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sábado, 28 de abril de 2018

NOVO LIVRO DO ESCRITOR KYDELMIR DANTAS

Por José Mendes Pereira

Agradeço ao professor, poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano Kydelmir Dantas, por ter me presenteado em minha casa com o seu último trabalho feito sobre o "Trio Mossoró".

Os interessados é só entrarem em contato com o autor através do seu é-mail:

kydelmirdantas@hotmail.com

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REFORÇO RODOVIÁRIO SUPER

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.889 

      A região da grande Arapiraca possui dois atrativos bastante utilizados no lazer. Ali pertinho tem a cidade sanfranciscana de São Brás e na distante Coruripe, as praias marítimas de Miaí de Baixo e Miaí de Cima, preferências arapiraquenses. Os dois povoados pesqueiros ficam bem próximos à famosa Lagoa do Pau e à própria sede do município, Coruripe. No Sertão é diferente porque as praias marítimas ficam muito distantes. Quem quer se dirigir aos balneários, no Médio Sertão, procura as cidades de Piranhas e Pão de Açúcar. Quem está no alto Sertão procura o cânion no município de Delmiro Gouveia. É que Belo Monte fica na contramão e muito longe, além do trecho sem asfalto que se estende de Batalha até aquela localidade.
INÍCIO DAS OBRAS BELO MONTE. FOTO: (CORREIO DOS MUNICÍPIOS).
Tendo Belo Monte como balneário de água doce, vamos encontrar à jusante em alguns poucos quilômetros, o povoado Barra do Ipanema, descoberta a centenas de anos e que possui a melhor praia de água doce entre todas. Barra no sertão quer dizer foz, desembocadura, desaguadouro, lugar onde um rio despeja suas águas; no caso, a foz do rio Ipanema. O povoado Barra do Ipanema foi imortalizado através do livro “Ipanema, um rio macho”, da nossa autoria e agora por outro livro (inédito) “Barra do Ipanema, um povoado alagoano”, em fila de espera para publicação. Pois ultimamente os o noticiários anunciam o início das obras asfálticas até à cidade de Belo Monte, uma das duas cidades alagoanas sem esse benefício.
Em breve, portanto, o Sertão de Alagoas estará completamente interligado, por rede asfáltica, permitindo continuar com muito mais força a sua redenção turística, iniciada há algum tempo pela cidade presépio, Piranhas. E se Santana do Ipanema vai ganhar a maior estátua sacra do mundo, poderá ficar entre a reza à santa Ana, na serra Aguda, e o cangaço de Piranhas. Mas a Escola Cenecista Santana, há muito também já deveria ter entrado na rota do cangaço turístico, pois foi lá, como quartel, que saiu a ordem decisiva para o extermínio do cangaço no Nordeste.
Vamos aguardar o asfalto por aquela estrada tão larga e de terra, cercada da vegetação caatinga, de Batalha a Belo Monte.
Alvíssaras!


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A CAÇADA E OS MISTÉRIOS DA MATA

