre os pratos do cardápio da época estava o bode enterrado.

Em janeiro de 2006, quando o proprietário da Fazenda Barreiros colhia depoimentos do ex-volante Theófilis Carvalho (88 anos), no sertão da Bahia, conseguiu informações sobre o prato, porém, foi em Serra Talhada, através de Dona Celestina (90 anos), que é afilhada de Lampião, foi narrado os mínimos detalhes para reconstituição do prato. A pesquisa aponta que este era o modo mais seguro que os cangaceiros tinham para cozinhar por causa do aroma da comida, visto que, enterrando o bode eles se livraram de carregar os utensílios nas andanças pelo sertão e ainda despistavam a volante.

Mediante pesquisa sobre essas técnicas de sobrevivência, o proprietário da Fazenda Barreiros, contando com o apoio do SEBRAE/Serra Talhada e sob a supervisão da técnica em culinária e instrutora do SENAR, Alessandra Vasconcelos Peixoto, em setembro de 2006, o prato foi redescoberto e reconstituído diversas vezes na Fazenda Barreiros, com a ideia de preservar esse traço tão peculiar da cultura regional, esse resgate foi motivo de matérias da TV GLOBO, TV Gazeta, do Jornal de Serra e da Gazeta do Estado de Pernambuco edição de 11/11/07.

Fonte principal: Fazenda Barreiros/http://lampiaoaceso.blogspot.com

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
Link: https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA DE MOSSORÓ II - 13 DE MARÇO DE 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento

Nesta séria de artigos sobre a Imprensa de Mossoró, pretendemos apresentar, como subsídios para a história, a relação dos principais jornais e boletins aqui publicados, desde 17 de outubro de 1872, com o surgimento do jornal O Mossoroense, até os dias atuais. 


No artigo anterior, terminamos falando do Boletim da ABC, que circulou no dia 12 de outubro de 1935. Temos ainda:
               
O BOLETIM DO CONGRESSO EUCARÍSTICO DIOCESANO DE MOSSORÓ. Era destinado ao noticiário e propaganda do Congresso Eucarístico Diocesano de Mossoró, em 1946. Circulava invariavelmente com quatro páginas, impressas em papel jornal, inserindo artigos, notícias e recomendações para o bom êxito da grande cruzada eucarística de 1946. Tenho a Revista, que saiu nessa mesma época, em meus arquivos. Infelizmente o exemplar que tenho foi encadernado em capa dura e que realizou o serviço não preservou a capa original. Com isso informações importantes foram perdidas. Aparece apenas na nova capa; REVISTA DO 1º
               
14 DE SETEMBRO. Órgão anual dedicado aos interesses da Sociedade União de Artistas. O primeiro número deste jornal circulou no dia 14 de setembro de 1928, em comemoração da data de fundação da Sociedade União de Artistas. Composto e impresso nas oficinas gráficas do Atelier Otávio.
              
COMÉIA. Órgão do Grêmio Lítero-Dramático Sagrado Coração de Maria. Reapareceu em 1940.
               
COMERCIÁRIO. Jornal literário e noticioso bimestral. Órgão da Escola de Comércio União Caixeiral, que tinha como diretor o acadêmico Thiers Rocha. Redator, Lahyre Rosado; Secretário, Gentil Fernandes; Gerente, Epifânio Costa. Não vimos o primeiro número deste jornal. O número 10, ano I, é de 11 de abril de 1937.
               
CONSAGRANDO UMA DATA – Mossoró: Ontem-Hoje. Polianteia dividida em duas partes. A primeira, Ontem, dedicada ao movimento abolicionista de 30 de setembro de 1883, baseada em documentação histórica da melhor categoria, e a segunda, Hoje, em depoimentos assinados pelos mais altos expoentes da vida intelectual, social e político do município. Tenho, em meus arquivos, um exemplar desta revista. Confeccionada em papel nacional, nas oficinas gráficas do Ateliê Escóssia, sob a responsabilidade do governo municipal, apresenta ainda variado serviço de xilogravura pertencente aos arquivos de O Mossoroense, de autoria do jornalista João da Escóssia Nogueira, manipulado sob a orientação técnica e tipográfica de Lauro da Escóssia. Foi editada em 21 de setembro de 1941.
               
