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terça-feira, 1 de julho de 2014

PARA UMA MENINA DISTANTE

Por Rangel Alves da Costa*

Não conheço, nunca vi, não sei da face nem da feição, mas sei que existe uma menina distante. E uma menina triste, talvez na janela, talvez mirando o horizonte, trancada no quarto, rabiscando poemas ou riscando corações e nomes numa vidraça embaçada.

Menina, menina, quem dera eu ter o poder de colocar um sorriso no teu rosto, um brilho no teu olhar, uma esperança no teu coração. Quem dera eu levar à tua voz uma bela canção, fazê-la caminhante em busca de flores do campo, torná-la menos triste e mais feliz.

Não conheço sua rua, seu endereço, seu lugar de moradia, mas ainda assim envio uma cartinha. Um bilhete, uma mensagem singela. Ou mesmo um presentinho modesto, uma pequena recordação que te acenda a chama do prazer pela vida e a certeza que dias melhores virão.

Talvez chegue numa folha de outono, numa tarde qualquer de ventania e saudade, um tanto entristecida, mas abra e leia minha cartinha. E dentre muitas coisas ela diz assim: Eis que acordaste para a tristeza e abriste a janela para a lágrima. E certamente entristeceste e choraste. Agora olha adiante. Tuas lágrimas molharam as pétalas de todos os jardins do mundo e agora a primavera te chama a viver!

E no finalzinho da carta ainda encontrará: Então ouça essa bela canção que chega no sopro da brisa, então ouça essa voz interior querendo cantar, então siga os teus passos que desejam correr pelos campos, então atenda tua sede pela água da fonte. E depois. Depois espere a lua chegar trazendo uma carruagem de estrelas para uma viagem aos sonhos. E enfim acordar para a felicidade!


Quisera saber onde estás ou o que fazes neste momento. Não sei se morena, ruiva, negra, loura ou qualquer outro matiz na pele. Também não sei se de cabelos longos, lisos, encaracolados, curtinhos ou enroladinhos, nada disso sei. Talvez de boca carnuda, ou não, de pele aveludada ou no verniz do jambo ensolarado. Nada disso importa. Mas importa que esteja aí e aceite receber minha oferenda, meu presentinho humilde.

Faço da natureza meus braços e diante de ti coloco o que nem imagina ser um presente. O pássaro que chega mansinho e próximo à janela começa a cantar; a borboleta que entra e sai de seu quarto toda esvoaçante e cheia de cores; o cheiro de lavanda silvestre que parece sair da folhagem ao redor, eis o que te ofereço ao entardecer. E também o perfume da aragem da tarde e a melodia ouvida sem saber de onde vem.

Aceite, pois de coração. Uma concha de mar com segredo guardado e que somente a ti será revelado; um diadema de cipó enlaçado, enfeitado com pedrinhas de mucunã; uma mochila feita de cordame do mato, pintada com seiva de urucum e ornada com pena de pavão; uma chinela de couro cru, entrançada e envernizada pelo sol do sertão; um pedaço de madeira com seu nome gravado a fogo, um coração desenhado e uma frase de amor.

Mas também uma poesia de Drummond, algo sublime que te afaste a tristeza e a faça compreender quanto importante é a força da superação: Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua...

Diante de porta encontrará uma cesta com frutas do mato: araçá, araticum, quixaba, melão coalhada. E também uma garrafa lacrada com a sabedoria dos tempos. Aí as lições dos antigos, passadas de geração a geração, vozes que foram guardadas para a posteridade. Mas não abra a garrafa, nunca. Apenas imagine ouvindo lições como esta: Assim como a porta da moradia é o coração. Não é qualquer um que deva entrar, senão os que mereçam ter acolhida.

Com muito mais queria presenteá-la, mas só me resta um velho candeeiro quase sem pavio. E logo será noite. Abrirei a janela para mirar a lua. E a minha lua avistada será a mesma lua diante de teus olhos. Ao sentir sua luz, enxugue as lágrimas e receba um abraço meu. E uma palavra de ternura, de carinho, de profunda afeição.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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Vai começar a Festa: Divulgada Programação do Cariri Cangaço Piranhas 2014 !


Tudo pronto para a abertura da Agenda Cariri Cangaço 2014. Piranhas, a sede Cariri Cangaço nas Alagoas, promove a primeira Avante-Premiere do evento que tem seu ponto alto em Setembro de 2015. Uma das cidades mais bonitas e acolhedoras do Brasil, às margens do São Francisco, rica em beleza, esbanjando história e tradição, realiza no próximo mês de Julho, de 24 a 28 a Semana do Cangaço, com vasta e rica programação no momento em que se registram 76 anos da morte de Virgulino Ferreira em Angico, Sergipe.

