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segunda-feira, 6 de junho de 2022

UFMG - LEITURA COMENTADA: A REVOLTA DA CABANAGEM | LIVRO "HISTÓRIA, SOCIEDADE & CIDADANIA" | ALFREDO B. JR.

 Por SaBer em FoCo - SBFC

https://www.youtube.com/watch?v=4JZtvH-X5xY&ab_channel=SaBeremFoCo-SBFC

FONTE: HISTÓRIA, SOCIEDADE & CIDADANIA, 8º ANO, ALFREDO BOULOS JUNIOR, P.217
A Cabanagem foi uma revolta popular que aconteceu entre os anos de 1835 e 1840 na província do Grão-Pará (região norte do Brasil, atual estado do Pará e Amazonas). Recebeu este nome, pois grande parte dos revoltosos era formada por pessoas pobres que moravam em cabanas nas beiras dos rios da região. Estas pessoas eram chamadas de cabanos. Vamos ver um pouco mais sobre mais essa revolta do período regencial.
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TUDO LEVA A CRER...

Por Geraldo Júnior

... que a verdadeira naturalidade do cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva, viúvo de Angélica Ferreira irmã de Lampião, foi finalmente desvendada.

A localização de um antigo documento poderá colocar um fim sobre o mistério da origem de Virgínio Fortunato da Silva o vulgo cangaceiro "Moderno" o capador.

O documento atesta, se comprovado, que o cangaceiro em questão teria como nome verdadeiro VIRGÍNIO FORTUNATO DA SILVA NETO e não Virgínio Fortunato da Silva e seria natural da antiga Vila de Flores (Atual Florânia/RN) e não do município de Alexandria no Estado do Rio Grande do Norte, como acreditávamos até o presente momento.

A localização do documento só foi possível graças a uma pesquisa coletiva que começou a ser realizada por Thiago de Góes, que em busca da árvore genealógica de sua família se deparou com um de seus antepassados cujo o nome era Virgínio Fortunato da Silva Neto, nome semelhante ao do cangaceiro Moderno (Virgínio Fortunato da Silva), viúvo de Angélica Ferreira irmã de Lampião, que até o presente momento tem sua naturalidade desconhecida.

Com a informação em mãos deu-se início às pesquisas que levaram à cidade de Florânia no estado do Rio Grande do Norte, onde no cartório local um Professor chamado Júnior Galdino de Azevedo localizou, com o auxílio de José Eduardo (Dono do cartório), um documento com informações sobre um homem chamado Virgínio Fortunato da Silva Neto, filho de José Venâncio da Silva, nascido no dia 16 de janeiro de 1902 na antiga Vila de Flores, atual cidade de Florânia/RN, que embora necessite de maiores provas e evidências, leva a crer que se trate do cangaceiro Moderno.

Nos próximos dias estarei publicando maiores detalhes a respeito desse assunto e creio que a biografia do cangaceiro em questão terá que ser novamente revista e corrigida, caso o fato venha a se concretizar. Contra provas não há argumentos. .

Além dos estudiosos supracitados tiveram envolvimentos diretos nas pesquisas que foram realizadas José Vanderli Silva, Erotildes Medeiros e Josimar de Medeiros.

Parabéns a toda a equipe pelo empenho nas pesquisas e meu agradecimento ao meu camarada Kleydson Eduardo (Florânia/RN), que gentilmente me enviou esse material em primeira mão.

Logo estarei trazendo maiores detalhes a respeito do assunto.

Aguardem.

Geraldo Antônio De Souza Júnior

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CABANAGEM - HISTÓRIA EM MINUTOS

 Por Adriano da Silva - História em minutos

https://www.youtube.com/watch?v=eYdPnucPmsw&ab_channel=ADRIANODASILVA-HIST%C3%93RIAEMMINUTOS

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BIOGRAFIAS DOS CABRAS A HISTÓRIA DE "CRAVO ROXO" OU "SOMBRA"

Ex-cangaceiro de Iguatu, Ceará - Parte I (O que o fez adentrar no cangaço).

 

Vale a pena conferir a série de reportagens especiais que o jornal "Diário do Paraná" elaborou e publicou acerca do ex cangaceiro Camilo Soares de Oliveira, o "Cravo Roxo" ou "Sombra", do grupo de Lampião, como ele mesmo informou quando da estada em Ponta Grossa, PR, aos 74 anos, em dezembro de 1973.*

Camilo informou, dentre várias outras curiosidades, que passou três anos, dez meses e quatro dias sob as ordens de Lampião e que quando esteve com o Pe. Cícero, recebeu daquele, além de conselhos, algumas lembranças que guardava consigo ainda naquela época, como um rosário do qual rezava sempre e não se separava nunca, o que foi mostrado á redação do jornal.

