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sexta-feira, 7 de maio de 2021

O NORDESTINO É ANTES DE TUDO UM FORTE... E O QUE MAIS?

 

"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.

É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. (...)

É o homem permanentemente fatigado."

Euclides da Cunha, Os Sertões

https://cariricangaco.blogspot.com/2021/05/o-nordestino-e-antes-de-tudo-um-forte-e.html

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O CANGACEIRO CÍCERO COSTA

Por José Tavares de Araujo Neto 

Embora nos dias de hoje seja pouco conhecido do grande público, Cícero Costa foi um dos mais célebres facínoras da história do cangaço. Apesar de comandar seu próprio bando, sua história se confunde com a de Luiz Padre e Sinhô Pereira, com quem participou de memoráveis eventos criminosos, a grande maioria à serviço do major Zé Inácio, proprietário da Fazenda Barro, localizada no município de Milagres, no cariri cearense.

Natural de Conceição, município paraibano localizado no Vale do Piancó, Cícero Costa de Lacerda se destacava pelo seu notável conhecimento a respeito doi poder medicinal da flora sertaneja. Era habilidoso no atendimento primeiros socorros, bem como no preparo de chás e meizinhas, diversidade de xaropes naturais, chamados de “lambedor”, elaborados a partir de misturas de mel de abelha, folhas, cascas e raízes de plantas da caatinga, destinados à cura dos mais diversos males. Não por acaso, Cícero Costa entrou para história como “o médico dos cangaceiros”.

Atendendo chamando de Luiz Padre e Sinhô Pereira, em abril de 1919, participou da defesa do povoado São Francisco, reduto da família Pereira do Pajeú, que há muito se encontrava em guerra com a família Carvalho. Naquela ocasião, o capitão da força pernambucana Holanda Cavalcante, aliado dos Carvalhos, decidiu ocupar aquele florescente povoado de Vila Bela, atual Serra Talhada/PE, sob o pretexto de que era um valhacouto de bandidos que praticavam os mais variados tipos de crimes na região. 

Sinhô Pereira e Luiz Padre

Na entrada do povoado, a coluna do capitão Holanda Cavalcante, constituída por cerca de 72 policiais, foi surpreendida por uma bem arquitetada emboscada, que resultou em uma das mais humilhantes derrotas da Polícia Militar do Estado de Pernambuco. A força pernambucana teve uma baixa de nove soldados mortos e três saíram gravemente feridos, sem contar com o enorme prejuízo material, acarretado pelo extravio de armas e munições, deixadas pelos assustados praças que fugiram em desorientada disparada caatinga adentro. Neste combate também participaram os pombalenses Ulisses Liberato de Alencar e seu fiel amigo Barnabé Ferreira de Oliveira, o primeiro comandado o reforço enviado pelo major Zé Inácio do Barro.

Em fins de agosto de 1918, após um cerrado tiroteio, Eustáquio de Morais, subdelegado de Bonito, atual município de Bonito de Santa Fé/PB, então povoado de São José de Piranhas/PB, baleou e prendeu o famigerado cangaceiro Cícero Costa.  A sua permanência na cadeia de Bonito trouxe um enorme clima de tensão ao lugar, principalmente devidos as informações que corriam dando conta de que um grupo de cangaceiros se organizavam em Milagres, no vizinho Estado do Ceará, com vistas a vir resgatá-lo da prisão. A vigilância da cadeia foi reforçada e logo que o preso estava em condições de viajar, em meados de setembro, foi conduzido para a cadeia da cidade de Patos, sob uma forte escolta comandada pelo experiente tenente Manoel Benício.

Posteriormente, quando totalmente restabelecido, com igual esquema de segurança Cícero Costa foi conduzido para a cadeia de Pombal, o abrigo seguro para os fora-da-lei de maiores periculosidades. Porém, a estadia do bandido na cadeia não foi tão demorada como almejada pelas autoridades. No início de julho de 1920, o Jornal do Comércio veicula notícia dando conta que “Os cangaceiros Cícero Costa, José Coelho da Silva, Pedro Neco Fernandes e Melquíades Januário da Silva, que a muito custo haviam sido capturados e recolhidos a cadeia de Pombal, dali fugiram, auxiliados pelo soldado do destacamento policial Severino Alves de Oliveira”.