DESFILE. Órgão da Associação de Normalistas do Ginásio Normal de Mossoró. O primeiro número deste jornal circulou no dia 11 de agosto de 1946. Era impresso na Tipografia Comercial. O número 3, datado de 30 de novembro de 1946, insere colaboração de Dom João Batista Portocarrero Costa, Bispo Diocesano.
               
A ESCOLA. Órgão lítero-humorístico, de um grupo de anônimos. O redator era Raul Caldas. O número 7, ano I, é datado de 30 de maio de 1915. Tem colaboração de Jomarvas, que era o pseudônimo de José Martins de Vasconcelos, Raul Caldas, Acácio, Dr. Dudu, José Vasconcelos, além de material redacional. Era impresso na Tipografia Martins.
               
A ESCOLA. Órgão do Grêmio Literário Santa Luzia. O primeiro número deste jornal circulou no dia 31 de maio de 1933, tendo como diretor José Augusto, Secretário, Laete Fernandes e Gerente, Raimundo Fernandes. Tenho em meus arquivos alguns exemplares deste jornal. Era composto e impresso no Atelier Escóssia.
               
O ESPIÃO. Órgão humorístico da festa de Santa Luzia. Não foi a primeira vez que circulou. Nos anos anteriores, já vinha circulando. Em 1954 voltou a circular, saindo o primeiro número no dia 3 de dezembro. Não tinha redatores ostensivos. Eram rapazes inteligentes e humoristas que se ocultavam sob a expressão: Responsáveis diversos. Circulava diariamente durante os festejos da padroeira. Circularam 9 números, de 3 a 11 de dezembro de 1954. Tenho em meus arquivos algumas cópias deste jornal.
               
Na próxima semana continuaremos com o levantamento dos periódicos que circularam na cidade de Mossoró. 

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO FLORESTA


Dia 26 de Maio  (Quinta-Feira)

Floresta

19:30 h Câmara Municipal de Floresta

Solenidade de Abertura

Formação da Mesa Solene e Autoridades

Apresentação do Cariri Cangaço

Entrega de Diplomas e Homenagens

Lançamento - "Manifesto de Restauração do Batalhão de Floresta"

Mesa da Conferencia de Abertura

Manoel Severo

Ivanildo Silveira

João de Sousa Lima

Leonardo Ferraz Gominho

Lançamento

“As Cruzes do Cangaço - Os Fatos e Personagens de Floresta ”

Marcos de Carmelita e Cristiano Ferraz

João de Sousa Lima

Apresentação da Obra

Leonardo Ferraz Gominho

Apresentação dos Autores

Conferência de Abertura

As Cruzes do Cangaço - Os Fatos e Personagens de Floresta

Marcos de Carmelita e Cristiano Ferraz

Dia 27 de Maio  (Sexta-Feira)

Nazaré


8:00 h Saída para Nazaré do Pico

Concentração em frente à Câmara Municipal de Floresta

9:00 h Hasteamento do Pavilhão Nacional e Municipal em Nazaré

9:30 h Fazenda Jenipapo

Netinho Flor e Mabel Nogueira

10:20 h Fogo do Enforcado

Zinho Flor

11:20h Fazenda Ema

Coronel Antenor Araujo Sobrinho
13:00 h Nazaré do Pico

Almoço

14:30 h Visitas em Nazaré do Pico

Campo Santo de Nazaré

Baraúna dos Revoltosos

Poço do Negro

Bustos dos Heróis de Nazaré

16:00 h Clube de Nazaré

Formação da Mesa e Entrega de Diplomas

Homenagem aos Valorosos Nazarenos

Mesa da Conferencia

Juliana Pereira

Manoel Severo

Aderbal Nogueira

Jose Tavares


Conferência

"João Gomes de Lira - O Soldado e o Pai"

