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domingo, 24 de maio de 2020

O PROFESSOR PEREIRA ARRANJA O LIVRO QUE VOCÊ QUER.

Foto: Narciso Dias

Algumas bibliografias sobre o famoso cangaceiro ANTONIO SILVINO precursor de Lampião, você as conhece? Não? 
Então fale com o professor Francisco Pereira Lima que ele arranja para você. 

Aqui o seu e-mail: 
franpelima@bol.com.br

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TODO SERTÃO NUM SÓ CORAÇÃO


Se você interessá-lo, veja através deste e-mail franpelima@bol.com.br se o professor Pereira ainda tem. Se pedir, chegará o mais rápido possível. 
Um trabalho do professor de primeira quanlidade

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A DERROTA DA OUSADIA DE LAMPIÃO AO TENTAR INVADIR MOSSORÓ

Por Redação - 16 DE OUTUBRO DE 2018
O Memorial da Resistência a céu aberto é o principal equipamento turístico da cidade de Mossoró, que expulsou Lampião

Mossoró era uma cidade de grande porte em relação às demais saqueadas por Lampião. A tentativa de invadi-la arranhou sua imagem de estrategista

Mossoró (RN). A mais fragorosa derrota de Virgulino Ferreira da Silva aconteceu nesta cidade do Rio Grande do Norte, em junho de 1927. O Rei do Cangaço foi de encontro ao que sempre apregoou: jamais invadir uma cidade com mais de duas torres (igrejas). O fato denotava a condição da cidade ser grande e também das "torres" serem utilizadas como mirantes. 

Igreja Cagrado Coração de Jesus - Igreja construída pelo empresário Miguel Faustino que fora empregado do coronel Delmiro Gouveia. - Acervo do historiador Geraldo maia do Nascimento

A cidade norte-rio-grandense tinha nada menos do que quatro torres. Duas pertenciam à Igreja de Santa Luzia, uma ao Sagrado Coração de Jesus e a quarta à Igreja de São Vicente. Todas elas viraram cidadelas inexpugnáveis.

O cangaceiro Massilon Leite

Mas Lampião deixou-se levar pela argumentação de um cangaceiro chamado Massilon, que morava em um lugarejo próximo a Mossoró, onde trabalhava como cambeiro, levando e trazendo mercadoria. 

Catedral de Santa Luzia de Mossoró

Por causa da antiga profissão, conhecia bem a cidade. O cangaceiro descreveu o futuro alvo como um local de "povo pacífico, mofina e incapaz de se defender". Além disso, lembrou que a cidade contava com a agência de número 36 do Banco do Brasil, o que era sinal de grande prosperidade à época.

LEIA AINDA:

'Era cabeça  que não acabava mais' diz testemunha de batalha.


Seguindo o seu padrão, Lampião escreveu um bilhete endereçado ao prefeito Rodolpho Rodrigues solicitando 400 contos de reis para não atacar a cidade. Ao receber o bilhete de um portador chamado Formiga, o prefeito mostrou uns tambores com mercadoria e disse a ele que estavam cheios de bala, como forma de intimidar o cangaceiro enviado por Lampião.

Prefeito de Mossoró Rodolfo Fernandes

A situação de Mossoró era temerária. Rodolpho Rodrigues já houvera solicitado ao governo do Estado do Rio Grande do Norte ajuda para combater a Coluna Prestes que, segundo ele, estava na iminência de invadir sua terra. A ajuda veio. A Coluna, não. Quando foi pedir a interferência do Estado para barrar a entrada de Lampião, o governo julgou que tal jamais aconteceria e negou o pedido.

Ciente do perigo e da iminência ao ataque, o prefeito arregimentou comerciantes, lideranças políticas e civis e a população em geral para se cotizar e contribuir na aquisição de armamentos para enfrentar o bando de Lampião. No dia 13 de junho, no fim da tarde, chovia bastante. Virgulino dividiu o grupo em três blocos, permanecendo ele no intermediário.

A residência do prefeito Rodolpho Fernandes é hoje o Palácio da Resistência, sede da Prefeitura; a Igreja de São Vicente preserva a marca de balas na sua torre, onde homens armados defenderam a Cidade 

Igreja de São Vicente lugar que ficou uma boa parte dos combatentes para defender a cidade.

