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quarta-feira, 18 de março de 2015

Bom dia amigos!!! Vamos que vamos...

Por Sálvio Siqueira

“Peço licença pro cês”

Estou um pouco afastado dos estudos sobre a história do fenômeno cangaço, mas não deixo de sempre dar uma ‘espiadinha’. Revendo meus arquivos, que não são muitos, estava vendo capturas inéditas daqueles que fizeram parte do fenômeno... cangaceiros, volantes, coiteiros e vítimas, quando parei em uma e resolvi dividir com vocês. 

O aniversário de Lourival Batista, Louro do Pajeú, é no dia 6 de janeiro. Nessa data, tínhamos o prazer de revermos e/ou conhecermos pessoas, figuras importantes, que vinham parabenizar o ilustre aniversariante, como Geraldo Amâncio, Pinto do Monteiro, Gregório Bezerra... 

A família continua realizando a festa todo dia de seu aniversário. Pois bem, em uma destas data, tivemos o imenso prazer de conhecermos a ex-cangaceira Sila. Hospedou-se na casa do ilustre Antônio Bezerra, Antônio de Catarina, 1º tenente reformado da aeronáutica. 

Ela pernoitou do dia 5 para o dia 6 na casa do amigo. Ainda há os dois tornos, nos quais foi armada a rede em que Sila dormiu. O que chamou atenção foi o relato de que ela usou um ‘tamborete’ para poder deitar na rede, por ter rodas de arame farpado no chão, a rede ficou muito esticada, muito alta, mas, a fera não sentiu receio e nela dormiu. 

Na manhã do dia 6, foi à casa de Lourival Batista. Em certo momento, pegou uma viola, e junto a Antônio de Catarina, cantaram um ‘baião’. Esta captura foi realizada na área da casa do aniversariante. Coisa muito boa, e que foi o que me chamou a atenção para o cangaço... poesia, viola e cangaço. Para mim, não são separados, se interligam historicamente.

Foto arquivo pessoal de Antônio de Catarina

Fonte: facebook

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JARAMATAIA - GARARU - 27 DE NOVEMBRO DE 1929.


Depois de tudo isso, ainda na parte da manhã, chega o Coronel com uma câmera Kodak, que pedia para fazer alguns retratos de Lampião e seus meninos, pois era sabido desde longas datas desse fascínio que os cangaceiros tinham por foto.

- Capitão, eu gostaria de fazer umas poses suas e do bando pode sê?

- Só dêxo de tu me manda essas foto, pode dexá lá no China em Poço Redondo qui eu pego lá. 

- Pode cobrar, de verdade, assim tão rápido quanto eu revelar as fotos eu envio para lá.

- Eu cobro mesmo viu?

O bando se ajeitou e alguns formados em duplas foram sendo fotografados pelo próprio Eronides. Foi nessa que quando foi fazer o retrato do Cangaceiro Mor sozinho que estava já aparentemente chateado com algo, o Coronel tenta amenizar.

- Tenho um presente novo procê, umas perneiras do exército, são novas e cabem em você certinhas. Na qualidade de Capitão, não pode andar sem perneiras.

Ponto Fino e Virgínio

Lampião demonstra felicidade e de pronto as calça. Faz pose para o retrato e a pequena câmera de mão dispara duas vezes. Nesse momento o bando todo se reúne no alpendre onde tinham algumas gaiolas na parede. Volta Seca, ainda com o rosto inchado no lado esquerdo, estava olhando os passarinhos na parede e esticando a mão, abre a portinhola das duas gaiolas sem que os presentes percebessem e solta o pobre e indefeso caboclinho já mudado e uma viuvinha. O pequeno percebe em seguida quando o bando começa a se aproximar e a sentar na calçada. 


Volta Seca, com o pano na mão direita e a arma na esquerda, desce a pequena calçada e fica de pé na extremidade direita (na visão de Eronides) com seu punhal cruzado na cintura à mostra. Lampião, sentado na outra extremidade mostrava sua perneira nova. 


