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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

A CRUELDADE DO CANGACEIRO ZÉ FORTALEZA COM O JOVEM CHAMADO BEIJO.

 Por Nas Pegadas da História

https://www.youtube.com/watch?v=_5SwakXrwFc

A crueldade do cangaceiro Zé Fortaleza com o jovem chamado Beijo #cangaço O período do cangaço foi marcado por acontecimentos tristes que envolvia violência e crueldade. A tragédia ocorrida com o jovem Beijo, diante da crueldade do cangaceiro Zé Fortaleza, foi mais um desses acontecimentos em que diariamente o sertanejo estava sujeito a sofrer. Assista neste vídeo este triste acontecimento na história do cangaço. Se INSCREVA em nosso Canal e acione o SINO para receber a notificação de novos vídeos. ASSISTA TAMBÉM:    • O valente que enfrentou na bala, Lampião e...      • O valente que enfrentou na bala, Lampião e...      • De Maria de Déa a Maria Bonita #cangaço #m...      • A morte do cangaceiro quinta feira e o eng...      • Lampião causa terror em Quixaba. #lampião   ✔✔👍 Contribua com qualquer valor a partir de 1 Real com o Canal: chave PIX jflavioneres@gmail.com ⬇️⬇️LIVROS SOBRE O CANGAÇO: https://bit.ly/49uEqv5 Nosso contacto: jflavioneres@gmail.com #HistóriasDoCangaço #Cangaço #Cangaceiro

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte. 
Calma! Calma!

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http://blogdomendesemendesa.blogspot.com

( ENCONTREI NA ZONA RURAL DE SERRINHA BAHIA ).

 Por Guilherme Machado

Um senhor que mora no povoado denominado do Saquinho Zona Rural de Serrinha! De tanto as pessoas e seus amigos o chamarem de Seu Madeira, que ele esqueceu o seu nome de batismo.

Conheci seu Madeira, em um passeio que fiz na companhia do amigo Galeguinho do Subaé. O velho morava sozinho, em um casebre tradicional de roça, aos 85 anos de idade. seu Madeira ainda conversava muito bem para a sua idade. De voz firme e mente boa.

Perguntei por seus familiares e ele me respondeu que sua família foi o mundo e seu trabalho. Perguntei, seu Madeira o senhor trabalhou no que?
Respondeu o velho:

- Muita enxada, e também fui carregador de carro de boi, andei muito de Serrinha a Queimadas e de Queimadas a Serrinha.

- Transportado o que ?

- SISAL! Falou o velho em voz alta.

- O senhor tinha que idade?

- 15 ou 16 anos.

- O senhor soube da invasão de Lampião a vila de Santo Antônio das Queimadas?

- Soube, isso foi em 29. Eu nasci em 1914. Quando Lampião teve em Queimadas eu estava indo para a fazenda Richo da Onça, hoje é uma das maiores comunidades do município de Queimadas, e fica a 8 léguas da sede. Para chegar a Riacho da Onça se viajava o dia inteiro de carro de boi.

- O senhor chegou a ver Lampião?

- De jeito maneira, O povo da época sempre me alertava para carrear por estradas maiores e que tivesse casas e movimentos por conta de tocaia dos cangaceiros.

- Perguntei! O senhor chegou a ver algum cangaceiro quando era carreador?

- Não? Nem de longe e nem de perto.

- E se o senhor encontrassem com um deles, qual seria a sua reação?

- Largava tudo e corria, isso se desse tempo, mas Deus sempre me ajudou e eu nunca cruzei o caminho de um bicho desses.

Respondeu seu Madeira. Com uma resposta sabida e sorrateira. Esse meu encontro com seu Madeira já tem mais de 10 anos, portanto não sei se o velho é vivo ou morto. Onde ele estiver, daqui vais meus agradecimentos pela sua cordialidade e apreço pelas histórias do Nordeste.

https://www.facebook.com/guilherme.machado.75992484502

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MORTE DO CANGACEIRO CIRILO DE ENGRACIA.

 

Morto por civis, o cangaceiro Cirilo de Engrácia. A cabeça de Cirilo já havia sido decepada, e foi recolocada para a foto. 

A partir da esquerda José Ignácio, João Henriques, Agripino Feitosa este era sub delegado, e Cícero Ribeiro. data em 5 de agosto de 1934 em Mata grande Alagoas.