Disfarce

À frente o cangaceiro Sabino Gomes vestido de policial. Outra estratégia de Lampião era mandar seus homens se disfarçarem de mendigos, vendedores, policiais etc. E entrar na cidade para sondar o ambiente. Ele se aproximou da residência do prefeito, que desconfiou da artimanha, dizendo que não pediu ajuda à Polícia, e mandou os homens responderem à bala. Sabino Gomes se escondeu perto da ferrovia e, depois, comandou o ataque à casa do prefeito, o Palácio da Resistência, sede atual da Prefeitura, onde se estabeleceu a maior das trincheiras, dentre tantas espalhadas pela cidade. Nesse combate, o cangaceiro Colchete tombou morto.

O cangaceiro Jararaca

"Foi uma hora de tiroteio aproximadamente. Após a morte de Colchete e Jararaca ser baleado, os demais cangaceiros bateram em retirada", conta o pesquisador mossoroense Eriberto Monteiro, para quem a resistência podia ter sido derrotada por causa de um vacilo. "Quando soaram os sinos da Capela de São Vicente, esqueceram de fechar a porta. Se os cangaceiros tivessem descoberto esse deslize, creio que a história poderia estar sendo contada de outra maneira".

Artimanhas

José Leite Santana, o Jararaca, saiu baleado e ainda conseguiu escapar pelo mato por algumas horas. Foi capturado, porém, pelas forças policiais. A história do primeiro Jararaca é um capítulo à parte (leia na página 7). Aqui um parêntese para explicar o uso de homônimos no cangaço. Virgulino, longe de ter sido um simples bandido, era idealizador de artimanhas que conseguiam ludibriar seus inimigos. Uma delas era dar o mesmo apelido para vários cangaceiros.

Apelido

Usava o ardil com dois objetivos, segundo o depoimento de alguns pesquisadores. Primeiramente, para homenagear seus homens mais "valorosos" que morriam. Manter o mesmo apelido era uma forma de "ressuscitá-los". Por outro lado, isso desmoralizava a Polícia, os chamados macacos.

É que muitos volantes se gabavam de ter matado tal cangaceiro. Ao tomar conhecimento desse fato, Lampião fazia questão de passar no local e conversar com o "defunto" (substituto), deixando a Polícia no descrédito. Há casos de três pessoas que ostentaram a mesma alcunha.

O homem que ganhou a confiança de Virgulino

Padre Cícero Romão Batista e Benjamin Abraão

A trajetória do sírio Benjamim Abraão, inclusive a sua morte, é também cheia de mistérios. Ele migrou para o Brasil em 1915, segundo consta, para fugir da convocação obrigatória durante a Primeira Guerra Mundial. Dentre outras atividades, atuou no comércio de tecidos e miudezas. Depois de residir em Recife (PE) por muitos anos, seguiu para Juazeiro do Norte de olho no grande número de romeiros que buscavam a cidade do Cariri cearense.

Sua vida começou a mudar quando conheceu Padre Cícero e passou a ser seu secretário. Em 1926, foi apresentado a Lampião, durante sua passagem pela Cidade, no episódio que ficou conhecido como o da entrega de armas e da patente de capitão ao cangaceiro para que, juntamente com seu bando, enfrentasse a Coluna Prestes. Em 1929, Abrahão fotografou o líder cangaceiro ao lado do Padim. Após a morte do religioso, Abrahão obteve a permissão do "Rei do Cangaço" para acompanhar o bando na Caatinga. Conseguiu captar as imagens que o consagraram e deram fama. À essa altura, já contava com a parceria do cearense Ademar Bezerra de Albuquerque, proprietário da Aba Film que, além de lhe ceder os equipamentos, ensinava como usá-los. Esteve junto aos cangaceiros liderados por Lampião pelo menos em duas ocasiões.

Abrahão teve seus trabalhos confiscados pelo Estado Novo, que via na sua atuação algo "perigoso" para o regime. Guardada pela família de libaneses Elihimas, em Pernambuco, a película foi analisada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), um órgão de censura.

Sua morte foi parecida com a de outras vítimas da luta entre policiais e cangaceiros. Foi esfaqueado quarenta e duas vezes. O crime jamais foi devidamente esclarecido. Não se conhece o autor nem a motivação. Uma das versões é de que foi morto pelo Estado Novo para não levar adiante a história do cangaço. A outra dá conta de que o fotógrafo sírio-libanês foi alvo de um latrocínio. A terceira é que sua morte teria sido um crime passional. 

Adendo: 
Tenho lido também que ele fora morto porque estava
 de namoro com a mulher de um deficiente,
e ele com ciúme o matou. Mas não 
sei se tem procedência,e se não 
tem, eu não sou o culpado 
da informação errada.
José Mendes Pereira.


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IDENTIFICADOS COM EXCEÇÃO DO PRIMEIRO DA ESQUERDA


Créditos: Ricardo Nascimento(Cangaço Eterno).