Rodrigo Honorato, Manoel Severo, Zé Tavares e Ivanildo Silveira

O soldado Severino Alves de Oliveira, que facilitou a fuga dos perigosos bandidos, aderiu às hostes cangaceiras, integrando o bando de Cícero Costa, onde foi batizado pelo cognome de “Fortaleza”. Em correspondência datada de 6 de outubro de 1921, publicada no jornal “O Norte”, de 8 de outubro, o tenente Manoel Cardoso, então delegado de Conceição, Estado da Paraíba, comunicou ao Chefe de Polícia do Estado que se encontrava preso na cadeia daquela cidade o cangaceiro Severino, vulgo Fortaleza, ex-praça que deu fuga ao célebre criminoso Cícero Costa quando preso na cadeia de Pombal. Adiantava o delegado, que o referido havia sido preso em uma diligência comandada pelo sargento Horácio.

Cícero Costa deixou registrada em sua extensa ficha criminal alguns fatos que mancharam de forma indelével a história do nordeste brasileiro. Dentre os quais, podemos destacar as seguintes façanhas de abominosas recordações:  1. Assalto à Fazenda Nazaré de Dona Praxedes (20/01/1919), viúva do coronel Domingos Furtado, um dos mais rentáveis financeiramente da história cangaceira; 2. trucidamento do valente João Flandeiro (12/01/1922), um humilde sertanejo que ousou contrariar os arroubos arrogantes do poderoso major Zé Inácio do Barro; 3. o “Fogo de Coité” (20/01/1922), episódio em que o Padre Lacerda heroicamente sustentou fogo contra o ataque de um bando integrado pelos mais afamados bandoleiros que estavam sob o auspicio do major Zé do Barro; 4. ataque ao então povoado de Jericó (24/01/1922), seguido do assalto a Fazenda Dois Riachos do Coronel Valdivino Lobo, além a outros fazendeiros da região de Catolé do Rocha (26/01/1922; 5. assalto à baronesa de Água Branca (23/06/1922), considerado o primeiro evento em que Lampião chefiou um bando. Realizado com objetivo de arrecadar recursos para cobrir despesas da viagem de Sinhô Pereira, foi por conta do sucesso desta missão que Lampião ganhou sua admiração e recebeu a chefia do bando em definitivo dois meses depois, quando o vingador do Pajeú partiu para o Estado de Goiás.

A partir da segunda metade de 1922, quando Luiz Padre, Sinhô Pereira major Zé Inácio já haviam deixado o Nordeste, Cicero Costa permaneceu mantendo a parceria criminosa com o antigo bando dos vingadores do Pajeú, agora comandado pelo jovem Virgulino Ferreira, alcunhado de Lampião. Consta neste período, o memorável ataque a cidade de Belmonte que redundou o bárbaro assassinato do Coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, em sua própria residência, fato ocorrido na madrugada do dia 20 de outubro de 1922. Neste mesmo episódio também foi a óbito o soldado Heleno, que fazia a defesa, e, do lado dos atacantes, morreram Antonio Cachoeira e José Dedé, o cangaceiro Baliza, reconhecido como um dos estupradores no ataque ao povoado de Jericó, no município de Catolé do Rocha. Cícero Costa saiu ferido, juntamente com os companheiros Zé Bizarria e Ioiô Maroto, membro da família Pereira, um dos comandantes da horda criminosa.

A carreira criminosa de Cícero Costa findou-se no início de 1924, ocasião em que ele foi prestar socorro paramédico ao seu amigo Lampião que estava gravemente ferido na Serra do Catolé, município de Belmonte, Estado de Pernambuco. O bando de malfeitores foi atacado pela força paraibana, comandada pelo tenente Cícero Oliveira e o sargento José Guedes, volante que também contava com o ex-cangaceiro Clementino Quelé e o soldado João da Mancha, este último tido como o sangrador oficial da polícia paraibana. Após intenso troca de tiros, os cangaceiros Cícero Costa e Lavandeira foram gravemente alvejados, capturados e depois sangrados, sob os olhares dos seus comparsas Levino, Meia Noite e outros, que impotentemente assistiam a cena macabra por entre as folhagens da mata cerrada.

José Tavares de Araujo Neto, pesquisador - Pombal-PB

05 de maio de 2021

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BALÃO, PANCADA E MARIA JOVINA: O POLÊMICO TRIÂNGULO AMOROSO DO CANGAÇO

 Por GIOVANNA DE MATTEO PUBLICADO EM 26/11/2020

Pancada e Maria Jovina, do bando de Lampião - Wikimedia Commons

Uma traição no cangaço poderia ser paga com pena de morte, mas Maria Jovina arriscou-se ao seduzir o amigo de seu marido

Cangaço foi um dos movimentos de bandidismo mais famosos da história do Brasil. A sua atuação nos sertões causou desespero e violência entre a população — e caos entre as autoridades.