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA


Dia 24 de Julho de 2014
Quinta –feira – Piranhas
Local : Centro Cultural Miguel Arcanjo de Medeiros

16:00 h –  Abertura da Semana do Cangaço
Prefeito de Piranhas Dr. Dante Alighieri
Apresentação da Filarmônica  Mestre Elísio – Piranhas /AL
16:20 h –  Palestra : Soldado Adrião - A Outra Face do Cangaço
Palestrante:  Antonio Vilela – Pesquisador e Escritor
SBEC e Conselheiro Cariri Cangaço
17:00 H – Intervalo
17:10 h – Mesa Redonda :  Cultura Regional
Prof. Dr. Benedito Vasconcelos ( Presidente da SBEC )
Profª Railda Nascimento ( MAX – Museu de Arqueologia de Xingó)
Luiz Carlos Salatiel ( Prefeitura de Piranhas)
Jaqueline Rodrigues ( Representante da ASTURP )
Coordenador da Mesa : Manoel Severo ( Curador do Cariri Cangaço)
17:40 h – Debate
18:40 h – Apresentação  de peça teatral com o grupo Estrelas do Sertão
19:20 h –  Lançamento do Livro
"Lampião em Paulo Afonso" - João de Sousa Lima
"Dicionário Biográfico Cangaceiros e Jagunços" - Renato Luis Bandeira


Dia 25 de Julho de 2014
Sexta-feira - Piranhas
Local : Centro Cultural Miguel Arcanjo

10:00 h - Reunião Extraordinária SBEC
11:00h - Reunião Extraordinária do CARIRI CANGAÇO
15:00 h –  Lançamento do Projeto  Arqueologia do Cangaço
Prof. Dr. Carlos Guimarães ; Prof. Dr. José Roberto Pellini
Prof. Dr. Leandro Domingues Duran
UFMG , UFBA, UFS - MAX, UFPA
15:40 h – Intervalo
15:50 h – Palestra : Lampião no imaginário do homem do sertão
Palestrante : Prof. Wescley Rodrigues
16:30 h – Exibição do documentário:
“ A violência oficial nos tempos do Cangaço “  de Aderbal Nogueira.
16:40 h – Mesa Redonda :  O Estado e o Cangaço
Componentes da Mesa
Manoel Severo - Fortaleza, CE
João de Souza Lima - Paulo Afonso - BA
Sousa Neto - Barro, CE
Tenente Coronel Lucena - Maceió - AL
Coordenador da Mesa : Jairo Luiz Oliveira
17:20 h – Debates
18:00 h – Apresentação do grupo de xaxado Cangaceiros do Capiá  Piranhas /AL
18:30 h – Encerramento


Dia 26 de julho de 2014
Sábado - Piranhas _ AL

09:00 h - Oficina de Discussão Arqueologia e Cangaço
Participantes : Pesquisadores da UFS , UFMG, UFPA, UFBA, SBEC GECC, GPEC e Cariri Cangaço
12:00 h – Término da oficina e intervalo para almoço

09:00 h - Oficina de discussão Arqueologia e Cangaço
Pesquisadores da UFS , UFMG, UFPA, UFBA, SBEC e Cariri Cangaço
12:00 h – Término da oficina
14:00 h – Exibição de Imagens inéditas
"O cangaceiro Vinte e Cinco" de Aderbal Nogueira
14:40 h - Dinâmica: A história oral como história
15:40 h - Debates


Dia 27 de Julho de 2014
Domingo - Piranhas - AL

09:00 h – City Tour em Piranhas
Visitas: Palácio D. Pedro II  ( atual Prefeitura Municipal)
Museu do Sertão; Local da morte do coiteiro  Pedro de Cândido;
Estação Ferroviária


Dia 28 de Julho de 2010
Segunda-feira

08:00 h – Saída para Angico – Missa do Cangaço
Local de embarque : Porto de Piranhas/AL
13:00 h – Retorno

SEMANA DO CANGAÇO 2014
CARIRI CANGAÇO PIRANHAS
ALAGOAS - BRASIL

Manoel Severo e Jairo Luiz

O evento é uma realização da Prefeitura Municipal de Piranhas com a marca Cariri Cangaço e o apoio da ASTURP, da Universidade Federal de Sergipe e do MAX - Museu de Arqueologia de Xingó e terá as conferencias, debates e exibição de vídeos no Centro Cultural Miguel Arcanjo na Piranhas Antiga, Patrimônio da Humanidade; além de visitas dirigidas a muitos dos principais cenários do cangaço lampiônico da década de 30, tanto em Piranhas como em Entremontes e Olho d'Água do Casado,  em Alagoas e Canindé do São Francisco e Poço Redondo em Sergipe.