Entre eles dois estavam sentados em pequenos tamboretes, Moderno, Zé Baiano e Arvoredo. De pé atrás estavam Mariano (quase escondido na sombra de uma porta aberta), Ponto-Fino, Calais, Fortaleza e o baixinho Mourão. Todos de arma em punho, não posicionados para o ataque e com os chapéus ainda lisos, sem os famosos desenhos e adornos conhecidos. 


O som da câmera disparando por duas vezes foi ouvido... Lampião cobra novamente as fotos, que seriam entregues dias depois. Na saída, o bando já perfilado e montados nos seus cavalos, o som da câmera dispara uma última vez. Anos depois, Eronides já Governador de Sergipe, exibia eufórico aos jornalistas as fotografias que fizera dos cangaceiros naquele dia... t

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

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AMANHÃ... PARA QUEM TEM "SANGUE NO OLHO!"


Você não pode ficar fora desta 
Grande Festa 
da Verdadeira Alma Nordestina

Até lá !!!
Manoel Severo


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PRINCESA E JOÃO PESSOA REALIZAM EVENTOS CULTURAIS QUE VALORIZAM A MULHER

Por João de Sousa Lima

Dias 19 e 20 em Princesa e dias 25 e 26 em João Pessoa, acontecerão eventos culturais que valorizam a mulher.

O historiador João de Sousa Lima realizará palestras nas duas cidades, representando Paulo Afonso, Bahia.

A palestra "MULHERES CANGACEIRAS", contará um pouco do que foi a entrada e a permanência das mulheres para o fenômeno cangaço, dando um foco principal ao seu modo de vida, suas vestimentas, apetrechos, amores e lutas.


Escritor, pesquisador, autor de 09 livros. Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e da SBEC - Sociedade Brasileira de estudos do Cangaço. Telefones para contato: 

75-8807-4138 9101-2501 
email: joaoarquivo44@bol.com.br joao.sousalima@bol.com.br

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NOVO LIVRO NA PRAÇA


O LIVRO:

O romance “A Volta do Rei do Cangaço,” de Junior Almeida, mantém vivo o mito de Lampião.

Neste livro de sabor regional o mais famoso cangaceiro nordestino não foi morto pela polícia em Sergipe, em 1938. Alguém foi assassinado em seu lugar mas prevaleceu a versão das “volantes” e do governo.

Lampião, na verdade, foi atingido por uma espécie de maldição e ainda está vivo, sem nem ao menos envelhecer. Já morou em vários lugares do Nordeste e usou diversos nomes. Atualmente usa o nome de Luiz Ribeiro, é coronel da Polícia Militar de Pernambuco e mora num recanto escondido no município de Capoeiras, no Agreste do Estado.

O romance faz uma viagem ao passado, relembrando os tempos do cangaço e da violência, tanto por parte dos bandoleiros como da polícia. No presente, Virgulino Ferreira, com outro nome interage com militares de alta patente e até com o governador do Estado.

Um historiador, obcecado pela vida misteriosa dos cangaceiros, desconfia que Lampião não morreu em Angicos e começa a fazer investigações por conta própria, enfrentando a descrença de muitos e os perigos dessa busca pela verdade.

“A Volta do Rei do Cangaço” retrata o interior das pequenas cidades do Nordeste, mostra as ligações de Lampião com o padre Cícero Romão e nos apresenta o cangaceiro como uma espécie de justiceiro, capaz ainda hoje de recorrer a violência quando é preciso enfrentar uma desfeita ou punir algum bandido.

Fonte: facebook

Solicitação: O autor deverá indicar aos amantes do tema cangaço como adquiri esta obra.

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IDENTIFICAÇÃO DE CANGACEIROS

Por Rubens Antonio

"Eu, que me criei na pisada!" - Como é, por vezes, difícil identificar todos os cangaceiros presentes em uma imagem, aqui uma colaboração. Em uma cópia desta foto, no ano de 1937, foram anotados os nomes dos cangaceiros, conforme indico nesta.

Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Fonte: facebook
Página: Rubens Antonio


Informação: Segundo o escritor Alcino Alves Costa em seu livro: "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico", o cangaceiro Sabonete era irmão do cangaceiro Borboleta, que foi ao encontro do capitão Aníbal Ferreira, na companhia do cangaceiro Juriti, na finalidade de serem perdoados pelos crimes que fizeram durante o período em que o cangaço reinava no Nordeste Brasileiro. 

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Zé Pereira não era homem de se intimidar...

 Por Frankilin Martins

Poucos episódios revelam tão bem o delicado equilíbrio existente na República Velha entre o poder dos "coronéis", que mandavam nos municípios do interior, e a autoridade dos governadores, como a revolta da Princesa, ocorrida no sertão da Paraíba no ano de 1930. Em fevereiro daquele ano, o "coronel" José Pereira, julgando-se desprestigiado com a chapa de deputados federais que acabara de ser formada, rompeu com o governador João Pessoa, também candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Getúlio Vargas. Ato contínuo, declarou apoio os adversários de Pessoa no plano nacional. Em represália, o governador ordenou a retirada dos funcionários estaduais de Princesa e destituiu o prefeito, o vice-prefeito e o promotor, ligados ao "coronel" e mandou tropas da Polícia Militar convergirem para o município de Texeira, perto de Princesa, com o objetivo de sufocar a rebelião.

Começou a guerra. O "coronel" não era homem de se intimidar com pouca coisa e enviou 120 homens armados para Texeira, que foi retomada pelos rebeldes. Em março, nova vitória das forças de José Pereira. Em maio, 220 soldados e jagunços a serviço do governo estadual tentam entrar em Princesa, mas caem numa emboscada, na qual morrem mais de cem pessoas. Em junho, os princesenses proclamam-se independentes da Paraíba e criam o Território da Princesa, com bandeira, hino e leis próprias.
  
Coronel José Pereira em foto dos anos 70

João Pessoa tenta nova investida. Incapaz de dominar a cidade rebelde, apela para a guerra psicológica. Uma avioneta, pilotada por um italiano, lança panfletos sobre Princesa, exortando a população a depor as armas. Caso contrário, haveria bombardeio aéreo. Mas a resistência continua -e as bombas não vêm. Nas semanas seguintes, os homens do "coronel" José Pereira, usando táticas de guerrilha, espalham sua ação pelo sertão, dando a entender que o conflito seria longo.

Mas a luta estava para terminar, com um desfecho imprevisto. No dia 26 de julho, João Pessoa foi assassinado no Recife por um desafeto, João Dantas, por motivos mais pessoais do que políticos. Com a morte do chefe inimigo, José Pereira chegou à conclusão que não tinha mais razões para lutar. Deixou sua terra, Princesa, e foi para Serra Talhada, em Pernambuco.

Em agosto, soldados do 21 Batalhão de Caçadores, obedecendo a uma determinação do presidente Washington Luíz, entraram em Princesa. Dois meses depois, foram substituídos por tropas da PM. O município voltou a fazer parte da Paraíba. A luta deixara um saldo de cerca de 600 mortos.

FONTE:http://www.franklinmartins.com.br/estacao_historia_artigo.php?titulo=coronel-x-governador-a-revolta-da-princesa

Vem aí...


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Mossoró - 163 anos de Emancipação política - 15 de Março de 2015

Por Geraldo Maia do Nascimento

No dia 15 de março de 1852, o povoado de Santa Luzia de Mossoró passou a categoria de Vila, através do Decreto Provincial de nº 246, sancionado pelo Dr. José Joaquim da Cunha, Presidente da Província do Rio Grande do Norte. A medida estabeleceu a criação da Câmara, desvinculando-se politicamente do Município do Assu, a quem pertencera até então, formando um novo Município, sendo elevada a respectiva Povoação à categoria de Vila de Mossoró. 