Em reportagem feita por Osvaldo Nallim Duarte com fotos de José Eugênio, Camilo detalhou sua vida, apontando episódios dos quais participou com riqueza de detalhes. Sem constrangimento, diz que seu primeiro crime ocorreu num sábado em 1919, na Sussuarana (lugarejo próximo a Iguatu, Ceará) quando atirou num homem "porque ele estava maltratando uma mulher".

Para fugir deste crime, Camilo afirma ter roubado um cavalo nas proximidades e foi parar em Senador Pompeu. onde largou o animal e conseguiu lugar num caminhão "pau de arara" que lhe deixou em Canindé. Foi preso quando se encontrava num bar, bebendo, pelo capitão José Santos Carneiro, da delegacia local, na tarde de domingo. Diz que mesmo jovem, já era conhecido e foi "dedado" por um habitante de Canindé.

A polícia transportou-o, posteriormente, de volta a Iguatu, onde, em certa ocasião, travou o primeiro contato efetivo com um coronel poderoso, José Mendonça, que lhe visitou na prisão e lhe prometeu "fazer o possível" para tirá-lo de lá.


Uma promessa mais concreta, no entanto, foi-lhe feita pelo coronel Otaviano Benevides (inimigo de Mendonça), que jurou soltá-lo sob uma condição: em liberdade, teria que matar Paulo Brasil, outra pessoa de influência no interior cearense. Naquele momento, Camilo afirmou que iria pensar.

Esse assédio dos coronéis não o livrou da cadeia. Mais ou menos cinco meses depois de cometer o crime, Camilo foi julgado perante enorme multidão que se aglomerava no tribunal e foi condenado a dois anos e nove meses de cadeia.

Depois de preso, cumprindo a pena, passou a trabalhar como guarda noturno, sob liberdade condicional, onde nove meses depois conheceu Maria Cecília Barros, por quem se apaixonou.

O namoro que se iniciou, precipitou os acontecimentos que culminaram com um segundo crime, mesmo antes de ter completado a pena: o amor entre ambos sofria forte oposição de Antônio de Barros, pai da moça.

Poucos dias depois de iniciado o namoro, chegou a Iguatu um rapaz procedente do Amazonas, rico, que após poucos dias depois de chegar pediu a mão de Cecília a seu pai, obtendo imediato consentimento.

Diante disso, a população do lugar, que por costume tinha conhecimento de tudo quanto se passava na cidade, fez fervilhar os comentários: um encontro entre Camilo e o novo pretendente não iria demorar.

No dia 26 de julho de 1921, véspera de uma festa típica - a de "Nossa Senhora de Santana" - Camilo estava costumeiramente bebendo num bar quando recebeu a visita do seu irmão Militão, que lhe disse: -- Camilo, pelo amor de Deus, pare com essas besteiras que mamãe ainda vai morrer de desgosto. Amanhã eles vão se casar.

Nessa tarde, quando retornava para sua casa, Camilo fora avisado que o sargento Antônio Emílio, da polícia local, estava promovendo um forró para atraí-lo e matá-lo.
- Se eu não casar com Maria, ninguém casa, respondeu.
Um preto, Júlio Mundino, foi procurá-lo ainda nesse dia e lhe sugeriu que fosse à dona Matilde, porque "ela acabava com todo casamento que o cliente quisesse". As 18:30 mais ou menos, ele estava na casa da vidente, que colocando a mão na sua cabeça, afirmou, depois de ter acendido duas velas e colocado um copo d'água numa mesa:
- Meu filho, ela não vai casar nem com você, nem com ele, vai casar com um terceiro e seu primeiro filho vai ser paralítico. O marido dela vai fugir com uma moça e ela vai morrer na miséria.

No dia seguinte, Camilo sabendo que Maria teria que passar na frente da sua casa para ir à Igreja, casar, ficou aguardando. Mas quando ela passou, estava acompanhada pelo pai e mais quatro "cabras". Assustado, não fez nada.

Minutos depois, a igreja ficou tumultuada. A moça recusou-se a dizer "sim". Camilo já estava inteirado da situação quando encontrou-se com um mecânico seu amigo, que lhe entregou um revólver e uma caixa de balas, recomendando-lhe cuidado, porque a coisa estava "preta" para o seu lado.

Aproximadamente às 16:30h, Camilo passou pela praça, indo em direção à sua casa, acompanhado pelo irmão mais novo, Militão. na frente da igreja estava um "povo medonho". Entretanto, antes de chegar em casa, avistou Maria Cecília, o noivo e o sargento Antônio Emílio juntos, vindo em sua direção. No momento, preparou-se para o pior. Maria Cecília foi a primeira a falar quando eles se encontraram:
- Camilo, não fujo como você porque sei que meu pai vai atrás de nós e me toma de novo.
Em seguida, os dois rivais passaram a discutir em altos brados, sob a presença ameaçadora do sargento. Militão, de nove anos, também ficou por perto.