A jornalista Adriana Negreiros foi responsável por levantar um relevante debate sobre as relações amorosas dentro do bando de Lampião, e conta através da biografia 'Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no cangaço' as histórias dos casais do cangaço.

Umas das narrativas relatadas em seu livro expõe um triângulo amoroso entre três cangaceiros: Balão, Pancada e Maria Jovina.

O cangaceiro Pancada era casado com Maria Jovina, que mais tarde seria reconhecida como Maria de Pancada. A moça entrara no bando ainda na adolescência, tendo uma aparência formosa: era baixinha, apesar de muito forte; pele clara, um rosto arredondado e um volumoso cabelo enrolado.

Seu marido tinha a fama de todo cangaceiro, sendo muito grosseiro e violento. Segundo as histórias contadas por Negreiros, certa vez, irritado com a postura de sua mulher, obrigou-a a andar a pé em uma das viagens, enquanto ele ia o caminho todo sentado em seu cavalo. Além dos quilômetros de andanças, quando o cavalo abarrotava a correr, o homem puxava Maria pelos cabelos para acompanhar o galope.

Talvez seja por esses mal-tratos que Maria decidira trair seu esposo. De acordo com uma confissão do próprio Balão, que era um pouco conservador em relação à inclusão de mulheres no cangaço, a jovem moça teria o seduzido por conta própria.

Naquele dia Pancada teria pedido para o amigo que ele acompanhasse sua esposa em uma caminhada pela caatinga. Eles deveriam chegar à um ponto onde o cangaceiro tinha escondido alguns pertences pessoais.

Sem hesitações, os dois foram para o meio da mata seca, mas logo no início Balão foi surpreendido por Maria Jovina, que sem perder tempo agarrou o homem o provocando. "Dizem que você é muito macho nas brigadas, mas queria ver se você é homem mesmo", teria dito a mulher, que recebeu um "não diga isso, Maria, que depois você se arrepende" como resposta de Balão.

A verdade é que ele defendia arduamente o celibato entre os cangaceiros. Para o homem, o sexo o deixaria fraco como uma melancia, e desse modo, ficaria mais propenso a ter uma bala atravessada em seu corpo — crença conhecida como "corpo fechado".

“Eles acreditavam, por exemplo, que o sexo abria o corpo e deixava o cangaceiro sem proteção contra as balas da polícia. Os cangaceiros eram figuras, como o nordestino e o sertanejo no geral, muito místicas. Eles tinham que tomar banho, se purificar, e ninguém tinha uma garantia de quando o corpo ia fechar de novo. Então tinha esse caldo de cultura que já afastava as mulheres do bando”, explica Wagner G. Barreira, autor do livro Lampião e Maria Bonita: Uma história de amor entre balas (2018), em entrevista exclusiva para o site Aventuras na História.

No entanto Maria não desistiu, acusando-o de ter medo de Pancada, até que já não aguentando mais, Balão pegou a mulher e a imobilizou entre mandacarus e xique-xiques, consumando o fato.

Depois disso, eles foram cumprir a sua tarefa, e antes de voltarem para o abrigo onde estavam todos, fizeram sexo mais uma vez. O segredo foi mantido por anos, já que o código do cangaço determinava que as mulheres deveriam ser fiéis e submissas aos seus maridos. Dessa forma, se a traição fosse descoberta, Pancada poderia penalizar Maria da forma que preferisse, podendo chegar até mesmo a matá-la.

Segundo a autora Adriana Negreiros, "'pertencer' é a expressão que melhor explica a relação matrimonial entre os cangaceiros e suas companheiras. No bando, quer tratassem suas mulheres com mesuras, quer as agredissem fisicamente, os cangaceiros as consideravam suas propriedades."

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Os cangaceiros, de Luiz Bernardo Pericás (2010) - https://amzn.to/30SLA9O

Apagando o Lampião, de Frederico Pernambucano de Mello (2018) - https://amzn.to/2TVp7HO

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DESTRUÍDA DUAS VEZES, CANUDOS SOBREVIVE EM MEIO A ESCOMBROS E MISÉRIA

Jornalista narra viagem a cidade imortalizada em 'Os Sertões' pelo homenageado da Flip, Euclides da Cunha 


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https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2019/06/destruida-duas-vezes-canudos-sobrevive-em-meio-a-escombros-e-miseria.shtml

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O ARSÊNIO

 Clerisvaldo B. Chagas, 7 de maio de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.528


       Não sabemos quem construiu, no século passado, o Hospital Dr. Arsênio Moreira, em Santana do Ipanema, Alagoas. Mas o enorme edifício horizontal foi inaugurado no governo municipal Dr. Henaldo Bulhões Barro, no segundo ano da sua gestão, em 16. 01.1971. O local escolhido ficou na área “filé” e central, parte baixa do Bairro Camoxinga. Ainda nem havia calçamento por ali, somente terreno poeirento e nu naquela área nobre da cidade. Ali perto já existia o Grupo Ormindo Barros, que havia sido fundado em 1954, à cerca de 400 metros de distância do hospital que estava sendo inaugurado. O grupo representou uma espécie de independência do Bairro Camoxinga, consolidada pelo surgimento do hospital pioneiro da terra.