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A ESCRAVA QUE CONDENOU A SINHÁ À MISÉRIA: A VINGANÇA QUE AFUNDOU UMA DINASTIA NO RECÔNCAVO, 1847.

Do acervo do Antônio Martins

No calor sufocante de março de 1847, uma mulher negra entrou no cartório de Santo Amaro da Purificação, carregando um saco de couro pesado. O tabelião Manuel Rodrigues quase caiu da cadeira quando ela despejou sobre a mesa R$ 800.000 réis em moedas de ouro.
Naquele momento, ninguém imaginava que aquela transação mudaria para sempre o destino de uma das famílias mais poderosas do recôncavo baiano. Esta é a história real de Teodora, a escrava que comprou sua própria senhora. Se você quer descobrir como uma história de vingança, poder e redenção se desenrolou nas terras de cana de açúcar da Baia Imperial, acompanhe cada detalhe desta narrativa que desafia tudo que sabemos sobre aquele período sombrio da história brasileira.

O recôncavo baiano de 1847 fervilhava com a produção de açúcar e fumo. Os engenhos se estendiam pelas colinas verdejantes, sua chaminés expelindo fumaça negra que manchava o céu azul intenso. Era uma região de contrastes brutais. A riqueza ostentada nas casas grandes convivia com a miséria absoluta nas senzalas.

Teodora tinha 32 anos quando iniciou seu plano impossível. Nascida em 1815, filha de africanos da nação Nagô, ela carregava nos olhos uma determinação que assustava até os feitores mais cruéis. Desde os 8 anos, trabalhava na Casa Grande da Fazenda Boa Esperança, propriedade de Mariana Vasconcelos de Albuquerque.

Viúva de um senhor de engenho que havia morrido afogado no rio Subaé em circunstâncias nunca esclarecidas. Dona Mariana era conhecida em toda a região por sua crueldade refinada. Diferente de outros senhores que aplicavam castigos físicos brutais, ela preferia a tortura psicológica.

Separava mães de filhos, prometia ao forrias que nunca concedia, inventava dívidas imaginárias que mantinham os escravos presos por gerações. Suas vítimas favoritas eram as mulheres, especialmente aquelas que demonstravam qualquer fagulha de dignidade. Teodora aprendeu cedo a esconder seus sentimentos. observa tudo com atenção silenciosa, memorizando cada detalhe da administração da fazenda, cada segredo sussurrado nos corredores, cada fraqueza da família Vasconcelos.

Ela sabia que dona Mariana tinha três filhos do falecido marido, mas também mantinha um relacionamento secreto com o padre da paróquia de Santo Amaro. Sabia que o filho mais velho, Joaquim, perdia fortunas no jogo e forjava a assinatura da mãe em letras de câmbio.

Sabia que a filha do meio, Benedita, estava grávida de um feitor mulato e planejava um aborto clandestino. Mas o conhecimento mais valioso que Teodora possuía vinha de um lugar inesperado, os números. Desde menina, ela demonstrara uma capacidade extraordinária para cálculos. O antigo senhor, antes de morrer, havia se divertido ensinando a pequena escrava contar, somar e subtrair.
Era seu passatempo peculiar, sua excentricidade de homem rico entediado. Ele nunca imaginou que aquelas lições se transformariam na arma mais poderosa de Teodora. Aos 18 anos, Teodora começou a ganhar pequenas quantias vendendo quitutes nas feiras de Santo Amaro aos domingos. Dona Mariana permitia porque ficava com metade dos ganhos, mas Teodora escondia a outra metade com maestria, costurava moedas dentro de bonecas de pano, enterrava pequenos sacos de couro sob a raiz de uma gameleira centenária, guardava vinténs dentro de cabaças ocas penduradas no teto da senzala. Durante 14 anos, ela economizou cada real, cada.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=25132169873105615&set=gm.24764910633181484&idorvanity=152142508218305

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O SANGUINÁRIO CANGACEIRO INDÍGENA GATO.

Por: Dr. Ivanildo Alves Silveira (Cariri Cangaço).