Mais uma bela imagem de Benjamim.



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CANGACEIROS DEIXAM RASTROS EM CASTELO DO PIAUÍ

https://www.youtube.com/watch?v=CMqGyXhZaSI 

Wesslley Sales

A história do cangaço no Nordeste do Brasil é envolta em lendas e uma dúvida: eram heróis ou bandidos? Em Castelo do Piauí um cangaceiro cearense estabeleceu paragens no caminho para o Maranhão. Seus rastros continuam vivos na memória do povo. Imagens: 

Volmar Cardoso
Categoria

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A MORTE DO DESTEMIDO CANGACEIRO CATINGUEIRA I.



José Mutti de Almeida "Mutti", ex-comandante de Forças Volantes baianas, fala a respeito do destemor e da morte do cangaceiro Catingueira (Primeiro da alcunha). Um cangaceiro que teve uma breve passagem pelo bando de Virgolino Ferreira da Silva "Lampião" e que foi morto durante o combate ocorrido na Fazenda Maranduba, localizada nas terras pertencentes ao município de Poço Redondo em Sergipe no dia 09 de janeiro de 1932. Um depoimento inédito que está sendo apresentado pela primeira vez aqui no canal Cangaçologia. Ao final deixem suas opiniões, críticas e sugestões. 

Grato. Geraldo Antônio de Souza Júnior

Categoria


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O SUMIÇO DO TRAÍDO E MARTÍRIO DO TRAIDOR - CONTOS DO CANGAÇO


Conto do cangaço

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MAMÃE, 90 ANOS!

Por Valdir José Nogueira 

A década de 1930 foi rica em cultura, cinema, moda, assim como em grandes conflitos políticos. O mundo passou por intensas mudanças no comportamento social, na política. Foi instituída uma nova legislação eleitoral e as mulheres conquistaram o direito ao voto. O fato é que a década marcou a história, e traçou rumos que nos trouxeram até aqui.

Pois foi nessa década marcante, no dia 24 de maio, dia de Nossa Senhora Auxiliadora, do ano da graça de 1930, na cidade de Belmonte, sertão de Pernambuco, que nasceu Aliete Rodrigues de Moura filha do casal Joaquim Donato de Moura e Luíza Rodrigues de Moura (d. Lizô).


Primogênita de sete irmãos: Auridete, Maria Felismina (Lia), Maurício, Maria Auxiliadôra (Dôra), Antônio e Joaquim Donato Filho (Quinca), foi batizada na Matriz de São José da localidade, pelo padre Carlos Frichzahu (alemão). Foram seus padrinhos de batismo os seus avós paternos: Tertuliano Donato de Moura e Felismina Nunes de Menezes; madrinha de crisma Antônia Iluminata de Moura (tia Tonha) e madrinha de apresentar Joaquina Nunes de Moura (Quina), sua tia também.

Apesar dos percalços enfrentados por seus pais, pode-se dizer que Aliete teve uma infância feliz.

Muito comunicativa, desde pequena fez parte de dramas, pastoris, brincou de circo, foi madrinha de times de futebol, foi anjo nas procissões, participou de coroação de Nossa Senhora e um dia alimentou o desejo de fugir para Hollywood e concretizar o sonho de ser atriz.

Cresceu ouvindo boa música e por ter voz bonita, cantou na matriz de São José nos corais de dona Alexandrina Sobreira, dona Badú e Rosa Pau Ferro. Com memória privilegiada, sabia de cor as valsas, baladas, canções e cançonetas, que cantavam nas festas, nos bailes, na difusora e no rádio. Cresceu num ambiente festivo da casa do seu avô paterno Terto Donato e na riqueza do carinho de suas tias e do seu pai Quinca, seu maior incentivador.

Teve como primeira professora dona Umbelina Menezes, seguida de Antônia Moura, Elina e Virgínia Sabino, Maria Belfort, Ameriquinha, Alaíde, Lourdes Siqueira e Waldecy de Paula.

Foi também aluna da Escola Silva Jardim, no Recife, ainda hoje existente, onde passou dois anos da sua vida (1936/1937), juntamente com sua irmã Auridete, morando com sua avó materna Bubuzinha (Maria Rodrigues da Costa), no bairro do Monteiro.

No ano de 1944 foi estudar no Stella Maris em Triunfo. Ali, naquele tradicional educandário bebeu conhecimento e cultura, e estimulou sua aguçada inteligência, aplicando os ensinamentos adquiridos na sua vida, até os dias de hoje.

A Igreja de São José foi o alicerce da sua fé, onde, além de ser batizada, fez a sua 1ª comunhão em 1939.