        Muito mais tarde, após calçamento com paralelepípedos, foi construída uma praça moderna e de canteiros suspensos, bancos sem encostos, longos e em curvaturas, defronte o hospital. Esta foi a segunda praça do Bairro Camoxinga, inaugurada em 24.04.1980, no governo Genival Tenório. Praça sem nome, ficou sendo apontada pelo povo como Praça do Hospital ou Praça de São Cristóvão. A placa de inauguração foi roubada por vândalos, não sabemos se vândalos oficiais ou vândalos de rua. A primeira praça do Bairro Camoxinga havia sido construída defronte o Grupo Escolar Ormindo Barros, no mesmo período da Escola, com o nome de Praça Siqueira Campos.

Houve época em que foi acrescentado no título da Unidade hospitalar a palavra Maternidade, ficando Hospital e Maternidade Dr. Arsênio Moreira. O hospital foi a pedra fundamental para a implantação definitiva da medicina em Santana do Ipanema e sua consequente evolução. Quando foi inaugurado o novo hospital chamado Hospital da Cajarana – governo Marcos Davi – o hospital antigo ficou ocioso, fechado e estado deplorável. Recuperado como prédio gigante e útil, funciona nos dias atuais como Secretaria de Saúde.  É bom salientar que desde a sua inauguração, ainda tem cômodos projetados e não construídos. O retrato grande do homenageado, afixado na sala de espera, foi parar no museu da cidade.  

O Hospital e Maternidade Dr. Arsênio Moreira, tem a sua história própria, ainda não escrita em um bom livro, por alguém a ela ligado.

HOSPITAL DR. ARSÊNIO MOREIRA NOS PRIMÓRDIOS (FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO).

Dr. ARÊNIO (FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO).


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EXPOSIÇÃO TRAÇA PARALELO ENTRE MORRO DA PROVIDÊNCIA E A GUERRA DE CANUDOS

 Publicado em 03/06/2017 - Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro.

Os 120 anos de criação do Morro da Providência, primeira favela do Brasil, são contados na exposição fotográfica “Morro da Favela à Providência de Canudos”, de autoria do fotógrafo autodidata Maurício Hora, morador daquela comunidade do Rio de Janeiro, situada entre os bairros de Santo Cristo e Gamboa, região da zona portuária da capital fluminense.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1079342&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1079342&o=node

A mostra traça um paralelo entre o Morro da Providência e a Guerra de Canudos, na Bahia, e ficará aberta ao público até o dia 14 de julho, no Espaço Cultural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro da cidade.

A origem do atual Morro da Providência remonta a 1897, quando soldados que combateram na Guerra de Canudos, na Bahia, e que sobreviveram àquele episódio foram trazidos para o Rio de Janeiro. Aqui, sem ajuda do governo, começaram a improvisar habitações na encosta do morro. O povoamento ficou conhecido como Morro da Favela, referência não só ao morro existente em Canudos e de onde os soldados atacavam os fanáticos religiosos liderados pelo beato Antônio Conselheiro, mas também ao arbusto “faveleira” (Cnidoscolus quercifolius), comum no sertão baiano.

O fotógrafo Maurício Hora esteve várias vezes no antigo vilarejo de Canudos, na Bahia, onde retratou as ruínas do povoado liderado por Antônio ConselheiroAcervo pessoal/Maurício Hora/direitos reservados

Maurício Hora começou a desenvolver o projeto que refaz a ligação entre Canudos e o Morro da Providência em 2013, quando a seca que assolou o sertão baiano reduziu o nível da água do açude construído em cima do antigo vilarejo de Antônio Conselheiro e revelou ruínas daquele cenário de guerra. Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, ocorriam obras de revitalização da zona portuária, afetando o dia a dia dos moradores da Providência. “Nasci no Morro da Providência. Isso sempre me perseguiu”, disse Hora à Agência Brasil, referindo-se à vontade de traduzir em fotografias as semelhanças entre as duas realidades.