“[...] Sobre o cangaceiro “Gato” cai o estigma de ser o mais perverso dos homens a pisar as fileiras do cangaceirismo.
Participou do massacre a Brejão da Caatinga (no estado da Bahia, Brasil), em 04 de julho de 1929, quando quatro soldados e um cabo da polícia baiana foram mortos; Participou do assalto a Queimadas (BA), em 22 de dezembro de 1929, quando sete praças da polícia baiana foram barbaramente assassinados; Participou da invasão a Mirandela, distrito de Pombal, no dia 25/12/1929, onde morreram dois civis e um soldado. Era descendente dos Índios Pankararé/Pankararus, que habitam o Raso da Catarina (da região semi-árida, na Caatinga Nordestina).


No centro do Raso da Catarina, na tribo dos Pankararé, os índios admirados diante do impacto causado pela ostensividade e profusão de cores das vestimentas dos cangaceiros e mais ainda, fascinados pela exuberância dos aparentes cordões de ouro, dos anéis e alianças, sem contar os abarrotados bornais recheados de dinheiro, além das realizações dos permanentes bailes e tanto ainda pela liberdade do livre transitar, sem serem presos às duras rotinas diárias, cederam aos encantos da nova vida e vergaram sobre seus corpos as vestimentas inconfundíveis, trazidas pelo famoso Lampião.
A esse mundo diferenciado, índios Pankararé entregaram-se em boa quantidade á vida do cangaço. Os mais famosos a participarem do cangaço foram: Gato, Inacinha, Antônia, Mourão, Mormaço, Catarina, Açúcar, Balão, Ana, Julinha, Lica e Joana.
Não se tem, na história do cangaço, outro homem que tenha sido tão sanguinário, cruel e frio, como foi esse cangaceiro. Além de Gato, duas irmãs dele seguiram os subgrupos do cangaço: Julinha, amante de Mané Revoltoso e Rosalina Maria da Conceição, que acompanhou Francisco do Nascimento, o cangaceiro “Mourão”.
Não podemos perder de vista, a forma como cada cultura pensa e elabora determinados fatos históricos. Assim, a percepção que os indígenas têm da participação dos seus “parentes”, no cangaço, em muito, difere-se das dos não-indígenas. Hoje, o cangaceiro “Gato” aparece nos relatos dos Pankararé do Raso da Catarina, como uma força espiritual, por eles chamados de “santo do Gato”, com um lugar específico assegurado á sua memória.
Mourão além de ser cunhado, era também primo de Gato e acabou sendo morto por ele, depois que Mourão e Mormaço acabaram uma festa acontecida no Brejo do Burgo, onde deram alguns tiros, colocando a população em pavorosa fuga, sendo Gato cobrado por Lampião, para que desse conta da arruaça realizada pelos membros de sua família, resultando que a festa havia sido na casa de um dos fiéis coiteiros do cangaço.
Gato perseguiu os dois cangaceiros indo encontrá-los pegando água em um barreiro, localizado em um coito no Raso da Catarina. Gato fuzilou os dois sentenciados de morte.
Gato, por pouco, não matou a própria mãe por ela ter feito comentários sobre as constantes aparições dos cangaceiros nas proximidades de sua casa. O cangaceiro dirigiu-se até a casa da mãe, com a finalidade de cortar a sua língua, sendo dissuadido por alguns familiares do macabro intento, sem deixar de mostrar prá mãe dois facões que portava na cintura, dizendo: “Este é o cala a boca corno, e este é o bateu cagô”.
Sob o estigma da ferocidade de Gato recai, ainda, a morte de seis membros de sua família, em represália a um sumiço de bodes e cabras que estavam acontecendo e sendo creditado a Lampião.
Outra vez, Lampião entregou o caso a Gato, e ele perseguiu os envolvidos, indo encontrar em uma casa de farinha, Calixto Rufino Barbosa e Brás, ceifando friamente a vida dos dois e seguindo até a casa de Valério, na Fazenda Cerquinha, onde assassinou Luiz Major, seus filhos Silvino, Antônio e o sobrinho Inocêncio. Um duro castigo como pagamento de uma dívida sem provas.
Da chacina, saiu ferida uma criança que conseguiu fugir por intermédio de uma prima de Gato. O jovem faleceu recentemente e trazia na face a marca de um corte feito pela lâmina afiada do punhal do cangaceiro.
Gato foi casado com Antônia Pereira da Silva. O casamento aconteceu nas Caraíbas (BA), fazenda de Dona Sinhá, no Brejo do Burgo. Tempos depois, o cangaceiro carregou a índia Inacinha, prima de Antônia.
A cangaceira Antonia não aceitou os argumentos do marido quando ele propôs ficar com as duas e por ele foi espancada. Antônia fez queixa a Lampião, prometendo ele que iria resolver o problema, porém ela não esperou a resposta e, durante a noite, aproveitando a escuridão e sonolência dos amigos, deixou o coito onde estavam arranchados e fugiu, indo para a proteção de um tio, capitão reformado da polícia, que residia na margem do Rio São Francisco, pelo lado baiano, e com ele permaneceu até o término do cangaço.
Gato encontrou a morte quando invadiu a cidade de Piranhas/no Estado de Alagoas, quando tentava resgatar sua companheira Inacinha, baleada e presa, pela volante do Ten. João Bezerra. Gato saiu baleado desse tiroteio, e foi morrer dois ou três dias depois, sem ter a chance de ver o seu filho que Inacinha carregava no ventre, ao ser presa.
Inacinha, apesar do tiro que sofreu, conseguiu dar á luz seu filho e tempos depois retornou para Brejo do Burgo, onde se casou com Estevão Rufino Barbosa. A ex-cangaceira morreu em 1957, de câncer, depois de ter lutado contra a doença, sem ver resultados, fugiu do hospital e mandou um mensageiro ir avisar ao marido que queria morrer em casa. Estevão selou uma junta de burros e foi atender ao último pedido da companheira. Em casa, Inacinha sofreu por alguns dias até descansar, deixando a eterna lembrança, no coração do homem que por ela ainda verte suas lágrimas. Estevão, ainda vive no Brejo do Burgo.”
https://www.facebook.com/groups/4127901240565937/posts/9783005205055484/