*Rangel Alves da Costa

Todo caçador sabe que nunca depende somente de si mesmo para se sair bem nas suas caçadas. Sabe mais ainda que as matas sempre estão repletas de mistérios e segredos, e que estes vão muito além de qualquer imaginação.
Não adianta ser corajoso, destemido ou valente. A arma que carrega consigo pouca valia possui perante o desconhecido. Não raro que puxa o gatilho e nenhum efeito produz. Não é difícil que mire algo logo à frente e o tiro saia todo desconcertado. Por que?
Ora, as matas não pertencem aos caçadores e muito menos servem como matadouro de animais. As matas pertencem à natureza e são protegidas por seres e encantados que nunca se apresentam claramente ao forasteiro, ainda que de vez em quando a própria entidade se apresente.
Todo caçador que descuidadamente entre na mata, logo corre o risco de se arrepender nos primeiros passos. Ele não sabe, mas está sendo observado a todo instante. Os ocultos estão por todo lugar e nada do que ele faça deixa de ser sopesado pelos verdadeiros donos das florestas, matas ou caatingas.
Em cima da copa das árvores, por entre os tufos de mato, nos rasteiros das macambiras, nas locas das pedras, bem ao lado das veredas espinhentas, olhos atentos, afoitos e até raivosos, miram a todo instante. E se o caçador levanta sua arma e aponta em qualquer direção, então as forças se juntam em contra-ataque.
O caçador até que pode dar um tiro certeiro e derrubar sua presa. E assim sempre acontece quando ele já sabe o que deva ser feito antes de colocar os pés por ali. Rezas existem que abrem os caminhos e dão alguma proteção, amuletos existem que acreditam como guardiães contra todo o mal. Contudo, nada melhor que adentrar respeitando a natureza, principalmente os seres nas suas entranhas.
Os seres da natureza são de tamanha sabedoria que já conhecem aqueles caçadores que ali rastejam em busca do alimento do dia. Não entram na mata apenas para matar, para tirar a vida de seus habitantes. Muitas vezes, é a necessidade familiar que os impulsiona a pegar em armas para caçar nambu, codorna, passarinho, teiú, etc.


Contudo, mesmo sendo por máxima necessidade, sempre será bom que o caçador nunca se esqueça de levar um pedaço de fumo para a caipora. Ai dele se esquecer. Quando o encantado percebe o caçador e não avista o seu fumo em cima da pedra, ali deixado para o seu uso, então logo cuida de dar o troco. E é troco mais medonho que possa existir.
Muitos caçadores já sofreram terrivelmente por haverem esquecido o fumo do encantado. De repente e se sentem acossados, encurralados, amedrontados e sem mais saber o que fazer. Em seguida são açoitados, chibatados, até que caiam amolecidos pelo chão. O pior é que sabem que estão sendo açoitados e não podem se defender, pois sequer avistam o agressor. Apanham, apanham e apanham.
Desmaiam e ficam arriados do meio do tempo. Acordam depois de muito tempo e ainda assim sem saberem qual a direção que devem tomar. Muitos deles são encontrados perdidos na mata, lanhados, feito uns loucos esfarrapados. Parecem saídos de uma guerra, mas não, apenas por um esquecimento do fumo da caipora. Diferente ocorre quando a oferenda é farta. Perante o fumo, o encantado até mostra onde tem caça boa para ser abatida.
Os velhos caçadores conhecem bem os mistérios e os segredos da mata. Nunca se dispõe a caçar perante algumas situações. A própria mata avisa. As folhagens sopram os perigos, os ruídos da ventania sempre dizem que naquele dia não adianta. E o que insistir em enfrentar os avisos, logo adiante se terá diante daquilo que jamais quis encontrar.
Há um negrinho – e cuja história depois vou contar – que surge do nada de dentro dos pés de pau. Não passa de um metro de tamanho, todo pretinho e de cabelo mais parecendo uma porção de estrume escurecido, falando sem parar, mas numa linguagem incompreensível, que se posiciona perante o caçador para depois sumir após seu recado.
O que ele diz? Ninguém sabe, mas certamente que é melhor voltar dali mesmo. E que ali tem dono e precisa ser respeitado. Do contrário...

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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DANDARA: A PROFESSORA MIRIM!


Por José Ribamar Alves

Havia numa pequena comunidade do interior,
Uma criança de um QI admirável, a qual se chamava Dandara.
Ela costumava chamar atenção das pessoas, pela diferença que fazia perante as demais crianças.

Ao lado da casa de Dandara, havia um terreno cercado apenas por cercas de varas, o qual pertencia ao seu próprio pai.
E, certo dia pela manhã, Dandara chupando uma acerola e enterrou um pequeno caroço num lugarzinho do referido terreno.

Dias depois, ela percebeu que daquele carocinho havia brotado uma plantinha e parecia viçosa e agradecida.

Nessa hora, Dandara ficou tão feliz, mas tão feliz, que sorriu como se tivesse visto um anjo à sua frente.

E, daquele dia em diante, Dandara sentira nascer no seu peito um profundo amor pela vida de tudo que a terra cria.