Rubelvan Lira

"Genealogia dos Flor"

Netinho Flor

 18:00 h

Lanche Sertanejo e Apresentação Artística na Praça

Orquestra de Sanfônica de Carnaíba

Xaxado de Serra Talhada
Dia 28 de Maio (Sábado)

Floresta

8:30 h Saída para a Fazenda Poço do Ferro

Pertencente ao cel. “Anjo da Gia”  

Local onde morreu Antônio Ferreira, irmão de Lampião

Washington Lima ( Bisneto de Anjo da Gia)

Concentração em frente à Câmara Municipal de Floresta

10:30 h  Fogo da Varjota pelo cangaceiro Moreno

12:00 h Almoço em Floresta

14:30 h  Saída para  Fazenda Tapera

Local da Chacina dos Gilo

17:30 h Foto Histórica no Batalhão de Floresta

19:30 h Câmara Municipal de Floresta

Mesa das Conferencias

Manoel Severo

Archimedes Marques

Narciso Dias

Conferências

"A História de Floresta"

Leonardo Ferraz Gominho

"Os Punhais do Cangaço"

Denis Carvalho
"Theophanes Ferraz Torres"
Geraldo Ferraz
Dia 29 de Maio (Domingo)
Floresta
8:30 h Café com Sanfona
Floresta Hotel
Lançamento do GFEC
Grupo Florestano de Estudos do Cangaço
Marcos de Carmelita 
Discussão sobre o Projeto da Editora Cangaço
Manoel Severo
Raul Meneleu
Professor Francisco Pereira
Ângelo Osmiro

http://meneleu.blogspot.com.br/

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ZÉ RUFINO, O MATADOR DE CANGACEIROS

Por Raul Meneleu Mascarenhas

Esse valente comandante das forças públicas que combateu Lampião e seus grupos de cangaceiros, realmente foi um dos 'cabras' mais valentes daquela época. 

Tenente Zé Rufino o homem que mais assassinou cangaceiros

Nesse vídeo em entrevista concedida pelo famoso Comandante de Volante Policial, Tenente Zé Rufino ao Jornalista Paulo Gil Soares em 1964 ele nos conta um pouco de sua vida na caatinga nordestina em perseguição aos cangaceiros e principalmente ao próprio Lampião.

O cangaceiros Candeeiro, o cineasta Aderbal Nogueira e o cangaceiro Vinte e Cinco

Zé Rufino foi um dos mais temidos perseguidores de cangaceiros, chegou rapidamente ao oficialato na Policia Militar da Bahia.


O Cineasta e pesquisador da Saga Cangaço Aderbal Nogueira em comentário sobre Zé Rufino, em matéria por mim escrita (Cangaceiros e Volantes - Violência latente) e postada no Facebook, atestou que os cangaceiros "Vinte e Cinco, Durval Rosa, Candeeiro e outros que conheci disseram que Lampião temia os comandantes Nazarenos, mas Zé Rufino era o mais perigoso. 'Vinte e Cinco' disse para mim "os Nazarenos quando avistavam a gente metiam bala, queriam sangue a todo custo, mas Zé Rufino era diferente, se ele pudesse ele entrava dentro do coito pra começar o tiroteio. Era uma cobra cascavel. Era quem nós mais temia".

 Durval Rosa irmão do coiteiro de Lampião Pedro de Cândido

Realmente "temos que destacar a figura de Zé Rufino" como bem diz Pedro Son, que foi Secretário municipal de Educação em Jeremoabo (BA):


O implacável caçador de cangaceiros, que residiu, fez família e se tornou, por opção, cidadão jeremoabense. 