A Avante-Premiere Cariri Cangaço 2014 em Piranhas tem a frente o pesquisador e Conselheiro Cariri Cangaço, turismólogo Jairo Luiz; e terá as presenças de representantes da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, do GECC - Grupo de Estudos do Ceará, do GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço, além de Universidades e escolas, dentre outras representações e instituições ligadas à pesquisa e estudos do Cangaço, de todo o Brasil.

Aguardamos Você !

Manoel Severo - Curador do Cariri Cangaço
Jairo Luiz Oliveira - Coordenador Geral da Semana do Cangaço


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Lampião, Rei do Cangaço

Por João de Sousa Lima

Lampião, o Rei do Cangaço, atravessou o Rio São francisco, pras terras baianas, oriundo de Pernambuco, em 1928.


No Raso da Catarina, imensa e quase desértica região, ladeada pelas cidades de Paulo Afonso, Glória, Rodelas, Macururé, Abaré, Uauá, Canudos, Jeremoabo e Santa Brígida, o cangaceiro construiu uma grande rede de coiteiros, entre vaqueiros, coronéis, fazendeiros e políticos, estendeu suas amizades e conseguiu arregimentar uma infinidade de jovens, entre homens e mulheres para o grupo.


Só em Paulo Afonso ele conseguiu que 47 jovens vestissem a mescla azul do cangaço, entre eles a Rainha do Cangaço, Maria Bonita.

Os diversos povoados foram pontos de passagens e hospedagens, verdadeiros esconderijos do Rei do cangaço. Entre os povoados de maior destaque estão: Juá, Salgadinho, Nambebé, Arrasta-pé, Serrote, Lagoa do Rancho, Várzea, Santo Antonio, Baixa Verde, São José, Bogó, Sítio do Lúcio, Poços, Mosquito, Campos Novos, Malhada da Caiçara, Sítio do Tará, Macambira, Alagadiço, Olho Dágua do Paulo, Rio do Sal, Baixa do Boi, Malhada Grande e Caiçara.

Paulo Afonso tornou-se um dos maiores esconderijos de Lampião e seus subgrupos.

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Movimento de Escritores na Livraria Escariz, Jardins-Aracaju

Por João Everton da Cruz

Foi um 26 de junho de 2014 marcado pela interação e socialização da cultura nordestina, sobretudo das raízes sergipanas. Uma maneira de fazer chegar a cultura a muito mais pessoas. Durante o evento ouvimos recital de poesia. Reencontramos velhos amigos e discutimos projetos, ideias e cultivamos a paidéia.

O encontro possibilitou uma relação transformadora do ser humano. O humano se faz no curso do desenvolvimento histórico e social; profundamente diferente do mundo da natureza. Daí a importância da cultura na vida das pessoas: "formar", "educar", "instruir o ser humano". Cultura é Humanização.



Ao longo do evento foi possível ler, comprar alguns livros e saborear um café entre amigos. O exercício da palavra foi o fio condutor do encontro de escritores e apreciadores de literatura. Foi dado ênfase ao registro escrito com a exposição de cada escritor acerca dos seus livros. Por isso que o registro é ainda a forma mais duradora de permanecer no tempo uma mensagem que se queira dizer a outras pessoas. Vimos um grande volume de obras sendo produzidas em Sergipe.

Os livros apresentados n"O Escritor na Livraria" são frutos de diferentes dinâmicas literárias e, portanto, em diferentes gêneros. Vale a pena a leitura. A lição que tiramos: é hora de alargar horizontes e confrontar com os desafios. Dizia o teólogo Juan Sobrino: "a realidade dá o que pensar e dá o que fazer". A sabedoria indígena nos ensina que podem arrancar nossos frutos, cortar nossos galhos e queimar nossos troncos, porém nunca conseguiram matar nossas raízes.


Foi um evento prospectivo. É nesta perspectiva que vem nascendo novas Academias de Letras pelo interior do Estado de Sergipe. Fruto do trabalho do Escritor Domingos Pascoal. São elas: Academia Dorense de Letras (recém instalada); Academia Gloriense de Letras; Academia Itabaianense de Letras; Academia do Alto Sertão; Academia Lagartense de Letras; Academia Estanciana de Letras e Academia Tobiense de Letras. Sem contar a Academia Sergipana de Letras.

João Everton da Cruz
Nossa Senhora das Dores - Sergipe

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Quebra-cabreça do Clã Marçal Diniz

Por Manoel Severo

Dentre todos os arranjos e conchavos vivenciados por Virgolino Ferreira, um dos que mais se destacam foi sem dúvida a relação mantida com a grande oligarquia da família Diniz, do coronel Marçal Diniz, seu irmão Laurindo, seu filho Marcolino Pereira Diniz e seu genro, o chefe político de Princesa, o poderoso Zé Pereira.