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CORISCO E DADÁ NA VISÃO DO FILHO SÍLVIO HERMANO DE BULHÕES.

Por Archimedes Marques


Archimedes Marques Presidente da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço.

Autor no seu pronunciamento do lançamento do livro "MEMÓRIAS E REFLEXÕES DE UM FILHO DOS CANGACEIROS CORISCO E DADÁ"

Costumo dizer que “a história do cangaço nunca foi, não é, e jamais será uma ciência exata”. As histórias desencontradas escritas sem critérios técnicos de comparações ou constatações, sem provas absolutas, com tantas invencionices, tantos exageros, tantas entrevistas não confiáveis e sem sentidos, fazem da literatura pertinente uma verdadeira “colcha de retalhos” gigante, um “quebra-cabeça” sem fim, que sempre estão sendo remontados em busca da história mais verossímil possível pelos verdadeiros pesquisadores. Por isso todo novo livro sobre o tema é sempre bem-vindo para análise dos mais curiosos, dos mais entendidos historiadores, estudiosos ou mais interessados no assunto tirarem as suas conclusões.

Desse modo, nasceu o tão esperado livro do querido professor e economista alagoano, Sílvio Hermano de Bulhões, intitulado “Memórias e Reflexões de um Filho dos Cangaceiros Corisco e Dadá”. Tão esperado, porque foi tão esperado mesmo, pois posso dizer sem medo de errar, que nas minhas andanças de Aracaju para Maceió, isso já vai lá prá trás beirando mais de 16 anos, todas as visitas que fiz à capital alagoana, não faltei uma sequer ao amigo Sílvio Hermano de Bulhões. Visitas de cortesia, visitas de alegria que levavam horas de conversas inesgotáveis sobre o tema cangaço, visitas que sempre nos deu prazer, a mim e a minha esposa também escritora do tema Elane Lima Marques, visitas que em uma delas o presenteamos com uma estatueta da minha autoria representando o casal “Corisco e Dadá” e, noutra oportunidade de entregar-lhe o Diploma do Honroso Titulo de Acadêmico Honorário da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço (ABLAC). Como fato marcante e repetitivo, em todas essas visitas ele prometia lançar o seu livro no final de cada um desses anos. E nada!... Mas como promessa é dívida ele terminou pagando essa promessa com ajuda inequívoca do seu grande amigo José Malta Fontes Neto e dos seus filhos Sérgia Maria de Bulhões Modesto e Christino Hermano de Bulhões, dentre outros.