Por intermédio de sua madrinha Francisca Costa, se associou ao Apostolado da Oração. Participou da Associação de São José, do Anjo da Guarda, onde era secretária.

Na Matriz de São José, foi uma das iniciantes da novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de quem é muito devota, juntamente com a sua grande amiga e comadre Mocinha (Maria do Carmo Gomes).

E mamãe cresceu assim: cantando roda e ladainhas, modas e ofícios. Dentro dela as rezas cresciam, enchiam seu coração de esperança de ver o progresso acontecer. Era uma menina querendo concertar o mundo que ela conhecia. Belmonte era o seu mundo.

Mulher de garra, inteligente, espirituosa, determinada, habilidosa e audaciosa. Uma mulher vaidosa, forte e sensível, amante da vida.Diante de tantos predicados, logo apareceu um pretendente: Pedro Andrelino Nogueira. O casamento então veio a se realizar, numa cerimônia singela, em casa dos pais da noiva no dia 29 de junho de 1946, no povoado do Serrote. Época que seu Quinca Donato estava morando ali, gerenciando uma usina de caroá.

Depois do casamento passou a ser Aliete Moura Nogueira.

Desse casamento tiveram seis filhos: Valdemir, Maria do Socorro, José Vital, Pedro Filho, Valdir e Enildo.

Viveram por 51 anos, até que papai morreu. Foi uma vida alternada entre altos e baixos como toda família. Mas mesmo nos momentos difíceis mamãe nunca desanimou nem tirou da sua boca palavras de fé e risos de felicidade.

Sempre tivemos sincera admiração pela personalidade de nossa mãe. Admitindo-se que seja possível abstrair os laços emocionais que nos ligam, aprendemos a ver nela a personalidade invulgar que sempre foi.

De que estofo queremos que sejam montados nossos heróis? Se eles são como os santos, seres em quem encontramos o modelo para nossas vidas, então dona Aliete de Moura Nogueira tem todo o perfil característico dos verdadeiros heróis.

Sua vida é tão rica de lições e exemplos e ela sempre em frente sem perder o entusiasmo, sem perder a esperança de ver tudo melhorar.

Boas lembranças ficam para sempre guardadas num cantinho especial da nossa memória.

Lembrar o ontem de dona Aliete é lembrar a máquina de costura, os pés ligeiros fazendo a máquina levar as linhas para o pano estirado no bastidor, correndo para cima e para baixo fazendo nascer flores, frutos, peixes, pássaros, nos bordados no linho...é lembrar dos pincéis e tintas misturados no tecido fazendo surgir baianas com tabuleiros, holandeses de tamanco entre tulipas e moinhos, gueixas com sombrinhas e ventarolas...é lembrar dos crochês e do ponto de cruz... é lembrar das confecções femininas de adulto e criança, dos enxovais de noiva...

É pensar na cozinha, cheia de panelas e formas com os melhores gostos do mundo. É pensar nas compoteiras repletas de doces que as frutas nos davam. É relembrar os suspiros de açúcar adoçando nossa infância.

A doçura da nossa meninice vem nos ajudando a enfrentar as amarguras que surgem. As mãos de dona Aliete, mesmo trêmulas, nos sustentam. 

Envelheceu assim...Ainda espera dias melhores para todos que a cercam. Sempre foi o suporte de tudo, a mola mestra que impulsionou sempre. Mãe dedicada sempre deu o melhor de si, principalmente na saúde e educação dos filhos, no intuito de ver o futuro assegurado, todavia, cada um seguiu o caminho que escolheu. 

Sem sombras de dúvidas, é realmente uma mulher extraordinária que enfrentou desafios com inteligência e coragem. Fez valer seu trabalho artístico, fez valer seu trabalho culinário. Sempre valorizando o simples e o belo. É uma criatura com dotes singulares.

Todos têm mamãe como espelho e sentem o reflexo do maior amor do mundo dela por nós e por tudo da nossa cidade.

Mário Quintana nos deixou uma quadrinha que diz bem o que agora vivemos:

Para louvar nossa mãe
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer.

Mamãe! Agradecemos a Deus pelos seus 90 anos.
Feliz Aniversário!


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DESCRENÇA

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

O universo é treva e pluma do luar
Do céu de estrelas que baixam a fronte
E o sol em prantos some no horizonte
Em fuga louca para se esconder no mar.
A onda chora para manipular a flor que soluça
Enquanto a ave perde a mania do cantar saudoso
Vendo o dia terminar triste na carapuça
Do manto noturno impiedoso.