Então, ela começou a plantar outras espécies de plantas frutíferas, como por exemplo: Pitanga, amora, uva, maracujá, seriguela, limoeiro, cajaraneira, tamarindo, cajazeira, goiabeira, laranjeira e outras mais de serventia igualitária. Mas, com a bondosa ajuda do seu pai e seus irmãos, é claro!

E, no período da safra, Dandara colhia muitos frutos e mais frutos e distribuía com as pessoas carentes da sua vizinhança.

Não queria Dandara, outra coisa a não ser mostrar para as pessoas da comunidade, a bondade da terra e a grandeza de Deus.

E como se não bastasse, ela resolveu criar um pequeno jardim na frente de sua casa, para contemplar as flores e sentir gratuitamente a essência delas.

Dandara, dos oitos até aos dez, já servia de exemplo  para todos. Mas, o mais interessante, é que ela se comportava como se tivesse quinze anos.

Costumava dar bom dia aos conhecidos e desconhecidos, respeitando os mais velhos e os mais novos e ainda ensinando as crianças de sua idade a fazerem o mesmo.

E assim, Dandara foi crescendo, crescendo e se tornando, a cada dia, uma espécie de professora mirim.

Ensinava aos amiguinhos como não desperdiçar água potável, a não judiar dos animais, não atirar pedras nas aves, não machucas as flores, não cortar as plantas e nem jogar lixo na rua.

Mas, porque ela fazia isso ainda tão criança?

Eis a resposta correta! Seus pais faziam essas mesmas coisas na sua presença, provando que o bom exemplo educa mais do que todos os ensinamentos pagos.

Ao completar doze anos de idade, Dandara resolveu dar uma de professora-criança e começou a brincar de educar amiguinhos e amiguinhas da sua comunidade. 

Vez por outra, Dandara se expressava dessa forma:

“O homem é do tamanho do seu próprio exemplo”.
O que se contrai não pode superar o que vem de dentro.
As pessoas boas são como árvores frutíferas, salvando vidas e semeiam caridade.

Ah, Dandara! Você veio ao mundo assim como vem uma chuva duradoura, criadora e satisfatória.

E, diz a história que Dandara tornou-se uma brilhante professora, uma inigualável filósofa e o maior exemplo de ser humano da sua época.
Que Deus salve todas as DANDARAS do mundo!

José Ribamar Alves / 27-04-2018

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CARIRI CANGAÇO INVADE FORTALEZA


Por Manoel Severo

O Cariri Cangaço invade Fortaleza... Hoje a partir das 14 horas grande tarde de lançamentos e conferências na Academia Cearense de Letras com Luitgarde Barros, Urbano Silva, Barros Alves, Helvécio Neves Feitosa, Bibi Saraiva, Geraldo Amancio Pereira e Cristina Couto e logo depois, PONTUALMENTE as 19:30h grande exibição de ONDE NASCEM OS BRAVOS, de Daniell Abrew, com Camilo Vidal, Jonasluis de Icapui e Aderbal Nogueira; 

IMPERDÍVEL,ENTRADA FRANCA !!! 

Até já, você é nosso convidado especial.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1780116502010200&set=gm.808805389328407&type=3&theater&ifg=1

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'FUZIL DE LAMPIÃO e a PERIQUITA DE MARIA BONITA'.


Por Antonio Corrêa Sobrinho

Quando o amigo, apreciador da 'filha da cana', visitar Caniné do São Francisco/SE, está por mim convidado a experimentar o 'FUZIL DE LAMPIÃO e a PERIQUITA DE MARIA BONITA'.





https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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“MORENO” É ATACADO PELO NAZARENO EUCLIDES FLOR



No tempo do cangaço, homens valentes se digladiaram nos carrascais sertanejos. Eram dois mundos contidos em um. A força volante que saia em perseguição aos bandoleiros sem saberem aonde iria pernoitar ou comer, beber e retornar a algum posto policial, quartel ou povoado para se reabastecerem e os bandos de cangaceiros que sabiam de determinados lugares como grotas, furnas, grutas, serras e serrotes onde podiam descansar por alguns instantes com a certeza de não serem incomodados por alguma Força Policial.