Coronel Zé Pereira

É Interessante observar a incrível ligação consanguínea que acabou ligando esses personagens chaves desse período cangaceiro de Virgolino na Paraíba, senão vejamos: numa época em que os casamentos consanguíneos eram corriqueiros, o número de filhos bastante elevado e os homônimos existiam em todo lugar, Princesa apresentou alguns casos dignos de um autêntico quebra-cabeça.


Marcolino Diniz, filho de Marçal Diniz irmão de uma Xandu e esposo de outra...

O “coronel” Marcolino Pereira casou com Águida de Andrade, a “Sinhá" Águida, a união gerou Zé Pereira e Doninha. Esta enamorou o “coronel” Marçal Florentino Diniz e teve os filhos Xandu e Marcolino Diniz. Esse se uniu a outra Xandu, a famosa Xanduzinha, filha do "major" Floro Diniz. 

 Dona Alexandrina Pereira Lima (Dona Xandu)

Zé Pereira casou-se com a própria sobrinha, Xandu, essa, a irmã de Marcolino. Então temos: Zé Pereira que é irmão de Doninha, que é mãe de Marcolino Diniz, que é irmão de Dona Xandu, que firmou matrimônio com Zé Pereira. Fácil, fácil de entender.

Manoel Severo

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Site do cantor João Mossoró


topo 1000 80




ACESSE ESTE SITE. VALE A PENA.

http://www.joaomossoro.com

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Manoel de Souza Ferraz " Manoel Flor", Nazareno inimigo de Lampião


Na campanha contra Lampião, Manoel Flor participou de inúmeros e perigosos tiroteios e combates, destacando-se os seguintes: Enforcado (dois combates), Baixas, Xiquexique, Caatinga da Pedra Ferrada e Abóboras, no município de Serra Talhada; Nazaré, Caraíba, Serra Umã, em Floresta; Pelo Sinal e outros quatro combates, em Princesa (Paraíba); Cachoeira do Galdino, em Custódia; Fazenda Açude de dona Rosa, em Flores; Poço do Cosmo, em Bom Conselho; Serra do Ermitão, em Garanhuns; Gangorra (1928), Serra da Cana Brava, Olho d`Água do Chico e Raso da Catarina (1932), todos no município baiano de Glória; Pouso Alegre, em Campo Formoso, também na Bahia. 

 Foto do Coronel Manoel Flor e sua esposa Dona Maria de Lourdes Ferraz. 

Fonte: 
http://lampiãoaceso.blogspot.com, 
administrado pelo pesquisador Kiko Monteiro.

Fonte que eu adquiri: facebook

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Mais Jararaca - O Cangaceiro que Virou Sant


Cemitério de Mossoró, final de tarde. Pouca gente viva por aqui. Um sujeito meio triscado de cachaça dá a dica: 

"- Este túmulo pintadinho de azul caixão-de-anjo, à esquerda de quem entra, coberto de flores e pedrinhas de rio, guarda os restos mortais do cangaceiro Jararaca. Preso em 14 de junho de 1927, um dia depois da invasão frustrada de Lampião à maior cidade do Seridó, Jararaca penou quatro dias na cadeia pública da cidade, ferido no peito e nas pernas. Na noite de 19 de Junho, foi trazido para cá. A guarda que o conduzia, obrigou Jararaca a abrir a própria cova. O soldado João Arcanjo o sangrou, mas o povo diz que o bandido foi enterrado ainda vivo. Tinha apenas 26 anos".

Ao lado do túmulo, Toinho do Açu explica o que são estas pedrinhas; É em agradecimento a uma graça alcançada. Aqui foi um velho bandido, ói, ele sacudiu uma criança pra cima e espetou num punhal. Depois ele ficou arrependido do que tinha feito, explica. A cera das muitas velas votivas que alumiaram esta cova no dia de Finados recobre o chão.

José Leite de Santana, o Jararaca, nasceu há cem anos, em Buíque, estado de Pernambuco. Entre 1920 e 1926 foi soldado do Exército. Largou a farda para vestir a armadura de pano e couro do cangaço. Sua desaventura durou bem pouco. Em começos de junho de 1927, o cangaceiro paraibano Massilon (tem quem diga que ele era da família Diógenes, do Jaguaribe) encheu os ouvidos do chefe maior do cangaço. Bem que Lampião ficou meio arisco, Mossoró era uma cidade grande demais, ele jamais ousara tanto. Mas a possibilidade de lucros gordos superou a hesitação. Assim, juntaram-se para a empreitada os bandos comandados por Massilon, Jararaca, Sabino Costa, Vinte-e-dois, todos sob a ordem maior de Lampião. No total, pouco mais de 50 homens bem armados.