Segundo Camilo, o noivo lhe bateu com um guarda-chuvas, o que lhe fez disparar duas vezes contra ele. Com isto, o sargento lhe agrediu por trás, mas o irmão lhe ajudou e ele pôde atirar também nele.

Depois que se embrenhou pelo mato, fugindo, Camilo ainda encontrou-se, algumas horas mais tarde, com Zé Quindim, que lhe informou o resultado da briga: o noivo tinha morrido e o sargento estava no hospital entre a vida e a morte.

Após esses dois acontecimentos, começou a seguir um caminho que o conduziria ao cangaço.

Continua...

*Transcrição do pesquisador e escritor João Tavares Calixto Júnior

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Cravo%20Roxo

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MEMÓRIAS SANGRADAS NO MIS MUSEU DA IMAGEM E DO SOM EM FORTALEZA

 

Ricardo Beliel e o lançamento de Memórias Sangradas

O MIS - Museu da Imagem e do Som; em Fortaleza, capital cearense; recebeu na noite do último domingo dia 29 de maio de 2022 a apresentação e lançamento, sob Aula Magna, da Obra do renomado fotojornalista e escritor carioca Ricardo Beliel, "Memórias Sangradas: Vida e Morte nos Tempos do Cangaço" em noite memorável que reuniu uma plateia de aficionados pelas temáticas da fotografia, cinema, jornalismo e... Cangaço.

Imagens por José Leomar

"Memórias Sangradas" é o resultado de mais de 10 anos de pesquisas pelos sertões nordestinos, solos pisados por Lampião e seus cangaceiros. A obra reúne histórias de 43 personagens; ex-cangaceiros, ex-volantes, ex-coiteiros; remanescentes da época do cangaço que se entrelaçam a partir da sensibilidade aguçada do autor em textos absolutamente sensacionais e fotos autorais extraordinárias.

"O maior presente no desenvolvimento desse trabalho foi poder me aproximar e compartilhar tantas histórias, tantas vivências e tantas emoções com pessoas tão especiais, para elas foi feito esse livro" revela Ricardo Beliel falando da emoção vivida durante a construção do trabalho e dos personagens protagonistas da obra" 

Angelo Osmiro, Manoel Severo e Ricardo Beliel
Luciana Nabuco, Manoel Severo, Ricardo Beliel e Helio Santos

Memórias Sangradas nos transporta para as áridas terras de nosso sertão das décadas de 10, 20 e 30 do século passado, território e berço de Virgulino Ferreira, rei dos cangaceiros e de outros personagens que protagonizaram essa saga dolorosa nordestina; com o "faro" de jornalista, Ricardo Beliel nos traz não só o relato das várias histórias e experiências vividas pelos muitos remanescentes que compõem a obra, mas consegue refletir a essência e as mais profundas impressões, desses homens e mulheres, que fizeram parte desse enredo de violência, dor, mas também de amor e sonhos.


Durante a apresentação da noite ainda tivemos a participação da poeta, escritora e ilustradora, Luciana Nabuco; esposa de Beliel; responsavel pelo prefácio do livro, feito "com poesia, amor e afeto" como fala a própria autora. Luciana esteve ao lado do marido em toda concepção, todas as viagens, entrevistas, pesquisas, na construção e finalização da obra. 

Luciana Nabuco
Manoel Severo, Glícia Gadelha e Igor Cavalcante
Luciana Nabuco, José Leomar e Ricardo Beliel
Ângelo Osmiro

"Depois de acompanhar os amigos Ricardo e Luciana como também o jornalista Heldemar Garcia, pelos sertões de Conselheiro; Quixeramobim e Quixadá; a convite do Festival QXAS, com Beto Skeff e Glícia Gadelha, temos a honra de acompanhar esse momento maravilhoso aqui no MIS com o lançamento de Memórias Sangradas, um livro simplesmente extraordinário. Ricardo Beliel esse mais que festejado jornalista, fotografo, escritor, com larga experiência nacional e internacional, nos concede um grande presente através de seu livro, que inclusive estaremos lançando no Cariri Cangaço Piranhas 2022" confirma Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço.

Memórias Sangradas; de Ricardo Beliel no MIS, Fortaleza 29 de Maio de 2022

Fotos: José Leomar e Beto Skeff


Ricardo Beliel por José Leomar 

Ricardo Beliel é graduado em Jornalismo (FACHA) e pós-graduado em Fotografia nas Ciências Sociais (UCAM), em Comunicação e Políticas Públicas (UFRJ) e em Teoria e Prática da Educação de Nível Superior (ESPM). Foi professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), na Universidade Estácio de Sá e no Ateliê da Imagem. Também foi jurado do Prêmio PETROBRAS de Jornalismo, em 2018. 