Ao longo do tempo os fugitivos foram se aperfeiçoando em andarem sem deixarem quase sinais por onde andavam. Sua locomoção era em várias direções, onde havia retornos e mais retornos, idas e vindas por gargantas, sopés e cumes de serras para que seus perseguidores levassem muito tempo até encontrarem o rumo certo. No entanto, na maioria das vezes, quando achavam à pista correta a presa já estava bastante longe e recomeçavam tudo de novo. Assim uma verdadeira briga de se esconderem e de outros procurarem às vezes levava anos corridos sem se toparem dentro da caatinga. Quando isso ocorria o tempo fechava e a bala comia solta de ambos os lados.

Lampião, um dos maiores ‘esconde pistas’ que fez parte do cangaço, sempre mantinha seu bando divido, principalmente depois de ter migrado para terras baianas em 1928. No início, antes do primeiro meado de 1927, os outros grupos eram independentes e de quando em vez havia uma ‘convocação’ para uma grande empreitada planejada pelo cangaceiro mor. No entanto, se algum dos chefes da época também tivesse uma grande ação em vista, bastava mandar o recado que Lampião se fazia presente com seus ‘meninos’.

A ação de vários grupos ao mesmo tempo em lugares distintos foi um dos motivos que fez com que o cangaço perdura-se por tanto tempo enraizado no sertão nordestino. Pois, esse tipo de movimento deixava as patrulhas desnorteadas sem saberem ao certo qual caminho seguir. Além disso, havia aqueles comandantes de volantes que quando sabia que havia um grupo de cangaceiros agindo em determinado lugar, davam meia volta e tomavam o rumo contrário.

A vasta região era um local isolado, esquecido pelas autoridades onde a modernização não era trazida pelos poderosos. A falta de veículos de comunicação, de estradas de rodagens entre as cidades, vilas e povoados foram outro dos motivos que ajudaram os bandos de bandoleiros rurais sobreviverem tanto tempo.

Um jovem cangaceiro de nome Antônio Ignácio da Silva, conhecido nas hastes cangaceiras pela alcunha de “Moreno”, certa feita estava com seu bando sendo perseguidos por um dos homens mais valentes que Nazaré do Pico viu nascer, Euclides de Souza Ferraz, o conhecido Euclides Flor.


Moreno já era corrido no trecho, sabia o que tinha que fazer para dificultar cada vez mais os olhares aguçados dos rastreadores. Encontrando-se nas Alagoas, o chefe de subgrupo parte ruma ao Leão do Norte a fim de executar determinada missão que o chefe mor lhe confiara.


A pequena volante comandada por Euclides Flor, oito homens apenas, recebe a informação de que um bando de cangaceiros estava nas redondezas de Espírito Santo, hoje Inajá, e que Moreno era o chefe. Saindo em seguida, sem perderem tempo, a pequena coluna entra na Mata Branca a procura dos rastros dos cangaceiros. Depois de horas sem retirara os olhos do chão calcinado sertanejo, terminam por encontrarem vestígios da passagem dos cabras. Tanto o comandante quanto os rastreadores nem piscavam para não perderem algum sinal na dificultosa trilha seguida pelos cangaceiros chefiados por Moreno.

Moreno havia sequestrado um rapaz, Zé Pereira do Olho D’água, para que o mesmo o levasse há uma fazenda na região da serra Grande onde estava sendo realizada uma farinhada. Euclides Flor, na época terceiro sargento, comandava os soldados: “José Rodrigues de Souza (Dé), José Gomes de Lima (Zuza – filho de Melania e neto do lendário navieiro Cassimiro Gomes da silva, o “Cassimiro Honório”), Cirilo de Souza Araújo (pai do coronel PMPE reformado Antenor Araújo), Noberto Gomes de Oliveira, José Laurindo Neto (pai de Marluce, esposa de Zé de Né Maniçoba), Isaias Inácio dos Santos, Pedro Sombrinha (tio de Lindaura do Hotel) e outros.

