Jaozin Jaaozinn
Dos mais
afamados Engrácias, Cirilo foi um dos maiores destaques entre sua família,
principalmente por ser ele o chefe ou professor de cangaceirismo de Zé Baiano,
ensinando as primeiras vogais das ostes cangaceiras. Com o passar de Lampião
para a Bahia, em 1928, Cirilo e seus parentes ingressaram de uma vez no bando
de Virgulino (estes que já tinham contato com o Rei do Cangaço desde 1926),
permanecendo com o mesmo até o começo de 1930. Depois do caso de estupro
envolvendo o seu sobrinho Antônio Caboclo, o cangaceiro Sabiá, com a filha de
um coiteiro da região de Arrasta Pé/BA, Antônio e Cirilo se afastam do grupo,
permanecendo poucos familiares seus no bando de Lampião.
Virou chefe de
grupo após a morte de seu irmão Antônio, em junho de 1930, entre Chorrochó
Riacho da Várzea, que depois de um confronto com a força baiana de Hermógenes
Gomes à noite, Antônio estava voltando no escuro quando recebeu um tiro por
engano de seu irmão Cirilo, só vendo a situação depois do clarão iluminar o
rosto de seu mano. Depois desta, começou a agir boa parte nas regiões da Bahia,
Sergipe, Alagoas e Pernambuco.
• 𝑴𝑶𝑹𝑻𝑬
Após a
confusão com seu sobrinho Zé Sereno - por ele não ter ajudado a companheira de
seu tio, a cangaceira Moça, que estava grávida, a lavar os seus pés inchados
com água quente - no dia 04 de agosto, em 05 de agosto Cirilo foi enviado junto
com Limoeiro para Inhapi/AL (na fazenda Buenos Aires), onde pegariam uma
encomenda de enxovais do filho de Dadá, que estava prestes a nascer. Chegando
lá, pegam as roupas, pagam a costureira e seguem até a casa de Candinho,
pedindo um pouco de comida, depois seguem para um riacho afim de beberem água.
Na volta,
perto do riacho Piedade, encontram um caminhão da Fábrica de Linha da Pedra, e,
por estar com dificuldades de seguir viagem, os dois cangaceiros decidem atacar
o transporte. Entretanto, próximo ao comboio, se encontrava um grupo da
localidade, com a presença do Subdelegado Agripino Feitosa, bem preparada com
armamento e munição, onde revidam rapidamente.
Cirilo recebeu
um tiro no peito direito, caiu mas levantou, e seguiu riacho adentro para não
ter rastro de sangue, enquanto Limoeiro fugiu por terra.
15 minutos
depois, encontram o corpo do facínora enrijecido, encostado em um barranco,
totalmente paramentado, com 260 balas distribuídas em cada cartucheira,
bandoleira com moedas de prata e com aquela cabeleira que já mostrava ser um
cangaceiro, logo um Engrácia... Abriram os seus embornais e viram roupas de
criança, imaginaram que tinha um grupo por perto e que tinha alguma mulher
prestes a parir.
Seu corpo,
levado por um burro a Mata Grande/AL, foi amarrado em uma tábua em frente a
cadeia pública para que ficasse de pé, ocorrendo a macabra fotografia
pos-mortem do bandoleiro e de alguns dos membros que o liquidou.
Limoeiro
conseguiu voltar ao grupo e deu a notícia do confronto que ocorreu no caminho,
porém, não sabia da notícia da morte de seu amigo. Rapidamente descobrem da
baixa e da foto que tiraram. Moça cai em desespero e se diz culpada pelo
acontecido. Todos pegos de supetão, ainda mais Zé Baiano, que tinha uma amizade
boa com seu tio.
Começou a
partir desse ano as inúmeras baixas da família Engrácia no cangaço.
𝑭𝑶𝑵𝑻𝑬:
𝐿𝑖𝑣𝑟𝑜
𝑍𝑒́
𝐵𝑎𝑖𝑎𝑛𝑜
- 𝑅𝑜𝑏𝑒́𝑟𝑖𝑜
𝑆𝑎𝑛𝑡𝑜𝑠.
.𝐂𝐀𝐍𝐆𝐀𝐂̧𝐎
𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋𝐄𝐈𝐑𝐎.
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