O Id, ego e superego humano é intransigente
Em cada ser submerso do universo entre as orgias
Que vive a mentir e rir da natureza onipotente
Dona do céu, terra, mar, ar e não das covardias.
E é porque se ouve falar da sua existência
Na história bíblica do verdadeiro Messias
Cantada em verso e prosa, resiliência
Geram crenças, descrenças e controvérsias.


https://www.recantodasletras.com.br/poesias/6930446

Enviado por Francisco de Paula Melo Aguiar

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A EFICÁCIA DO MÉTODO DO ESTILISTA


Por Verluce Ferraz

Para não ser apanhado pelas Volantes, Lampião criava seus próprios métodos, ora sendo caçador era incansável senhor do sertão, empreendendo longas viagens no lombo dos cavalos; enganava a todos que por suas pegadas procuravam nas pedras, nos matos quebrados e até nas fisionomias dos coiteiros. 


Por onde passava ia deixando nuvens de fumaça, removendo restos de comidas, atravessava um pau nas bocas dos cachorros para os mesmos não latirem, tudo com bons resultados. Outras, não relutava, e no mesmo atropelo, se desfazia dos problemas ou sentimentos continuando o seu passeio, aproveitando as oportunidades para dar expansão aos seus instintos sádicos. Seus dons de estilista eram mostrados nas roupas, nas alpargatas, nas armas e no chapéu de abas quebradas para cima, moedas e estrelas eram pregadas. Exibia nos dedos, os anéis; no pescoço os trancelins de ouro, tudo roubado. 


Os lenços usados no pescoço, em substituição as gravatas presas com argolas; as vestes e bornais eram bordados com sutache e sianinhas. O sonho do cangaceiro era ser Governador do Sertão, para comandar o seu Estado, depois de dividir o Nordeste. A farda de capitão, que recebera de Floro Bartolomeu, era oficial das Forças Volantes, com todas insígnias dos militares de carreira, afinal, provocar era ‘uma singularidade no cangaceiro, que se intitulara de Capitão do Sertão’. Recuperava facilmente objetos perdidos, confeccionava ele mesmo, os seus adornos, se fazia hóspede de comerciantes e fazendeiros, sem oferecer rosas nem amabilidade, apenas expondo suas armas e o seu silêncio, quem explodia eram as armas. Todos os seus cangaceiros tinham a marca dele, do visual até as atitudes, compartilhavam todos dos sentimentos anti-sociais que regulavam o cangaço lampiônico. 


Lampião refugiava-se ao reino do próprio delírio, como alguém já disse ‘hei de vingar’ ele nunca interrompeu o desejo de matar; impossível aplacar seu desejo e assim usa o nome do pai, insistindo que todos os por ele assassinados eram era a representação do pai; acabando por matar inúmeras pessoas, como se isso lhe restituísse a dignidade. 


Verificamos que isso desce a um nível mais profundo, ao constatarmos que tudo vem de uma relação infantil, só explicada pelo desejo de matar o próprio pai, seu único rival. Considera-se que o seu modo pessoal renasce de sua física aparência e estereótipo compartilhados com o desejo esquecido na infância de fazer renda. 


Está na infância a fonte de suas fantasias, por isso é que usará tempos depois, todo seu acervo de impressões infantis. O desenvolvimento de seus desejos será revelado subsequentemente, pelo uso de apetrechos e nos crimes perpretados pelo cangaceiro, porque jamais morreu a sua relação infantil e ainda continuará nele atuantes.



ACHO QUE FOI 2015. E AÍ, NARCISO DIAS E PROFESSOR FRANCISCO PEREIRA LIMA?

Por Jorge Remígio

Três cangaceirólogos do cangaço do Nordeste do Brasil. Professor Francisco Pereira  Lima á esquerda, lá da cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba. Ao centro está o policial militar Nasciso Dias também da da Paraíba e reside na capital João Pessoa. E à direita está o Jorge Remígio que é pernambucano da cidade de Custódia. Esses três homens com as suas armas nas mãos (livros) são bons atiradores.
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A EX-CANGACEIRA DULVE MENEZES ANIVERSARIOU ONTEM 23-05-20

Por Múcio Procópio Araújo

Hoje (23/05/2020) quem está fazendo aniversário é a Dona Dulce Menezes dos Santos a última cangaceira do bando de Lampião, sobrevivente de Angico, ainda viva. Noventa e sete anos. Como não posso abraçá-la, conforme o meu desejo vou dedicar uma música que pode causar umas lembranças que não sei qualificar se de saudades ou da saída para uma vida longa e mais sossegada.


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