Do espetacular lançamento da obra ocorrida no dia 11/02/2023 na linda cidade de Santana do Ipanema, terra dos seus estimados pais não biológicos, o Padre Bulhões e Angelica Bulhões, solenidade que tivemos a honra de estarmos presentes, nasceu também a ideia de fazer alguns comentários sobre o livro, uma análise que nos leva a algumas observações e a certeza de que nunca a história do cangaço será uma ciência exata, senão vejamos alguns pontos que merecem destaque:

Consta da fala da sua mãe biológica Dadá que Corisco serviu ao Exército Brasileiro e que teria participado da Revolta Sergipana de 13 de julho de 1924. Referido fato é também relatado pelos grandes escritores sobre o tema como sendo uma verdade real, sendo que a prova principal, a prova documental nunca fora apresentada. Desse modo, partindo não só da minha curiosidade, mas principalmente decorrente do meu tino de pesquisador pertinaz, estando a residir no mesmo local dos fatos, ou seja, em Aracaju, corri atrás no sentido de tentar encontrar tais provas que seriam irrefutáveis. Seria uma grande glória para mim e para a história do cangaço encontrar qualquer documento que ligasse o nome de Cristino Gomes ao Exercito Brasileiro, mais de perto, ligado ao 28º Batalhão de Caçadores. Desse modo, para escrever o volume IV da minha coleção “Lampião e o Cangaço na Historiografia de Sergipe”, nas minhas incansáveis pesquisas nos anos de 2014 a 2020, após pedir ajuda aos Comandantes do 28º BC, após vasculhar o Arquivo Público de Sergipe, o Arquivo Público de Aracaju, o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, a Biblioteca Pública de Sergipe, a Universidade Federal de Sergipe, a Universidade Tiradentes sem nada encontrar pertinente ao soldado Christino, finalmente no Arquivo Geral do Judiciário de Sergipe, encontrei o Processo Criminal, mais de perto a Apelação Criminal nº 1.043, endereçada ao Juiz Federal da Secção da Bahia, Dr. Paulo Martins Fontes, datada de 12/02/1925, com a consequente Denúncia apresentada pelo Ministro Relator Artur Ribeiro, contra todos os amotinados da Revolta Sergipana de 13 de julho de 1924, rica documentação composta em 19 volumes, cujos documentos me debrucei e os fotografei em três semanas de trabalho, mas que, infelizmente nada encontrei em relação ao soldado Christino Gomes. Vale ressaltar que um dos volumes contém os nomes de todos os soldados engajados no 28º BC naquelas datas próximas e até os voluntários que participaram do referido levante, como também não consta o nome dele nas páginas do pagamento mensal dos referidos pracinhas, encontradas noutro volume do dito processo que é originário da 1ª Vara Criminal de Aracaju em primeiro grau. Desse modo, concluo o meu pensamento dizendo que mesmo não havendo uma prova documental que comprove esse feito, Corisco, usando um nome falso pode ter servido ao Exército Brasileiro e participado do famoso Levante Sergipano. Essa tese é reforçada pelo fato de ter ocorrido meses antes uma briga na Estação Ferroviária da cidade de Pedra, hoje Delmiro Gouveia, entre o jovem Christino com um cabo da Policia Militar local em que o policial foi ferido na cabeça. Ou seja, com receio de ser descoberto ou receio de haver um possível processo sobre o fato e ser rejeitado, reprovado ou mesmo preso, o jovem Christino pode ter usado um nome falsificado para se tornar soldado do Exercito Brasileiro.

Noutro ponto sua mãe Dadá também lhe disse que por conta do soldado Christino ter desertado após a retomada do poder das mãos dos revoltosos, teria ele se escondido na propriedade de uma madrinha próxima a cidade de Laranjeiras, ali perto. Teria sido nessa propriedade que conheceu Lampião que por alí passava e após acerto, entrado para o bando. Uma grande novidade, sem dúvida, pois a maioria dos historiadores falam que esse fato, o fato da sua adesão, se deu mais adiante, já em Pernambuco em 1926. Ademais, para reforçar a fala da Dadá, consta da literatura, mesmo sem comprovação, uma possível passagem de Lampião em Laranjeiras em busca de tratamento para o seu olho doente, junto ao afamado médico Dr. Antônio Militão de Bragança.

Emocionante são as palavras que contam os dois nascimentos do autor: o gerado por Corisco e Dadá em meio aos carrascais do cangaço e o gerado pelo Padre Bulhões e sua irmã Angélica Bulhões no seio da sociedade de Santana do Ipanema.