Favelização

Maurício Hora explicou que, quando começou o processo de ocupação do Morro da Favela, o termo "favela” não tinha a conotação de habitação que tem atualmente. “O nome para denominar habitação surgiu aqui”, conta. O fotógrafo já esteve cinco vezes em Canudos, para retratar as ruínas. Ele considera que tanto Canudos como Providência contam uma história de luta. “São dois focos muito resistentes”. Em Canudos, os habitantes preservam uma memória viva da história, o que não ocorre no Morro da Providência. “Aqui, nós perdemos toda a memória”, lamentou.

Embora não tenha a pretensão de reativar com seu trabalho a memória no Morro da Favela, Maurício Hora disse que a ideia é que as pessoas que, assim como ele, são faveladas tenham consciência do que são, “que favela não é tão pejorativo”. Para ele, favela é apenas o Morro da Providência. “As outras, para mim, são comunidades. Favela é a Providência”.

Para o fotógrafo, não só os jovens habitantes do Morro da Providência precisam conhecer a história do local e suas origens, mas todo o Brasil precisa saber o que foi a Guerra de Canudos. “Eu melhorei minha vida a partir do momento em que comecei a contar minha história”.

Maurício acredita que a Providência é uma favela de resistência que está hoje dentro de um território quilombola, a Pedra do Sal, que vai da Praça Mauá até o Caju, na zona portuária, denominada Pequena África. “Eu acho, sim, que o jovem da Providência devia conhecer a história. Mas não só da Providência; do Brasil todo”.

As cerca de 300 fotos de autoria de Maurício Hora poderão ser apreciadas pelo público de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, exceto feriados. A entrada é gratuita.

Edição: Denise Griesinger

 https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2017-06/exposicao-traca-paralelo-entre-morro-da-providencia-e-guerra-de-canudos

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GUERRA DE CANUDOS: O QUE FOI?

 Publicado em 11 de setembro de 2020

Vista panorâmica de Canudos, 1897. Foto: Flávio de Barros/Acervo do Museu da República.

A Guerra de Canudos foi um confronto entre os moradores da cidade de Canudos e o Exército Brasileiro, no qual mais de 25 mil pessoas foram mortas. A cidade era um vilarejo na Bahia, liderado por Antônio Conselheiro, um líder religioso, e ali moravam seus seguidores.

Mas o que foi de fato a Guerra de Canudos e quais foram as principais causas que deram início a ela? É o que você vai ver agora neste artigo! Para começar, vejamos um pouco mais sobre um de seus protagonistas.

Quem foi Antônio Conselheiro?

Antônio Conselheiro, nascido como Antônio Vicente Mendes Maciel, foi um líder religioso, fundador da cidade de Canudos. Abandonou sua casa e família em 1861, para viajar de povoado em povoado no sertão do Brasil pregando uma vida de devoção, meditação e santidade, ajudando a reformar e pintar igrejas e dando os conselhos pelos quais ficou famoso.

O autor Mário Vargas Llosa conta em seu livro A guerra do fim do mundo que Antônio Conselheiro surpreendia as pessoas nos povoados em que passava com seus hábitos diferentes. Não comia nem bebia até chegar na igreja local e rezar. Dormia no chão, e nos dias seguintes à sua chegada se dedicava em reformar as igrejas e dar seus conselhos.

Ele dava seus conselhos nos fins de tarde nas praças e até no meio da rua. Falava sobre o juízo final e a vida santa, associando os problemas da vida no sertão à chegada do anticristo, e pregando que somente uma vida de santidade e devoção tiraria as pessoas da miséria vivida no sertão e os levaria ao céu depois do apocalipse. Os sertanejos o escutavam e iam de pouco a pouco abandonando suas vidas para seguir Antônio Vicente em suas pregações no Nordeste.

Foi dessa maneira que Antonio Vicente Maciel virou o Antônio Conselheiro, pois as pessoas o chamavam de “o homem que dava conselhos”. Mas a sua trajetória ainda tem alguns pontos importantes, veja a seguir!

Em 1877, houve uma das maiores secas da história do Nordeste do Brasil, que somente no Ceará deixou mais de 100 mil pessoas mortas, vítimas da fome e da sede. Nesta época, enquanto a maioria das pessoas tentava se mudar para o litoral do Nordeste, Conselheiro e seus seguidores continuaram viajando de vila em vila, enterrando os mortos que encontravam e rezando à Deus em cada igreja que passavam.