A cidade tinha sido avisada, ninguém acreditou, a não ser o prefeito. Naquele ano, o dia de Santo Antônio caiu numa segunda-feira, e o povo passou a noite anterior dançando. No fim da tarde do dia 13, uma chuva boa. Ouviram-se os primeiros tiros, teve quem pensasse ser barulho de trovão. Rodolfo Fernandes, o prefeito, recebeu um ultimato assinado pelo capitão Lampião, que cobrava 400 contos de réis para deixar Mossoró em paz. Fernandes não se intimidou. Na cidade havia um contingente de 22 soldados, apenas. O prefeito organizou a resistência, acantonada em trincheiras de fardos de algodão.

Na lateral da igreja de São Vicente, que ainda guarda os buracos de bala do entrevero, Raimundim do Mixto, de nome todo Raimundo de Freitas Nunes, 72 (40 anos de boleia transportando passageiros entre Mossoró e Limoeiro do Norte), também conhece a história do cangaceiro milagroso. '' Todos os anos vou ao cemitério. Visito o túmulo de Jararaca por curiosidade, pra ver o movimento. Este ano, contei 520 velas, afora as da fornalha do lado. Dizem que ele se arrependeu de dois crimes, antes de morrer, o menino que ele sangrou na ponta de uma faca e os bicos dos peitos de uma mulher, que ele arrancou''.

Raimundim sabe outra história da mal-sucedida invasão. A do cangaceiro Menino de Ouro. ''Ele saiu baleado, muito doente, mas não quis morrer aqui. Quando chegou na Baixa Branca, divisa com o Ceará, num lugar conhecido como Lagoa do Rocha, perguntou a Lampião:

- Já saímos do Rio Grande?

- Já. - Respondeu Lampião.

- Pois acabem de me matar, pra não atrasar a viagem. 

Eu não vi, mas todo mundo conta (Eleuda de Carvalho)

O Povo

Fonte: sincep

http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Jararaca&ltr=J&id_perso=464

http://blogdomendesemendes.blogspot.com: Sobre a cova que o cangaceiro cavou eu não tenho conhecimento se foi real Acho muito difícil, porque o cangaceiro estava bastante doente, devido os balaços que sofreu durante o tiroteio.

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Mais sobre o cangaceiro Jararaca


A morte do Jararaca

Quando Lampião teve a certeza de que atravessaria livremente todo o Ceará, em cujo território já por vezes penetrara, erguendo vivas ao então Presidente do Estado, decidiu invadir o Rio Grande do Norte, para atacar a cidade de Mossoró. Seduziam-nos os pingues recursos desse empório comercial, servido por uma agência do Banco do Brasil.

Saiu-lhe, porém, o ano bissexto… A população de Mossoró, tendo à frente o valoroso Prefeito Cel. Rodolfo Fernandes, reagiu bravamente ao assalto da cabroeira de Virgolino e dois sequazes deste tombaram baleados, sem que os companheiros os pudessem conduzir.

Um dos feridos era o Jararaca. Transportado para a cadeia, solicitamente o medicaram. Era preciso que ele não falecesse sem que as autoridades o ouvissem. De fato, só depois de prensado, interrogado e, até, de fotografado, o Jararaca morreu. Mas ninguém o viu morto, pois o enterramento foi dado como feito alta noite.

Uns vinte dias depois, dizia-me em Fortaleza um sertanejo da terra potiguar:

"- Jararaca morreu, mas não foi de morte morrida: foi de morte matada…"

E com a desenvoltura de quem não tem papas na língua nem é jornalista do Governo, descreveu a cena macabra:

- Uma boca-de-noite, noite de lua, o Jararaca, algemado, foi conduzido da cadeia pro cemitério. Chegando lá rodeado de soldados, mostraram-lhe uma cova, aberta lá num canto, quase fora do “sagrado” e lhe perguntaram se ele sabia pra que era aquilo… Foi quando o Jararaca falou, frocado e destemido:

"- Saber de certeza não sei não, mas porém estou calculando… Não é pra mim? Agora, isso só se faz porque eu me vejo nestas circunstâncias, com as mãos inquiridas e desarmadas! Um gosto eu não deixo pra vocês: é se gabarem de que eu pedi que não me matassem. Matem! Que matam, mas é um home! Fiquem sabendo que vocês vão matar o home mais valente que já pisou neste…"