O matador de Corisco, página mais lida de sua história, começa a ter sua biografia destacada. Nascido José Osório de Farias, sanfoneiro afamado em seu estado natal, Pernambuco, Zé Rufino foi convidado por Lampião para integrar o bando, que sonhava com sua sanfona alegrando o bando, recusando, e entrando na volante para fugir da vingança do rei do cangaço, que não aceitava uma negativa. Meses depois José Osório engajou-se à polícia chegando a receber graduação de tenente, e a partir daí surgiu o Tenente Zé Rufino. Chegou rapidamente a oficial, alcançando a posição de coronel da Policia Militar da Bahia. Participando de inúmeros combates, Zé Rufino matou muitos cangaceiros, tendo se tornado um dos mais respeitados chefes militares na perseguição ao cangaço, tendo dado fim aos cangaceiros Pai Véi, Mariano, Barra Nova, Zepellin, Canjica, Zabelê, etc., mas Corisco, sem dúvida, foi o que mais lhe deu fama.

Mas o fato que terminou pegando Lampião de surpresa, numa emboscada que ocasionou sua morte, tem também algo a ver com Zé Rufino. Cansado de ver o estrago que o comandante fazia no cangaço, Lampião manda uma mensagem a Corisco que dizia: “Vamos dar uma lição em Zé Rufino, que está querendo passar de pato a ganso.” E acertaram um encontro exatamente na Grota do Angico para acertar uma emboscada contra o então tenente José Osório de Farias, conhecido como Zé Rufino. Para Lampião, o tenente andava ‘atrapalhando’ e era hora de tomar providências. Surpreendido pela volante, não houve tempo para colocar em prática a emboscada contra Zé Rufino.

Passados os anos turbulentos das perseguições aos cangaceiros, Zé Rufino comprou fazendas na região de Jeremoabo, e aqui viveu até seu derradeiro suspiro. Lembro-me, pequeno, de vê-lo, tranquilo e calmamente, andando pelas ruas de nossa cidade, ou sentado nas barbearias contando um pouco de suas aventuras. Ano passado, sua vida e história foi tema da Conferência de Abertura do Cariri Cangaço 2010, realizado dia 17 de agosto na cidade de Barbalha-CE, com o pesquisador Antônio Amaury Correia de Araujo."  JEREMOABO, O Cangaço e Zé Rufino 

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MUSEU COITO DO ANGICO II

Por João de Sousa Lima
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O coito do Angico II é o mais novo museu do cangaço. O museu é o primeiro do tema que fica fora do nordeste. Seu  criador, o Josué Santana, reside em Saquarema, Rio de Janeiro.

Há anos vem colhendo material para formar mais esse ponto que faz referências ao povo nordestino. Josué Santana é baiano e reside há muito tempo no sudeste.

Os ícones representados no museu são: Lampião e o cangaço, Luiz Gonzaga, Delmiro Gouveia, Padre Cícero e o nordestino em sua essência.

Para agendar uma visita aproveitem que ele estará comigo no Cariri Cangaço de Floresta, agora em abril.







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MISSA DE SÉTIMO DIA...

Por Geraldo Júnior
Gilaene e o pesquisador Geraldo Júnior

Há sete dias (07/03/2016) a nossa amiga Gilaene “Gila” Souza Rodrigues, filha do casal cangaceiro Sila e Zé Sereno, nos deixava.

Sila 

Zé Sereno[

“TODOS ESTAMOS DE VISITA NESTE LUGAR. SÓ ESTAMOS DE PASSAGEM. VIEMOS OBSERVAR, APRENDER, CRESCER, AMAR E VOLTAR PARA CASA”. (Ditado Aborígene Australiano)

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior

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AURORA A RAINHA DO VALE DO SALGADO, TERRA CHEIA DE HISTÓRIA, FORÇA E TRADIÇÃO, POSSUI TAMBÉM SEU GUARDIÃO: JOSÉ CÍCERO SILVA !

Por Manoel Severo

Nosso Força começa em Casa... Conselheiros Cariri Cangaço da região do meu Cariri do Ceará!

Aurora a rainha do Vale do Salgado, terra cheia de história, força e tradição, possui também seu Guardião: José Cícero Silva!

Quem conhece José Cícero Silva, sabe do que falo. Poeta, pesquisador, escritor, determinado rastejador dos fragmentos da historia de nosso chão, dedicado e entusiasmado diante de suas paixões, um homem realmente realizador. Desde o ano de 2010 que se soma ao sonho chamado Cariri Cangaço, trazendo sua amada Aurora para o centro das discussões históricas do sertão.