Ricardo Beliel iniciou seu interesse pelas artes quando foi aluno do curso de Gravura, ministrado por Fayga Ostrower, Ana Letycia e Ruddy Pozzati, no MAM do Rio de Janeiro e no Centro de Estudos de Arte Ivan Serpa. Em 1973 começa a fotografar, trabalhando com músicos como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Egberto Gismonti e O Terço. Em 1976, entra para o jornalismo como fotógrafo contratado do jornal O Globo, passando depois pela Manchete, Placar, Fatos e Fotos, Veja, Isto É, agência F-4, Manchete Esportiva, Jornal do Brasil, Greenpeace e O Estado de São Paulo. Foi editor de Fotografia da revista Manchete e subeditor no jornal Lance, do qual participou da equipe fundadora. Durante seis anos, fez parte da agência GLMR & Saga Associés em Paris, produzindo reportagens fotográficas na América Latina e na África. Como jornalista e fotógrafo independente tem trabalhos publicados em Grands Reportages, Figaro Magazine, Time, National Geographic, Victory, San Francisco Chronicle, Houston Chronicle, Colors, Geo, La Vanguardia, Los Tiempos, Ícaro, Terra, Próxima Viagem, Marie Claire, Época, Vice, Nova Escola, Placar, Angola Hoje, entre outras revistas e jornais. 

Recebeu da Organização Internacional de Jornalistas o prêmio InterPressPhoto e da Confederação de Jornalistas da União Soviética o prêmio Alexander Rodchenko, ambos em 1991. Foi finalista cinco vezes do Prêmio Abril de Jornalismo, sendo vencedor em três anos consecutivos. Em 1997, foi finalista no Prêmio Esso de Jornalismo, com uma reportagem sobre a expedição da Funai para estabelecer o primeiro contato pacífico com os índios Korubo, na floresta amazônica. Participou de 99 exposições em locais como Kunsthaus, em Zurique; Museo Carillo Gill, na cidade do México; Museo de Bellas Artes, em Caracas; Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Cultural Telemar, Museu de Arte do Rio/ MAR e Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro; e Museu de Arte de São Paulo. Beliel tem obras nos acervos do Museu de Arte do Rio/MAR, do Museu Afro Brasil / SP e da Biblioteca Nacional. 

https://cariricangaco.blogspot.com/2022/06/memorias-sangradas-no-mis-museu-da.html

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RIACHINHOS

 Clerisvaldo B. Chagas, 6 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica:2.711

Nessas ocasiões de cheias também os riachinhos são valorizados. Aquele riacho minúsculo que passa na fazenda, tão seco que quase não define o leito em tempos de estiagem, ressurge vivo e atuante com produção de água, pasto na várzea, impedindo passantes, engordando o gado.  É a fazenda que tem uma "vazante (várzea, baixada, baixio, ipueira) avaliada em tempo seco por compradores de terra. Estar aí a Defesa Civil monitorando rios, riachos e riachinhos que podem causar tragédia em lugares habitados. Os riachos conhecidos e anônimos de Santana do Ipanema surgem nessa época como protagonistas do tempo chuvoso, notadamente aqueles que passam perto de habitações rurais e citadinas.

Ah! Como tinha razão o nosso querido mestre da Geografia Alberto Agra: “Para nós mais vale um riachinho em nossas terras do que o rio Amazonas nas terras alheias”. Assim o riacho do Bode, tão pequeno, tão acanhado, forma o grande açude da cidade. O pequeno riacho Salobinho forma barragem particular em sua foz. O riacho Tigre alimenta o córrego Camoxinga E o débil riacho Salgadinho invade casarios da Floresta represado pelo rio Ipanema. Vão umedecendo os terrenos, a campineira onde pastam o carneiro, o bode... O novilho, o boi de carro.  O Nordeste pode não ser a terra onde corre leite e mel, mas com certeza onde nascem os riachinhos como lágrimas divinais.

E vendo a chuva mansa cair sem parar na minha rua, vem à memória a minha dificílima descida acompanhando o riacho Ipaneminha na serra do Ororubá, no município de Pesqueira, PE. Início de nascentes, tão pequeno, tão límpido, murmurando por entre árvores frondosas; e eu, deixando aquele fio d’água bebê passar tão fininho sob minhas pernas numa felicidade sem fim. Mão em concha bebendo aquele líquido maravilhoso formador primário do meu querido rio Ipanema, tão amado em nossa distante Alagoas. Um momento solene em que eu e o meu fiel companheiro João Soares (Quen-Quen) desejamos a presença de todos os santanenses naquele encantado da mata.

Riachinhos, riachinhos! Vocês têm a inocência dos humanos, crianças embaladas pelas mãos de DEUS.

Riacho (Foto: Bianca Chagas).



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