Da leitura não podemos deixar de enaltecer a inteligência e a perspicácia do Padre Bulhões chamando o então Major Lucena até a sua presença para contar o ocorrido e livrar de males futuros o sertanejo emissário Pedro Ricardo que trouxera a criança “cangaceirinha” para o povo santanense. Desse modo, o referido sertanejo passou a ser protegido tanto pelos cangaceiros quanto pelos policiais volantes.

Nota-se no bojo da obra que o povo santanense se aglomerava em fila para ver o menino “cangaceirinho” pensando ser ele diferente dos outros. Teve até um cidadão que se decepcionou ao ver que o menino só tinha uma cabeça, duas pernas, dois braços e uma torneirinha.

O capitulo que retrata o batizado do menino Sílvio Bulhões é novamente emocionante, pois além de demonstrar o grande amor dos seus pais biológicos ao viajarem disfarçados durante uma noite inteira para de longe assistirem a cerimônia, ainda mostra o choro engasgado de Corisco ao “pigarrear” sem fim, enquanto a Dadá se derramava em lagrimas.

Gratificante foi tomar conhecimento que a fotografia do menino Sílvio Bulhões terminou virando salvo-conduto para os santanenses da zona rural e os sertanejos andantes daquelas paragens. Fotografias e mais fotografias eram entregues a quem desejassem para se livrarem dos males dos cangaceiros, e quem sabe não teria salvado algumas vidas?…

Quanto ao casamento de Corisco e Dadá, o autor termina tirando dúvidas, vez que historiadores renomados como Antônio Amaury Corrêa de Araújo e Estácio de Lima, dentre outros disseram no seus livros que o referido casamento tinha sido celebrado pelo Padre José Bruno da Rocha da Paróquia de Porto da Folha, quando na verdade ele era da Paróquia de Gararu. Dito engano ou atrapalhação, me fez procurar junto a Paróquia de Porto da Folha tal documento, nada lá encontrando. Resta agora algum pesquisador conseguir junto a Paróquia de Gararu referido documento, com o privilégio de já saber que o fato teria ocorrido em 16 de fevereiro de 1940.

O menino Sílvio Bulhões, apesar de bem cuidado e paparicado pelas pessoas de bem de Santana do Ipanema, infelizmente também sofreu preconceito partindo de pessoas inescrupulosas que o tratavam com desdem e criticas malidicentes por ser filho do impiedoso cangaceiro Corisco, fatos que até fizeram com que ele também passasse a repudiar o próprio pai.

Maravilhosas e enigmáticas são as palavras que misturam o irreal com o real e faz com que o menino Sílvio Bulhões, aos 9 anos de idade, veja pela primeira vez em sonho e logo em fotografia a mesma figura do seu pai Corisco. São palavras do filho emocionado Sílvio Bulhões: “Aquela semente microscópica que eu havia plantado em meu coraçãozinho, o gérmen inicial de admiração pelo meu futuro herói, naquele dia, metamorfoseou-se em uma pequena árvore, é bem verdade, mas que se transformaria, com o decorrer dos anos, num imenso Flamboiã, muitíssimo maior que aquele gigante de nossa casa e que, ainda hoje, continua a me fortalecer sombra cada vez mais reconfortante.”

https://br.pinterest.com/pin/702702348078186558/

Os sucessivos acontecimentos da visita surpresa que o jovem Sílvio Bulhões fez a sua querida mãe Dadá em Salvador, é algo que mexe com o emocional com o mais duro leitor. De derramar lágrimas.

Nota-se a tristeza estampada do autor ao pronunciar as palavras ditadas pela sua mãe Dadá quanto ao episódio da Fazenda Patos em que por ordem de Corisco foram decapitadas seis pessoas da família Ventura em suposta vingança pela morte de Lampião. O Vaqueiro e coiteiro Domingos Ventura jamais traiu Lampião. Na verdade o Corisco foi “emprenhado pelos ouvidos” pelo verdadeiro traidor, o Joca Bernardo, que para se livrar de morte certa jogou a culpa para Domingos Ventura. Desse episódio o Sílvio Bulhões apesar de decepcionado com o pai Corisco tem orgulho da sua mãe Dadá por ter interferido desafiando o companheiro chefe e salvo da morte os filhos menores de Domingos Ventura. Nesse ponto crucial vemos uma novidade, ou seja, a Dadá chegou na Fazenda Patos atrasada por conta da sua burra que estava “empacando”. Tivesse chegado mais cedo poderia ter aconselhado melhor o Corisco a repensar os seus atos de extremo ódio e covardia.