O rastejador da volante encontra os rastros do bando na serra da Traíra, e seguiam em direção a Serra Negra. Desta feita, parece que os cangaceiros estavam confiantes de terem despistado os perseguidores e seguem caminho por uma baixada arenosa, onde deixam rastros fáceis e serem seguidos. Esse erro lhes custaria caro.


Incansável perseguidor, Euclides flor mantinha a perseguição mesmo após o sol se pôr, pois era época de lua e dava para diminuírem a distância que tinham dos cangaceiros. Cautelosamente a tropa avançava com todo cuidado, pois na próxima moita poderia estar à morte a espreita-los. Em certa hora, negras nuvens encobrem a lua e começa a chover forte. Euclides ordena uma parada. Recomeçando a perseguição, depois de um bom tempo andando, recebem a ordem de pararem para descansarem um pouco antes de o dia clarear. Dois dos soldados saem para fazerem o reconhecimento do local. Começam a escutar vozes bem próximas, retornam ao acampamento e reportam ao comandante.

Muitos comandantes nazarenos são vangloriados pela coragem e disposição que sempre tiveram para enfrentarem cangaceiros, em particular Lampião e seu bando, pois essa rixa entre eles virara uma questão de honra. Muitos tombaram na trilha da guerra devido essa coragem sem planejamento. Outros foram feridos várias vezes pelo mesmo motivo, falta de pensar em uma estratégia antes de agir. Com Euclides Flor a coisa era diferente. Além da coragem que possuía, tinha dotes de comando e estratégias em combate. Ao ser informado do som das vozes a sua frente, separa seu pequeno grupo e ordena um avanço cauteloso e silencioso, principalmente para terem a certeza de que se tratava exatamente do bando de cangaceiros.

Depois de uma longa caminhada por entre os carrascais das brenhas sertanejas, o bando de cangaceiros comandados por Moreno resolve parar e acampar em determinado local. Em volta havia várias árvores frondosas onde poderiam armar suas toldas ou redes protegidos da chuva. Enquanto uns cuidam em arrumar seus locais de descanso, outros cuidam de outras tarefas. Alguém acende uma fogueira e começa a providenciar a boia. É feito a comida, todos comem e cada um vai para seu recanto descansar que no dia seguinte enfrentariam outra grande caminhada. Aos poucos o fogo começa a diminuir, diminuir.. até ficarem só algumas brasas teimosas que não queriam se apagar. Sem notarem que a morte se achegava como espectros por entre a folhagem.

A sorte e a falta dela andam de mãos dadas. Temos que saber evitar uma e aproveitar a outra no exato momento em que se mostrarem. Isso é fato. Já bem próximos ao acampamento, á tendo a certeza de que tratava-se dos cangaceiros, a tropa se amoita e espera o momento adequado para entrar em ação. Ver alguma coisa com exatidão, nem pensar. De repente o comandante da patrulha nota um vulto através da pouca claridade surtida pelas poucas brasas da fogueira. Sem pestaneja, o próprio abre fogo e a partir daí o mundo se fecha. O tiroteio é intenso.


Soldados atacam atirando na direção do acampamento, porém sem saberem ao certo em que realmente atiravam. Os cangaceiros, pegos de surpresas, mas como sempre estavam alerta, instintivamente pegam suas armas e contra-atacam atirando em todas as direções, pois não sabiam de onde vinham os disparos nem tão pouco quem estava atacando. O alvo do comandante teria sido o refém Zé de Pereira.