Com a proclamação da república em 1889, Antônio Conselheiro ficou revoltado pois acreditava na união entre a Igreja e o Estado, e que um Estado sem religião seria uma das obras do Anticristo para dividir as pessoas. Além disso, Conselheiro era contra a arrecadação de impostos que foi colocada em prática a partir da república, pois acreditava que o dízimo era a forma correta de contribuição.

Dessa forma, passou a rasgar e queimar panfletos do Governo por onde passava, e incluiu em seus conselhos uma pregação contra a República, afirmando que esta era o próprio anticristo. Assim, Conselheiro e seus seguidores ficaram conhecidos por serem fanáticos religiosos e monarquistas, representando uma ameaça a República.

Foi nesse período depois da proclamação da República que Conselheiro fundou a cidade de Canudos, e mais problemas começaram a aparecer. Quer saber quais? Continue lendo para descobrir!

Como Canudos foi fundada?

A cidade de Canudos foi fundada em 1893 por Antônio Conselheiro junto com seus seguidores. O local era uma fazenda abandonada que pertencia a um homem chamado Barão de Canabrava. Em meados de 1893, Conselheiro já tinha mais de 10 mil seguidores, que se instalaram de vez em Canudos.

A cidade de Canudos era, como retrata o historiador e escritor Eduardo Bueno uma “Utopia Evangélica”, sendo uma cidade autossustentável, com roças e rebanhos coletivos. Das plantações e dos rebanhos de cabra, Canudos sobreviva de forma independente, vendendo inclusive couro de cabra para os Estados Unidos.

Durante o período da fundação de Canudos, algumas outras tensões surgiram. Primeiro, o Barão de Canabrava reivindicou a propriedade em que Conselheiro havia se instalado com seus seguidores e criado a cidade. Nesse impasse, Conselheiro não devolveu a propriedade nem fez acordos. Depois, o líder religioso se recusou a pagar os impostos cobrados dos municípios pois não concordava com tal prática, alimentando ainda mais a opinião pública de que Conselheiro e seus fiéis eram fanáticos.

As tensões de Canudos e Antônio Conselheiro só vinham aumentando, e o pior estava por vir. Quer saber como começou de fato a Guerra? Continue lendo!

O início da Guerra de Canudos

A Guerra de Canudos começou efetivamente depois que Antônio Conselheiro encomendou um carregamento de madeira de um vendedor em Joazeiro. O vendedor não entregou a madeira, deixando Conselheiro revoltado, pois já havia pagado pela encomenda. Com este clima de tensão, surgiu um boato de que os moradores de Canudos viriam buscar a madeira a força.

Com o boato de que os Conselheiristas viriam buscar a força essa encomenda em Joazeiro, o prefeito da cidade pediu ajuda ao Governo Central para combater os “fanáticos”, como eram conhecidos. O Governo enviou 150 homens comandados pelo Tenente Pires Ferreira para ajudar nesse possível ataque.

O Tenente e seus homens ficaram por vários dias na cidade, e sem sinal dos moradores de Canudos, Pires Ferreira decidiu ir até a cidade com seus soldados para atacá-los. No meio do caminho foram surpreendidos e atacados pelos Conselheiristas, que mataram 10 soldados e deixaram outros 16 feridos.

Como conta Mário Vargas Llosa, os soldados atacados diziam que os Conselheiristas vieram como que em uma procissão, cantando canções evangélicas e rezando, e subitamente atacaram no meio da madrugada.

Quando o boato desse ataque chegou na Capital, na época o Rio de Janeiro, isso foi entendido como uma verdadeira afronta a República, já que Conselheiro e seus seguidores eram assumidamente contra a República. Assim, uma expedição seria novamente comandada à Canudos. Quer saber como foi? Leia a seguir!

Leia também: o que foi a República Velha?

A Segunda Expedição para Canudos

Após o ataque as tropas do Tenente Pires Ferreira, o Governo decidiu responder à afronta que os moradores de Canudos fizeram a República, como foi entendido na época. Para isso, foi convocado o Major Febrônio de Brito.

Em Novembro de 1896, o Major Febrônio partiu para Canudos com cerca de 600 homens e dois canhões Krupp, de fabricação alemã. As tropas chegaram nos arredores de Canudos em janeiro de 1897 com bastante dificuldade para carregar os pesados canhões, com fome e com sede.

Mário Vargas Llosa conta em A Guerra do Fim do Mundo que quando Conselheiro soube que as tropas do Major Febrônio tinham dificuldades, ele teria dito que Deus estava o defendendo, pois já estava matando seus inimigos antes que eles chegassem.