Mas, não teve tempo de acabar de dizer o que queria. Por trás dele, um soldado, naturalmente de combinação com os outros, deu-lhe um tiro de revólver na cabeça. A bala pegou bem no mole do pé do ouvido, lá nele. O Jararaca amunhecou das pernas e caiu, de olho vidrado. Aí, os soldados o empurraram com os pés pra dentro da sepultura. Só demoraram enquanto tiravam os ferros das algemas. Quando o cadáver rolou pra cova, fizeram luz e espiaram: o finado tinha caído de bruços. Mas, ninguém se embaraçou com isso: por cima do corpo inda quente, as pás de terra deram serviço…

Calou-se o narrador, para dizer, logo mais, entre compadecido e irônico, num misto de piedade e de galhofa:

"- Coitado do Jararaca! Tão valente na hora da morte, mas foi enterrado dando as costas pra este mundo velho, onde ele fez tanta estripulia…"

http://blog.opovo.com.br/pliniobortolotti/a-morte-do-jararaca

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Como morre um cangaceiro

Por Xico Sá

Antes de ser executado, Jararaca riu com as lembranças de sua vida ao lado de Lampião

Um dia depois do combate, quando o povo de Mossoró ainda temia o possível retorno de Lampião sequioso por vingança, um dos principais cangaceiros do bando, Jararaca, foi capturado se arrastando por um matagal. O que se deu a seguir foi um roteiro tragicômico, conforme a narrativa de Lauro da Escóssia, então repórter do jornal O Mossoroense. 

O jornalista Lauro da Escóssia

O nome do pernambucano Jararaca era José Leite de Santana. Ele tinha apenas 22 anos nos registros policiais, contudo, aparece com 26. 

Mesmo com um rombo de bala no peito, conseguiu gargalhar durante uma entrevista na cadeia. O cabra de Lampião dizia que era por causa das “lembranças divertidas do cangaço. Entre as memórias que ouviu do preso, Laura da Escóssia descreve o dia em que Lampião teria invadido a festa de casamento de um inimigo e, com seu próprio punhal, sangrado o noivo. Já a noiva teria sido estuprada na caatinga pelos cabras do bando. Segundo o relato de Jararaca, Virgulino também ordenou que os convidados de um baile tirassem as roupas e dançassem um xaxado completamente nus. 

Vera Ferreira neta de Lampião e Maria Bonita

Vera Ferreira, neta de Lampião, que hoje cuida das memórias do avô em Aracaju, Sergipe, vê muito folclore nesse tipo de história. Nega, a partir das suas pesquisas, que o cangaceiro tenha ordenado ou praticado estupros (ela é co-autora do livro independente De Virgolino a Lampião, que escreveu com o pesquisador Amaury Corrêa, dono de um dos maiores acervos sobre o rei do cangaço, em São Paulo). Fato é que, na cadeia, Jararaca virou atração pública na cidade potiguar. 

Manoel Severo e Antonio Amaury Corrêa

Quando já apresentava alguma melhora do ferimento, mesmo sem ser medicado, ouviu que seria transferido para a capital, Natal. Era mentira. “Alta noite, da quinta para a sexta-feira, levaram o  Jararaca para o cemitério, onde já estava aberta sua cova, relata Escóssia. Pressentindo a armação, Jararaca diz: 

“”- Sei que vou morrer. Vão ver como morre um cangaceiro!”"

Capitão Abdon Nunes

O capitão Abdon Nunes, que comandava a polícia em Mossoró, relatou dias depois os momentos finais do capanga de Lampião: “

" - Foi-lhe dada uma coronhada e uma punhalada mortal. O bandido deu um grande urro e caiu na cova, empurrado. Os soldados cobriram-lhe o corpo com areia". 

Pelas circunstâncias da morte, o túmulo de Jararaca virou local de romaria. Até hoje as pessoas rezam e fazem promessas com pedidos ao cangaceiro executado. Na terra do Sol, Deus e o Diabo ainda andam juntos.

http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/mossoro-lampiao-434400.shtml

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QUINTINO DE LACERDA

Por Zózimo Lima

Leiam amigos, a história deste ex-escravo sergipano, filho de Itabaiana, abolicionista, chefe de famoso Quilombo Paulista. Uma figura ilustre que poucos sergipanos conhecem.

O sergipano, embora mal nascido, afloradas nas primeiras manifestações da inteligência, sedento de triunfo, procura sempre gasalhado longe de seu berço e raramente recua ou tomba na peleja sem agitar na destra os florões simbólicos da vitória.

Aqui, na terra em que veio à luz da vida, é que dificilmente ele consegue alçar o voo pouco além do da coruja.

Possuidor de qualidades excepcionais que propendam para as letras ou para as artes, contra si levanta-se a maioria composta de medíocres, incapazes e invejosos.