Naquele pandemônio, moreno grita para sua companheira, Durvinha, que o siga e sai em disparada sem saber qual direção exatamente havia tomado. Durvinha o segue de perto, na medida do possível, não empregando o mesmo ritmo do companheiro. Um dos soldados nota aquela manobra e, sem prever as consequências, parte em toda velocidade rumo aos que fugia. Moreno nota a ação do militar e, com receio que ele alcançasse sua companheira começa a disparar sua pistola para ver se o perseguidor recuava. Nada disso, o soldado não teme os disparos e prossegue na toda em busca de matar ou captura algum fugitivo. Já estava bem perto da mulher que corria a sua frente quando sente uma dor horrível em seu antebraço direito. O projétil penetra pela parte posterior do membro e causa estragos irreparáveis, tanto que por causa dele, é reformado com a patente de sargento. Saindo em socorro ao companheiro Dé, Zuza e Cirilo o seguem e, a certa altura, abrem fogo. Como a escuridão não os deixava ver direito, com toda certeza, acertam o companheiro que estava para conseguir capturar um dos inimigos, a cangaceira Durvinha.


Os espólios encontrados no coito era uma grande presa. Marcos Antônio de Sá e Cristiano Luiz Feitosa Ferraz em seu livro “As Cruzes do Cangaço – Os fatos e personagens de Floresta – PE”, 1ª edição de 2016, nos dizem: “Após cessar o combate, a volante encontrou no local do coito dos bandidos vários objetos: um rifle e um bornal contendo farta munição, quatro facões, diversos canivetes, cobertas, uma banda de bode e duas cabaças que foram usadas pelos soldados para saciarem a fome e a sede. A força volante manteve-se nesse local e só ao amanhecer retornou para Espírito Santo, sendo o ferido levado em uma rede conduzida por dois companheiros.” O soldado e levado para Espírito Santo e, de lá, é transferido para Águas Belas onde ficava a sede do comando das volantes daquela região.


Em poucos minutos os cangaceiros se embrenham nas caatingas e somem dentro dela. Alguns retornam para o Alagoas. Outros pegam rumo diferente e abrem no meio do mundo. O chefe, cangaceiro Moreno, termina por encontrar-se com apenas quatro companheiros e duas mulheres. Seu bando estava reduzido a seis gatos pingados. Mas, as pessoas daquela região haviam de pagar por aquele ataque... Ah, isso haveriam! Nas quebradas do Sertão pernambucano.

Fonte “As Cruzes do Cangaço – Fatos e personagens de Floresta – PE” – SÁ, Marcos Antônio de e FERRAZ, Cristiano Luiz Feitosa. 1ª Edição. Floresta, 2016
Fotos Ob. Ct.
O Canto do Acauã – FERRAZ, Marilourdes. 4ª Edição. Recife, 2012
Benjamin Abrahão
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AGILDO RIBEIRO MORRE AOS 86 ANOS NO RIO DE JANEIRO

Por G1 e GloboNews

O ator e humorista conhecido por seus bordões morreu neste sábado (28) na casa dele, no Leblon. Ele sofria de problemas cardíacos.

Agildo Ribeiro atuou em humorísticos como Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total.

O humorista Agildo Ribeiro morreu na casa dele no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (28). O ator tinha completado 86 anos na quinta-feira e sofria de problemas cardíacos.

Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho nasceu no Rio em 26 de abril de 1932. O pai dele participou das revoluções de 1930 e 1932 e da intentona comunista. Agildo foi educado em colégio militar e chegou a trabalhar como telefonista.

Em seis décadas de carreira, criou vários personagens – alguns com bordões que ficaram famosos – e seu rosto se tornou um dos símbolos do humor no Brasil.

Agildo fez parcerias memoráveis com Paulo Silvino e Jô Soares. Doutor Babaluf foi um dos personagens políticos do humorista que ficou mais famoso.

Agildo Ribeiro e Dinorah Pêra em cena de 'Zorra Total', em 2009 (Foto: Thiago Prado Neris/TV Globo)

Chamado de "capitão do riso", Agildo começou como ator no rádio, mas seu reconhecimento veio com os trabalhos cômicos na televisão. "Virou hábito: eu abro a boca e todo mundo ri. Eu nasci para ser artista", declarou o ator em uma entrevista.



Seu passaporte para a televisão foi em 1957, com o personagem João Grilo, protagonista da peça "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna. Também atuou na companhia do ratinho Topo Gigio, personagem de um programa infantil de sucesso na TV no início da década de 1970.