Na noite do dia 17 de Janeiro, os Conselheiristas atacaram as tropas de Febrônio de Brito matando mais de 100 homens e deixando outros diversos feridos. O Major ordenou a retirada das tropas e fugiu, ainda sob ataque dos moradores de Canudos.

A Terceira Expedição para Canudos

Eduardo Bueno conta que com a chegada de mais uma notícia de derrota na capital, a elite local e os políticos estavam bastante apreensivos. A imprensa já vinha acusando Antônio Conselheiro de querer reviver a Monarquia no Brasil, e Canudos era vista cada vez mais como uma ameaça para a República recém proclamada.

Saiba mais: o que é monarquia?

Com essa pressão, o Coronel Moreira César foi convocado para comandar uma terceira expedição para Canudos. Em fevereiro de 1897 ele partiu com 1.200 homens e 6 canhões Krupp rumo à Canudos.

Em meados de Março as tropas do Coronel chegaram nas proximidades de Canudos. Logo no primeiro ataque ordenado por Moreira César, algumas dezenas de homens foram mortos, enfurecendo o Coronel, que ordenou uma investida completa dentro da cidade.

No interior de Canudos, os moradores se esconderam e emboscaram as tropas, matando centenas de homens, incluindo o próprio Coronel Moreira César, que levou um tiro na barriga.

Antonio Conselheiro e seus seguidores vinham vencendo consecutivamente as tropas do Governo, mas sua sorte estava por acabar com a próxima expedição à Canudos, que foi a última. Continue lendo e como acabou a Guerra de Canudos!

A Última Expedição para Canudos

Batalhão da Quarta Expedição à Canudos, 1897. Foto: Acervo do Exército Brasileiro.

Com mais uma notícia de derrota das tropas do governo, o pânico havia tomado a Capital, levando inclusive a morte de dois editores de jornais no Rio de Janeiro, numa tentativa do Governo de impedir a propagação das notícias sobre Canudos.

Em maio de 1897, o próprio Ministro da Guerra convocou diversos oficiais do Exército para combater de vez Canudos, Antônio Conselheiro e seus fiéis. O General Artur Oscar foi o responsável pelo comando da operação, convocando 5 mil homens e levando 700 toneladas de munições, vários canhões e um enorme canhão chamado de “A Matadeira”, com cerca de três metros de altura.

As tropas chegaram em Junho nas redondezas de Canudos. Durante todo o mês de Junho as tropas de Artur Oscar tentaram fazer pequenas investidas em Canudos, perdendo praticamente todos os confrontos, deixando mais de mil soldados mortos. O General Artur Oscar pediu um reforço ao Governo, que reuniu as pressas 3 mil homens, que chegaram em Canudos em Agosto de 1897.

Com os frequentes ataques dos Conselheiristas e derrotas nas investidas, Artur Oscar decide autorizar o uso do canhão “A Matadeira” que começa a destruir a cidade de Canudos lentamente, começando pela igreja do local. Com a vantagem obtida pelos disparos de canhão, depois de um mês de combate a cidade de Canudos estava praticamente devastada, com milhares de mortos. 

Ruínas da Igreja de Canudos, 1897. Foto: Flávio de Barros/Acervo Museu da República.

No dia 22 de Setembro de 1897, Antônio Conselheiro morreu. Não se sabe a causa da sua morte, mas a maioria dos historiadores defende que teria sido por problemas intestinais. Cerca de 15 dias depois da morte Conselheiro, seus fiéis ainda estavam abatidos com a sua morte, sofrendo com os ataques de canhão e as investidas em massa das tropas do Governo, o que os levou a levantar uma bandeira branca para negociar a rendição de 200 pessoas.

Dois dias depois da rendição, o Exército avançou e tomou de vez a cidade, matando os defensores restantes. A Guerra de Canudos tinha acabado e quase todos os seus 25 mil habitantes tinham sido mortos.

Eduardo Bueno relata que este foi um dos mais sanguinários e ingloriosos episódios do Brasil, que simbolizou uma luta entre duas versões de um mesmo Brasil. De um lado, o Brasil da elite e do outro, o Brasil das mazelas, dos desvalidos e desafortunados, a quem a nação jamais se interessou.

E aí, o que você achou desse episódio da nossa História? Conta pra gente nos comentários!

REFERÊNCIAS

Eduardo Bueno: Brasil: Uma História. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Editora LeYa, Janeiro de 2013.

Eduardo Bueno: Guerra de Canudos.

Guerra de Canudos pelo fotógrafo Flavio de Barros. Brasiliana Fotográfica, Outubro de 2015.