Razão tinha o douto filósofo e sociólogo conterrâneo, autor da HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA, quando, da tribuna da Câmara Federal, em memorável discurso na sessão de 7 de abril de 1902, afirmara: “Onde encontrardes uma inteligência sergipana a brilhar em qualquer sentido, em qualquer das manifestações do espírito, ficai certos de que essa inteligência, esse talento teve de, coagido, emigrar da pátria”.

É uma verdade a afirmativa do ilustre sergipano, reconhecida por eminentes personagens de outras terras do Brasil. O saudoso Barão do Rio Branco, tivera para nossa terra a denominação de “cárcere do gênio”, e o notável estadista Nilo Peçanha, que, também, quando lhe permitiam os folgares da política partidária, se entregava ao arroteio das boas letras e da História, chamou-a “mãe da espiritualidade”.

Existiu um digno sergipano obscuro de origem, pois que nascera num almadraque de senzala com o estigma ignominioso de escravo, que bem alto se elevou elevando a sua gleba, em longínqua província brasileira onde tem memória veneranda perpetuada em magnífico mausoléu ereto pelo povo que muito o quis e o admirou pelo seu civismo incomparável.

Em Sergipe é ele totalmente olvidado ou talvez desconhecido.

Foi ele o negro Quintino de Lacerda, grande pelo amor aos seus desgraçados irmãos de cativeiro e maior ainda pelo destemor com que, afrontando as iras dos potentados escravocratas do Império, organizara por determinação de figuras notáveis da campanha abolicionista de São Paulo, um quilombo de pretos fugidos nos arredores da cidade invicta de Santos.

Quintino de Lacerda nasceu em Itabaiana, neste Estado, no ano de 1855, não se sabe o dia certo, e ali viveu até 1874, quando foi vendido, aos 19 anos, para Santos, pelo seu senhor, o major Antônio dos Santos Leite, pai do atual e conhecido livreiro desta praça Sr. Agripino Leite.

Moleque ativo, simpático, afável, inteligente, dócil, afeiçoara-se à família de seu senhor o Cel. Antônio de Lacerda Franco, de quem adotara o sobrenome, e com as suas sinhás-moças estudara os rudimentos da leitura e da escrita após os fazeres da cozinha, conseguindo, depois de oito anos de serviços como escravo, a carta de alforria, se bem que fosse por toda Santos considerado um liberto, com os privilégios da consideração a poucos brancos concedidos pelo seu riquíssimo e fidalgo possuidor.

No auge da campanha abolicionista em que batalhavam com denodo e fé um ex-escravo já ilustre, Luiz Gama e mais Antônio Bento, João Otávio, Lobo Viana, Augusto Bastos, Robim César Américo Martins, Afonso Veridiano (que eu conheci em 1911 no exercício de tabelião e com ele mantive estreitas relações), Vicente de Carvalho, Silvério Fontes (sergipano, pai do grande poeta paulista Martins Fontes), Martin Francisco, Jorge Montenegro, Geraldo Leite, Ricardo Pinto e muitos outros vitoriosos idealistas, o preto de Itabaiana Quintino de Lacerda, que então era capataz de turmas nos armazéns recebedores e exportadores de café, entre os seus companheiros fazia intensa propaganda, liderava o movimento libertador, alcançando com a sua catequese cívica prestígio extraordinário. A massa proletária seguia-o cegamente.

A sua influência e poder de sedução eram tão grandes, o seu nome era tão querido e respeitado, tão proclamada a sua audácia, que os abolicionistas de Santos, não podendo conter mais em suas residências particulares o número crescente de negros fugidos do chicote dos ferozes fazendeiros, dirigiram-se lhe, por intermédio do seu ex-senhor e amigo Lacerda Franco, pedindo-lhe organizasse e assumisse o comando do reduto estabelecido nas próximas matas de Jabaquara.

É agora que começa a obra que devia elevá-lo às cumeadas da fama que o sagrou cavalheiro da cruzada santa da libertação.

A história dos Palmares repete-se, sem o drama trágico da derrota nas planícies e alcantis que formam o inexpugnável reduto da Jabaquara.

O negro filho de Itabaiana desdobrou-se em atividade, caminhou resoluto para frente sem temer os perigos que se lhe ofereciam na campanha. As palavras inflamadas, candentes, destruidoras de Silva Jardim e José do Patrocínio, que ele ouvia nos comícios da Praça dos Andradas e no Teatro Guarani, davam-lhe estímulo e forças de um Anteu. O negro destemeroso tomava agora parte em todas as conspirações libertadoras, iludia a vigilância da polícia e da tropa de linha postada nas estradas para capturarem os fugitivos, subornava os capitães do mato, subia e descia serras e montanhas, galgava Monte Serrate e Cubatão, fazia reconhecimentos perigosos nas estradas do Vergueiro, e assim, sempre vigilante, noite e dia, povoava o quilombo da Jabaquara, que, na sua ausência, era guardado por outro negro valoroso conhecido por pai Felipe.