Como novidade vimos também que quando Corisco e Dadá iniciaram fuga para o centro do país em 1941 pretendiam levar consigo o filho Silvio Bulhões, fato não ocorrido por uma providencia Divina. Caso contrario ele também estaria no campo de batalha, na linha de fogo, que gerou a morte do seu pai pelas tropas do tenente Zé Rufino.

Os capítulos finais reforçam todo o amor do autor para com o seu pai Corisco na incessante luta para acabar de vez com a exposição das cabeças dos cangaceiros no Instituto Nina Rodrigues em Salvador, culminando com a mais recente atitude, ou seja, depositar as suas cinzas no mar de Pajuçara.

Nas nossas visitas ao amigo Sílvio Bulhões tive a honra de ter em minhas mãos a urna contendo as cinzas de Corisco e mais ainda, fomos convidados para a fazer parte da comitiva que assistiria o sepultamento em definitivo dos restos mortais de Corisco em 25 de maio de 2013 em Pajuçara, entretanto, por motivo de força maior não pudemos nos deslocar de Aracaju para Maceió nessa data.

Concluo afirmando que no geral o autor Sílvio Hermano de Bulhões produziu uma grande e importante obra que por certo servirá de parâmetros para os pesquisadores atuais e das novas gerações.

Aracaju, 16 de fevereiro de 2023.

Archimedes Marques
Presidente da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço.

 https://www.maltanet.com.br/v2/literatura/2023/02/17/corisco-e-dada-na-visao-do-filho-silvio-hermano-de-bulhoes.

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CHEGOU O PRETINHO

 Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.309


ASFALTO CHEGANDO (FOTO: B. CHAGAS).

A nossa rua, no Bairro São José, foi calçada com paralelepípedos na gestão municipal Paulo Ferreira. Não se pode negar os inúmeros benefícios de uma rua que sai da poeira para o calçamento, inclusive, a sua valorização. A princípio, foi formado o Conjunto São João com dezoito casas, dividido em duas ruas, uma com um lado sé, outra com os dois lados. Aluta pelo abastecimento d’água, ainda precário, foi melhorado graças a mobilização particular dos seus moradores, que financiaram uma puxada de encanação do terminal da Rua Manoel Medeiros. Até o presente momento, há mais de trinta anos, a rua ainda é “boa de água” como diz o povo.

E hoje acordamos com um barulho intenso de máquinas no conjunto ganhando asfalto. Agora mesmo, enquanto vestimos essa crônica, os ruídos irritantes do maquinário trazem o eco da rua do Posto de Saúde que também está sendo contemplada, mas não deixamos que perturbem esse trabalho. Embora a nossa rua seja   pequena e vertical ao Posto de Saúde e a do Posto de Saúde não tenha nada relevante, além da própria repartição pública, enorme fatia do Bairro São José se entrelaçam facilitando o acesso às principais para a mobilização urbana como a Avenida Castelo Branco e a BR-316 que corta grande fatia do Bairro da zona Oeste, São José, também saída para o Alto Sertão.

Estamos até fazendo brincadeiras, dizendo que “vamos cobrar pedágio”. Ora! Asfalto hoje é uma coisa tão comum, pode dizer alguém. E de fato é comum mesmo e rotina de muitos, há muito. Mas, meu amigo, minha amiga, para quem estar desprovido do conforto moderno, grande diferença faz. A valorização da rua foi há mais de 30 anos, portanto, quase uma vida completa, mas só agora tivemos outro benefício de peso. É ou não é motivo de alegria e comemoração!  Sabemos sim, que o asfalto da cidade contribui para o aumento do calor e das infiltrações das chuvas adequadamente nos terrenos revestidos, mas tudo faz parte da vida evolutiva. Se somos prejudicados em uma coisa, procuraremos compensar em outras, como já assistimos em soluções de urbanistas.

Esta primeira noite de asfalto na minha rua, não irá de maneira nenhuma me dá insônia.

Fica registrado o benefício neste mês de novembro, dia 11. Pronto, Fonte de pesquisa para o futuro.  


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ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte. 
Calma! Calma!

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