Mario Vargas Llosa: A guerra do fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2008.

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Rusny Teixeira

Estudante da Especialização em Social Media na Northwestern University e engajado em temas históricos e políticos. Acredita que conhecimento sobre política e história são uns dos pilares para construir um país melhor.

https://www.politize.com.br/guerra-de-canudos/

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CANGAÇO E HUMOR - O CANGACEIRO CARRAPICHO

 

https://www.youtube.com/watch?v=ofJUXXVMs8c&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7o

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DEZ ANOS ACORRENTADO E A SALVAÇÃO CANGACEIRA - @CONTOS DO CANGAÇO - LABAREDA

 https://www.youtube.com/watch?v=GRuEUNd6rRs&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7o

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MARIA BONITA ESTEVE EM MOSSORÓ NO ANO DE 1927 ?

 Por José Mendes Pereira


Assim como eu, que quando comecei a estudar cangaço acreditava que Lampião tinha morrido aqui em Angico, no Estado do Rio Grande do Morte. Alguns estudiosos do cangaço que estão começando a gostar do tema, também pensam coisas que na verdade, elas não têm procedências, e fazem perguntas da seguinte maneira: 

- Maria Bonita e estas duas mulheres que aparecem na foto também estavam no bando de Lampião, quando do ataque à Mossoró?

- Não. Não estavam. 

- E o que justifica a presença delas no Memorial da Resistência de Mossoró, se elas não estiveram no ataque da cidade feito pelo capitão Lampião e seu bando?


É simples, creio eu. A presença destas cangaceiras no Memorial é que elas fizeram partes do cangaço e não do ataque à cidade de Mossoró. Então, alguns pesquisadores e escritores de Mossoró que estudam cangaço e participaram da criação do Memorial, talvez, acredito eu, acharam por bem colocá-las, como participantes do cangaço, e não como cangaceiras vindas à Mossoró em companhia do bando de cangaceiros. Acredito que está mais ou menos explicada a pergunta.

Memorial da Resistência de Mossoró

A rainha Maria Bonita, Neném do Ouro e a suçuarana Dadá  nunca estiveram em terras mossoroenses, porque, quando entraram para o cangaço, principalmente Maria Bonita que foi a primeira cangaceira a fazer parte do movimento social de cangaceiros, já faziam mais de dois anos que houve a invasão  à Mossoró, feita por Lampião e seu grupo. Mossoró teve o desprazer de receber o facínora na tarde do dia 13 de junho de 1927.


Observe leitor, que na foto acima do Memorial da Resistência de Mossoró aparecem três mulheres, as quais são as cangaceiras: Uma é a cangaceira "Neném do Ouro", companheira do cangaceiro Luiz Pedro. Mas isso não quer dizer que ela veio à Mossoró.

Se você quiser saber mais um pouco sobre ela clique nos links abaixo: 

https://www.youtube.com/watch?v=mpkGnpb0EJQ&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

https://www.facebook.com/111811696103013/posts/274459486504899/

Ao lado direito aparece a Maria Bonita, companheira do afamado cangaceiro capitão Lampião. É considerada a rainha do cangaço do nordeste brasileiro. Ela só esteve em 4 Estados do Nordeste, foram eles: Bahia, sua terra natal, sendo lá de Paulo Afonso. Alagoas, Pernambuco e Sergipe. Neste ela foi assassinada juntamente com o seu companheiro. Maria Bonita não andou no Ceará, na Paraíba e nem no Rio Grande do Norte. Dos 9 Estados do Nordeste o compadre Lampião só não visitou Maranhão e Piauí. 

Se você quiser saber mais um pouco sobre Maria clique no link abaixo:https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-quem-foi-maria-bonita.phtml . Se não consegui abri-lo leve-o até ao google.

E a outra cangaceira que aparece à frente ao lado direito da foto é "Dadá" esposa do cangaceiro Corisco, conhecida como a verdadeira suçuarana do cangaço do capitão Lampião.

https://www.youtube.com/watch?v=rlo0A2bMKZU&ab_channel=CEEC-CentrodeEstudosEuclydesdaCunha

Se você quiser saber mais sobre a ex-cangaceira Dadá basta clicar neste link acima.

Então, para conhecimento dos que estão começando a estudar cangaço, no tempo do cangaço, nenhuma cangaceira esteve em Mossoró. Somente a ex-cangaceira Sila veio aqui como palestrante do cangaço 1994, e recebeu da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC o título de Sócia-Honorária das mãos do sócio fundador Raimundo Soares de Brito. Não tenho o dia e mês da sua visita à Mossoró.. 

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