Santos, que considerava abolida do seu seio, desde 1886, a escravidão, era agora o refúgio dos negros que de modo próprio se davam à liberdade, fazendo longas e arriscadas caminhadas através das matas em busca do asilo que lhes preparava Quintino de Lacerda.

Quando, a 13 de maio de 88, chegara a Santos o decreto que extinguia o cativeiro foi como se propagasse a loucura coletiva entre seu povo. Bimbalhavam os sinos das igrejas, apitavam as embarcações surtas no porto, homens, mulheres e crianças de todas as classes e categorias sociais, gritavam e choravam de contentamento. Fechara-se o comércio. Toda a população negra de Jabaquara, composta de 2023 cativos com Quintino à frente, veio às ruas cantando e empunhando palmas e estandartes.

À noite houve luminárias e passeatas e festas populares que se prolongaram por dez dias.

No sexto dia, narra Carlos Vitorino nas suas Reminiscências, Quintino recebia tocantes homenagens promovidas por parte das comissões organizadoras dos festejos, como justo prêmio que cabia ao abolicionista fervoroso. E ele era, agora, ídolo do povo santista. Evaristo de Morais em substancial trabalho sobre a abolição focaliza a ação do negro sergipano que foi Quintino de Lacerda.

Passada a fase árdua da obra redentora, trabalhava-se, agora, em abater o trono.

Com esse fim Quintino organizou o batalhão Silva Jardim, no qual fora investido no cargo de seu supremo chefe, no posto de capitão. Com a proclamação, pouco depois, da República, Quintino é promovido a major honorário por merecimento. As patentes eram distribuídas aos mais dignos, capazes.

Candidatara-se ele à vereança municipal e foi eleito. Alguns colegas de representação, por preconceito racial, asseveram uns, por iliquidez do pleito, afirmavam outros, impedem a entrada de Quintino no recinto do Conselho. Quintino queda-se no seu posto, surdo aos protestos de seus pares. Os dissidentes chegam a um acordo honroso, mas procede-se a nova eleição dias depois, sendo reconduzido o abolicionista sergipano.

As classes trabalhadoras e o comércio prestaram-lhe, por mais esse triunfo, que demonstrava a sua popularidade indiscutível, significativa manifestação de apreço.

A influência política e moral de que dispunha Quintino de Lacerda revertia em proveito dos seus camaradas de jornada que não tinham amparo.

Filantropo, suas portas sempre estavam abertas aos desgraçados, aos náufragos de todas as travessias por entre tormentas e procelas da existência. Por isso a sua voz era sempre ouvida com atenção e ao seu apelo não lhe fugiam os votos nos renhidos prélios eleitorais.

Assim, por exemplo, quando em 1891 e 1892 declararam-se em greve dois mil trabalhadores no porto de Santos, foi o então major Quintino quem conseguiu voltassem os paredistas pacificamente ao trabalho, recebendo, por esse serviço relevante, uma pública e significativa homenagem do comércio.

O despeito dos seus colegas de representação no Conselho do Município mais uma vez trouxera-lhe momentos de desgostos.

Mas ele era um homem forte, de têmpera de aço, limpo de caráter e dominado pela mística de Deus e da Justiça.

Certa feita descobrira uma conspiração entre os camaristas. Puseram Quintino violentamente para fora do recinto e do ocorrido telegrafara ao presidente Bernardino de Campos, que logo interveio com imediatas providências a bem da ordem. E Quintino continuou a fazer parte do Conselho até 1896.

Terminado o seu mandato legislativo e não querendo mais tornar às lides partidárias da política, recolheu-se ao lar pobre mas honrado, recebendo por essa ocasião calorosa ovação do povo que sempre o acompanhou com abnegação nas campanhas em prol da redenção da raça negra.

Morreu Quintino a 13 de agosto de 1898. O seu enterro teve as pompas fúnebres a que têm direito os vultos singulares que se enobrecem e passam a enriquecer a História.

No cemitério do Paquetá descansam os seus despojos sob grandioso monumento levantado pela gratidão dos filhos da terra de Braz Cubas.

Eu lá estive várias vezes contemplando-o com cívica devoção e comigo mesmo lamentando que, enquanto naquela grande e orgulhosa terra um negro adventício sergipano recebia as honras que só se tributam a quem tem mérito real, Sergipe, a sua e minha terra, jamais teve a lembrança de lhe perpetuar o nome ao menos numa escura via pública de subúrbio.

"Correio de Aracaju" – 23/02/39

Fonte: facebook

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