               
A ideia da criação do Município de Mossoró partiu dos habitantes da ribeira do rio Mossoró. Entre os principais incentivadores, destacava-se o Vigário Antônio Joaquim e o Padre Antônio Freire de Carvalho, que organizaram em Mossoró o núcleo Saquarema que era o Partido Conservador. Foram eles os responsável pela organização de um abaixo assinado que seria dirigido à Assembléia Provincial, pleiteando a criação da Vila e Município de Mossoró e do Tribunal de Jurados. Esse abaixo assinado chegou a Assembléia Municipal na sessão do dia 13 de janeiro de 1852, com 350 assinaturas. Como justificativa para a pretensão, alegavam: 1 – existência de mais de dois mil fogos (casas); 2 – população estimada em mais de seis mil almas; 3 – arruamentos bem organizados, de boa perspectiva e não pequeno; 4 – um comércio “bastante opulento”; 5 – terras ótimas para criação; 6 – praias que enviavam peixe seco para lugares em derredor; e 7 – salinas assazmente abundantes que constituem um grande ramo de comércio. 
               
Foi o bacharel Jerônimo Cabral Raposo da Câmara, Secretário da Assembléia, quem leu o abaixo assinado. 
               
O projeto veio ao plenário na sessão de 8 de março de 1852, para a primeira discussão. Aprovado sem emendas. Na Segunda sessão, com a mesma aprovação. E na terceira, realizado no dia 11, aprovado, seguindo para a Comissão de Redação Final. O Presidente da Assembléia, o Bacharel Otalino Cabral Raposo da Câmara, o Vice-Presidente e o 1º e 2º secretários assinaram o projeto em sua redação final. 
               
O Presidente da Província fez a sanção a 15 de março de 1852. 
               
Mossoró passava a ser o décimo nono município da Província. 
               
Com essa Lei nº 246, nascia o Município de Mossoró. 
               
Criado o Município, procedeu-se em Mossoró a eleição para Vereadores e Juiz de Paz. Nelas figurava o Vigário Antônio Joaquim como representante do Partido Conservador e o Capitão João Batista de Souza como representante do Partido Liberal. 
               
Os Conservadores procederam à votação no interior da Igreja de Santa Luzia enquanto os Liberais permaneceram numa casa da Rua Domingos da Costa. Houve uma tentativa por parte dos Liberais de tomar o Livro da Atas. Por não conseguirem, passaram a disparar armas de fogo para o lado da Capela, onde permaneciam os Conservadores. 
               
A eleição foi vencida pelos Conservadores, que era comandada pelo Vigário Antônio Joaquim e encabeçada pelo Padre Antônio Freire de Carvalho. Este, como Presidente eleito, juramentou-se perante a Câmara do Assu, tomando posse no dia 24 de janeiro de 1853, na Vila de Mossoró, tomando juramento aos demais Vereadores e declarando em seguida instalada a nova Câmara que ficou assim composta: Padre Antônio Freire de Carvalho, Presidente; Tenente Coronel Miguel Archanjo Guilherme de Melo, Vereador; Capitão Francisco de Medeiros Costa, Vereador; Capitão João Batista de Souza, Vereador; Francisco Besoldo das Virgens, Vereador; Sebastião de Freitas Costa, Vereador. 
               
Apesar da lamentável ocorrência quando da eleição, os Conservadores assumiram o poder e num período de tranqüilidade, fizeram um governo de paz, sem ódio e sem vingança. 
               
Muito pouco pode ser feito pelo primeiro governante de Mossoró. Na opinião do historiador Raimundo Soares de Brito, “arrumou a casa. O resto deixou a cargo dos seus sucessores”. 

Segundo Câmara Cascudo “a razão da vitória do projeto elevando Santa Luzia à Vila e fazendo surgir o novo município norte-rio-grandense deve ser procurado no plano político e não econômico. Foi um ato do Partido Conservador contra a região sabiamente pertencente ao Partido Liberal. Os eleitores, indo para Assú ou Apodi, iam votar no candidato “luzias”, como outrora eram fiéis ao Partido Sulista, nome do Liberal velho. Não havia em Santa Luzia do Mossoró eleitores do Partido Conservador e sim simpatizantes sem pronunciamento por falta de chefia coordenadora. Mossoró município havia de constituir base de força conservadora”, o que realmente veio a acontecer.

Geraldo Maia do Nascimento

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