Como um guardião das coisas de sua terra, nos apresentou cada recanto de Aurora... Tipi, Ingazeira, Ipueira... Ali tudo se configura em história: A Saga do primeiro Xavier, da figura mítica de Marica Macedo, o fogo do Taveira, as Minas do Coxá, a passagem de Frei Caneca e dentre muitos outros episódios a marcante ligação de Virgulino Ferreira com o Coronel Izaias Arruda, fazem de Aurora um dos cenários mais espetaculares de nosso Cariri e de Zé Cícero um de seus mais valorosos representantes.

José Cícero Silva com seu talento próprio e sua espetacular força de trabalho se configura como mais uma força do meu Ceará dentro do Conselho Cariri Cangaço !!!! Receba nosso abraço de gratidão querido amigo Zé , conte conosco sempre, vamos em frente! Os desafios estão por vir !!!

Fonte: facebook
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=448654785338080&set=a.112850422251853.1073741828.100005806873140&type=3&theater

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CANGACEIROS E VOLANTES - VIOLÊNCIA LATENTE

Por Raul Meneleu Mascarenhas

A história do cangaço é rica em acontecimentos que mostram que o sofrimento sempre estava em maior quantidade nos braços da população sertaneja, perdidas nas pequenas cidades, vilas e povoados do agreste nordestino, onde eram espremidos entre as volantes e os cangaceiros, todos sedentos de sangue e mentes fartas de maldade.


Quando Lampião andava pelo mundo, com certeza não tinha sido o Bom Deus dos Céus, que o tinha colocado por aqui, e muito menos mandado  Zé Rufino, o maior caçador de cangaceiros com suas tropas, pois eram cobras e escorpiões, quando enfezados, usavam de todo o poder de suas peçonhas para azucrinarem a vida do sertanejo das caatingas.


Muitos ocorridos terríveis foram obras das Volantes que em sua busca insana de matar e cortar a cabeça de cangaceiros, desprezavam a lógica e quando entravam nos povoados e cidadezinhas, faziam coisas piores que Lampião e seus facinorosos companheiros.

Em um relato de um desses malfeitos das Volante, temos o que se deu com a Volante de Zé Rufino, onde temos o seguinte histórico em que estavam no rastro de Lampião e seu bando, pega não pega, e o Rei dos Cangaceiros, sempre andando na frente e sabendo dos passos da volante. 

Estavam em Sergipe, onde Lampião tinha total apoio e uma grande rede de coiteiros e sentia-se muito à vontade nos coitos da região de Poço Redondo, Sergipe. Quem nos oferece esse histórico, é Alcino Alves Costa, em capítulo de seu livro "Mentiras e Mistérios de Angico" sob o título "Fogo da Laginha na Lagoa do Domingo João".

Zé Rufino


Pois bem, Zé Rufino em sua tenacidade, quando chegava nos locais que os cangaceiros haviam se arranchado, só encontrava os restos de comida e pontas de cigarro, capim deitado e amassado e isso fazia que ficasse cada vez mais desconfiado que tinha gente na frente deles "avisano os cangacero". 

Desanimados e com raiva, entraram no povoado e aborrecidos encontram um idoso de nome Trancolino, e o espancaram sem motivo nenhum, depois obrigaram dois rapazes a fazerem uma corrida e o perdedor levou uma forte sova, e não se dando por satisfeitos colocaram dois irmãos para brigarem, obrigando-os a esmurrarem-se e como recompensa cada um levou uma bofetada de cada soldado da Volante. 

Os habitantes do povoado sem compreenderem essas absurdas atitudes em que Zé Rufino nada fazia para para-los. Era assim naqueles tempos de aflição; de um lado os cangaceiros, do outro as volantes, e imprensado estavam os sertanejos.

http://meneleu.blogspot.com.br/2016/03/cangaceiros-e-volantes-violencia-latente.html

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