Participou da inauguração da TV Globo, onde trabalhou na adaptação para as telas do humorístico "Balança, mas não cai", dirigido por Lúcio Mauro.

Agildo Ribeiro contracena com o ratinho Topo Gigio em programa infantil da década de 1960 (Foto: Reprodução)

Em "Planeta dos homens" (1976), deu vida ao personagem Aquiles Arquelau, um professor de mitologia apaixonado pela atriz Bruna Lombardi e que chamava o mordomo de "múmia paralítica". Agildo também participou da "Escolinha do Professor Raimundo" (1999) e do "Zorra Total" (1999).

"Minha missão na Terra, vamos chamar assim, é divertir as pessoas, é alegrar, desde a hora que eu acordo até a hora que eu vou dormir", afirmava o ator.

Em 1982, o humorista teve seu próprio programa: "Estúdio A... Gildo". Uma das últimas aparições do ator na televisão foi em um episódio especial de "Tá no Ar: a TV na TV", da Rede Globo, que homenageou grandes nomes do humor.

No cinema, Agildo autou em mais de 30 filmes. "Casa da Mãe Joana" (2008) e "O homem do ano" (2003) foram os trabalhos mais recentes dele na tela grande.

Vocação

Na infância, Agildinho, como era conhecido, se inspirava na realidade para fazer graça. As imitações que ele fazia dos professores eram um sucesso entre os colegas de escola.

"Eu sou muito observador, tenho um ouvido incrível. Tenho mania de imitar os outros, e a imitação é o caminho inicial para fazer um tipo", dizia Agildo.

Agildo Ribeiro na época que estudava em Colégio Militar (Foto: Reprodução/TV Globo).

Em março de 2018, o ator foi homenageado no Prêmio do Humor, evento idealizado e apresentado por Fábio Porchat.

Em 2012, Agildo Ribeiro descobriu que tinha um filho, na época, com 47 anos. Marcelo Galvão é de uma relação de Agildo em 1965. Em um encontro com o rapaz durante o programa "Fantástico", em 2013, o ator descobriu também que era avô de uma menina.

O humorista foi casado cinco vezes. Entre as esposas, estão as atrizes Marília Pera e Consuelo Leandro. Seu último casamento foi com a atriz e bailarina Didi Barata Ribeiro. Os dois ficaram juntos por 35 anos. Didi morreu em 2009.

Agildo Ribeiro em 'Final Feliz', em 1982 (Foto: Geraldo Modesto/TV Globo)

MORRE O HUMORISTA AGILDO RIBEIRO




https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/agildo-ribeiro-morre-aos-86-anos.ghtml

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PROF. BENEDITO PARTICIPA DA INSTALAÇÃO DO CARIRI CANGAÇO, NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ



Ocorreu ontem, dia 26-4-2018, (quinta-feira), no Auditório Murilo Aguiar, da Assembleia Legislativa do Ceará a Sessão Solene de Instalação do Cariri Cangaço Fortaleza 2018. Tomaram parte da Mesa Diretora dos Trabalhos desta sessão magna,  o Presidente do Instituto Cariri do Brasil, Manoel Severo Barbosa; o Presidente da SBEC -Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, Prof. Benedito Vasconcelos Mendes; o Presidente da Academia Cearense de Letras e ex-presidente do TCU, Escritor Ubiratan Aguiar; a Presidente da Academia Lavrense de Letras, Escritora Cristina Couto; o Advogado João Gonçalves de Lemos, Presidente do Instituto dos Advogados do Ceará; o Deputado Federal Raimundo Gomes de Matos e  o Deputado Estadual Heitor Ferrer. Foi uma solenidade muito prestigiada por intelectuais e estudiosos do tema Cangaço, dentre eles, a escritora e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Luitigard Cavalcante; o Presidente do GECC- Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, Ângelo Osmiro Barreto; a Presidente da ALJUG-Academia de Letras Juvenal Galeno;  o Jornalista Barros Alves; o Cineasta Aderbal Nogueira; o Professor e livreiro Francisco Pereira Lima e muitos outros destacados estudiosos do tema cultura nordestina.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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